Em dia de decisão crucial sobre a inflação, Campos Neto fala o que o governo quer ouvir sobre os juros e manda outros recados
Ele defendeu o banco central e disse que as melhorias na economia também são reflexo do trabalho do BC

Antes de uma das decisões mais aguardadas desta quinta-feira (29) sobre a inflação, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, resolveu falar o que muita gente — em especial o governo — gostaria de ouvir: a autoridade monetária também quer baixar os juros.
"A gente tem que pensar que o BC existe para fazer um trabalho técnico. Tem que manter um debate dentro do campo técnico e temos que explicar o que está fazendo. A gente também quer cair os juros, quer ter condição de gerar maior crescimento futuro, mas não podemos fazer coisas que desestruturem processo econômico no futuro", afirmou.
A declaração acontece horas antes de o Conselho Monetário Nacional (CMN) decidir sobre as metas de inflação.
A expectativa é de que o CMN mantenha as metas de inflação para 2023, 2024 e 2025, mas passe a adotar um modelo de acompanhamento contínuo, pelo Banco Central, do IPCA acumulado em 12 meses.
O mercado acompanhará com atenção a reunião, uma vez que a discussão sobre as metas estava em foco desde o início do ano, quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva levantou questionamentos sobre o patamar atual dos alvos do BC em relação à alta dos preços.
- Renda extra média de R$ 35 por dia sem sair de casa e gastando apenas 5 minutos do seu dia: veja como você buscar esses lucros operando na bolsa e sem precisar de nenhuma experiência como investidor. [DESCUBRA GRATUITAMENTE AQUI]
Outros recados de Campos Neto sobre os juros
Além de falar que quer ver os juros mais baixos, o presidente do Banco Central mandou outros recados — para o governo e para o mercado. Confira abaixo o que ele falou:
Leia Também
Certeza sobre a decisão a ser tomada: Campos Neto disse ainda que o corte de juros ocorrer em um mês ou no seguinte "não faz muita diferença". "É preciso ter certeza do que se vai fazer".
"Está se dando muita atenção a detalhes e esquecendo pano de fundo, que é que temos uma melhora na inflação em curso. Temos dito que a desinflação é um pouco lenta. Inclusive a mensagem passada no BIS por todos os BCs é que estamos na última milha e que é importante terminar o trabalho", acrescentou.
Sobre explicitar sinalização dos diretores: O presidente do Banco Central afirmou ainda que a autoridade monetária não explicitou qual foi a divisão entre os membros do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre a sinalização dos próximos passos, que isso seria um grau de transparência a mais, mas que ficará claro nos votos da próxima reunião.
No comunicado, segundo as avaliações majoritárias, não houve uma indicação clara sobre os próximos passos da política monetária.
Já, na ata, o BC expôs que a maioria dos membros dos oito membros que participaram da reunião já acredita que a porta estaria aberta para um corte de juros em agosto, caso a desinflação continue.
Segundo Campos Neto, as divergências não implicam enfraquecimento da institucionalidade. "Acho que vão entrar novos diretores que acho vão ter opiniões diferentes. Isso faz parte do jogo", disse.
"As pessoas têm divergências e se transformam em debates. Não existe enfraquecimento da instituição. É importante que diretores tenham autonomia, além do presidente do BC", completou.
Ruídos no mercado: Ele também repetiu que o ruído sobre a comunicação do Copom de junho entre o comunicado e a ata teve efeito "irrelevante" sobre os preços de mercado.
"Em termos de preço de mercado, quase não teve efeito. Comunicações anteriores com menos ruído tiveram maior impacto", disse, acrescentando que o BC não se guia pelos preços de mercado.
O presidente do BC destacou que uma das melhorias da comunicação do BC é explicar a diferença de ata e comunicado.
- Leia também: A Selic cai em agosto? Ata do Copom indica que sim (com condições) e traz “cutucada” no governo às vésperas do CMN
Lula critica, Campos Neto elogia
Campos não deixou passar o fato de a instituição entender as dificuldades de diversos governos em cortar gastos de maneira estrutural, mas elogiou o trabalho da equipe econômica na área fiscal.
"Todas as atas e comunicados do Copom nos últimos quatro anos sempre fizeram referência ao fiscal e isso sempre reverbera. O ex-ministro da Economia Paulo Guedes me ligava reclamando", relatou Campos Neto. "Falamos sempre do fiscal porque é uma variável que a gente olha", respondeu.
Ele não deixou, no entanto, de defender o trabalho do Banco Central nas melhorias econômicas que o País tem colhido. Campos Neto ainda reforçou que o BC segue firme no compromisso de trazer a inflação para meta.
Mais cedo, Lula disse que parece que Campos Neto "não entende nada de povo".
Segundo Campos Neto, o País está "comemorando" uma inflação mais baixa, que é, em parte, resultado do trabalho do BC.
VEJA A DINHEIRISTA - Taxada na Shein: “Meu reembolso está mais de um mês atrasado. E agora? I Irmão golpista coloca pais no Serasa
CNH sem autoescola: Governo divulga o passo a passo para obter a habilitação
Governo detalha o novo passo a passo para tirar a CNH sem autoescola obrigatória: EAD liberado, instrutor credenciado e promessa de custo até 80% menor
Pix Automático: está no ar a funcionalidade que pretende tornar mais simples o pagamento das contas do mês
Nova funcionalidade do Pix, desenvolvido pelo Banco Central, torna o pagamento de contas recorrentes automático entre bancos diferentes
Ele foi internado em clínicas psiquiátricas e recebeu até eletrochoques, mas nada disso o impediu de chegar ao Nobel de Economia
Diagnosticado com esquizofrenia paranoide, o criador do “equilíbrio de Nash” superou o isolamento e voltou à razão para, enfim, receber o Nobel.
Agenda da semana tem reunião do FMI, IBC-Br no Brasil, Livro Bege e temporada de balanços nos EUA; confira os destaques dos próximos dias
Em meio à segunda semana de shutdown nos EUA, a agenda econômica também conta com o relatório mensal da Opep, balança comercial do Reino Unido, da Zona do Euro e da China, enquanto o Japão curte um feriado nacional
Ressaca pós-prêmio: loterias da Caixa voltam à cena hoje — e o maior prêmio da noite não está na Lotofácil nem na Quina
Quase todas as loterias da Caixa tiveram ganhadores em sorteios recentes. Com isso, o maior prêmio em jogo nesta segunda-feira está em uma modalidade que não costuma ganhar os holofotes.
Como as brigas de Trump fizeram o Brasil virar uma superpotência da soja, segundo a Economist
Enquanto os produtores de soja nos Estados Unidos estão “miseráveis”, com a China se recusando a comprar deles devido às tarifas de Trump, os agricultores brasileiros estão eufóricos
‘Marota’, contraditória e catastrófica: o que o ex-BC Arminio Fraga acha da política de isenção de IR para alguns investimentos
Em artigo publicado no jornal “O Globo” deste domingo (12), o economista defende o fim do benefício fiscal para títulos como LCI, LCA e debêntures
Município com mais ricos, BlueBank à venda e FII do mês: o que bombou no Seu Dinheiro na semana
Veja quais foram as matérias de maior audiência na última semana
Mega-Sena acumula, mas Espírito Santo ganha novos milionários com a +Milionária e a Lotofácil; confira os resultados
Duas apostas iguais feitas na pequena Santa Maria de Jetiba, cidade de pouco mais de 40 mil habitantes no interior do Espírito Santo, levaram mais de R$ 86 milhões cada uma
Será que é hoje? Mega-Sena tem prêmio estimado em R$ 27 milhões neste sábado (11), mas outros sorteios podem pagar ainda mais
Apostadores também têm outras chances de ficarem milionários com os sorteios de hoje; apostas estão abertas até as 19h nas lotéricas, no site e também no aplicativo Loterias Caixa
Felizardo do Rio de Janeiro acerta cinco dezenas da Quina e leva R$ 33 milhões para casa; veja outros resultados dos últimos sorteios
Também tem milionário novo no pedação em São José dos Pinhais, no Paraná, onde um apostador acertou as dezenas da Dupla Sena
Esse paraíso dos ricos e bilionários já pertenceu ao Brasil e está mais próximo do que você pensa
O país vizinho ao Brasil combina incentivos fiscais e qualidade de vida, atraindo cada vez mais bilionários.
Hora de comprar uma casa própria? Caixa voltará a financiar 80% do valor dos imóveis
Antes do anúncio do novo modelo de crédito imobiliário, limite de financiamento era 70%
Mais crédito imobiliário à vista: Governo lança novo modelo de financiamento para famílias com renda acima de R$ 12 mil
Projeto muda regras da poupança que “travavam” parte dos depósitos no Banco Central e deve liberar mais recursos para o financiamento imobiliário
Como um dos maiores pacifistas de todos os tempos tornou-se a grande omissão da história do Nobel da Paz
O líder da não-violência e da resistência pacífica foi indicado cinco vezes ao Nobel da Paz, mas o comitê hesitou
Loterias acumuladas: Mega-Sena, Lotofácil e Quina deixam apostadores a ver navios, mas inflam prêmios
Acumulada há 14 concursos, a Quina ainda está pagando mais do que a Mega-Sena; Lotofácil não paga prêmio principal pela primeira vez em outubro; veja também as loterias programadas para hoje
Brasil x Coreia do Sul: Onde assistir e horário
Confira onde e quando assistir ao amistoso entre Brasil x Coreia do Sul, que faz parte da preparação da Seleção Brasileira para a Copa do Mundo de 2026
Não está em SP nem no Rio: Município com maior concentração de ricos do Brasil tem renda superior a R$ 6 mil
Cidade mineira conta com a maior concentração de ricos do país e lidera o ranking de municípios com as maiores rendas do Brasil; veja o que impulsiona a economia da cidade
Ele dormia atrás de máquinas de lavar. Hoje, é bilionário e dono de 60 mil hectares de terra
De um começo humilde em uma lavanderia até se tornar bilionário: conheça Frank VanderSloot, o homem por trás de uma fortuna de US$ 3,3 bilhões
Nova poupança: política habitacional a ser anunciada pelo governo deve atender famílias com renda acima de R$ 12 mil, diz Jader Filho
Em conversa com jornalistas nesta quinta-feira (9), o Ministro das Cidades afirmou que nova medida do governo pretende ampliar crédito imobiliário às famílias brasileiras; mercado espera com otimismo