Santander (SANB11) registra queda de 46,6% no lucro no 1T23 e reforça provisão para calote da Americanas
Lucro líquido atingiu R$ 2,140 bilhões entre janeiro e março deste ano, mas rentabilidade veio acima do esperado pelos analistas
Os resultados do Santander Brasil (SANB11) no primeiro trimestre de 2023 vieram majoritariamente em linha com o esperado por analistas, com alguns números até melhores.
O lucro líquido gerencial atingiu R$ 2,140 bilhões, uma queda de 46,6% na comparação com o mesmo período do ano passado, mas aumento de 26,7% em relação ao trimestre imediatamente anterior. O consenso de analistas consultados pela Bloomberg apontava para um lucro líquido de R$ 2,160 bilhões, ou seja, uma diferença mínima.
Já a rentabilidade medida pelo índice de retorno sobre o patrimônio (ROE) finalizou o trimestre encerrado em março em 10,6% - analistas apontavam que o índice deveria ficar em apenas um dígito. O número representa queda de 10,1 pontos percentuais (p.p.) em relação aos primeiros três meses do ano passado, mas houve melhora de 2,2 p.p. na comparação com o quarto trimestre de 2022.
“Iniciamos 2023 com foco no fortalecimento do nosso balanço. Nossa abordagem de empréstimo seletiva, que adotamos desde o fim do quarto trimestre de 2021, prioriza produtos com garantia e clientes com ratings de crédito mais altos, permitindo um balanço de melhor qualidade. Mesmo com essa seletividade, conseguimos crescer nosso portfólio em áreas estratégicas, principalmente em financiamento de automóveis, consignado e imobiliário, ao mesmo tempo em que melhoramos nossa margem com clientes por meio de uma maior transacionalidade”, disse o presidente do banco, Mário Leão.
Novas provisões do Santander
Depois de provisionar no quarto trimestre de 2022 cerca de 30% do crédito concedido à Americanas, o Santander aparentemente decidiu elevar a cobertura contra um possível calote da varejista para 100%.
De acordo com o banco, a provisão para créditos de liquidação duvidosa cresceu 138,5% na comparação anual e 49,4% em relação ao quarto trimestre de 2022, totalizando R$ 11 bilhões. O aumento foi impulsionado por um reforço de R$ 4,2 bilhões no balanço realizado nos primeiros três meses de 2023.
Leia Também
O Santander tem R$ 3,6 bilhões a receber da Americanas, de acordo com a lista de credores que a varejista encaminhou à Justiça no processo de recuperação judicial. No balanço do 4T22, o banco fez a menor provisão para o calote da companhia, que pediu recuperação judicial no começo do ano.
Margens apertadas
No primeiro trimestre, a margem financeira bruta do Santander chegou a R$ 13,145 bilhões, uma queda de 6% na comparação com o mesmo período do ano passado, mas alta de 5% em relação ao trimestre anterior. O resultado foi uma combinação de uma piora do resultado da tesouraria e melhora da margem com clientes.
Na tesouraria, o Santander registrou perda de R$ 1,170 bilhão e reverteu o ganho de R$ 84 milhões registrado nos três primeiros meses de 2022. Já a margem com clientes cresceu 3,3% em relação ao primeiro trimestre do ano passado, para R$ 14,315 bilhões, com desempenho positivo de captações, com maiores volumes e spreads, que acompanharam a alta de juros.
Receitas de serviços e tarifas crescem
As receitas oriundas da prestação de serviços e tarifas bancárias cresceram 1,8% na comparação anual, para R$ 4,699 bilhões. De acordo com o Santander, as receitas de operações de crédito foram as que mais cresceram em relação ao primeiro trimestre de 2022, beneficiadas pelo menor volume de isenções de tarifas no período.
As receitas de administração de fundos e consórcios cresceram 8,5%, chegando a R$ 349 milhões. O foco, segundo o Santander, foi a maior produção em consórcios, já que a receita de fundos caiu.
O reajuste de tarifas de serviços de conta corrente também rendeu um aumento de 3,7% nessas receitas, que chegaram a R$ 993 milhões.
Santander cresce carteira de crédito
A carteira de crédito do Santander alcançou R$ 500 bilhões, um aumento anual de 9,9%. Todas as linhas apresentaram alta:
- Grandes empresas: +18,8%
- Pessoa física: +8,4%
- Pequenas e médias empresas: 6,9%
- Financiamento ao consumo: +1,4%
De acordo com o Santander, as novas safras, originadas a partir de janeiro de 2022, vêm apresentando um perfil mais adequado e já representam 54% de participação da carteira total.
Nas grandes empresas, o foco principal do crescimento da carteira foi o comércio exterior, com alta de 42,7%, seguido por repasses (32,2%) e crédito rural (21,4%).
Já na carteira de pessoas físicas, o consignado foi o segmento que mais cresceu na comparação anual e registrou alta de 14,4%, seguido pelo crédito rural (9%) e pelo crédito pessoal (8,5%).
Inadimplência praticamente estável
O índice de inadimplência total observou ligeira deterioração, passando de 3,1% no final de dezembro/22 para 3,2% ao final de março/23. Os clientes pessoa física com dívidas vencidas há mais de 90 dias puxaram o resultado, com aumento de 0,2 ponto percentual de um trimestre para outro, chegando a 4,5%. A inadimplência das empresas ficou estável em 1,4%.
Movimento semelhante é observado na inadimplência entre 15 e 90 dias, cujo índice total ficou estável em 4,5%. O índice dos clientes pessoa física subiu 0,2 ponto percentual, para 6,5%, e o de empresas recuou 0,1 p.p., para 1,9%.
O índice de cobertura atingiu 244% em março de 2023, um crescimento de 29,6 p.p. no ano e de 13,9 p.p. no trimestre.
BRB contratará auditoria externa para apurar fatos da operação Compliance da PF, que investiga o Banco Master
Em comunicado, o banco reafirma seu compromisso com as melhores práticas de governança, transparência e prestação de informações ao mercado
O futuro da Petrobras (PETR4): Margem Equatorial, dividendos e um dilema bilionário
Adriano Pires, sócio-fundador do CBIE e um dos maiores especialistas em energia do país, foi o convidado desta semana do Touros e Ursos para falar de Petrobras
ChatGPT vs. Gemini vs. Llama: qual IA vale mais a pena no seu dia a dia?
A atualização recoloca o Google na disputa com o ChatGPT e o Llama, da Meta; veja o que muda e qual é a melhor IA para cada tipo de tarefa
Magazine Luiza (MGLU3) e Americanas (AMER3) fecham parceria para o e-commerce; veja
Aliança cria uma nova frente no e-commerce e intensifica a competição com Mercado Livre e Casas Bahia
Governador do DF indica Celso Eloi para comandar o BRB; escolha ainda depende da Câmara Legislativa
A nomeação acontece após o afastamento judicial de Paulo Henrique Costa, em meio à operação da PF que mira irregularidades envolvendo o Banco Master
Ele foi o segundo maior banco privado do Brasil e seu jingle resistiu ao tempo, mas não acabou numa boa
Do auge ao colapso: o caso Bamerindus marcou o FGC por décadas como um dos maiores resgates do FGC da história — até o Banco Master
Cedae informa suspensão do pagamento do resgate de CDBs do Banco Master presentes na sua carteira de aplicações
Companhia de saneamento do Rio de Janeiro não informou montante aplicado nos papéis, mas tinha R$ 248 milhões em CDBs do Master ao final do primeiro semestre
A história do banco que patrocinou o boné azul de Ayrton Senna e protagonizou uma das maiores fraudes do mercado financeiro
Banco Nacional: a ascensão, a fraude contábil e a liquidação do banco que virou sinônimo de solidez nos anos 80 e que acabou exposto como protagonista de uma das maiores fraudes da história bancária do país
Oncoclínicas (ONCO3) confirma vencimento antecipado de R$ 433 milhões em CDBs do Banco Master
Ações caem forte no pregão desta terça após liquidação extrajudicial do banco, ao qual o caixa da empresa está exposto
Por que Vorcaro foi preso: PF investiga fraude de R$ 12 bilhões do Banco Master para tentar driblar o BC e emplacar venda ao BRB
De acordo com informações da Polícia Federal, o fundador do Master vendeu mais de R$ 12 bilhões em carteiras de crédito inexistentes ao BRB e entregou documentos falsos ao Banco Central para tentar justificar o negócio com o banco estatal de Brasília
Banco Central nomeia liquidante do Banco Master e bloqueia bens de executivos, inclusive do dono, Daniel Vorcaro
O BC também determinou a liquidação extrajudicial de outras empresas do grupo, como a corretora, o Letsbank e o Banco Master de Investimento
Cloudflare cai e arrasta X, ChatGPT e outros serviços nesta terça-feira (18)
Falha em um dos principais provedores de infraestrutura digital deixou diversos sites instáveis e fora do ar
Liquidado: de crescimento acelerado à crise e prisão do dono, relembre como o Banco Master chegou até aqui
A Polícia Federal prendeu o dono da empresa, Daniel Vorcaro, em operação para apurar suspeitas de crimes envolvendo a venda do banco para o BRB, Banco de Brasília.
BTG Pactual (BPAC11) quer transformar o Banco Pan (BPAN4) em sua subsidiária; confira proposta
Segundo fato relevante publicado, cada acionista do Pan receberá 0,2128 unit do BTG para cada ação, exceto o Banco Sistema, que já integra a estrutura de controle. A troca representa um prêmio de 30% sobre o preço das ações preferenciais do Pan no fechamento de 13 de outubro de 2025
Polícia Federal prende Daniel Vorcaro, dono do Banco Master; BC decreta liquidação extrajudicial da instituição
O Banco Central (BC) decretou a liquidação extrajudicial do Master, que vinha enfrentando dificuldades nos últimos meses
Azzas 2154 (AZZA3) e Marcopolo (POMO4) anunciam mais de R$ 300 milhões em dividendos e juros sobre capital próprio (JCP)
Dona da Arezzo pagará R$ 180 milhões, e fabricante de ônibus, R$ 169 milhões, fora os JCP; veja quem tem direito aos proventos
XP (XPBR31) anuncia R$ 500 milhões em dividendos e recompra de até R$ 1 bilhão em ações após lucro recorde no 3T25
Companhia reportou lucro líquido de R$ 1,33 bilhão, avanço de 12% na comparação anual; veja os destaques do balanço
Banco do Brasil (BBAS3) lança cartão para a altíssima renda de olho nos milionários; veja os benefícios
O cartão BB Visa Altus Liv será exclusivo para clientes com mais de R$ 1 milhão investido, gastos médios acima de R$ 20 mil e/ou renda mínima de R$ 30 mil
A ação que pode virar ‘terror’ dos vendidos: veja o alerta do Itaú BBA sobre papel ‘odiado’ na B3
Apesar da pressão dos vendidos, o banco vê gatilhos de melhora para 2026 e 2027 e diz que shortear a ação agora pode ser um erro
JBS (JBSS32): BofA ‘perdoa’ motivo que fez mercado torcer o nariz para a empresa e eleva preço-alvo para as ações
Após balanço do terceiro trimestre e revisão do guidance, o BofA elevou o preço-alvo e manteve recomendação de compra para a JBS
