Petrobras (PETR4) obtém vitória com aval do Ibama para perfurar dois poços e avança na Margem Equatorial; entenda o potencial da região
No plano da Petrobras para 2023 a 2027, os investimentos na região estão estimados em US$ 3 bilhões (cerca de R$ 15 bilhões), em um total de 16 poços a serem perfurados no período
Às vésperas de comemorar 70 anos de existência, a Petrobras (PETR3/PETR4) está dando novos passos na região que está sendo considerada a nova fronteira de exploração do petróleo do Brasil, a Margem Equatorial.
A área recebeu este nome por que está localizada próxima à Linha do Equador, no Norte do país, e se estende do litoral do Rio Grande do Norte ao do Amapá.
É também nessa região que fica a foz do rio Amazonas, o que trouxe polêmica sobre possíveis impactos ambientais caso a exploração de petróleo também seja autorizada no local.
Porém, agora está claro que o avanço na Margem Equatorial vai começar com dois poços exploratórios em águas profundas da Bacia Potiguar, já que a Petrobras recebeu hoje (2) a confirmação de que o Ibama - órgão ambiental brasileiro - liberou as duas áreas.
Na última sexta-feira (29), o Ministério de Minas e Energia já havia anunciado que o Ibama deu as licenças ambientais.
Petrobras: mudança de estratégia na Margem Equatorial?
Além da Bacia de Potiguar (POT), as bacias sedimentares onde a Petrobras possui blocos exploratórios para perfurar na Margem Equatorial são a FZA (Foz do Amazonas), PAMA (Pará-Maranhão) e BAR (Barreirinhas).
Leia Também
Em longo tuíte na rede social X (ex-Twitter) no último domingo (1), o presidente da estatal, Jean Paul Prates, disse que a prioridade da Petrobras sempre foi FZA, POT e BAR - nesta ordem - e que os pedidos de licença iniciais foram apresentados em abril do ano passado.
Porém, o Ibama negou a licença do poço no setor Amapá Águas Profundas na Foz do Amazonas, em meio ao aumento de discussões sobre possíveis impactos no local.
Segundo o executivo, no entanto, os planos seguem os mesmos, e o Ibama segue analisando o pedido de reconsideração da companhia junto com os ministérios responsáveis.
Para Prates, o Ibama e o Ministério de Minas e Energia apenas optaram por começar a licenciar a possibilidade de perfuração marítima da Margem Equatorial “pela região em que há mais estudos, atividades e experiência operacional: a Bacia Potiguar (costa do Ceará e do RN)”.
Próximos passos da Petrobras e investimentos na região
Com a autorização, o primeiro poço será perfurado a 52 km da costa já nas próximas semanas, após a chegada de uma sonda, informou a Petrobras.
Não há produção de petróleo nessa fase, mas com a pesquisa exploratória, a companhia pretende obter mais informações geológicas da área para avaliar a viabilidade econômica e a extensão da descoberta de petróleo realizada em 2013 no poço de Pitu.
No último domingo, porém, o presidente da Petrobras já afirmou que a campanha exploratória da Margem Equatorial tem potencial para investimentos de até US$ 21 bilhões (cerca de R$ 106 bilhões no câmbio atual) no caso de sucesso, gerando 497 mil empregos e pagamento de até US$ 32 bilhões (R$ 162,1 bilhões) em impostos.
A avaliação é que a região possa ainda ajudar no desenvolvimento econômico dos estados do Nordeste.
Até o momento, no plano da estatal para 2023 a 2027, os investimentos na região estão estimados em US$ 3 bilhões (cerca de R$ 15 bilhões), em um total de 16 poços a serem perfurados no período.
Potencial da Margem Equatorial
Estudos internos da Petrobras mostram que um único bloco na Margem Equatorial, na região amazônica do Amapá, pode conter reservas de mais de 5,6 bilhões de barris de petróleo. Isso segundo informações dadas pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, na última sexta-feira (29).
Porém, a estatal não confirmou a informação e disse que “não torna público o potencial volumétrico em áreas exploratórias”.
Mas a expectativa é que a região como um todo seja promissora. Descobertas recentes anunciadas em regiões próximas a essas fronteiras, especialmente nos países vizinhos Guiana e Suriname, indicam relevante potencial de produção de petróleo.
“As novas fronteiras brasileiras são essenciais para a garantia da segurança e soberania energética nacional, num contexto de transição energética e economia de baixo carbono”, disse a estatal em comunicado arquivado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
TOUROS E URSOS - Por que o Ibovespa (ainda) não decolou? Uma entrevista exclusiva com Felipe Miranda
Petrobras fez teste de segurança na região
Antes de obter a autorização do Ibama sobre os dois poços, o Ibama autorizou a Petrobras a realizar uma Avaliação Pré-Operacional (APO) - uma espécie de “simuladão” de ocorrência de um vazamento de petróleo - para a perfuração do poço de Pitu Oeste, na costa do Ceará e do RN, da Bacia Potiguar.
A Petrobras realizou os testes com pleno êxito na semana retrasada, com mais de 1 mil pessoas envolvidas.
Segundo o presidente da Petrobras, caso o Ibama ainda autorize a realização de uma APO similar na Bacia da Foz do Amazonas, “a Petrobras deverá conduzi-la imediatamente, com vistas à obtenção da licença também no Amapá”.
AUAU3: planos da Petz (PETZ3) para depois da fusão com a Cobasi incluem novo ticker; confira os detalhes
Operação será concluída em janeiro, com Paulo Nassar no comando e Sergio Zimerman na presidência do conselho
IPO no horizonte: Aegea protocola pedido para alterar registro na CVM; entenda a mudança
A gigante do saneamento solicitou a migração para a categoria A da CVM, passo que abre caminho para uma possível oferta pública inicial
Nelson Tanure cogita vender participação na Alliança (ALLR3) em meio a processo sancionador da CVM; ações disparam na B3
Empresa de saúde contratou assessor financeiro para estudar reorganização e possíveis mudanças no controle; o que está em discussão?
Pílula emagrecedora vem aí? Investidores esperam que sim e promovem milagre natalino em ações de farmacêutica
Papéis dispararam 9% em Nova York após agência reguladora aprovar a primeira pílula de GLP-1 da Novo Nordisk
AZUL4 dá adeus ao pregão da B3 e aérea passa ter novo ticker a partir de hoje; Azul lança oferta bilionária que troca dívidas por ações
Aérea pede registro de oferta que transforma dívida em capital e altera a negociação dos papéis na bolsa; veja o que muda
Hapvida (HAPV3) prepara ‘dança das cadeiras’ com saída de CEO após 24 anos para tentar reverter tombo de 56% nas ações em 2025
Mudanças estratégicas e plano de sucessão gerencial será implementado ao longo de 2026; veja quem assume o cargo de CEO
Magazine Luiza (MGLU3) vai dar ações de graça? Como ter direito ao “presente de Natal” da varejista
Acionistas com posição até 29 de dezembro terão direito a novas ações da varejista. Entenda como funciona a operação
Tupy (TUPY3) azeda na bolsa após indicação de ministro de Lula gerar ira de conselheiro. Será mais um ano para esquecer?
A indicação do ministro da Defesa para o conselho do grupo não foi bem recebida por membros do colegiado; entenda
Santander (SANB11), Raia Drogasil (RADL3), Iguatemi (IGTI11) e outras gigantes distribuem mais de R$ 2,3 bilhões em JCP e dividendos
Santander, Raia Drogasil, JHSF, JSL, Iguatemi e Multiplan somam cerca de R$ 2,3 bilhões em proventos, com pagamentos previstos para 2025 e 2026
Eztec (EZTC3) renova gestão e anuncia projeto milionário em São Paulo
Silvio Ernesto Zarzur assume nova função na diretoria enquanto a companhia lança projeto de R$ 102 milhões no bairro da Mooca
Dois bancos para lucrar em 2026: BTG Pactual revela dupla de ações que pode saltar 30% nos próximos meses
Para os analistas, o segmento de pequenos e médios bancos concentra oportunidades interessantes, mas também armadilhas de valor; veja as recomendações
Quase 170% em 2025: Ação de banco “fora do radar” quase triplica na bolsa e BTG vê espaço para mais
Alta das ações em 2025 não encerrou a tese: analistas revelam por que ainda vale a pena comprar PINE4 na bolsa
Tchau, B3! Neogrid (NGRD3) pode sair da bolsa com OPA do Grupo Hindiana
Holding protocolou oferta pública de aquisição na CVM para assumir controle da Neogrid e cancelar seu registro de companhia aberta
A reorganização societária da Suzano (SUZB3) que vai redesenhar o capital e estabelecer novas regras de governança
Companhia aposta em alinhamento de grupos familiares e voto em bloco para consolidar estratégia de longo prazo
Gafisa, Banco Master e mais: entenda a denúncia que levou Nelson Tanure à mira dos reguladores
Uma sequência de investigações e denúncias colocou o empresário sob escrutínio da Justiça. Entenda o que está em jogo
Bilionária brasileira que fez fortuna sem ser herdeira quer trazer empresa polêmica para o Brasil
Semanas após levantar US$ 1 bilhão em uma rodada de investimentos, a fundadora da Kalshi revelou planos para desembarcar no Brasil
Raízen (RAIZ4) precisa de quase uma “Cosan” para voltar a um nível de endividamento “aceitável”, dizem analistas
JP Morgan rebaixou a recomendação das ações de Raízen e manteve a Cosan em Neutra, enquanto aguarda próximos passos das empresas
Direito ao voto: Copel (CPLE3) migra para Novo Mercado da B3 e passa a ter apenas ações ordinárias
De acordo com a companhia, a reestruturação resulta em uma base societária mais simples, transparente e alinhada às melhores práticas do mercado
Então é Natal? Reveja comerciais natalinos que marcaram época na televisão brasileira
Publicidades natalinas se tornaram quase obrigatórias na cultura televisiva brasileira durante décadas, e permanecem na memória de muitos; relembre (ou conheça) algumas das mais marcantes
Com duas renúncias e pressão do BNDESPar, Tupy (TUPY3) pode eleger um novo conselho do zero; entenda
A saída de integrantes de conselhos da Tupy levou o BNDESPar a pedir a convocação de uma Assembleia Geral Extraordinária para indicar novos nomes. Como o atual conselho foi eleito por voto múltiplo, a eventual AGE pode resultar na eleição de todo o colegiado