O 5G deu certo? Para as operadores de telefonia, investimento está dando o retorno esperado
As vendas de telefones celulares compatíveis com a tecnologia 5G já são predominantes nos canais de vendas das operadoras
As operadoras de telefonia Vivo (VIVT3), TIM (TIMS3) e Claro têm investido pesadamente na expansão da cobertura do 5G. E a estratégia tem dado o retorno esperado, segundo as companhias.
As vendas de celulares compatíveis com a nova tecnologia são predominantes nos canais de vendas. E, uma vez que os clientes acessam o 5G, passam a utilizar novos serviços e ficam mais tempo navegando, o que leva a um maior consumo de dados.
Consumo de dados é bem maior entre clientes do 5G
O presidente da unidade de consumo e empresas da Claro, Paulo Cesar Teixeira, relata que, em média, os clientes da operadora conectados ao 5G consomem 2,5 vezes mais dados do que os usuários de 4G, o que estimula a migração para planos com mais franquia e, consequentemente, maior valor.
"Esse cliente passa a fazer outras coisas que não fazia, como ver mais vídeos no YouTube ou séries inteiras no streaming, porque a transmissão tem mais qualidade. E com isso, ele passa mais tempo na internet, o que leva ao aumento do tráfego", diz.
A Claro detém 38,4% do total de clientes 5G no Brasil, ficando um pouco atrás da Vivo (39,2%) e à frente da TIM (22,4%), de acordo com levantamento da consultoria Teleco feito a partir de dados de maio da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
Na avaliação de Teixeira, da Claro, o 5G está gerando um retorno conforme o esperado pela companhia.
"Essa demanda maior por dados leva a uma receita maior. É uma dinâmica que está saudável. Estamos no caminho certo".
Leia Também
Na Claro, 80% dos celulares vendidos são 5G. Para estimular a massificação da nova tecnologia, a tele deixará de vender aparelhos 4G a partir deste trimestre.
Além disso, a companhia está cobrando das fabricantes a oferta de celulares 5G abaixo de R$ 1 mil. Hoje, os dispositivos saem a partir de R$ 1.300 nas lojas da Claro, valor que ainda deixa de fora as pessoas de menor renda.
"A grande briga com os fabricantes é para chegarem aparelhos de baixo custo. E já temos compromisso de alguns deles para recebermos isso ainda neste ano", diz Teixeira. "Queremos democratizar a experiência, e para isso, precisamos ter o aparelho no preço correspondente."
LEIA TAMBÉM: O que esperar da tecnologia 5G
Atração de clientes para o 5G supera as expectativas da TIM
Por sua vez, o diretor de receitas da TIM, Fábio Avellar, conta que a atração de clientes para o 5G está acima das expectativas do plano industrial.
"Em termos de clientes, o número está acima das expectativas. Tivemos um crescimento nas migrações para planos de maior valor que foi bem importante e que pode ser um proxy para um crescimento de 'Arpu' (receita média por usuário). Nossa expectativa é ter 'Arpu' maior à medida em que a base for aderindo à rede 5G".
A TIM foi a operadora que mais instalou antenas 5G até aqui. Segundo a Anatel, há um total de 12.579 estações rádio base (Erbs) já licenciadas no país, sendo 5.681 da TIM (45,1%), 3.573 da Claro (28,4%) e 3.325 da Vivo (26,4%).
Avellar explica que o objetivo é oferecer uma experiência diferenciada aos clientes, minimizando as zonas sem cobertura em cada nova cidade.
A TIM é a única operadora presente com 5G em todos os bairros das cidades de São Paulo, Rio, Brasília, Curitiba, Recife e Salvador.
"Esse investimento está se pagando. Claro que não teve payback ainda, porque é um investimento de longo prazo, mas está totalmente dentro do esperado", relata Avellar.
Na TIM, 85% dos aparelhos vendidos já são 5G, e os preços partem de R$ 1.149.
Não há intenção de suspender a oferta de celulares 4G, porque ainda há demanda por parte do público que não quer gastar muito, explica Avellar.
Para este semestre, a companhia pretende remodelar seus planos e anunciar novidades, agregando parcerias para oferta de novos serviços, como na área de saúde.
VEJA TAMBÉM - POR QUE A ALTA DE 10% DO IBOVESPA PODE SER SÓ O COMEÇO E QUAIS SÃO AS 10 AÇÕES PARA COMPRAR AGORA
Vivo também está satisfeita com os resultados
O vice-presidente de negócios da Vivo, Alex Salgado, diz que a operadora também está satisfeita com os resultados obtidos até aqui com os investimentos no 5G.
"Sim, está dentro do nosso planejamento. A rentabilização está avançando como esperado, com viés de longo prazo".
Adesão
A Vivo já oferece 5G em 109 cidades. Nesse quesito, está à frente da Claro, com 99, e da TIM, com 70.
Em geral, os clientes da Vivo que aderiram à nova tecnologia têm ampliado o consumo de dados na ordem de 20%.
"Os conteúdos, em geral, têm mais velocidade e melhor tempo de resposta. O vídeo roda com mais qualidade. E o usuário gosta e consome mais", afirma.
Salgado observa que há casos de usuários optando por conectar o computador pessoal à internet 5G do seu celular, porque a velocidade de navegação já supera a da banda larga.
Cerca de 22% da base de clientes pós-pagos da Vivo já têm aparelhos 5G. Nas lojas da tele, 85% das vendas de celulares já são da nova geração de internet, e os preços partem de R$ 1.400.
A expectativa é que os preços caiam com a chegada de novos modelos de aparelhos. Além disso, o recuo da cotação do dólar também deve ajudar.
Em relação aos planos de internet, a Vivo seguirá a estratégia de oferecer parcerias com aplicativos de streaming e outros serviços variados, como finanças e saúde.
Há também expectativa de chegada de novas funcionalidades, tal qual ocorreu com o 4G, que abriu caminho para o banco digital, mapas de trânsito, streaming de música e vídeo, entre outros.
"As tecnologias sempre chegam antes das aplicações. foi assim no 3G e no 4G. A massificação das aplicações que temos hoje veio só alguns anos depois que a tecnologia estava difundida. Estamos seguros que essas novidades vão surgir nos próximos anos", conclui Salgado.
Entre dividendos e JCP: Suzano (SUZB3), Isa (ISAE4), Porto Seguro (PSSA3) e Marcopolo (POMO4) anunciam pacote bilionário aos acionistas
Dividendos, JCP e bonificações movimentam quase R$ 4 bilhões em operações aprovadas na última sexta-feira antes do Natal
‘Socorro’ de R$ 10 bilhões à Raízen (RAIZ4) está na mesa da Cosan (CSAN3) e da Shell, segundo agência
Estresse no mercado de crédito pressiona a Raízen, que avalia aporte bilionário, desinvestimentos e uma reestruturação financeira com apoio dos controladores
WEG (WEGE3) abre o cofre e paga R$ 5,2 bilhões em dividendos
Os proventos autorizados nesta sexta-feira (19) serão divididos em três parcelas anuais de R$ 1,732 bilhão cada; confira os detalhes
Embraer (EMBJ3) testa protótipo de “carro voador” elétrico e inicia fase de certificação; ações chegam a subir 3%
Aeronave eVTOL da Eve Air Mobility inicia campanha de certificação com quase 3 mil encomendas; ações da Embraer avançam após voo inaugural
Raízen (RAIZ4) acelera desinvestimentos e vende carteira de comercialização de energia para Tria Energia, da Patria Investimentos
O negócio envolve o portfólio de contratos de trading de energia mantido pela Raízen no mercado livre; entenda
Mais um presente aos acionistas: Axia Energia (AXIA6) vai distribuir R$ 30 bilhões em bonificação com nova classe de ações
A distribuição ocorrerá com a criação de uma nova classe de ações preferenciais, a classe C (PNC). Os papéis serão entregues a todos os acionistas da Axia, na proporção de sua participação no capital social
Do campo de batalha ao chão da sala: a empresa de robôs militares que virou aspirador de pó — e acabou pedindo falência
Criadora dos robôs Roomba entra em recuperação judicial e será comprada por sua principal fabricante após anos de prejuízos
É para esvaziar o carrinho: o que levou o JP Morgan rebaixar o Grupo Mateus (GMAT3); ações caem mais de 2%
Embora haja potencial para melhorias operacionais, o banco alerta que o ruído de governança deve manter a ação da varejista fora do radar de muitos investidores
Sabesp (SBSP3), C&A (CEAB3), Hypera (HYPE3), Sanepar (SAPR11), Alupar (ALUP11), Ourofino (OFSA3) e outras 3 empresas anunciam R$ 2,5 bilhões em dividendos e JCP
Quem lidera a distribuição polpuda é a Sabesp, com R$ 1,79 bilhão em JCP; veja todos os prazos e condições para receber os proventos
Com dívidas bilionárias, Tesouro entra como ‘fiador’ e libera empréstimo de até R$ 12 bilhões aos Correios
Operação terá juros de 115% do CDI, carência de três anos e prazo de 15 anos; uso dos recursos será limitado em 2025 e depende de plano de reequilíbrio aprovado pelo governo
Banco Inter (INBR32) vai a mercado e reforça capital com letras financeiras de R$ 500 milhões
A emissão das “debêntures dos bancos” foi feita por meio de letras financeiras Tier I e Tier II e deve elevar o índice de Basileia do Inter; entenda como funciona a operação
Sob ameaça de banimento, TikTok é vendido nos EUA em um acordo cheio de pontos de interrogação
Após anos de pressão política, TikTok redefine controle nos EUA, com a Oracle entre os principais investidores e incertezas sobre a separação da ByteDance
O “presente de Natal” do Itaú (ITUB4): banco distribui ações aos investidores e garante dividendos turbinados
Enquanto os dividendos extraordinários não chegam, o Itaú reforçou a remuneração recorrente dos investidores com a operação; entenda
Petrobras (PETR4) e Braskem (BRKM5) fecham contratos de longo prazo de quase US$ 18 bilhões
Os contratos são de fornecimento de diferentes matérias primas para várias plantas da Braskem pelo país, como nafta, etano, propano e hidrogênio
Bradesco (BBDC4), Cemig (CMIG4), PetroRecôncavo (RECV3), Cogna (COGN3) e Tenda (TEND3) pagam R$ 5 bilhões em proventos; Itaú (ITUB4) anuncia bônus em ações
A maior fatia dessa distribuição farta ficou com o Bradesco, com R$ 3,9 bilhões, enquanto o Itaú bonifica acionistas em 3%; confira todos os prazos e condições para receber
CVM reabre caso da Alliança e mira fundo de Nelson Tanure e gestora ligada ao Banco Master 2 anos depois de OPA
O processo sancionador foi aberto mais de dois anos após a OPA que consolidou o controle da antiga Alliar, na esteira de uma longa investigação pela autarquia; entenda
Dona do Google recebe uma forcinha de Zuckerberg na ofensiva para destronar a Nvidia no mercado de IA
Com o TorchTPU, a Alphabet tenta remover barreiras técnicas e ampliar a adoção de suas TPUs em um setor dominado pela gigante dos chips
Casas Bahia (BHIA3) aprova plano que estica dívidas até 2050 e flexibiliza aumento de capital; ações sobem mais de 2%
Plano aprovado por acionistas e credores empurra vencimentos, reduz pressão de caixa e amplia a autonomia do conselho
Brava Energia (BRAV3) salta mais de 10% após rumores de venda de poços e com previsão de aumento nos investimentos em 2026
Apesar de a empresa ter negado a venda de ativos para a Eneva (ENEV3), o BTG Pactual avalia que ainda há espaço para movimentações no portfólio
Agora é lei: cardápios de papel serão obrigatórios em bares e restaurantes de São Paulo, dando adeus à hegemonia dos ‘QR Codes’
Cardápios digitais, popularizados durante a pandemia, permaneceram quase que de forma exclusiva em muitos estabelecimentos – mas realidade pode mudar com projeto de lei aprovado pela Alesp