Por que o TikTok incentiva o ridículo? O absurdo é viral, e as lives NPC são só mais um sintoma disso — o que as redes sociais ‘escondem’ de você

“Ice cream so good”, diz a influencer PinkDoll ao receber uma ‘moedinha’ que vale alguns centavos de dólar em uma live do TikTok. Sempre que alguém joga um presente (que é praticamente uma esmola) na transmissão, a reação é a mesma.
PinkDoll conseguiu mais de 100 milhões de visualizações com esse tipo de conteúdo. Nas transmissões, ela interpreta um personagem NPC (non-playable character), termo da comunidade geek que representa aqueles personagens coadjuvantes de um videogame que têm as mesmas interações sempre que encontram com o protagonista.
O formato começou a viralizar recentemente, mas já vem acontecendo com frequência na desde o começo deste ano.
Mas a intenção aqui não é discutir o conteúdo em si, e sim entender como ele é um sintoma da ‘radicalização’ dos algoritmos das redes sociais, que colocam seus criadores no limite para conseguir visualizações e como isso acaba gerando cenas esdrúxulas, como as que têm viralizado nesse tipo de live.
O que o TikTok quer de você?
Muita gente gosta de falar sobre as redes sociais como um elemento criador de bolhas sociais e isso é verdade, mas elas vão além. Os algoritmos criam uma areia movediça com potencial de radicalizar os usuários não apenas no âmbito político, mas em qualquer esfera da vida.
Vou dar um exemplo pessoal para explicar melhor. Comecei a praticar exercícios com mais frequência recentemente, e o Tiktok não demorou a perceber que eu estou me interessando mais por conteúdos sobre academia.
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Tudo começou com uma curtida em um vídeo sobre como fazer um exercício corretamente, mas as coisas começaram a ficar mais e mais radicais e o algoritmo me oferecia cada vez mais conteúdos agressivos sobre o assunto.
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A classe média da fama está louca por um viral
Isso acontece porque todas as redes sociais têm uma regra do jogo: segure as pessoas aqui o máximo possível. E para isso elas brincam com suas emoções.
O que não desperta nenhuma reação simplesmente não viraliza, mesmo que seja correto e educativo. E não tem nada que nos provoque mais do que sentimentos como raiva, medo e ganância.
E, é claro, sempre tem quem tope jogar o jogo ao perceber que um conteúdo muito mais apelativo ganha mais visualizações. E mesmo quem não está acaba cedendo — afinal, os boletos chegam para todos.
A questão no TikTok é que os sistemas de distribuição dos conteúdos parecem criar uma horda de pessoas dispostas ao vale-tudo. É claro que isso não é uma exclusividade da rede chinesa, mas a plataforma tem chamado atenção justamente pela forma de distribuir conteúdo, que tem a fama de ser mais rápida e eficiente do que outras plataformas.
Além disso, o apelo precisa ser maior porque a captura do espectador precisa acontecer em segundos. É esse mecanismo que incentiva e permite a criação de fenômenos vergonhosos como as lives NPC.
Fora que existe uma promessa implícita: a fama está a um viral de distância — para o bem ou para o mal. A rede está criando uma nova geração que deseja estar na ‘classe-média’ da fama’. Agora, o jogo mudou de nível.
Qualquer pessoa pode ficar famosa diante das premissas do TikTok, basta prender um grande número de pessoas por tempo o suficiente para que isso incentive o algoritmo a distribuir mais e mais.
Para isso, até imitar personagens bobos virou tendência. E isso parece estar só começando!
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