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Renan Sousa
Renan Sousa
É repórter do Seu Dinheiro. Formado em jornalismo na Universidade de São Paulo (ECA-USP) e já passou pela Editora Globo e SpaceMoney. Twitter: @Renan_SanSousa
TERRA ARRASADA

Um mês do desaparecimento da Terra (LUNA): o que aconteceu com o mercado de criptomoedas e a Terra 2.0 após bilhões virarem pó

Os desenvolvedores, usuários e investidores ficaram a ver navios enquanto a Terraform Labs migrou para a nova blockchain

Renan Sousa
Renan Sousa
8 de junho de 2022
12:44 - atualizado às 12:58
Terra (LUNA) um mês do desaparecimento de uma das maiores criptomoedas o mercado
Relembre o que aconteceu para a Terra (LUNA) desaparecer e levar o bom humor do mercado de criptomoedas.

Um astronauta cruza os céus e aparece um mês depois da destruição de um planeta inteiro. Ele nada mais encontra: tudo desapareceu e só restam as lembranças do que um dia foi aquele espaço. Esse pode parecer o roteiro de um filme pós-apocalíptico ou Starman do David Bowie, mas é o histórico da Terra (LUNA), a criptomoeda que desapareceu.

A última terça-feira (07) marcou um mês do que foi considerada o início do fim do que chegou a ser um dos dez maiores projetos em criptomoedas do mundo. O que começou com um rumor terminou com a queda do projeto de US$ 119 para menos de milésimos de dólares em poucos dias.

Juntamente com a Terra (LUNA), desapareceu também a TerraUSD (UST), a stablecoin algorítmica — lastreada não em moedas fiduciárias, mas em outras criptomoedas — do protocolo. Dias depois, os desenvolvedores tentaram criar um novo projeto, mas não deu muito certo.

Relembre o que aconteceu com a Terra:

Aviso 1 da Terra: falha no protocolo

Naquele 7 de maio corria o que começou com um boato no mercado. O lastro em criptomoedas da stablecoin UST começava a cair e a moeda começou a perder paridade com o dólar americano.

Em um primeiro momento, o mercado tratou isso como um FUD — sigla em inglês para medo, incerteza e desentendimento. Entretanto, quando a emissão da Terra (LUNA) disparou e as cotações caíram ainda mais, não havia jeito de esconder: tratava-se de um ataque à rede.

Os desenvolvedores consideram esse o dia zero do início da destruição do protocolo Terra (LUNA).

Aviso 2: uma sucessão de problemas para salvar a criptomoeda

Para tentar salvar as cotações de ambas as moedas, que entraram na chamada “espiral da morte”, os desenvolvedores precisaram se livrar das criptomoedas que faziam o lastro da TerraUSD.

Mas o efeito foi justamente o contrário: ao despejar cerca de US$ 1,5 bilhão em bitcoins no mercado, a Terraform Labs (TFL), responsável pela Terra (LUNA), derrubou ainda mais as cotações da sua própria criptomoeda.

Até as últimas tentativas de salvar a Terra (LUNA), os desenvolvedores movimentaram cerca de US$ 3,5 bilhões em criptomoedas, mas nada adiantou. A LUNA já valia menos do que US$ 0,0001 e a UST havia perdido paridade com o dólar.

Aviso 3: abandonamos o barco da Terra

Com o estrago já feito, o jeito era tentar salvar o projeto. As primeiras informações eram de que a Terraform Labs faria um fork — uma divisão da rede — para tentar salvar a blockchain remanescente.

A rede estava empolgada com o plano, mas os próprios desenvolvedores voltaram a jogar água no chope dos usuários: não haveria um fork, mas a criação de uma nova blockchain do zero.

Assim, a nova Terra passaria a se chamar Terra (LUNA) e a antiga criptomoeda passaria a se chamar Terra Classic (LUNC). A stablecoin TerraUSD (UST) também desapareceria no novo projeto.

O problema de “abandonar” a Terra

Por se tratar de um projeto em código aberto, os programadores que desenvolvem aplicativos descentralizados (DApps) ficaram descontentes com a criação de uma nova blockchain.

Isso porque migrar para uma nova rede, ainda que muito parecida com a anterior, exige atualização de softwares e muitas vezes de hardware (CPUs, placas de vídeo e todo maquinário para operar na rede).

Conclusão: o abandono da Terra

Após um dia de atraso, a TFL finalmente lançou a Terra 2.0 no dia 28 de maio, finalmente deixando para trás a Terra Classic (LUNC).

O projeto, entretanto, não empolgou: os analistas simplesmente deixaram de analisar o projeto 2.0 da Terra (LUNA) e o projeto despencou mais de 70% em dois dias de vida.

Só hoje, a Terra (LUNA) caiu 19,60%, negociada a US$ 3,47. Desde seu lançamento, as cotações caíram 82,24%.

O saldo para as criptomoedas

O desaparecimento de uma das maiores criptomoedas do mundo também retirou a confiança dos investidores nesse mercado. Isso se refletiu na pressão sobre as cotações de outras moedas digitais, como o próprio bitcoin.

Novos projetos em stablecoins algorítmicas, como é o caso da USDD (USDD), da Tron (TRX), passaram a ser questionados pelo mercado — mas vale destacar que são bastante diferentes entre si.

Além disso, nem mesmo investidores, usuários ou desenvolvedores foram ressarcidos pelo desaparecimento da LUNC ou da UST. O que restou para quem permaneceu na antiga blockchain da Terra foi ser um homem das estrelas, esperando no céu, como diria Bowie.

Investigações contra os desenvolvedores

O mercado de criptomoedas não possui freios e contrapesos, mas o mundo físico tem.

Tanto os desenvolvedores da Terraform Babs quanto Do Kwon, criador da Terra, foram formalmente intimados pelo governo da Coreia do Sul a dar explicações sobre o desaparecimento da Terra.

De acordo com a acusação, cinco investidores locais perderam o equivalente a US$ 1,1 milhão após problemas na Terra Network.

As autoridades coreanas estimam que 280 mil usuários possuíam um total de 70 bilhões em LUNA — o equivalente a mais de US$ 6 trilhões espalhados por todo país.

Do Kwon também é acusado de dever mais de US$ 78 milhões aos cofres públicos coreanos. As denúncias incluem evasão de impostos tanto de sua pessoa física quanto da sua empresa.

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