Pouso seguro após voo turbulento: UBS BB melhora recomendação de Gol (GOLL4) e Azul (AZUL4) — é hora de embarcar nessa?
O preço-alvo para os papéis também aumentou: o da Gol passou de R$ 8,80 para R$ 9,00, enquanto o da Azul saiu de R$ 12,50 para R$ 14,00
Após as turbulências recentes do setor aéreo brasileiro, Gol (GOLL4) e Azul (AZUL4) podem finalmente vislumbrar um pouso tranquilo — e os investidores já conseguem afrouxar um pouco os cintos. O UBS BB melhorou a recomendação para ambos os papéis, citando planos das companhias para desestressar os balanços no curto e médio prazos.
Tanto a Gol como a Azul passaram de uma indicação de venda para neutra pelo banco suíço, com aumento do preço-alvo.
No caso de GOLL4, o preço-alvo passou de R$ 8,80 para R$ 9,00 — o que representa um potencial de valorização de 27% em relação ao fechamento de sexta-feira (17) — e múltiplo de sete vezes o valor da firma sobre o Ebitdar (a medida padrão para a eficiência operacional das companhias aéreas; em resumo, é uma variação do Ebitda que leva em conta os custos com aluguel de aeronaves).
Já AZUL4 passou de R$ 12,50 para R$ 14,00 — um potencial de valorização de 8% sobre o fechamento de sexta-feira — e múltiplo de oito vezes o EV/Ebitdar.
“Embora tenhamos uma visão negativa sobre as companhias aéreas brasileiras desde meados de 2020, isso está mudando, pois agora esperamos redução de riscos do setor e menos turbulência no curto e médio prazo”, diz o UBS BB, em relatório.
O pouso seguro da Azul
Antes de divulgar resultados considerados neutros pelo UBS referentes ao quarto trimestre de 2022, a Azul anunciou um acordo comercial com os arrendadores de aeronaves, o que eliminará as necessidades de fluxo de caixa esperadas para 2023 — algo entre R$ 2 bilhões e R$ 3 bilhões.
Leia Também
Casas Bahia (BHIA3) aprova plano que estica dívidas até 2050 e flexibiliza aumento de capital; ações sobem mais de 2%
Segundo o acerto, os pagamentos serão reduzidos para eliminar as distorções referentes ao período da pandemia de covid-19 — e fechar a lacuna entre as taxas de arrendamento contratuais da Azul e as taxas de mercado.
Em troca, os arrendadores receberão uma combinação de notas negociáveis com vencimento em 2030 — cerca de 40% do valor total — e patrimônio líquido (60%).
Como a empresa não divulgou mais detalhes, o UBS BB diz que ainda não é possível estimar o tamanho da diluição do patrimônio nem os impactos na dívida e na avaliação da Azul.
- Você investe em ações, renda fixa, criptomoedas ou FIIs? Então precisa saber como declarar essas aplicações no seu Imposto de Renda 2023. Clique aqui e acesse um tutorial gratuito, elaborado pelo Seu Dinheiro, com todas as orientações sobre o tema.
Gol: saindo da turbulência
Dois dias antes do anúncio da Azul, a Gol fechou um financiamento de R$ 1,4 bilhão com o Grupo Abra, a holding que irá controlar tanto a empresa brasileira quanto a colombiana Avianca.
Segundo os termos do acordo, a Abra ajudará a Gol com rolagem de dívida — de 2024, 2025 e 2026 a 2028 — e caixa adicional de até US$ 451 milhões (R$ 2,3 bilhões) por meio de SSNs (senior secured notes) e ESSNs (exchangeable senior secured notes).
A previsão do tempo de Gol e Azul
A Azul afirmou que, em 2023, espera atingir receita recorde de R$ 20 bilhões e Ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) e mais de R$ 5 bilhões. As projeções do UBS BB apontam para R$ 19,3 bilhões e R$ 5,2 bilhões.
Enquanto isso, a Gol espera receita de cerca de R$ 19,5 bilhões, com margem ebitda de cerca de 24% — versus a previsão de R$ 19,1 bilhões e 22,8% do UBS BB.
O banco estima que o guidance da Azul implique um aumento de 2,6% no yield em relação ao último reportado, enquanto o da Gol implica um aumento de 1,6% — a métrica serve para medir o valor pago por um passageiro para voar um quilômetro, em média. Portanto, yields menores significam menores preços de passagens.
Ambas as empresas esperam ainda que o preço do combustível caia em 2023 — a Gol projeta uma queda média do preço do combustível de 4,5%; a Azul não divulgou uma estimativa específica.
Copasa (CSMG3): lei para a privatização da companhia de saneamento é aprovada pelo legislativo de Minas Gerais
O texto permite que o estado deixe de ser o controlador da companhia, mas mantenha uma golden share, com poder de veto em decisões estratégicas
B de bilhão: BB Seguridade (BBSE3) anuncia quase R$ 9 bi em dividendos; Cemig (CMIG4) também libera proventos
Empresas anunciam distribuição farta aos acionistas e garantem um fim de ano mais animado
Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4) estão entre as rainhas dos dividendos no 4T25; Itaú BBA diz quais setores vão reinar em 2026
Levantamento do banco aponta que ao menos 20 empresas ainda podem anunciar proventos acima de 5% até o final do ano que vem
MRV (MRVE3) entra no grupo de construtoras que vale a pena comprar, mas a preferida do JP Morgan é outra
Banco norte-americano vê espaço para uma valorização de até 60% nas ações do setor com juros menores e cenário político mais favorável em 2026
Ação acusa XP de falhas na venda de COEs como o da Ambipar (AMBP3) e pede R$ 100 milhões na Justiça
Após perdas bilionárias com COEs da Ambipar, associações acusam a corretora de erros recorrentes na venda de produtos ligados à dívida de grandes empresas no exterior
Ações da Oncoclínicas (ONCO3) na mão de Vorcaro vão parar no Banco de Brasília. O acordo para trocar os CDBs do Master subiu no telhado?
Com a transferência das cotas de fundos do Master para o BRB, investidores questionam o que acontece com o acordo da Oncoclínicas para recuperar o investimento em papéis do Master
Orizon (ORVR3) compra Vital e cria negócio de R$ 3 bilhões em receita: o que está por trás da operação e como fica o acionista
Negócio amplia a escala da companhia, muda a composição acionária e não garante direito de recesso a acionistas dissidentes
Maior rede de hospitais privados pagará R$ 8,12 bilhões em proventos; hora de investir na Rede D’Or (RDOR3)?
Para analista, a Rede D’Or é um dos grandes destaques da “mini temporada de dividendos extraordinários”
Fim da especulação: Brava Energia (BRAV3) e Eneva (ENEV3) negam rumores sobre negociação de ativos
Após rumores de venda de ativos de E&P avaliados em US$ 450 milhões, companhias desmentem qualquer transação em curso
Virada à vista na Oncoclínicas (ONCO3): acionistas querem mudanças no conselho em meio à crise
Após pedido da Latache, Oncoclínicas convoca assembleia que pode destituir todo o conselho. Veja a proposta dos acionistas
Bancos pagam 45% de imposto no Brasil? Não exatamente. Por que os gigantes do setor gastam menos com tributos na prática
Apesar da carga nominal elevada, as instituições financeiras conseguem reduzir o imposto pago; conheça os mecanismos por trás da alíquota efetiva menor
Mais de R$ 4 bilhões em dividendos e JCP: Tim (TIMS3), Vivo (VIVT3) e Allos (ALOS3) anunciam proventos; veja quem mais paga
Desse total, a Tim é a que fica com a maior parte da distribuição aos acionistas: R$ 2,2 bilhões; confira cronogramas e datas de corte
Vale (VALE3) mais: Morgan Stanley melhora recomendação das ações de olho nos dividendos
O banco norte-americano elevou a recomendação da mineradora para compra, fixou preço-alvo em US$ 15 para os ADRs e aposta em expansão do cobre e fluxo de caixa robusto
Não é por falta de vontade: por que os gringos não colocam a mão no fogo pelo varejo brasileiro — e por quais ações isso vale a pena?
Segundo um relatório do BTG Pactual, os investidores europeus estão de olho nas ações do varejo brasileiro, mas ainda não estão confiantes. Meli, Lojas Renner e outras se destacam positivamente
Pequenos negócios têm acesso a crédito verde com juros reduzidos; entenda como funciona
A plataforma Empreender Clima, lançada pelo Governo Federal durante a COP30, oferece acesso a financiamentos com juros que variam de 4,4% a 10,4% ao ano
Antes ‘dadas como mortas’, lojas físicas voltam a ser trunfo valioso no varejo — e não é só o Magazine Luiza (MGLU3) que aposta nisso
Com foco em experiência, integração com o digital e retorno sobre capital, o Magalu e outras varejistas vêm evoluindo o conceito e papel das lojas físicas para aumentar produtividade, fidelização e eficiência
Petrobras (PETR4): com novo ciclo de investimentos, dividendos devem viver montanha-russa, segundo Itaú BBA e XP
O novo ciclo de investimentos da Petrobras (PETR4) tende a reduzir a distribuição de proventos no curto prazo, mas cria as bases para dividendos mais robustos no médio prazo, disseram analistas. A principal variável de risco segue sendo o preço do petróleo, além de eventuais pressões de custos e riscos operacionais. Na visão do Itaú […]
Depois de despencarem quase 12% nesta terça, ações da Azul (AZUL4) buscam recuperação com otimismo do CEO
John Rodgerson garante fluxo de caixa positivo em 2026 e 2027, enquanto reestruturação reduz dívidas em US$ 2,6 bilhões
Ozempic genérico vem aí? STJ veta prorrogação de patente e caneta emagrecedora mais em conta deve chegar às farmácias em 2026
Decisão do STJ mantém vencimento da patente da semaglutida em março de 2026 e abre espaço para a chegada de versões genéricas mais baratas do Ozempic no Brasil
Por que tantas empresas estão pagando dividendos agora — e por que isso pode gerar uma conta alta para o investidor no futuro
A antecipação de dividendos tomou a B3 após o avanço da tributação a partir de 2026, mas essa festa de proventos pode esconder riscos para o investidor