A Selic vai surpreender? Fed eleva taxa e Japão choca mercados — o que o BC do Brasil pode fazer com os nossos juros
O Copom se prepara para anunciar a decisão de política monetária na quarta-feira (2), depois de os principais bancos centrais do mundo chacoalharem as bolsas globais
As decisões dos principais bancos centrais do mundo dominaram a semana que passou, mas engana-se o investidor que acredita que não pode haver mais surpresas na política monetária — na quarta-feira (2), o Comitê de Política Monetária (Copom) anuncia a nova taxa de juros por aqui.
A expectativa é de que o BC brasileiro inicie o ciclo de afrouxamento monetário, mas a questão que ainda segue no ar é o tamanho do corte da Selic — e não há consenso sobre isso ainda.
Pesquisa do BTG Pactual divulgada na semana passada mostra que o banco central entregará uma redução de 50 pontos-base (pb), o que colocará os juros em 13,25% ao ano.
No entanto, os apelos por parcimônia na comunicação do BC mantém na mesa a possibilidade de um movimento mais conservador, com redução dos juros em apenas 0,25 ponto porcentual.
- Invista em títulos de renda fixa com excelentes rentabilidades em apenas 5 minutos: entre para este grupo de WhatsApp e receba as melhores ofertas assim que elas são lançadas. Participe gratuitamente clicando aqui.
Copom sob pressão
A desaceleração na expectativa de inflação e a melhora do quadro fiscal após o arcabouço pavimentaram o caminho para que o banco central brasileiro possa cortar os juros na próxima quarta-feira (2).
Mas a melhora da nota de crédito do Brasil colocou ainda mais pressão sobre o Copom, abrindo as portas para um afrouxamento monetário maior do que o que estava sendo esperado até então.
Leia Também
Exatamente uma semana antes da reunião do BC brasileiro, a agência de classificação de risco Fitch elevou o rating do Brasil de 'BB-' para 'BB', com perspectiva estável — deixando o país um nível mais próximo do chamado grau de investimento.
Antes da Fitch, outra agência de classificação de risco, a S&P Global, havia melhorado a perspectiva do rating do Brasil de estável para positiva, mas manteve a nota em BB-.
Assim como os participantes do mercado seguem divididos sobre o calibre do corte de juros na próxima reunião do Copom, a aposta é de que os membros do comitê também se dividam sobre o que fazer agora, refletindo uma decisão distante da unanimidade.
Fed e BCE sobem os juros, Japão surpreende
Embora tenha mexido bastante com os mercados aqui e lá fora, a surpresa da semana passada não foi patrocinada pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) e tampouco pelo Banco Central Europeu (BCE).
Os dois BCs entregaram aumentos da taxa de juros de 0,25 pp, que já vinham sendo telegrafados pelos investidores. A justificativa das autoridades monetárias dos EUA e da zona do euro é a mesma do último ano: a inflação longe da meta.
O inesperado veio do outro lado do mundo: o Banco do Japão (BoJ) anunciou na sexta-feira (28) maior flexibilidade em sua política monetária, pegando os investidores de calças curtas.
O BC japonês afrouxou o controle da curva de juros — ou YCC — em um movimento com amplas ramificações: o iene disparou contra o dólar, enquanto as ações japonesas e os preços dos títulos do governo caíram.
VEJA TAMBÉM — “Sofri um golpe no Tinder e perdi R$ 15 mil”: como recuperar o dinheiro? Veja o novo episódio de A Dinheirista!
O Japão vai inspirar os juros no Brasil?
O Banco do Japão tem sido dovish — termo usado para descrever posições favoráveis ao afrouxamento monetário — há anos, mas a decisão de introduzir flexibilidade no rígido controle da curva de juros deixou os economistas se perguntando se uma mudança mais substancial está no horizonte.
O controle da curva de juros é uma política de longo prazo na qual o banco central considera uma meta de taxa de juros, e compra e vende títulos conforme necessário para atingir essa meta.
Atualmente, o BoJ visa juros de 0% nos títulos do governo (JGB) de dez anos com o objetivo de estimular a economia japonesa, que luta há muitos anos com a desinflação.
Na decisão de sexta-feira, o BC japonês indicou que continuará permitindo que os juros dos títulos do governo de 10 anos flutuem dentro da faixa de 0,5 pp para qualquer direção da meta de 0% — mas oferecerá a compra de JGBs de 10 anos a 1% por meio de operações de taxa fixa. Na prática, a decisão expande a tolerância em mais 0,5 pp.
Destacando “incertezas extremamente elevadas” nas perspectivas de inflação, o BoJ argumenta que limitar estritamente os juros prejudicará o funcionamento do mercado de títulos e aumentará a volatilidade quando os riscos de aumento dos preços se materializarem.
Segundo o BOJ, o núcleo da inflação ao consumidor — que exclui alimentos frescos da conta — chegará a 2,5% no ano fiscal até março, acima da estimativa anterior de 1,8%. Para a autoridade monetária, há riscos de alta para essa previsão, o que significa que a inflação pode acelerar ainda mais do que o esperado.
Embora bem longe do Brasil, a questão agora é saber se o Japão servirá de inspiração para o BC brasileiro e se o Copom entregará algo que não estava no radar dos investidores por aqui.
Time sensação do Campeonato Brasileiro, Mirassol arrecada o equivalente a um terço do orçamento municipal
Sensação do Brasileirão, o Mirassol arrecadou cerca de um terço do orçamento municipal e levou a pequena cidade paulista ao cenário internacional com a vaga na Libertadores
Joesley Batista viajou para a Venezuela para pedir renúncia de Maduro: qual o interesse da JBS e da J&F no país?
Joesley Batista tem relações com o presidente Donald Trump e pediu pelo fim das tarifas sobre a carne. A JBS também tem negócios nos Estados Unidos
Lotomania e Super Sete aproveitam bola dividida na Lotofácil e pagam os maiores prêmios da noite nas loterias da Caixa
Lotofácil manteve a fama de loteria “menos difícil” da Caixa, mas cedeu os holofotes a outras modalidades sorteadas na noite de quarta-feira (3).
Alerta Selic: o que pode impedir o BC de cortar os juros, segundo Mansueto Almeida, economista-chefe do BTG Pactual
A projeção do banco é que a Selic encerre 2025 em 15% e que os cortes comecem de forma gradual em janeiro, alcançando 12% ao final de 2026
Ibovespa a 300 mil pontos? ASA vê a bolsa brasileira nas alturas, mas há uma âncora à vista
Em um cenário dúbio para 2026, os executivos da instituição financeira avaliam o melhor investimento para surfar um possível rali e ainda conseguir se proteger em um ambiente negativo
Segundo carro elétrico mais vendido do Brasil atinge marca histórica de vendas no mundo
Hatch elétrico chinês atinge marca histórica em apenas quatro anos e reforça a estratégia global da BYD no mercado de veículos eletrificados
Retrospectiva Spotify 2025: Bad Bunny lidera o mundo e dupla sertaneja domina o Brasil (de novo); veja como acessar o seu Wrapped
Plataforma divulga artistas, álbuns e músicas mais ouvidos do ano e libera função Wrapped para todos os usuários
De bailarina a bilionária mais jovem do mundo: a trajetória da brasileira que construiu uma fortuna aos 29 anos sem ser herdeira
A ascensão de Luana Lopes Lara à frente da Kalshi mostra como a ex-bailarina transformou formação técnica e visão de mercado em uma fortuna bilionária
Daniel Vorcaro — da ostentação imobiliária à prisão: o caso da mansão de R$ 460 milhões em Miami
A mansão de R$ 460 milhões comprada por Daniel Vorcaro em Miami virou símbolo da ascensão e queda do dono do Banco Master, hoje investigado por fraudes
Lotofácil 3552 faz os primeiros milionários de dezembro nas loterias da Caixa; Mega-Sena e Timemania encalham
A Lotofácil não foi a única loteria a ter ganhadores na faixa principal na noite de terça-feira (2). A Dia de Sorte saiu para um bolão na região Sul do Brasil.
Banco Master: Ministério Público quer Daniel Vorcaro de volta à prisão e TRF-1 marca julgamento do empresário
Uma decisão de sábado soltou Vorcaro e outros quatro presos na investigação do Banco Master
Qual signo manda na B3? Câncer investe mais, Libra investe melhor — e a astrologia invade o pregão
Levantamento da B3 revela que cancerianos são os que mais investem em ações, mas quem domina o valor investido são os librianos
BC Protege+: Como funciona a nova ferramenta do Banco Central que impede a abertura de contas não autorizadas
Nova ferramenta do Banco Central permite bloquear a abertura de contas em nome do usuário e promete reduzir fraudes com identidades falsas no sistema financeiro
CNH sem autoescola: com proposta aprovada, quanto vai custar para tirar a habilitação
Com a proposta da CNH sem autoescola aprovada, o custo para tirar a habilitação pode cair até 80% em todo o país
A palavra do ano no dicionário Oxford que diz muito sobre os dias de hoje
Eleita Palavra do Ano pela Oxford, a expressão “rage bait” revela como a internet passou a usar a raiva como estratégia de engajamento e manipulação emocional
Não tem para ninguém: Lotofácil, Quina e demais loterias da Caixa entram em dezembro sem ganhadores
Depois de acumular no primeiro sorteio do mês, a Lotofácil pode pagar nesta terça-feira (2) o segundo maior prêmio da rodada das loterias da Caixa — ou o maior, se ela sair sem que ninguém acerte a Timemania
Tema de 2026 será corte de juros — e Galapagos vê a Selic a 10,5% no fim do próximo ano
No Boletim Focus desta semana, a mediana de projeções dos economistas aponta para uma Selic de 10,5% apenas no final de 2027
Metrô de São Paulo começa a aceitar pagamento com cartão de crédito e débito direto na catraca; veja como vai funcionar
Passageiros já podem usar cartões de crédito ou débito por aproximação na catraca, mas integração com ônibus continua exclusiva do Bilhete Único
CNH sem autoescola: quais são os requisitos para o instrutor autônomo?
Nova resolução do Contran cria o instrutor autônomo e detalha os requisitos para atuar na formação de condutores no modelo da CNH sem autoescola
Contran toma decisão irrevogável sobre o projeto da CNH sem autoescola
Nova resolução do Contran libera a CNH sem autoescola, cria instrutor autônomo, reduz carga horária prática e promete queda de até 80% no custo da habilitação