Natura (NTCO3) tem prejuízo de R$ 652 milhões no 1T23, mas ações sobem 15% na B3
Para analistas, resultado reflete esforço da Natura (NTCO3) em melhorar sua estrutura, enquanto Avon e The Body Shop ainda preocupam

A Natura (NTCO3) apresentou seu balanço referente ao primeiro trimestre deste ano com um prejuízo líquido que soma R$ 652,4 milhões, apenas 1,4% a mais do que o visto no mesmo período de 2022.
A receita líquida da fabricante de cosméticos totalizou R$ 8,021 bilhões, uma baixa de 2,8%. Em moeda constante houve alta de 3,4%.
Já o Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado da companhia chegou a R$ 841,7 milhões, 41,3% acima do registrado entre janeiro e março do ano passado.
Segundo a Natura, apesar do prejuízo praticamente igual ao que foi visto em 2022, o Ebitda mais saudável foi mais do que compensando por mais despesas financeiras. A empresa ainda aponta que isso será resolvido em breve com a venda da Aesop para a L'Oréal.
A dívida líquida da companhia, excluindo leasing, foi de R$ 9,4 bilhões nos primeiros três meses deste ano. No trimestre anterior, esse valor era de R$ 7,4 bilhões. O salto é explicado, de acordo com os resultados, por consumo de caixa sazonal e aumento de estoque.
- Ainda tem dúvidas sobre como fazer a declaração do Imposto de Renda 2023? O Seu Dinheiro preparou um guia completo e exclusivo com o passo a passo para que você “se livre” logo dessa obrigação – e sem passar estresse. [BAIXE GRATUITAMENTE AQUI]
Ainda conforme o balanço, a margem registrada no primeiro trimestre do ano foi de 10,5%, alta de 300 pontos percentuais na comparação com o mesmo período de 2022.
Leia Também
Desta vez, os destaques positivos da complexa operação da Natura vieram da América Latina e, olhando para suas marcas, de Aesop e Natura.
VEJA TAMBÉM - Adeus, Serasa: “se eu deixar de pagar minhas dívidas por 5 anos, elas simplesmente somem e meu nome volta a ficar limpo?”
Descubra a resposta para este e outros problemas envolvendo dinheiro no novo episódio de A Dinheirista, que resolve suas aflições financeiras com bom humor:
Segundo o documento arquivado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Avon Internacional e a The Body Shop continuam pressionando a companhia, com esta última exigindo investimentos contínuos.
Outros pontos positivos foram um melhor mix de produtos e precificação na Natura e na Avon em toda a América Latina, além da Avon Internacional, que foram capazes de absorver parte dos impactos da inflação. Além disso, segundo a Natura, o balanço do 1T23 já traz resultados das últimas movimentações da empresa, que busca reorganizar toda a sua estrutura.
O que o mercado achou do balanço da Natura (NTCO3)
Em relatório, o BTG Pactual afirma que os preços mais altos, o melhor mix de categorias e ainda a otimização dos investimentos em marketing foram importantes para a margem da Natura (NTCO3).
Reforçou, também, que a Natura conseguiu reduzir em 36% as despesas da holding na comparação anual, em linha com a promessa de otimizar sua estrutura.
"A recuperação ainda difícil nos deixa mais conservadores, apesar do valuation atraente", escreveram os analistas.
A equipe reforça que enxerga dois grandes desafios para a Natura neste início de ano, incluindo a alta alavancagem num cenário de juros altos e problemas na reformulação de suas operações, especialmente Avon e The Body Shop.
Para o Santander, os resultados da Natura vieram acima do esperado, com destaque para o resultado operacional e o nível de consumo de caixa. Os analistas consideram que os números divulgados hoje refletem o compromisso da companhia com as melhorias necessárias.
O relatório destaca o desempenho ruim da Avon Internacional, bastante pressionada pelas condições macroeconômicas que derrubaram suas vendas (-12,8%). Ainda assim, o Santander acredita que, de todas as marcas da Natura, a The Body Shop é aquela com pior desempenho e sem sinais de melhora.
O banco tem recomendação neutra para o papel, com preço-alvo de R$ 12,20 — potencial de valorização de 8,2% se considerado o fechamento anterior.
Às 10h31, NTCO3 subia 8,43% na bolsa, cotada a R$ 12,22, reflexo da empolgação dos investidores com o ativo após os dados divulgados mais cedo. Os papéis encerraram o dia com alta ainda maior, de 15,08%, a R$ 12,97.

Petrobras (PETR4) nada contra a maré, amplia ganhos e termina entre as maiores altas do Ibovespa
Prio e Brava não acompanham o ritmo de alta e encerram a última sessão da semana no vermelho, acompanhando o recuo do Brent no mercado internacional
Jogada de marketing: lendária empresa aérea Pan Am volta a cruzar os céus em um tour especial de R$ 330 mil
Após falir e virar companhia de licenciamento de marca, aérea recria experiência de luxo que marcou uma geração
A proposta da presidência da COP30 para maximizar as ações de combate às mudanças climáticas
A carta oferece uma oportunidade para que atores não diretamente envolvidos nas negociações, como governos subnacionais, setor privado, academia e sociedade civil, liderem iniciativas
História de um casamento (falido): Caoa e Hyundai terminam parceria após 26 anos
Um anúncio oficial ainda não foi publicado por nenhuma das companhias envolvidas, mas já foi confirmado por pessoas familiares ao assunto
Petrobras (PETR4) paga dividendos hoje — com valor corrigido pela Selic; veja quem tem direito à bolada de feriadão
Valor é referente ao balanço de dezembro de 2024 e é a segunda — e última — parcela dos proventos adicionais
Por que essas duas empresas gringas estão investindo R$ 20 bilhões no Brasil — e como esse dinheiro será usado
Nestlé e Mercado Livre tem operações gigantescas no país e pretendem apostar ainda mais dinheiro no mercado nacional
Presidente da Petrobras (PETR4) torce por dividendos extraordinários, mas pagamento depende de fator ‘incontrolável’
O pagamento extra pode também ajudar o governo a fechar as contas — mas há dúvidas se a estatal será capaz de bancar esse custo
Irmãos Batista são eleitos para comandar conselho da JBS S.A., subsidiária da holding após internacionalização
Estrutura da JBS NV, com sede na Holanda, segue inalterada
Dividendos e JCP: Bradesco (BBDC4) vai distribuir R$ 3 bilhões em proventos; confira os detalhes
O banco vai pagar proventos aos acionistas na forma de juros sobre capital próprio, mas a data para receber ainda está longe
Huawei lança no Brasil celular de R$ 33 mil — o primeiro do mundo com tela que dobra em três
O anúncio foi feito em um evento em São Paulo, onde a empresa também revelou planos para inaugurar sua primeira loja física no país
Sinal amarelo para a WEG (WEGE3): entenda por que a queridinha dos investidores é vista com cautela pelos bancos
Mesmo com demanda forte e avanço até 2028, a companhia pode estar enfrentando um ponto de inflexão na rentabilidade
BC autoriza injeção bilionária no Master — mas banco ainda precisará de outra capitalização de R$ 1 bilhão se quiser ser vendido para o BRB
Um aumento de capital de R$ 2 bilhões no banco foi um dos requisitos do BRB para comprar a metade do Master; veja o que falta para a transação sair do papel
Leilão de petróleo da ANP tem 34 de 172 blocos arrematados, incluindo áreas na Foz do Amazonas; Petrobras e Chevron são destaque
Evento ocorreu em meio a protestos e críticas sobre a exploração de petróleo na região amazônica
Brasil lidera com a ONU iniciativa para colocar justiça e humanidade no centro das negociações climáticas rumo à COP30
O Balanço Ético Global quer pressionar governos a apresentar novos planos climáticos mais justos e ambiciosos antes da COP30 e levar as demandas das comunidades mais afetadas para a mesa de negociação
Embraer (EMBR3) traz boas notícias do Paris Air Show, e ação salta mais de 4% na bolsa
Hoje, a SkyWest é a maior operadora do E175, com mais de 260 aeronaves da Embraer
CVM já tem votos para absolver ex-conselheiro do BRB em caso de conflito de interesse
Romes Gonçalves Ribeiro teria assumido o cargo em uma empresa concorrente do banco sem mencionar relação e omitido as informações, segundo a acusação
Dividendos e JCP: WEG (WEGE3) e Cemig (CMIG4) vão distribuir quase R$ 1 bilhão em proventos; confira os prazos
Além da queridinha dos investidores e da companhia do setor elétrico, a Hypera (HYPE3) também pagará proventos em forma de juros para seus acionistas; confira quem pode receber
Controladora do aeroporto de Guarulhos chega a acordo com credores e evita (por enquanto) a rota da recuperação judicial
Invepar chegou a acordo com credores na véspera de uma assembleia geral extraordinária, que deliberaria sobre o possível pedido de recuperação judicial
A compra do Banco Master pelo BRB finalmente vai sair do papel? Cade aprova acordo sem restrições; veja quais os próximos passos
A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica aprovou, sem restrições ou remédios, a transação anunciada pelas duas instituições
Fundo Amazônia bate recorde ao destinar mais de R$ 1 bilhão para projetos; confira os detalhes
Desde sua criação, o fundo já investiu R$ 2,7 bilhões em 133 iniciativas para conservação, monitoramento e desenvolvimento sustentável do bioma