🔴 OURO DISPARA 55% EM 2025: AINDA DÁ PARA INVESTIR? – SAIBA COMO SE EXPOR AO METAL

Indefinível; mas não tente se matar, pelo menos esta noite, não…

As coisas vão melhor que o esperado para a economia do Brasil, mas o fenômeno também é visto lá fora — e há como aproveitar esse quadro

10 de julho de 2023
20:03 - atualizado às 18:28
Foto do cantor Lobão durante participação no Café Filosófico CPFL, em 2009
Foto do cantor Lobão durante participação no Café Filosófico CPFL, em 2009 - Imagem: Damião Francisco / Wikimedia Commons

A maior expressão da angústia
Pode ser a depressão
Algo que você pressente
Indefinível
Mas não tente se matar
Pelo menos essa noite, não

(Lobão, em "Essa noite, não")

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Eu: “Portugal está lindo. Há tempos eu não ia pra lá…”
Ele: “E você foi em Cascais? É o meu lugar português favorito.”
Eu: “Fui, sim. É legal mesmo.”
Ele: “No Alentejo você não foi, né?”
Eu: “Fui rapidinho, mas fui. Minha esposa queria conhecer a Cartuxa…”
Ele: “Ah, eu tenho preferido mais o Dão recentemente. Aposto que lá você não foi…”
Eu: “Dei uma passada, sim.”
Ele: “Mas quando você foi?”
Eu: “Em setembro.”
Ele: “Setembro é horrível! Você tinha que ter ido em maio. Porque quando eu fui em maio…”

***

A piada não é minha, é do Fábio Porchat. Tenho esse hábito de contar anedotas porque acho que aproxima um pouco mais as pessoas.

Algumas são tão inacreditavelmente ensimesmadas que não admitem a narrativa de qualquer experiência a partir da perspectiva do outro. Tudo precisa ser relatado — ou, até mesmo, transformado (se o caso original for de um terceiro) — a partir da própria vivência ou visão pessoal. Eu, eu, eu…

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A literatura das Finanças Comportamentais batizou de “home bias” a tendência de exagerar na concentração dos investimentos em seu próprio país, ignorando os benefícios da diversificação regional e entre moedas. É, sem dúvida, um problema a ser endereçado. 

Leia Também

Perdoem o politicamente incorreto, porém. Sei que o brasileiro investe pouco lá fora; também sei que nossa moeda é bastante exótica e não preserva muito valor no tempo. E, claro, estou ciente de que este país é uma bagunça e tudo pode mudar amanhã.

Tudo isso pede um discurso “do bem”, em prol da sofisticação dos portfólios e da exploração de oportunidades além-mar. Mas a real é que não estou muito preocupado com isso neste momento, taticamente.

Vejo o Brasil como um dos grandes polos de boas alternativas para se investir agora, mesmo em perspectiva global — até mesmo pela falta de opções; uma espécie de W.O. bem jogado.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O Brasil vai bem, mas não só ele

Estou mesmo interessado em outro tipo de “home Bias” ou ensimesmamento. Quando a S&P elevou a perspectiva da nota de crédito brasileira, citou uma maior resiliência de nossa economia, que derivaria, em grande medida, das reformas realizadas desde o governo Temer.

Vários economistas também têm se surpreendido com o vigor do PIB local, a despeito do rigoroso aperto monetário. A Selic saiu de 2% para 13,75% e ainda vamos crescer mais de 2% neste ano. Com efeito, há três anos o PIB realizado tem sido notadamente superior àquele apontado pelo relatório Focus (vai ser assim de novo em 2023).

Não quero diminuir os méritos nacionais. Tudo isso é verdadeiro e chega a ser surpreendente, além de demonstrar certo amadurecimento institucional: tivemos a aprovação de duas reformas bastante difíceis (Previdenciária e Tributária) num intervalo de tempo razoavelmente curto, sobretudo quando ponderamos por perspectivas históricas. 

No entanto, essa maior resiliência da economia (ou das economias) tem sido um fenômeno global. Os EUA talvez sejam o caso mais icônico.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Há alguns trimestres, esperamos uma recessão chegando diante da elevação dos juros pelo Fed. Estamos à espera de Godot, a personagem do teatro do absurdo de Beckett que nunca chega. A taxa de desemprego norte-americana está entre as menores da história e cai mês após mês. 

Algo parece ter acontecido com a economia global, em especial com o mercado de trabalho. Há várias potenciais explicações para o fenômeno, mas não dispomos ainda de rigor científico (até porque talvez nem tenhamos dados disponíveis suficientemente) para identificar relações de causalidade e possíveis soluções.

Enquanto isso, os modelos seguem desatualizados, trabalhando com uma curva de Phillips que não existe mais. 

E o que explica?

Talvez ainda sejam as sobras da poupança dos estímulos fiscais e monetários da época da covid mudando a dinâmica do mercado de trabalho — se as transferências de renda aumentaram muito e sobrou poupança, muitos podem trabalhar menos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Talvez seja uma questão mais ligada à dinâmica social, de que estejamos valorizando outras coisas além da ética do trabalho. O tal “Great Resignation” apenas como uma manifestação mais intensa de um fenômeno mais geral.

Se antes era descolado perseguir a ideia dos “PSDs” (Poor, smart and deep desire to be rich), agora essa espécie de “topa tudo por dinheiro” ficou cafona. O marido trabalha meio período ou folga na sexta, para poder ajudar a tomar conta das crianças, numa decisão autodeclarada, por mera vontade.

Possivelmente ainda tenhamos questões demográficas atuando. Sei lá, conheço pouco as explicações.

Seja como for, temos consequências dessa nova dinâmica do mercado de trabalho, claro. Se as taxas de desemprego são muito baixas, dificilmente os salários vão cair tão rápido, mesmo com juros mais altos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Para fazer a inflação convergir às metas, precisaríamos de um aperto monetário ainda mais vigoroso. O juro não cairia tão rápido lá fora como se espera. A inflação de bens e materiais já desabou e deve continuar baixa.

Em serviços, a história seria diferente: a convergência também existiria, mas de maneira mais lenta. Os Bancos Centrais perceberiam isso e acabariam aceitando uma inflação um pouco mais alta, desde que em convergência. Teríamos inflação um pouco maior, juros nominais um pouco mais altos e juros reais ainda baixos.

É um cenário diferente daquele observado durante a chamada “Estagnação Secular”, que reinou na última década. Ainda assim, os juros reais baixos ainda podem significar um ciclo positivo para ativos reais.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
MERCADOS HOJE

A debandada da bolsa, pessimismo global e tarifas de Trump: veja o que move os mercados hoje

21 de novembro de 2025 - 9:27

Nos últimos anos, diversas empresas deixaram a B3; veja o que está por trás desse movimento e o que mais pode afetar o seu bolso

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Planejamento, pé no chão e consciência de que a realidade pode ser dura são alguns dos requisitos mais importantes de quem quer ser dono da própria empresa

20 de novembro de 2025 - 8:36

Milhões de brasileiros sonham em abrir um negócio, mas especialistas alertam que a realidade envolve insegurança financeira, mais trabalho e falta de planejamento

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: Será que o Fed já pode usar AI para cortar juros?

19 de novembro de 2025 - 20:00

Chegamos à situação contemporânea nos EUA em que o mercado de trabalho começa a dar sinais em prol de cortes nos juros, enquanto a inflação (acima da meta) sugere insistência no aperto

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

A nova estratégia dos FIIs para crescer, a espera pelo balanço da Nvidia e o que mais mexe com seu bolso hoje

19 de novembro de 2025 - 8:01

Para continuarem entregando bons retornos, os Fundos de Investimento Imobiliários adaptaram sua estratégia; veja se há riscos para o investidor comum. Balanço da Nvidia e dados de emprego dos EUA também movem os mercados hoje

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

O recado das eleições chilenas para o Brasil, prisão de dono e liquidação do Banco Master e o que mais move os mercados hoje

18 de novembro de 2025 - 8:29

Resultado do primeiro turno mostra que o Chile segue tendência de virada à direita já vista em outros países da América do Sul; BC decide liquidar o Banco Master, poucas horas depois que o banco recebeu uma proposta de compra da holding Fictor

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

Eleição no Chile confirma a guinada política da América do Sul para a direita; o Brasil será o próximo?

18 de novembro de 2025 - 6:03

Após a vitória de Javier Milei na Argentina em 2023 e o avanço da direita na Bolívia em 2025, o Chile agora caminha para um segundo turno amplamente favorável ao campo conservador

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Os CDBs que pagam acima da média, dados dos EUA e o que mais movimenta a bolsa hoje

17 de novembro de 2025 - 7:53

Quando o retorno é maior que a média, é hora de desconfiar dos riscos; investidores aguardam dados dos EUA para tentar entender qual será o caminho dos juros norte-americanos

VISÃO 360

Direita ou esquerda? No mundo dos negócios, escolha quem faz ‘jogo duplo’

16 de novembro de 2025 - 8:00

Apostar no negócio maduro ou investir em inovação? Entenda como resolver esse dilema dos negócios

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Esse número pode indicar se é hora de investir na bolsa; Log corta dividendos e o que mais afeta seu bolso hoje

14 de novembro de 2025 - 8:24

Relação entre preço das ações e lucro está longe do histórico e indica que ainda há espaço para subir mais; veja o que analistas dizem sobre o momento atual da bolsa de valores brasileira

SEXTOU COM O RUY

Investir com emoção pode custar caro: o que os recordes do Ibovespa ensinam

14 de novembro de 2025 - 6:55

Se você quer saber se o Ibovespa tem espaço para continuar subindo mesmo perto das máximas, eu não apenas acredito nisso como entendo que podemos estar diante de uma grande janela de valorização da bolsa brasileira — mas isso não livra o investidor de armadilhas

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Seca dos IPOs ainda vai continuar, fim do shutdown e o que mais movimenta a bolsa hoje

13 de novembro de 2025 - 7:57

Mesmo com Regime Fácil, empresas ainda podem demorar a listar ações na bolsa e devem optar por lançar dívidas corporativas; mercado deve reagir ao fim do maior shutdown da história dos EUA, à espera da divulgação de novos dados

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: Podemos resumir uma vida em uma imagem?

12 de novembro de 2025 - 19:54

Poucos dias atrás me deparei com um gráfico absolutamente pavoroso, e quase imediatamente meu cérebro fez a estranha conexão: “ora, mas essa imagem que você julga horripilante à primeira vista nada mais é do que a história da vida da Empiricus”

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Shutdown nos EUA e bolsa brasileira estão quebrando recordes diariamente, mas só um pode estar prestes a acabar; veja o que mais mexe com o seu bolso hoje

11 de novembro de 2025 - 8:28

Temporada de balanços, movimentos internacionais e eleições do ano que vem podem impulsionar ainda mais a bolsa brasileira, que está em rali histórico de valorizações; Isa Energia (ISAE4) quer melhorar eficiência antes de aumentar dividendos

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

Ibovespa imparável: até onde vai o rali da bolsa brasileira?

11 de novembro de 2025 - 7:28

No acumulado de 2025, o índice avança quase 30% em moeda local — e cerca de 50% em dólar. Esse desempenho é sustentado por três pilares centrais

EXILE ON WALL STREET

Felipe Miranda: Como era verde meu vale do silício

10 de novembro de 2025 - 19:57

Na semana passada, o mitológico investidor Howard Marks escreveu um de seus icônicos memorandos com o título “Baratas na mina de carvão” — uma referência ao alerta recente de Jamie Dimon, CEO do JP Morgan, sobre o mercado de crédito

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Banco do Brasil (BBAS3) precisará provar que superou crise do agro, mercado está otimista com fim do shutdown nos EUA no horizonte, e o que mais você precisa saber sobre a bolsa hoje

10 de novembro de 2025 - 7:55

Analistas acreditam que o BB não conseguirá retomar a rentabilidade do passado, e que ROE de 20% ficou para trás; ata do Copom e dados de inflação também mexem com os mercados

TRILHAS DE CARREIRA

Promovido, e agora? Por que ser bom no que faz não te prepara para liderar pessoas

9 de novembro de 2025 - 8:00

Por que seguimos promovendo técnicos brilhantes e esperando que, por mágica, eles virem líderes preparados? Liderar é um ofício — e como todo ofício, exige aprendizado, preparo e prática

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Novo nome da Eletrobras em nada lembra mercado de energia; shutdown nos EUA e balanço da Petrobras também movem os mercados hoje

7 de novembro de 2025 - 8:14

Depois de rebranding, Axia Energia anuncia R$ 4 bilhões em dividendos; veja o que mais mexe com a bolsa, que bate recorde depois de recorde

SEXTOU COM O RUY

Eletrobras agora é Axia: nome questionável, dividendos indiscutíveis

7 de novembro de 2025 - 7:03

Mesmo com os gastos de rebranding, a empresa entregou bons resultados no 3T25 — e há espaço tanto para valorização das ações como para mais uma bolada em proventos até o fim do ano

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

FII escondido no seu dia a dia é campeão entre os mais recomendados e pode pagar dividendos; mercado também reflete decisão do Copom e aprovação da isenção de IR

6 de novembro de 2025 - 8:03

BTGLG11 é campeão no ranking de fundos imobiliários mais recomendados, Copom manteve Selic em 15% ao ano, e Senado aprovou isenção de Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar