Log (LOGG3) quebra recordes em 2022 e aposta na venda de galpões para seguir no ‘guinness book’ da logística neste ano
Meta de entregas batidas, vendas recordes de ativos e o resultado financeiro em um patamar nunca antes registrado marcaram o ano da empresa de galpões logísticos
Empresas com qualquer tipo de ligação com a Americanas (AMER3) têm sido vistas com receio desde que a varejista ficou à beira da bancarrota. Mas, a julgar pelo balanço trimestral apresentado há pouco Log Commercial Properties (LOGG3), a companhia de galpões logísticos mostrou que é digna de um voto de confiança do mercado.
Meta de entregas batidas, vendas recordes de ativos e o resultado financeiro em um patamar nunca antes registrado marcaram o ano da empresa de galpões logísticos controlada pelos sócios do Grupo MRV.
A companhia reportou lucro líquido ajustado de R$ 425 milhões em 2022, alta de 11% ante ano anterior. O Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) apresentou um crescimento ainda maior, de 21%, em relação a 2021 e chegou a R$ 500 milhões.
Além disso, a relação comercial com a Americanas não preocupa a Log por conta de uma característica de seu portfólio: o baixo risco total da carteira de clientes.
A empresa esclarece que tem um contrato de locação em vigor com a varejista até maio de 2027, mas destaca que ele representa 3,4% do total da sua receita. Reforça ainda que, até o momento, não há valores a título de aluguel em atraso da companhia em recuperação judicial.
Fator técnico e queda das ações afetou a performance financeira no quarto trimestre
De volta ao balanço da Log, o bom desempenho anual foi registrado a despeito de um quarto trimestre mais fraco do que o dos últimos três meses de 2021. O Ebitda recuou 3% nessa base de comparação, para R$ 95 milhões, enquanto o lucro líquido caiu 28% e ficou em R$ 64 milhões.
Leia Também
Segundo o CEO da companhia, Sergio Fischer, a performance é explicada por um motivo técnico. Com as ações LOGG3 acumulando um recuo de mais de 35% nos últimos 12 meses, a empresa optou por comprar papéis no mercado.
Parte da recompra é feita utilizando o próprio caixa da empresa, já outra parcela é adquirida por meio de instrumentos derivativos. O custo de ativos recomprados dessa segunda maneira variam conforme a marcação a mercado e, de acordo com Fischer, pesou no resultado do quarto trimestre.
Ano de recordes na Log
Apesar do tropeço no final do ano, o executivo avalia que 2022 foi “transformador” para Log. Além dos resultados financeiros recordes acumulados, o Fischer destaca que os indicadores operacionais da companhia são motivos para comemoração.
Foram entregues 415 mil metros quadrados de Área Bruta Locável (ABL) no período. A Log reportou ainda uma absorção bruta de 457 mil metros quadrados.
O feito foi possível graças à estratégia flight to quality: focar em galpões de alto padrão construtivo e boa localização que atraíram empresas que antes ocupavam espaços de menor qualidade e infraestrutura.
A companhia apostou também na reciclagem de ativos, que, para o CEO, é “a principal fonte de recursos para o crescimento futuro”.
A venda de galpões rendeu o valor recorde de R$ 429 milhões em 2022, com margem bruta de 32,6%, em um momento no qual o custo alto para a emissão de títulos de dívida e o cenário pouco favorável para uma captação na bolsa de valores dificultaram outras fontes de recursos.
“Esse ano queremos bater outro recorde e já existem conversas em andamento com possíveis compradores. Mas não faremos nada correndo, pois buscamos sempre margens saudáveis e existe liquidez para ativos de qualidade como os nossos”, indica Fischer.
Americanas (AMER3) está na carteira, mas isso não é motivo para preocupação, segundo a Log
Outros pontos fortes do balanço da Log são a baixa vacância, estabilizada em 2,6%, e a carteira com mais de 200 clientes.
Cerca de 19% deles está ligado diretamente ao e-commerce, mas, se considerada a influência indireta do comércio eletrônico, o percentual sobe para 61%. Entre os principais nomes estão Amazon, Mercado Livre, Ambev, Shopee e Pepsico.
Conforme destacado no início do texto, a Americanas — que domina os noticiários há um mês após a descoberta de um rombo contábil bilionário — também aparece na carteira.
A Log já explicou que não há motivo para pânico, mesmo com a varejista em recuperação judicial. Ainda assim, a situação reacendeu os temores do mercado sobre o possível impacto das dificuldades financeiras de grandes players em outros membros da cadeia do e-commerce.
Atualmente, o maior nome do portfólio da Log, a Amazon, é responsável por 20,5% da receita bruta e 11,4% da ABL. Contudo, a empresa garante que essa concentração de clientes será diluída “naturalmente” à medida que entregar novos projetos previstos para 2023.
“Além disso, a Amazon é uma das maiores empresas do mundo e está vivendo um bom momento no Brasil. Temos fechado novas operações com a companhia, com contratos fortes e de longo prazo”, argumenta o CEO da Log.
Os planos da Log para 2023
Por falar em novos projetos, os planos da companhia para este ano incluem a entrega de oito obras em “regiões metropolitanas de crescente demanda”. De acordo com a empresa, os empreendimentos têm potencial para “grande geração de valor”.
Os futuros imóveis devem engordar a participação do desenvolvimento imobiliário na receita da Log. A unidade de locação também deve crescer “naturalmente” e ganhar mais representatividade no resultado financeiro, de acordo com o CEO.
Temos capacidade de fazer mais de 500 mil metros quadrados em 2023. Mas teremos uma postura mais cautelosa, especialmente no primeiro trimestre, acompanhando o ambiente macroeconômico para decidir se pisamos no acelerador ou entregamos um crescimento mais controlado como o de 2022.
Sergio Fischer, CEO da Log
Cosan (CSAN3) aprova aumento de capital e lança oferta de R$ 10 bilhões em ações para entrada de BTG e Perfin
BTG, Perfin e a holding da família Ometto são os investidores-âncora, e já garantiram a compra do lote inicial em acordo de investimentos
Copasa (CSMG3) mais perto da privatização: PEC que dispensa referendo popular é aprovada em 1º turno por deputados mineiros
Se aprovada também em segundo turno, medida dará sinal verde para desestatização da companhia de saneamento do estado de Minas Gerais
Mais um adeus à B3: companhia com quase 200 anos se despede da bolsa de valores
Com 187 anos de história, a tradicional Wilson Sons encerra seu ciclo na bolsa após a MSC adquirir o controle total da companhia em leilão que movimentou R$ 2,4 bilhões
Dois dias depois do ChatGPT Atlas, Microsoft relança navegador de IA quase idêntico ao da OpenAI
Microsoft enfrenta a OpenAI em uma disputa direta pelo navegador do futuro com o novo Edge equipado com o Copilot de inteligência artificial
Direcional (DIRR3) já subiu 99% no ano, pode avançar mais e ainda deve pagar dividendos bilionários, segundo o Santander
Banco vê forte potencial de valorização no setor de construção civil de baixa renda e elevou preço-alvo dos papéis da companhia para R$ 19
O que diz a carta do príncipe Harry, Wozniak e Hinton contra a superinteligência artificial
Manifesto pressiona big techs como Google, OpenAI e Meta a suspender o desenvolvimento de superinteligência artificial
R$ 9,14 bilhões jogados fora: atualização de Counter Strike 2 derruba mercado bilionário de skins
Atualização do Counter-Strike 2 derruba o valor do mercado de skins emR$ 9,14 bilhões e expõe a dimensão bilionária da economia virtual dos games
Lucro dos bancos pode subir com mudanças na poupança para o financiamento imobiliário — Bradesco (BBDC4) é o mais favorecido, diz BTG
Fatia da poupança que vai para o Banco Central será reduzida e, assim, os bancos privados poderão usar esse dinheiro para empréstimos imobiliários, que são mais rentáveis
Ações da Tesla caem com lucro 37% menor e tarifas de Trump pressionando os resultados
Lucro da empresa de Elon Musk despencou no trimestre comparado ao ano passado, com custos em alta e o fim de subsídios fiscais pesando sobre o desempenho
Parceria do Mercado Livre (MELI) com Casas Bahia (BHIA3) é boa para ambos – mas há um perdedor claro nessa jogada
A parceria combina a força da Casas Bahia em bens duráveis com o amplo alcance do Meli, mas Magalu pode sofrer
Por que os credores da Ambipar (AMBP3) estão ‘revoltados’ com o endereço do pedido de RJ? Veja os novos capítulos da crise
Credores contestam a recuperação judicial da Ambipar (AMBP3), e dizem que a empresa buscou o Rio de Janeiro por ser um foro mais favorável; a disputa ocorre enquanto o controlador ajusta sua participação no capital da companhia
Após reestruturação e tombo na bolsa, Brava (BRAV3) anuncia novo CFO; conheça o executivo
A companhia aprovou Luiz Carvalho como novo diretor financeiro, em meio ao processo de reestruturação que busca simplificar a gestão e fortalecer a governança corporativa
Se não pode contra eles, junte-se: Casas Bahia (BHIA3) anuncia parceria com Mercado Livre (MELI34) para venda de eletrodomésticos
Acordo prevê que Casas Bahia venda eletrodomésticos, eletrônicos e móveis dentro da plataforma do Mercado Livre a partir de novembro; parceria busca ampliar canais de venda e fortalecer operação digital da varejista brasileira
A nova aposta da OpenAI: o projeto secreto da dona do ChatGPT que promete revolucionar Wall Street
A OpenAI está recrutando várias figuras do mercado financeiro para um projeto sigiloso chamado Mercury. Mas o que a startup quer com isso?
CEO do Pão de Açúcar renuncia e CFO assume de forma interina; ação bate máxima, mas perde fôlego e cai
O conselho de administração da varejista escolheu Rafael Russowsky para assumir o cargo junto às funções de diretor financeiro e diretor de Relações com Investidores que já exercia previamente
A briga antiga que fará a CSN (CSNA3) pagar uma multa de R$ 128 milhões aos cofres públicos
A decisão do Cade atende a uma determinação judicial e se refere ao não cumprimento do prazo pela CSN para vender ações da Usiminas, com o valor da multa sendo atualizado pela Selic
Brasil derruba Netflix de novo: ações da gigante do streaming caem quase 10% após balanço. Chegou a hora de vender o papel?
Lucro por ação da companhia ficou 15,9% abaixo do esperado, impactado por encargos fiscais no Brasil; analistas afirmam que, sem esse efeito não recorrente, o resultado teria superado projeções do mercado
O que fez a Apple praticamente desistir de um de seus modelos mais novos do iPhone
Ultrafino, bonito e… mal compreendido: o iPhone Air patina nas vendas enquanto a linha 17 decola
Nem promoção salva: JP Morgan rebaixa Assaí (ASAI3), que cai forte na bolsa
Um dos motivos para o rebaixamento do Assaí está no bolso do consumidor, ou melhor, no carrinho de supermercado
O face lifting da Eletrobras (ELET3): elétrica vai mudar de nome e de ticker depois de passar dos 60
O nome marca a nova fase da companhia, privatizada em 2022 ainda no governo de Jair Bolsonaro; confira quando mudança passar a valer
