Corrida pelo “petróleo branco” envolve a Tesla de Elon Musk e disputa por reservas
Elon Musk estaria interessado em ser mais independente de empresas fornecedoras de lítio, como a Vale (VALE3), que hoje vende para a Tesla

A busca de grandes empresas por reservas de lítio envolve nomes cada vez mais poderosos do mundo dos negócios — como Sigma Lithium (SGML), Vale (VALE3), Rio Tinto (RIO) e, desta vez, Elon Musk.
Isso mesmo: o bilionário dono do Twitter e da Space X agora está de olho no chamado "petróleo branco", afinal, não quer ficar para trás nessa corrida. Segundo informações da Bloomberg, o executivo deseja utilizar a Tesla para fazer uma oferta pela Sigma, mineradora que produz metais que permitem a fabricação de baterias de carros elétricos.
Segundo fontes ouvidas pelo veículo, as negociações estão em estágio inicial, enquanto Elon Musk também avalia outras empresas capazes de fornecer lítio para sua companhia de carros elétricos.
- Quer começar a ganhar dinheiro com dividendos, mas não sabe quais são as melhores ações para investir? O Seu Dinheiro preparou um treinamento exclusivo para os leitores. Ao final das 3 aulas, você já será capaz de comprar sua primeira ação pagadora de dividendos e ainda vai poder acessar GRATUITAMENTE uma lista com os 16 melhores papéis para buscar renda extra na bolsa. Clique aqui para acessar.
Hoje, a maior parte da Sigma pertence ao A10 Investimentos, um fundo brasileiro de private equity.
Os planos da Sigma Lithium e a busca da Rio Tinto
No fim do ano passado, a Sigma Lithium foi capaz de captar US$ 100 milhões, além de anunciar que pretende triplicar sua produção de lítio para baterias elétricas no ano que vem. A ideia é chegar a 768 mil toneladas — pelo que vimos até aqui, a demanda existe.
Caso os planos se tornem realidade, ela pode figurar entre as maiores produtoras de lítio do mundo em 2025, segundo analistas do mercado.
Leia Também
Ainda de acordo com a reportagem da Bloomberg, outra empresa interessada nessa produção crescente é a Rio Tinto, que não teria feito uma oferta pela Sigma por causa do preço alto exigido e da competição acirrada.
No ano passado, ela já comprou uma mina de lítio na Argentina por US$ 825 milhões, além de ter buscado uma outra reserva na Sérvia. A proposta não vingou por questões políticas do próprio país e após manifestações populares contra o negócio, mas a Rio Tinto segue na briga por reservas — o principal problema é o preço aparentemente alto demais em todos os casos.
Por que Elon Musk quer entrar nessa briga?
Basicamente, Elon Musk deseja ser mais independente de empresas fornecedoras de lítio, como a Vale (VALE3), que hoje vende para a Tesla. Em um mercado cada vez mais competitivo, a melhor saída parece ser não depender de terceiros para ter o metal a um custo melhor, além de grandes quantidades.
O lítio é fundamental para a fabricação de carros elétricos e ganhou mais relevância nos últimos meses, conforme o esforço global por meios de transportes mais ecológicos só cresce.
A própria Vale, de olho nessa demanda, está tentando vender parte de sua área de metais básicos. Com a divisão entre essa unidade e a parte de minério de ferro, a mineradora busca precificar melhor cada um de seus negócios.
E, com tanta procura, a área de metais básicos pode valer bem mais caso seja separada dos demais negócios.
As últimas notícias sobre o tema relatam que a GM pode pagar até US$ 2 bilhões por parte dessa divisão da Vale. A montadora já estaria na segunda fase de um processo de licitação; seu interesse, claro, é na obtenção de uma fonte de cobre e níquel que sirva para sua produção de veículos elétricos.
Hoje, a Vale já fornece esses materiais para a própria Tesla. A japonesa Mitsui & Co — que também compra da Sigma — e um fundo de investimentos da Arábia Saudita, entre outros, também estão interessados no negócio.
Mas, se os compradores reclamam dos preços, a Vale tem um outro olhar sobre tais valores.
Na mesma teleconferência, o vice-presidente executivo de finanças e relações com investidores da Vale, Gustavo Pimenta, afirmou que a divisão de metais básicos está "subdimensionada", ao mesmo tempo em que a demanda por esses produtos e a indústria como um todo também não estariam precificadas adequadamente.
Warren Buffett não quer mais o Nubank: Berkshire Hathaway perde o apetite e zera aposta no banco digital
Esta não é a primeira vez que o bilionário se desfaz do roxinho: desde novembro do ano passado, o megainvestidor vem diminuindo a posição no Nubank
Você está buscando no lugar errado: como encontrar as próximas ‘pepitas de ouro’ da bolsa
É justamente quando a competição não existe que conseguimos encontrar ações com grande potencial de valorização
BRF (BRFS3) e Marfrig (MRFG3) se unem para criar MBRF. E agora, como ficam os investidores com a fusão?
Anos após a tentativa de casamento entre as gigantes do setor de frigoríficos, em 2019, a nova combinação de negócios enfim resultará no nascimento de uma nova companhia
Agronegócio não dá trégua: Banco do Brasil (BBAS3) frustra expectativas com lucro 20% menor e ROE de 16,7% no 1T25
Um “fantasma” já conhecido do mercado continuou a fazer peso nas finanças do BB no primeiro trimestre: os calotes no setor de agronegócio. Veja os destaques do balanço
Americanas (AMER3): prejuízo de R$ 496 milhões azeda humor e ação cai mais de 8%; CEO pede ‘voto de confiança’
A varejista, que enfrenta uma recuperação judicial na esteira do rombo bilionário, acabou revertendo um lucro de R$ 453 milhões obtido no primeiro trimestre de 2024
Ação da Oi chega a subir mais de 20% e surge entre as maiores altas da bolsa. O que o mercado gostou tanto no balanço do 1T25?
A operadora de telefonia ainda está em recuperação judicial, mas recebeu uma ajudinha para reverter as perdas em um lucro bilionário nos primeiros três meses do ano
Exclusivo: Disputa bilionária da Bradespar (BRAP4) com fundos de pensão chega a momento decisivo
Holding do Bradesco, a Bradespar classifica a causa, que pode chegar a R$ 3 bilhões, como uma perda “possível” em seu balanço e não tem provisão
Banco Pine (PINE4) supera rentabilidade (ROE) do Itaú e entrega lucro recorde no 1T25, mas provisões quadruplicam no trimestre
O banco anunciou um lucro líquido recorde de R$ 73,5 milhões no primeiro trimestre; confira os destaques do resultado
O novo normal durou pouco: Ibovespa se debate com balanços, PIB da zona do euro e dados dos EUA
Investidores também monitoram a primeira fala pública do presidente do Fed depois da trégua na guerra comercial de Trump contra a China
Ação da Casas Bahia (BHIA3) sobe forte antes de balanço, ajudada por vitória judicial que poderá render mais R$ 600 milhões de volta aos cofres
Vitória judicial ajuda a impulsionar os papéis BHIA3, mas olhos continuam voltados para o balanço do 1T25, que será divulgado hoje, após o fechamento dos mercados
Balanço do Nubank desagradou? O que fazer com as ações após resultado do 1T25
O lucro líquido de US$ 557,2 milhões no 1T25, um salto de 74% na comparação anual, foi ofuscado por uma reação negativa do mercado. Veja o que dizem os analistas
Show de talentos na bolsa: Ibovespa busca novos recordes em dia de agenda fraca
Ibovespa acaba de renovar sua máxima histórica em termos nominais e hoje depende do noticiário corporativo para continuar subindo
Nubank (ROXO34) atinge lucro líquido de US$ 557,2 milhões no 1T25, enquanto rentabilidade (ROE) vai a 27%; ações caem após resultados
O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês) do banco digital do cartão roxo atingiu a marca de 27%; veja os destaques do balanço
Com bolsa em alta, diretor do BTG Pactual vê novos follow-ons e M&As no radar — e até IPOs podem voltar
Para Renato Hermann Cohn, diretor financeiro (CFO) do banco, com a bolsa voltando aos trilhos, o cenário começa a mudar para o mercado de ofertas de ações
Yduqs no vermelho: Mercado deixa ações de recuperação após balanço fraco. Ainda vale a pena ter YDUQ3 na carteira?
Para os analistas, a Yduqs (YDUQ3) apresentou resultados mistos no 1T25. O que fazer com os papéis agora?
Hapvida (HAPV3) dispara na B3 com balanço mais forte que o esperado, mas perda de beneficiários acende sinal de alerta. Vale a pena comprar as ações?
A companhia entregou resultado acima do esperado e mostrou alívio na judicialização, crescimento da base de clientes ainda patina. Veja o que dizem os analistas
Elo, agora em 3 fatias iguais: Bradesco, Banco do Brasil e Caixa querem voltar a dividir a empresa de pagamentos igualmente
Trio de gigantes ressuscita modelo de 2011 e redefine sociedade na bandeira de cartões Elo de olho nos dividendos; entenda a operação
Um acordo para buscar um acordo: Ibovespa repercute balanço da Petrobras, ata do Copom e inflação nos EUA
Ibovespa não aproveitou ontem a euforia com a trégua na guerra comercial e andou de lado pelo segundo pregão seguido
Exportadoras carregam o Ibovespa: Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3) sobem até 3% com acordo comercial entre EUA e China
Negociação entre EUA e China melhora as perspectivas de demanda por commodities no mundo e faz exportadoras terem um dia do alívio na bolsa
Braskem (BRKM5) sobe forte na B3 após balanço do 1T25 e “ajudinha” de Trump e Xi Jinping. É hora de comprar as ações da petroquímica?
Além do aumento do apetite a risco nos mercados, os investidores repercutem o balanço da Braskem no primeiro trimestre