‘Declaração de guerra de Israel’: Petróleo dispara 8% com ataque histórico ao Irã; bolsas caem no mundo todo e dólar ganha força
A ofensiva de Israel matou líderes militares do Irã e cientistas nucleares de alto escalão. À ONU, Teerã classificou os ataques como “declaração de guerra”

Ao longo da madrugada desta sexta-feira (13), Israel mobilizou o maior ataque aéreo contra o Irã desde a guerra entre os países, na década de 1980.
Na ofensiva, que teve como alvo as instalações nucleares do país, Teerã afirmou que "múltiplos comandantes" militares foram mortos, incluindo o chefe da Guarda Revolucionária do Irã, Hossein Salami, e o comandante das Forças Armadas do país, Mohammad Bagheri.
Foram mais de 200 aviões de guerra atingindo cerca de 100 alvos estratégicos espalhados por todo o território iraniano. Em resposta, na madrugada, mais de 100 drones iranianos foram lançados contra o território israelense.
Em carta enviada ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) , o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, classificou os ataques como uma “declaração de guerra” e solicitou ação imediata do órgão internacional.
O líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, disse que Israel receberá um "destino amargo".
A repercussão nos mercados do ataque de Israel
Em reação ao ataque, o petróleo Brent, referência internacional, disparou 7,02% nesta sexta, a US$ 74,23 o barril.
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Por sua vez, o petróleo WTI, referência nos Estados Unidos, seguiu a tendência e avançou 7,26%, cotado a US$ 72,98.
A disparada reflete o temor generalizado de interrupções no fornecimento global de energia e a possibilidade de um conflito regional se transformar em uma guerra de proporções mais amplas.
Cabe lembrar que o Irã é um dos maiores produtores da commodity no mundo. O país também controla o estreito de Ormuz, por onde passa cerca de 25% de toda produção global de petróleo, e um conflito na região pode atrapalhar a oferta para os demais países.
O dólar também ganhou força no mundo inteiro, com o DXY — índice que mede a força da moeda frente a uma série de outras divisas globais — subiu 0,33% hoje, a 98.151 pontos. Frente ao real, a moeda norte-americana recuou 0,02%, a R$ 5,5471.
Os futuros do ouro, considerado um ativo seguro para o qual os investidores costumam recorrer em momentos de instabilidade, subiram 1,37%, negociado a US$ 3.432 a onça-troy.
Lá fora, as bolsas de Nova York encerraram o dia com perdas generalizadas. O S&P 500 caiu 1,13%, aos 5.976 pontos, enquanto o Nasdaq recuou 1,3%, aos 19.406 pontos. Já o Dow Jones perdeu quase 770 pontos, com queda de 1,79%, aos 42.197 pontos.
Os mercados asiáticos fecharam em queda. O Nikkei, índice de ações do Japão, terminou o dia com uma queda de 0,89%, enquanto o HSI (Hang Seng Index), da bolsa de valores de Hong Kong, registrou perdas de 0,59%.
As bolsas europeias também fecharam em território negativo. O Stoxx 600 (índice que compila as maiores empresas da Europa) recuou 0,89%, aos 544,94 pontos, enquanto o DAX (índice da Alemanha) caiu 1,07%, a 23.516,23 pontos. O FTSE 100, do Reino Unido, também registrou queda de 0,39%, a 8.850,63 pontos, e o CAC 40, da França, recuou 1,04%, aos 7.684 pontos.
No Ibovespa, petroleiras ganham força enquanto índice cai
Por aqui, o Ibovespa fechou aos 137.212,63 pontos, com queda de 0,43%, com petroleiras na liderança dos ganhos. PetroReconcavo (RECV3) foi a maior alta, com ganhos de 2,71%, a R$ 15,56.
Veja as maiores altas:
CÓDIGO | NOME | ULT | VAR |
---|---|---|---|
RECV3 | PetroReconcavo ON | R$ 15,56 | 2,71% |
PETR4 | Petrobras PN | R$ 32,53 | 2,46% |
SUZB3 | Suzano ON | R$ 54,11 | 2,19% |
PETR3 | Petrobras ON | R$ 34,98 | 2,13% |
PRIO3 | PRIO ON | R$ 43,98 | 1,76% |
Maiores quedas:
CÓDIGO | NOME | ULT | VAR |
---|---|---|---|
CVCB3 | CVC ON | R$ 2,31 | -8,33% |
MGLU3 | Magazine Luiza ON | R$ 8,94 | -7,07% |
USIM5 | Usiminas PNA | R$ 4,77 | -5,92% |
ISAE3 | Isa Energia ON | R$ 29,75 | -5,85% |
RADL3 | RD Saúde ON | R$ 13,88 | -5,06% |
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