O pior já passou? O que diz a Fitch sobre as empresas brasileiras um mês após ter elevado a nota de crédito do Brasil
As empresas sob o guarda-chuva da agência de classificação de risco têm R$ 425 bilhões em dívidas com vencimento até 2024; o número assusta, mas pode não ser tão ruim assim; entenda por quê

Muitas foram as notícias de empresas brasileiras com diferentes problemas de saúde financeira e até de recuperações judiciais nos últimos meses.
O movimento ocorreu após um longo período de taxa básica de juros (Selic) acima de dois dígitos e da redução da oferta de crédito no país, agravada pelo calote da Americanas (AMER3).
Os juros altos elevam os custos das dívidas das companhias e, junto com uma inflação elevada e essa dificuldade de obter mais crédito, corroeram a capacidade das empresas brasileiras de gerarem caixa e pagarem dívidas em dia.
Um sinal evidente da piora do perfil de crédito das empresas foi que a agência de classificação de risco Fitch Ratings fez mais cortes de notas de crédito na primeira metade de 2023 do que no ano anterior. Porém, esse cenário já dá sinais de mudanças.
“Esperamos que as ações de rating negativas diminuam no segundo semestre, após 25 rebaixamentos corporativos no acumulado do ano, em comparação com 18 rebaixamentos totais em 2021-2022. Os downgrades ocorreram em vários setores, mas o varejo e a saúde representaram 32% do total”, disseram os analistas da agência em relatório publicado hoje.
A perspectiva da agência é de retomada gradual do mercado de dívida no Brasil e nos países vizinhos, além do impacto positivo da melhora da inflação e do início do corte da taxa de juros. Mais um fator que pode indicar que o pior já passou é o progresso da reforma fiscal feito pelo governo.
Leia Também
“Esses fatores tendem a beneficiar a demanda e podem permitir uma recuperação gradual de margens e alavancagens, especialmente em 2024”, destacaram ainda os analistas.
- VEJA TAMBÉM: Essa estratégia tem potencial de gerar até US$ 500 dólares por semana na sua conta; conheça agora
Queda de juros vai determinar recuperação
A velocidade e a magnitude da recuperação da economia e dos cortes da Selic são vistos como cruciais para que a recuperação das métricas de crédito das empresas também avance.
“O ritmo e magnitude dos cortes da taxa de juros são elementos-chave para aumentar o fluxo de caixa, já que o fluxo de caixa dos emissores alavancados permanecerá pressionado até que a principal taxa de juros do Brasil diminua de forma mais significativa”, avaliam.
A Fitch estima uma Selic de 12,25% ao ano até o final de 2023 e 9,00% até o final de 2024, apoiada pela inflação mais baixa. O Banco Central do Brasil iniciou a redução da Selic em agosto de 2023. A taxa caiu para 13,25% após ter se mantido na casa dos dois dígitos desde fevereiro de 2022.
Um alerta da agência é que há uma demanda ainda instável em vários setores, incluindo o de siderurgia, cimento, varejo e indústria automobilística. Mas, mesmo esses setores podem se beneficiar de melhores condições de negócios nos próximos trimestres.
No dia 26 de julho, a Fitch elevou o rating soberano do Brasil para “BB” devido ao desempenho macroeconômico e fiscal melhor do que o esperado.
SEU DINHEIRO EXPLICA — Dá para pagar uma faculdade de medicina com o Tesouro Educa+? Fizemos as contas para você!
Dívidas vencendo em 2024 chegam a R$ 425 bilhões
A Fitch estima que as empresas brasileiras que avalia tenham R$ 425 bilhões em dívidas com vencimento até o final de 2024 e R$ 190 bilhões em 2025.
Apesar de o montante assustar, a agência afirma que o volume de títulos com vencimento até o final do ano que vem, na verdade, é baixo, e a dívida do mercado de capitais local está concentrada em créditos das categorias “AAA(bra)” ou “AA(bra)”.
Em relação a dívidas no exterior, apenas US$ 2,8 bilhões (R$ 13,6 bilhões) em títulos vencem até o final de 2024, a maioria dos quais emitidos por empresas com fortes fluxos de caixa em dólares e acesso amplo a múltiplas fontes de financiamento.
As emissões corporativas de países que fazem fronteira com o Brasil na América Latina também iniciaram uma recuperação moderada, o que poderia beneficiar as empresas brasileiras.
“Positivamente, o risco de refinanciamento é moderado para a maioria das entidades classificadas pela Fitch”, disseram os analistas.
Dividendos e JCP: saiba quanto a Multiplan (MULT3) vai pagar dessa vez aos acionistas e quem pode receber
A administradora de shopping center vai pagar proventos aos acionistas na forma de juros sobre capital próprio; confira os detalhes
Compra do Banco Master: BRB entrega documentação ao BC e exclui R$ 33 bi em ativos para diminuir risco da operação
O Banco Central tem um prazo de 360 dias para analisar a proposta e deliberar pela aprovação ou recusa
Prio (PRIO3): Santander eleva o preço-alvo e vê potencial de valorização de quase 30%, mas recomendação não é tão otimista assim
Analistas incorporaram às ações da petroleira a compra da totalidade do campo Peregrino, mas problemas em outro campo de perfuração acende alerta
Estreia na Nyse pode transformar a JBS (JBSS32) de peso-pesado brasileiro a líder mundial
Os papéis começaram a ser negociados nesta sexta-feira (13); Citi avalia catalisadores para os ativos e diz se é hora de comprar ou de esperar
Minerva (BEEF3) entra como terceira interessada na incorporação da BRF (BRFS3) pela Marfrig (MRFG3); saiba quais são os argumentos contrários
Empresa conseguiu autorização do Cade para contribuir com dados e pareceres técnicos
“Com Trump de volta, o greenwashing perde força”, diz o gestor Fabio Alperowitch sobre nova era climática
Para o gestor da fama re.capital, retorno do republicano à Casa Branca acelera reação dos ativistas legítimos e expõe as empresas oportunistas
Dividendos e JCP: Telefônica (VIVT3), Copasa (CSMG3) e Neoenergia (NEOE3) pagam R$ 1 bilhão em proventos; veja quem tem direito a receber
A maior fatia é da B3, a operadora da bolsa brasileira, que anunciou na noite desta quinta-feira (11) R$ 378,5 milhões em juros sobre capital próprio
Radar ligado: Embraer (EMBR3) prevê demanda global de 10,5 mil aviões em 20 anos; saiba qual região é a líder
A fabricante brasileira de aviões projeta o valor de mercado de todas as novas aeronaves em US$ 680 bilhões, avanço de 6,25% em relação ao ano anterior
Até o Nubank (ROXO34) vai pagar a conta: as empresas financeiras mais afetadas pelas mudanças tributárias do governo
Segundo analistas, os players não bancários, como Nubank, XP e B3, devem ser os principais afetados pelos novos impostos; entenda os efeitos para os balanços dos gigantes do setor
Dividendo de R$ 1,5 bilhão da Rumo (RAIL3) é motivo para ficar com o pé atrás? Os bancos respondem
O provento representa 70% do lucro líquido do último ano e é bem maior do que os R$ 350 milhões distribuídos na última década. Mas como fica a alavancagem?
O sinal de Brasília que faz as ações da Petrobras (PETR4) operarem na contramão do petróleo e subirem mais de 1%
A Prio e a PetroReconcavo operam em queda nesta quinta-feira (12), acompanhando os preços mais baixos do Brent no mercado internacional
Dia dos Namorados: por que nem a solteirice salva apps de relacionamento como Tinder e Bumble da crise de engajamento
Após a pandemia, dating apps tiveram uma queda grande no número de “pretendentes”, que voltaram antigo método de conhecer pessoas no mundo real
Bradesco (BBDC4) surpreende, mas o pior ficou para trás na Cidade de Deus? Mercado aumenta apostas nas ações e diretor revela o que esperar
Ações disparam após balanço e, dentro da recuperação “step by step”, banco mira retomar níveis de rentabilidade (ROE) acima do custo de capital
Despedida da Wilson Sons (PORT3) da bolsa: controladora registra OPA; veja valor por ação
Os acionistas que detém pelo menos 10% das ações em circulação têm 15 dias para requerer a realização de nova avaliação sobre o preço da OPA
A Vamos (VAMO3) está barata demais? Por que Itaú BBA ignora o pessimismo do mercado e prevê 50% de valorização nas ações
Após um evento com os executivos, os analistas do banco reviram suas premissas e projetam crescimento de lucro para 2025 e 2026
A notícia que derruba a Braskem (BRKM5) hoje e coloca as ações da petroquímica entre as maiores baixas do Ibovespa
A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, e o empresário Nelson Tanure falaram sobre o futuro da companhia e preocuparam os investidores
T4F (SHOW3) propõe pagar R$ 1,5 milhão para encerrar processo sobre trabalho análogo à escravidão no Lollapalooza, mas CVM rejeita
Em 2023, uma fiscalização identificou que cinco funcionários da Yellow Stripe, contratada da T4F para o festival, estavam dormindo no local em colchonetes de papelão
Em meio ao ânimo com o Minha Casa Minha Vida, CEO da Direcional (DIRR3) fala o que falta para apostar mais pesado na Faixa 4
O Seu Dinheiro conversou com o CEO Ricardo Gontijo sobre a Faixa 4 do Minha Casa Minha Vida, expectativas para a empresa, a Riva, os principais desafios para a companhia e o cenário macro
Petrobras (PETR4) respira: ações resistem à queda do petróleo e seguem entre as maiores altas do Ibovespa hoje
No dia anterior, a estatal foi rebaixada por grandes bancos, que estão de olho das perspectivas para os preços das commodity
AgroGalaxy (AGXY3) reduz prejuízo no 1T25, mas receita despenca 80% em meio à recuperação judicial
Tombo no faturamento decorre do cancelamento da carteira de pedidos da safrinha de milho, tradicionalmente o principal negócio do período para distribuidoras de insumos agrícolas