The LED: do ‘showbiz’ para o varejo, empresa de telões planeja emissão para investir R$ 100 milhões — e será que o negócio dará em IPO?
A empresa é líder deste segmento, respondendo sozinha pelo “market share” de quase 40% no setor de eventos
Passado o susto da pandemia, a empresa de painéis eletrônicos The LED agora colhe os louros da virada provocada pela paralisia da crise sanitária que quase a inviabilizou. Hoje, é um negócio 30 vezes maior do que há cinco anos, com o tamanho da companhia dobrando a cada 12 meses.
A receita não é revelada pela empresa, mas uma dimensão pode ser dada pelo planejamento de sua expansão via mercado de capitais, com a perspectiva de uma captação de R$ 60 milhões, e a expectativa de investir R$ 100 milhões em 2024.
Na carteira de clientes do negócio estão nomes como Palmeiras, Riachuelo — e até o Neymar.
Criada em 2010 por Richard Albanesi, filho de uma empresária do ramo de lâmpadas, a The LED vivia de alocar painéis para grandes eventos e shows musicais. Redescobriu o segmento de varejo — com a possibilidade de propagandas — depois do apagão da pandemia.
De lá para cá, já emitiu uma debênture de R$ 30 milhões, numa captação feita pela Veedha Investimentos, e agora tem conversas com bancos Modal e Itaú BBA para a nova captação de R$ 60 milhões, prevista para dezembro.
O investimento de R$ 100 milhões será voltado para a aquisição de produtos — basicamente placas de LED importadas da China, para atender a demanda explosiva do setor de entretenimentos, como grandes shows, estádios de futebol e a nova frente do varejo.
Leia Também
Oi (OIBR3) não morreu, mas foi quase: a cronologia de um dos maiores desastres da bolsa em 2025
The Led iluminando o Vila Lobos
A empresa já cuida da comunicação visual digital da Arena do Palmeiras, a Allianz Parque, e acaba de assinar contrato com o Santos Futebol Clube.
Meses antes ganhou a concorrência para fazer toda a digitalização visual da Fonte Luminosa, arena da Ferroviária de Araraquara, e na sexta-feira (20), inaugurou um painel com mais de 10 metros de altura no Parque Villa Lobos, na capital paulista.
Na carteira de clientes da The LED estão nomes como os aeroportos de Confins, em Minas Gerais; Congonhas, em São Paulo; JBS/Friboi, Lojas Riachuelo, Habib´s, redes de shopping centers e postos de gasolina e até a mansão do craque Neymar, em Mangaratiba, Litoral Sul do Rio de Janeiro.
Foram mais de 9 mil projetos realizados, mais de 80 mil metros quadrados de painéis de LED instalados em 13 anos de atuação. Assim, a The LED é líder deste segmento, respondendo sozinha pelo "market share" de quase 40% no setor de eventos e acima deste porcentual quando se incorpora à sua carteira de varejo.
- Do zero a uma renda passiva: treinamento completo com os ‘tubarões’ do mercado mostrará as estratégias mais avançadas para poder gerar dinheiro na conta; inscreva-se aqui
No apagar das luzes
A The LED cresceu atendendo clientes como Chitãozinho & Xororó, a cantora Cláudia Leitte e outros artistas de renome. Os negócios iam bem até que em 2020 veio a pandemia e com ela o isolamento social que levou ao fechamento total do segmento de entretenimento.
Foi um baque para os negócios da empresa, que estava altamente estocada e sem perspectivas de assinar novos contratos com o showbiz.
"A pandemia para nós foi terrível. Tínhamos uma área de eventos muito grande e de repente tudo parou e ficamos com um enorme estoque parado. Foi um pânico, não sabíamos o que fazer. Depois de ficar por 60 dias maluco eu pensei: somos modelo de locação, vamos colocar esse estoque no varejo", contou Albanesi.
O passo seguinte foi pegar o telefone e começar a ligar para as redes de varejo, shopping centers, aeroportos e convencê-los que a hora de inovar, investir e fazer obras era aquela, enquanto estavam fechados.
The LED foi à caça de clientes
"Passamos a ligar para os clientes e dizer que a hora de reformar era aquela em que estavam fechados. Shopping, você está fechado, sempre quis colocar coisas novas e não punha porque não podia fazer obra. A hora de fazer obra é agora. Aeroportos, é hora de investir em tecnologia", contou o CEO da The LED.
Para convencer empresários, principalmente do varejo, que estavam com suas atividades paradas por força de uma doença que ninguém sabia ao certo do que se tratava e por quanto tempo iria durar, Albanesi ofereceu a eles a instalação dos painéis por locação e para só começarem a pagar o aluguel quando a economia fosse reaberta.
Foi o pulo do gato rumo a uma retomada expressiva do crescimento. Para o empresário não havia risco. Ele não estava comprando o equipamento e se não visse resultado nos negócios era só devolver.
O primeiro contrato foi uma loja da Riachuelo do Shopping Morumbi. O impacto visual na unidade e sobre as vendas levou outras empresas a buscarem o recurso.
The LED passa a ser a queridinha do varejo
A iniciativa foi dando certo e a The LED foi entregando mais serviços e se tornando próxima do setor de varejo. Passou a fornecer não mais só o equipamento, mas também manutenção e conteúdo dos painéis.
"Isso nos fez crescer absurdamente nos últimos cinco anos. Temos 13 anos, mas nos últimos cinco crescemos 30 vezes. Nosso negócio era aluguel para eventos. Fazia, desmontava e ia embora. E para redes de varejo e shoppings era venda. Hoje a locação é o grande negócio da nossa empresa", emendou Albanesi.
Segundo ele, as grandes redes de supermercados, quando colocam o LED, não veem só o benefício de vender mais. Veem as contas com publicidade caírem. O fornecedor é que paga as contas.
Virou um modelo de negócio porque o "retail media", que hoje está na moda e vai desde o digital ao físico, virou uma fonte de receitas aos supermercados. O LED gera impacto, comunica melhor e quem paga a conta é o fornecedor que quer aumentar seus negócios nos pontos de vendas.
"Nós somos visuais, O nosso modelo, a nossa percepção e a nossa definição do produto está no ponto de venda. Isso fez com que as marcas quisessem investir no ponto de venda, estar perto do consumidor, o que alavancou muito o nosso negócio".
Ainda na lâmpada: o início da empresa
Albanesi não esconde a admiração que tem pela mãe - fundadora das Lâmpadas FLC e da ONG Amigos do Bem, Alcione Albanesi — a quem credita parte do seu sucesso.
Foi com ela que compartilhou uma boa parte das mais de 40 viagens que fez à China. A primeira foi em 1996, quando tinha 13 anos de idade.
A inspiração para seu próprio negócio veio em 2010, quatro anos antes de sua mãe vender a FLC ao fundo de private equity Victoria Capital Partners e passar a cuidar integralmente da ONG Amigos do Bem.
Em uma das dezenas de viagens à China, encantou-se com uma novidade que viu por lá: os painéis de LED. Viu naquilo a possibilidade de fazer um "negócio da China", no Brasil.
Depois de 13 anos e se preparando para a segunda emissão de debêntures, Albanesi não descarta passos mais largos, mas mantém uma boa dose de cautela.
E vem IPO da The LEDpor aí?
"Para emitir uma debênture tivemos que nos preparar: tem que ser uma S/A, tem que ser auditado, tem que ser listada na B3, ou seja, mudou o jogo, coisas que a gente nem imaginava", conta.
Ele diz que a experiência foi muito positiva. Ainda assim, apesar de não descartar totalmente, questiona a capacidade da empresa para a realização de um eventual IPO.
"Acho que, ainda, este não é o caminho. Mas temos que pensar como empresa e qual o futuro que a gente pensa para ela. Se chegar um fundo que ache necessário investir para abrir o capital, eu não descarto", disse.
*Com informações do Estadão Conteúdo
Correios precisam de R$ 20 bilhões para fechar as contas, mas ainda faltam R$ 8 bilhões — e valor pode vir do Tesouro
Estatal assinou contrato de empréstimo de R$ 12 bilhões com cinco bancos, mas nova captação ainda não está em negociação, disse o presidente
Moura Dubeux (MDNE3) anuncia R$ 351 milhões em dividendos com pagamento em sete parcelas; veja como receber
Cerca de R$ 59 milhões serão pagos como dividendos intermediários e mais R$ 292 milhões serão distribuídos a título de dividendos intercalares
Tupy (TUPY3) convoca assembleia para discutir eleição de membros do Conselho em meio a críticas à indicação de ministro de Lula
Assembleia Geral Extraordinária debaterá mudanças no Estatuto Social da Tupy e eleição de membros dos conselhos de administração e fiscal
Fundadora da Rede Mulher Empreendedora, Ana Fontes já impactou mais de 15 milhões de pessoas — e agora quer conceder crédito
Rede Mulher Empreendedora (RME) completou 15 anos de atuação em 2025
Localiza (RENT3) e outras empresas anunciam aumento de capital e bonificação em ações, mas locadora lança mão de ações PN temporárias
Medidas antecipam retorno aos acionistas antes de entrada em vigor da tributação sobre dividendos; Localiza opta por caminho semelhante ao da Axia Energia, ex-Eletrobras
CVM inicia julgamento de ex-diretor do IRB (IRBR3) por rumor sobre investimento da Berkshire Hathaway
Processo surgiu a partir da divulgação da falsa informação de que empresa de Warren Buffett deteria participação na resseguradora após revelação de fraude no balanço
Caso Banco Master: Banco Central responde ao TCU sobre questionamento que aponta ‘precipitação’ em liquidar instituição
Tribunal havia dado 72 horas para a autarquia se manifestar por ter optado por intervenção em vez de soluções de mercado para o banco de Daniel Vorcaro
Com carne cara e maior produção, 2026 será o ano do frango, diz Santander; veja o que isso significa para as ações da JBS (JBSS32) e MBRF (MBRF3)
A oferta de frango está prestes a crescer, e o preço elevado da carne bovina impulsiona as vendas da ave
Smart Fit (SMFT3) lucrou 40% em 2025, e pode ir além em 2026; entenda a recomendação de compra do Itaú BBA
Itaú BBA vê geração de caixa elevada, controle de custos e potencial de crescimento em 2026; preço-alvo para SMFT3 é de R$ 33
CSN (CSNA3) terá modernização de usina em Volta Redonda ‘reembolsada’ pelo BNDES com linha de crédito de R$ 1,13 bilhão
Banco de fomento anunciou a aprovação de um empréstimo para a siderúrgica, que pagará por adequações feitas em fábrica da cidade fluminense
De dividendos a ações resgatáveis: as estratégias das empresas para driblar a tributação são seguras e legais?
Formatos criativos de remuneração ao acionista ganham força para 2026, mas podem entrar na mira tributária do governo
Grupo Toky (TOKY3) mexe no coração da dívida e busca virar o jogo em acordo com a SPX — mas o preço é a diluição
Acordo prevê conversão de debêntures em ações, travas para venda em bolsa e corte de até R$ 227 milhões em dívidas
O ano do Itaú (ITUB4), Bradesco (BBDC4), Banco do Brasil (BBAS3) e Santander (SANB11): como cada banco terminou 2025
Os balanços até setembro revelam trajetórias muito diferentes entre os gigantes do setor financeiro; saiba quem conseguiu navegar bem pelo cenário adverso — e quem ficou à deriva
A derrocada da Ambipar (AMBP3) em 2025: a história por trás da crise que derrubou uma das ações mais quentes da bolsa
Uma disparada histórica, compras controversas de ações, questionamentos da CVM e uma crise de liquidez que levou à recuperação judicial: veja a retrospectiva do ano da Ambipar
Embraer (EMBR3) ainda pode ir além: a aposta ‘silenciosa’ da fabricante de aviões em um mercado de 1,5 bilhão de pessoas
O BTG Pactual avalia que a Índia pode adicionar bilhões ao backlog — e ainda está fora do radar de muitos investidores
O dia em que o caso do Banco Master será confrontado no STF: o que esperar da acareação que coloca as decisões do Banco Central na mira
A audiência discutirá supervisão bancária, segurança jurídica e a decisão que levou à liquidação do Banco Master. Entenda o que está em jogo
Bresco Logística (BRCO11) é negociado pelo mesmo valor do patrimônio, segundo a XP; saiba se ainda vale a pena comprar
De acordo com a corretora, o BRCO11 está sendo negociado praticamente pelo mesmo valor de seu patrimônio — múltiplo P/VP de 1,01 vez
Um final de ano desastroso para a Oracle: ações caminham para o pior trimestre desde a bolha da internet
Faltando quatro dias úteis para o fim do trimestre, os papéis da companhia devem registrar a maior queda desde 2001
Negócio desfeito: por que o BRB desistiu de vender 49% de sua financeira a um grupo investidor
A venda da fatia da Financeira BRB havia sido anunciada em 2024 por R$ 320 milhões
Fechadas com o BC: o que diz a carta que defende o Banco Central dias antes da acareação do caso Master
Quatro associações do setor financeiro defendem a atuação do BC e pedem a preservação da autoridade técnica da autarquia para evitar “cenário gravoso de instabilidade”
