Enquanto os mercados tradicionais acompanham o resgate dos bancos americanos pelo Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos Estados Unidos), o bitcoin (BTC) engatou mais um dia de fortes altas e puxa o setor de criptomoedas em bloco nesta terça-feira (14).
O plano de recuperação dos bancos falidos desde a última sexta-feira (10) não aliviou a tensão dos mercados tradicionais. Porém, as criptomoedas reagiram à injeção de liquidez proposta ontem pelo CEO da Binance, Changpeng Zhao, o CZ.
Além disso, a perspectiva de que a crise bancária force o Fed a estabilizar — ou ainda, reduzir — os juros por lá anima os investidores em cripto. E, graças aos dados de inflação dos EUA de hoje, esse cenário está cada vez mais concreto.
Mais cedo, o BTC chegou a tocar os US$ 26.399, as máximas do ano, mas perdeu força ao longo da manhã.
Confira o desempenho das dez maiores criptomoedas do mundo hoje:
# | Name | Price | 24h % | 7d % |
1 | Bitcoin (BTC) | US$ 25.870,63 | 14,59% | 15,45% |
2 | Ethereum (ETH) | US$ 1.746,77 | 8,72% | 11,43% |
3 | Tether (USDT) | US$ 1,01 | 0,31% | 0,60% |
4 | BNB (BNB) | US$ 316,77 | 5,03% | 10,41% |
5 | USD Coin (USDC) | US$ 0,9987 | 0,25% | -0,13% |
6 | XRP (XRP) | US$ 0,3818 | 4,91% | 1,99% |
7 | Cardano (ADA) | US$ 0,362 | 7,94% | 10,54% |
8 | Polygon (MATIC) | US$ 1,23 | 9,67% | 7,42% |
9 | Dogecoin (DOGE) | US$ 0,0758 | 8,95% | 2,20% |
10 | Binance USD (BUSD) | US$ 1,00 | -0,09% | 0,14% |
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Inflação estaciona — e bitcoin dispara
O dia já estava positivo para as maiores criptomoedas em valor de mercado do planeta. Mas foi após o índice de preços ao consumidor (CPI, em inglês) dos Estados Unidos que a disparada acelerou ainda mais.
Isso porque o CPI avançou 0,4% em fevereiro, em linha com a previsão do mercado. Na comparação anual, a inflação acumula alta de 6%, também como previsto.
O núcleo do CPI, que exclui itens voláteis como alimentos e combustíveis, subiu 0,5% em fevereiro, um pouco acima da expectativa de alta de 0,4%. O dado registra avanço de 5,5% no mês, na comparação anual, também em linha com as projeções do mercado.
E o que isso significa para as criptomoedas?
A inflação mais controlada abre espaço para que o Federal Reserve mantenha os juros inalterados ou reduza as taxas. Somando isso à atual crise bancária nos EUA, é quase certo que o BC americano precise rever a política monetária.
A consequência dos juros mais baixos é o crédito mais fácil, o que tende a estimular o crescimento de empresas de tecnologia e ativos digitais — como o bitcoin e outras criptomoedas.
Vale lembrar que essas são especulações. O mercado de ativos digitais é altamente volátil e sensível ao noticiário. Os analistas recomendam manter uma parcela de no máximo 5% dos seus investimentos em criptomoedas.