A semana mal começou, mas já deu a Elon Musk alguns motivos para comemorar. Após cortar os preços de seus carros elétricos na China, a Tesla viu as vendas no varejo dispararem em Xangai em janeiro.
As vendas diárias médias da Tesla na China entre 9 e 15 de janeiro dispararam 76% em relação ao mesmo intervalo de 2022, segundo dados do CMBI (China Merchants Bank International, em inglês).
A fabricante de veículos elétricos vendeu 12.654 automóveis nesse período. O valor corresponde a uma queda de 14,5% nas vendas gerais de carros no varejo chinês na base anual.
Porém, quando analisadas apenas as vendas de veículos elétricos e híbridos no país na semana, houve crescimento de 36,5% ante o ano passado.
A Xpeng, montadora rival da Tesla apoiada pelo gigante asiático Alibaba, registrou diminuição de 36% nas vendas de automóveis entre 9 a 15 de janeiro na comparação com 2022.
Enquanto isso, a fabricante chinesa BYD, que tem Warren Buffett como investidor, dobrou as vendas na semana em relação ao mesmo período do ano passado, para 40.435 carros.
Por volta das 9h45, as ações da Tesla avançavam 3,74% na bolsa norte-americana Nasdaq antes da abertura dos negócios, cotadas a US$ 136,40.
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A Tesla e os carros elétricos
Pela primeira vez, os carros elétricos (EVs) atingiram a marca de 10% das vendas totais de automóveis no ano passado, com a entrega de 7,8 milhões de veículos, segundo dados da LMC Automotive e da EV-Volumes.com.
As vendas globais de automóveis eletrificados subiram 68% na comparação com 2021, ajudado pelo aumento robusto das vendas nos mercados da China e da Europa.
A Tesla manteve a liderança nas vendas de automóveis totalmente eletrificados neste ano, seguida pelas montadoras asiáticas BYD e SAIC Motors no ranking mundial.
Vale destacar que o crescimento das vendas de carros elétricos destoam da situação do mercado de automóveis como um todo, que sofreu com a inflação galopante, preocupações macroeconômicas e pausas na produção no ano passado.
As vendas totais de carros novos caíram cerca de 1% em 2022, segundo a LMC Data, para 80,6 milhões de veículos “comuns”. Nos EUA, a queda chegou a 8%, enquanto, na Europa, o recuo foi de 7%.
*Com informações de Reuters e Wall Street Journal