Ainda Vale a pena? O que explica a queda das ações VALE3 depois da prévia operacional do quarto trimestre
Enquanto a Empiricus e a XP viram o desempenho de vendas e produção como fraco, o Bradesco BBI diz que os números vieram em linha com as projeções
Os investidores torceram o nariz para os dados operacionais da Vale divulgados no início da noite de terça-feira (31). O resultado é a queda de 3% das ações VALE3 no pregão de hoje. O que incomodou tanto nos números da mineradora?
A questão principal é que a Vale apresentou números fracos para o quarto trimestre e inferior ao guidance já mais baixo.
“A Vale apresentou números fracos e abaixo do guidance de produção do ano para o minério de ferro, pelotas, níquel e cobre. Precisamos esperar a divulgação de seu resultado, que ocorrerá em meados de fevereiro, para entendermos melhor como foi o desempenho financeiro da companhia”, diz Fernando Ferrer, analista da Empiricus.
A produção de minério de ferro alcançou 80,8 milhões de toneladas (Mt), o que representa uma queda de 10% em relação ao terceiro trimestre e de 1% em relação ao mesmo período do ano anterior. No ano, a produção de minério de ferro totalizou 308 Mt, 2% menor na comparação com o ano anterior — principalmente devido a atrasos de licenciamento em Serra Norte; e à performance operacional no S11D (Carajás).
Já o volume de vendas de finos de minério de ferro atingiu 81,2 Mt no trimestre, alta de 24% em relação ao último trimestre, impulsionado pelo uso dos estoques em trânsito ao longo da cadeia, formados no terceiro trimestre. Segundo Ferrer, por ser um evento sazonal, já era esperado que esse movimento se revertesse no quarto trimestre.
A produção de níquel e cobre caiu no trimestre. Confira o desempenho operacional da Vale no quarto trimestre.
Leia Também
Bresco Logística (BRCO11) é negociado pelo mesmo valor do patrimônio, segundo a XP; saiba se ainda vale a pena comprar
Um final de ano desastroso para a Oracle: ações caminham para o pior trimestre desde a bolha da internet
“Vemos esses resultados como um pouco negativos, mas bons preços devem salvar o trimestre”, dizem Guilherme Vidal, Guilherme Nippes e Helena Kelm, analistas da XP.
Para o Bradesco BBI, no entanto, os resultados não foram tão ruins. “Os números de produção e embarque de minério de ferro no quarto trimestre ficaram em linha com nossas expectativas, enquanto os prêmios ficaram um pouco acima de nossa projeção”, disseram os analistas Thiago Lofiego, Isabella Vasconcelos e Camilla Barder.
“No lado dos metais básicos, acreditamos que os investidores (e nós mesmos) esperamos uma entrega consistente na frente operacional nos próximos trimestres, o que deve ser um pilar importante para a mineradora”, acrescentam.
VALE3: ainda Vale a pena?
Ferrer, da Empiricus, diz que, no patamar atual, enxerga uma boa combinação de valuation atrativo (4 vezes valor da firma sobre o ebitda para 2023) com bom retorno de capital, seja via dividendos ou recompra de ações. Por isso, o analista mantém a Vale entre as suas recomendações.
“A aceleração da reabertura chinesa poderia ser um gatilho extra para o nível de preço das commodities e para o desempenho do papel no ano”, afirma Ferrer.
O mesmo acontece com a XP, que reafirmou a recomendação de compra para os papéis da Vale.
“Ainda gostamos da história de longo prazo da Vale e achamos que muitos investidores estão pessimistas em relação aos preços do minério de ferro no longo prazo. No entanto, a Vale é negociada como um derivativo dos preços do minério de ferro, e a recente recuperação da commodity nos deixa um pouco mais cautelosos no curto prazo”, dizem os analistas da XP.
O Bradesco BBI e o Safra também recomendam a compra de VALE3.
STF redefine calendário dos dividendos: empresas terão até janeiro de 2026 para deliberar lucros sem imposto
O ministro Kassio Nunes Marques prorrogou até 31 de janeiro do ano que vem o prazo para deliberação de dividendos de 2025; decisão ainda precisa ser confirmada pelo plenário
BNDES lidera oferta de R$ 170 milhões em fundo de infraestrutura do Patria com foco no Nordeste; confira os detalhes
Oferta pública fortalece projetos de logística, saneamento e energia, com impacto direto na região
FII BRCO11 fecha contrato de locação com o Nubank (ROXO34) e reduz vacância a quase zero; XP recomenda compra
Para a corretora, o fundo apresenta um retorno acumulado muito superior aos principais índices de referência
OPA da Ambipar (AMBP3): CVM rejeita pedido de reconsideração e mantém decisão contra a oferta
Diretoria da autarquia rejeitou pedido da área técnica para reabrir o caso e mantém decisão favorável ao controlador; entenda a história
Azul (AZUL54) chega a cair mais de 40% e Embraer (EMBJ3) entra na rota de impacto; entenda a crise nos ares
Azul reduz encomenda de aeronaves com a Embraer, enquanto ações despencam com a diluição acionária prevista no plano de recuperação
Corrida por proventos ganha força: 135 empresas antecipam remuneração; dividendos e JCP são os instrumentos mais populares
Recompras ganham espaço e bonificação de ações resgatáveis desponta como aposta para 2026, revela estudo exclusivo do MZ Group
IG4 avança na disputa pela Braskem (BRKM5) e leva operação bilionária ao Cade; ações lideram altas na B3
A petroquímica já havia anunciado, em meados deste mês, que a gestora fechou um acordo para assumir a participação da Novonor, equivalente a 50,1% das ações com direito a voto
Nvidia fecha acordo de US$ 20 bilhões por ativos da Groq, a maior aquisição de sua história
Transação em dinheiro envolve licenciamento de tecnologia e incorporação de executivos, mas não a compra da startup
Banco Mercantil (BMEB4) fecha acordo tributário histórico, anuncia aumento de capital e dividendos; ações tombam na B3
O banco fechou acordo com a União após mais de 20 anos de disputas tributárias; entenda o que isso significa para os acionistas
Kepler Weber (KEPL3) e GPT: minoritários questionam termos da fusão e negócio se complica; entenda o que está em jogo
Transações paralelas envolvendo grandes sócios incomodou os investidores e coloca em dúvida a transparência das negociações
Itaúsa (ITSA4) eleva aposta em Alpargatas (ALPA4) em meio à polêmica com a dona da Havaianas
Nos últimos dias, a Itaúsa elevou sua fatia e passou a deter cerca de 15,94% dos papéis ALPA4; entenda a movimentação
Presente de Natal? Tim Cook compra ações da Nike e sinaliza apoio à recuperação da empresa
CEO da Apple investe cerca US$ 3 milhões em papéis da fabricante de artigos esportivos, em meio ao plano de reestruturação comandado por Elliott Hill
Ampla Energia aprova aumento de capital de R$ 1,6 bilhão
Operação envolve capitalização de créditos da Enel Brasileiro e eleva capital social da empresa para R$ 8,55 bilhões
Alimentação saudável com fast-food? Ela criou uma rede de franquias que deve faturar R$ 240 milhões
Camila Miglhorini transformou uma necessidade pessoal em rede de franquias que conta com 890 unidades
Dinheiro na conta: Banco pagará R$ 1,82 por ação em dividendos; veja como aproveitar
O Banco Mercantil aprovou o pagamento de R$ 180 milhões em dividendos
Azul (AZUL54) perde 58% de valor no primeiro pregão com novo ticker — mas a aérea tem um plano para se recuperar
A Azul fará uma oferta bilionária que troca dívidas por ações, na tentativa de limpar o balanço e sair do Chapter 11 nos EUA
O alinhamento dos astros para a Copasa (CSMG3): revisão tarifária, plano de investimento bilionário e privatização dão gás às ações
Empresa passa por virada estratégica importante, que anima o mercado para a privatização, prevista para 2026
B3 (B3SA3) e Mills (MILS3) pagam mais de R$ 2 bilhões em dividendos e JCP; confira prazos e condições
Dona da bolsa brasileira anunciou R$ 415 milhões em JCP e R$ 1,5 bilhão em dividendos complementares, enquanto a Mills aprovou dividendos extraordinários de R$ 150 milhões
2026 será o ano do Banco do Brasil (BBAS3)? Safra diz o que esperar e o que fazer com as ações
O Safra estabeleceu preço-alvo de R$ 25 para as ações, o que representa um potencial de valorização de 17%
Hasta la vista! Itaú (ITUB4) vende ativos na Colômbia e no Panamá; entenda o plano por trás da decisão
Itaú transfere trilhões em ativos ao Banco de Bogotá e reforça foco em clientes corporativos; confira os detalhes da operação