Pista cheia de oportunidades? JP Morgan prevê alta de 53% para ações da Marcopolo (POMO4) — já a Metal Leve sai do radar
Os analistas do JP Morgan escolheram a Marcopolo (POMO4) como a ação favorita do setor, com preço-alvo de R$ 6 por papel até o fim deste ano

A regra é clara: para que carros, ônibus ou quaisquer parafernalhas mecânicas funcionem bem, todas as peças precisam estar no lugar. E, na visão do JP Morgan, as engrenagens estão começando se acertar para o setor de autopeças, permitindo que empresas como Marcopolo (POMO4) e Randon (RAPT4) consigam ter um desempenho agradável aos olhos dos passageiros — ou, no caso da estrada da B3, dos investidores.
Isso porque, apesar de um início de ano difícil, o banco prevê “uma melhora gradual no restante de 2023”. Segundo os analistas, a visão mais otimista para o setor é baseada em três pontos principais.
Entre eles, estão a melhoria da visão sobre os players nacionais, como reflexo da revisão para cima do PIB do Brasil, além da ajuda do setor de agronegócio no mercado de veículos pesados e o apoio do governo ao segmento, especialmente para ônibus.
“Estamos cada vez mais otimistas com o setor devido à melhora gradual das perspectivas macro do Brasil em função da redução das taxas de juros futuras, da desaceleração da inflação e da redução do risco-país”, afirma o banco, em relatório.
Já na análise dos principais players desse mercado, os analistas do JP Morgan escolheram as ações da Marcopolo (POMO4), que já tinham recomendação de compra, como as favoritas do setor para rodar nos pavimentos da bolsa brasileira.
Em paralelo ao gosto por POMO4, o banco norte-americano elencou a Tupy (TUPY3) como a segunda escolha preferida do setor — ela também já tinha classificação de compra
Leia Também
Após fala de CEO, Magazine Luiza (MGLU3) faz esclarecimento sobre as projeções de faturamento para 2025
Enquanto isso, a instituição se mostrou mais otimista com o futuro da Randon (RAPT4) e elevou a recomendação dos papéis para compra. Já em relação à MAHLE Metal Leve (LEVE3), o banco optou pelo acostamento: rebaixou a recomendação, de “neutro” para “venda”.
- Leia também: Petrobras: a história dos dividendos ainda não acabou e ação tem espaço para subir mais, diz Morgan Stanley
A Marcopolo (POMO4) como favorita
Os analistas mantiveram a Marcopolo (POMO4) como ação favorita do setor e fixaram o preço-alvo de R$ 6 por papel até o fim deste ano, equivalente a um potencial de alta de aproximadamente 54% em relação ao último fechamento.
Na análise do JP Morgan, as ações POMO4 estão baratas e com um valuation extremamente descontado.
Isso porque a empresa está sendo negociada a um múltiplo de seis vezes o valor de empresa/Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, em português), “representando um desconto de 41% em relação à média histórica”.
Além disso, segundo os analistas, a preferência por POMO4 tem como base a exposição da companhia ao mercado de ônibus, que deve superar o segmento de caminhões neste ano e no próximo.
Além disso, o banco prevê um salto nos ganhos da companhia devido à recuperação das vendas e a implementação do programa do governo Caminhos da Escola, que estabelece a compra de ônibus para levar crianças aos colégios.
Porém, assim como todas as teses de investimento, a visão de compra para os papéis da Marcopolo possuem seus riscos. Entre eles:
- Margens ou volumes mais fracos do que o esperado de exportações e de subsidiárias estrangeiras
- Dependência de programas e subsídios do governo
- Desafios do cenário de ônibus urbanos, uma vez que, se as cidades não aumentarem as tarifas no curto prazo, podem limitar a capacidade de investimentos em novos ônibus
Tupy (TUPY3) na esteira da Marcopolo
A Tupy (TUPY3) ocupa o segundo lugar na lista de favoritas do JP Morgan para o setor. O banco possui recomendação de compra para as ações, com preço-alvo em R$ 36 por ativo.
A avaliação implica em um potencial de alta de 41% para os papéis TUPY3 em relação à cotação do último fechamento, de R$ 25,53.
Uma das questões que constroem a visão positiva dos analistas para as ações são as oportunidades de crescimento de fusões e aquisições recentes.
Além disso, a exposição da companhia a mercados externos, que já correspondem a cerca de 70% das receitas, pode ajudar a Tupy, que “deve se beneficiar do plano de infraestrutura dos EUA e do crescimento do PIB ainda esperado para este ano”.
Já em relação aos riscos à tese de investimento de compra de TUPY3 incluem:
- Valorização imprevista do real
- Desaceleração maior do que o esperado no PIB dos EUA e Europa
- Substituição de componentes de motores de aço por alumínio, reduzindo a demanda por componentes Tupy
- Desinvestimentos do BNDES e da Previ, que possuem participações de 28% e 26% das ações da Tupy
Randon (RAPT4)
Além da Marcopolo e da Tupy, o JP Morgan melhorou as previsões para as ações da Randon (RAPT4), elevando a recomendação, de “neutro” para “compra”.
Além disso, os analistas fixaram um preço-alvo de R$ 14 por papel, o que corresponde a um potencial de valorização de 24,4% em relação ao último fechamento.
Segundo o relatório, a visão mais otimista é reflexo também do valuation atrativo, com desconto de 30% em relação à média histórica.
Os analistas também destacam a internacionalização e diversificação dos negócios da empresa de Caxias do Sul, reduzindo a volatilidade dos resultados.
Outro ponto positivo para a companhia é que, na visão do JP Morgan, “o mercado de caminhões está próximo do pior momento, e deve começar a se recuperar nos próximos trimestres”.
A empresa também mantém uma JV com a Gerdau referente ao negócio de aluguel de equipamentos, em um investimento total de R$ 250 milhões.
Já em relação aos riscos da tese, o JP Morgan cita o crescimento da economia brasileira.
Isso porque, como a Randon possui grande exposição aos mercados locais caso a expansão do PIB brasileiro fosse revisada para baixo, as expectativas de resultados da empresa também seriam afetadas.
O banco também ressalta o crescimento da concorrência, que pode afetar as margens e a participação da Randon no mercado.
- VEJA TAMBÉM — Socorro, Dinheirista! Inter saiu da Bolsa Brasileira e eu perdi 50% do meu patrimônio: e agora? Confira detalhes do caso real
Tchau, MAHLE Metal Leve (LEVE3)?
Enquanto isso, a MAHLE Metal Leve não caiu no agrado dos analistas. O JP Morgan cortou as estimativas para as ações LEVE3, com recomendação de “venda”.
Já em relação ao preço-alvo, o banco estipulou o valor de R$ 42 até dezembro de 2023, equivalente a uma leve desvalorização potencial de 0,5%.
Um dos motivos que fez a MAHLE sair da lista de “queridinhas” do JP Morgan é justamente o seu preço.
A instituição norte-americana enxerga a companhia com um valuation “relativamente caro”, especialmente devido ao forte desempenho das ações LEVE3 nos últimos 30 dias, que subiram 33% no período, contra um avanço de apenas 9% do Ibovespa.
Entretanto, o pagamento de dividendos polpudos pode colocar a tese de venda dos papéis em risco, assim como a possibilidade de um crescimento maior do que o esperado nos volumes no mercado doméstico e uma concorrência abaixo do esperado.
Dados de clientes da Centauro são expostos, em mais um caso de falha em sistemas de cibersegurança
Nos últimos 10 meses, foram reportados ao menos 5 grandes vazamentos de dados de clientes de empresas de varejo e de instituições financeiras
Ataque hacker: Prisão de suspeito confirma o que se imaginava; entenda como foi orquestrado o maior roubo da história do Brasil
Apesar de em muito se assemelhar a uma história de filme, o ataque — potencialmente o maior roubo já visto no país — não teve nada de tão sofisticado ou excepcional
CVM facilita registro e ofertas públicas para PMEs; conheça o novo regime para empresas de menor porte
A iniciativa reduz entraves regulatórios e cria regras proporcionais para registro e ofertas públicas, especialmente para companhias com receita bruta anual de até R$ 500 milhões
Cinco ações empatam entre as mais recomendadas para o mês de julho; confira quais são
Os cinco papéis receberam duas recomendações cada entre as 12 corretoras consultadas pelo Seu Dinheiro
Abrasca defende revisão das regras do Novo Mercado e rebate críticas sobre retrocesso na governança
Executivos da associação explicam rejeição às propostas da B3 e apontam custos, conjuntura econômica e modelo de decisão como fatores centrais
Ação da Klabin (KLBN11) salta até 4% na bolsa; entenda o que está por trás dessa valorização e o que fazer com o papel
Pela manhã, a empresa chegou a liderar a ponta positiva do principal índice da bolsa brasileira
Megaprojeto da Petrobras (PETR4) prevê aporte de R$ 26 bilhões em refino com participação da Braskem (BRKM5). Mas esse é um bom investimento para a estatal?
Considerando todos os recursos, o investimento no Rio de Janeiro ultrapassa os R$ 33 bilhões; à Braskem caberá R$ 4,3 bilhões para a ampliação da produção de polietileno
Câmara chama Gabriel Galípolo para explicar possível aval do Banco Central à compra do Master pelo BRB
Operação já foi aprovada pela Superintendência-Geral do Cade e agora aguarda autorização da autoridade monetária
Oi (OIBR3) entra com pedido de recuperação judicial para duas subsidiárias
Segundo o fato relevante divulgado ao mercado, o movimento faz parte do processo de reestruturação global do grupo
Roubo do século: Banco Central autoriza C&M a religar os serviços após ataque hacker; investigações continuam
De acordo com o BC, a suspensão cautelar da C&M foi substituída por uma suspensão parcial e as operações do Pix da fintech voltam ao ar nesta quinta-feira
Embraer (EMBR3) ganha ritmo: entregas e ações da fabricante avançam no 2T25; Citi vê resultados promissores
A estimativa para 2025 é de que a fabricante brasileira de aeronaves entregue de 222 a 240 unidades, sem contar eventuais entregas dos modelos militares
Banco do Brasil (BBAS3) decepciona de novo: os bancos que devem se sair melhor no segundo trimestre, segundo o BofA
A análise foi feita com base em dados recentes do Banco Central, que revelam desafios para alguns gigantes financeiros, enquanto outros reforçam a posição de liderança
WEG (WEGE3) deve enfrentar um segundo trimestre complicado? Descubra os sinais que preocupam o Itaú BBA
O banco alerta que não há gatilhos claros de curto prazo para retomada da queridinha dos investidores — com risco de revisões negativas nos lucros
Oi (OIBR3) propõe alteração de plano de recuperação judicial em busca de fôlego financeiro para evitar colapso; ação cai 10%
Impacto bilionário no caixa, passivo trabalhista explodindo e a ameaça de insolvência à espreita; entenda o que está em jogo
Exclusivo: Fintech afetada pelo ‘roubo do século’ já recuperou R$ 150 milhões, mas a maior parte do dinheiro roubado ainda está no “limbo”
Fontes que acompanham de perto o caso informaram ao Seu Dinheiro que a BMP perdeu em torno de R$ 400 milhões com o ataque cibernético; dinheiro de clientes não foi afetado
Gol (GOLL54) encerra capítulo da recuperação judicial, mas processo deixa marca — um prejuízo de R$ 1,42 bilhão em maio; confira os detalhes
Apesar do encerramento do Chapter 11, a companhia aérea segue obrigada a enviar atualizações mensais ao tribunal norte-americano até concluir todas as etapas legais previstas no plano de recuperação
Vale (VALE3) mais pressionada: mineradora reduz projeção de produção de pelotas em 2025, mas ações disparam 2%; o que o mercado está vendo?
A mineradora também anunciou que vai paralisar a operação da usina de pelotas de São Luís durante todo o terceiro trimestre
Natura começa a operar com novo ticker hoje; veja o que esperar da companhia após mudança no visual
O movimento faz parte de um plano estratégico da Natura, que envolve simplificação da estrutura societária e redução de custos
Casas Bahia (BHIA3): uma luz no fim do túnel. Conversão da dívida ajuda a empresa, mas e os acionistas?
A Casas Bahia provavelmente vai ter um novo controlador depois de a Mapa Capital aceitar comprar a totalidade das debêntures conversíveis em ações. O que isso significa para a empresa e para o acionista?
Empresas do Novo Mercado rejeitam atualização de regras propostas pela B3
Maioria expressiva das companhias listadas barra propostas de mudanças e reacende debate sobre compromisso com boas práticas corporativas no mercado de capitais; entenda o que você, investidor, tem a ver com isso.