🔴 INTER DEU ADEUS À BOLSA BRASILEIRA E EU PERDI METADE DO MEU PATRIMÔNIO: VEJA DETALHES DO CASO REAL

2023-05-11T19:33:01-03:00
Mande a sua pergunta!

Está com o nome sujo no Serasa? Vocês perguntaram como limpar o nome e renegociar dívidas, e a Dinheirista responde

Depois do último vídeo, leitores e espectadores do Seu Dinheiro enviaram as suas perguntas sobre como tirar o CPF dos cadastros de inadimplentes

Julia Wiltgen
Julia Wiltgen
12 de maio de 2023
6:45 - atualizado às 19:33
Logo da coluna A Dinheirista
Imagem: Montagem Seu Dinheiro

O último vídeo da Dinheirista fez um sucesso estrondoso, e é fácil saber por que: ele viajou pela internet com o sugestivo título, saído da mente maligna da Beatriz Azevedo, de “Adeus, Serasa: se eu deixar de pagar minhas dívidas por 5 anos, elas somem?”

Bem, o Brasil tem mais de 70 milhões de inadimplentes, pessoas que estão com dívidas em atraso. O público-alvo desse tipo de conteúdo já é amplo. E a sugestão de uma possibilidade de esses débitos simplesmente sumirem sem necessidade de pagamento depois de algum tempo com certeza faria o olho de qualquer uma dessas pessoas brilhar.

Pois bem, respondi essa pergunta no canal do Seu Dinheiro no YouTube e também na última edição desta coluna, mas republico o vídeo em questão abaixo:

Como esperado para um conteúdo que gera tanto buzz, surgiram muitas dúvidas a respeito de dívidas em atraso na caixa de entrada da Dinheirista após esta publicação. Leitores e espectadores que querem saber como limpar o nome e renegociar dívidas. Então vou dedicar este texto a respondê-las.

Mas antes, se você tem alguma dúvida sobre dinheiro, seja finanças pessoais ou investimentos, e deseja vê-la respondida pela Dinheirista, faça como esses leitores e envie um e-mail para [email protected]. Agora vamos às perguntas:

1. Tenho uma dívida no cartão de crédito há mais de 20 anos. Posso renegociar com o Serasa ou com o próprio banco?

No vídeo acima, eu falo sobre como as dívidas mais comuns prescrevem após cinco anos da data do seu vencimento. Quando isso ocorre, o CPF do devedor deve ser retirado dos cadastros de inadimplentes e a dívida não pode mais ser cobrada judicialmente.

Mas ela não deixa de existir e pode inclusive continuar a ser cobrada informalmente. Da mesma forma, você pode tomar a iniciativa de renegociá-la e pagá-la, independentemente de ser cobrado.

Na sua pergunta não ficou claro se essa é uma dívida que você contraiu e não pagou há 20 anos ou se simplesmente vem rolando e fazendo outras compras no cartão de crédito há 20 anos. Mas, seja como for, sim, você pode ainda procurar o credor para negociar melhores condições de pagamento e quitá-la.

A renegociação vai ser sempre com o credor, no caso, o banco emissor do cartão. Você pode procurá-lo diretamente. Quando a Serasa entra na jogada, é apenas como intermediária, quando o devedor está com o nome sujo, isto é, com CPF inscrito no cadastro de inadimplentes da empresa.

A Serasa inclusive mantém uma página permanente do seu Feirão Limpa Nome onde os devedores podem verificar se seus credores fizeram propostas de melhores condições de pagamento para dívidas inadimplentes, sendo possível pagar na hora e já limpar o nome.

Numa renegociação de dívida, você pode tentar, por exemplo, obter um desconto para pagamento à vista ou reparcelar o débito com desconto nos juros e prestações que caibam no seu bolso.

O importante é que, se o banco aceitar as novas condições, você seja capaz de honrá-las. Por isso, organize-se financeiramente antes de propor uma renegociação.

  • Não dê dinheiro à Receita Federal à toa: você pode estar deixando de receber uma boa restituição do Imposto de Renda por algum equívoco na hora da declaração. Clique aqui e baixe GRATUITAMENTE um guia completo para não errar em nada na hora de acertar as contas com o Leão.

2. Estou com o nome sujo, como faço para limpá-lo? Não tenho condições de pagar.

Muitos brasileiros ficam com o nome sujo quando passam por problemas financeiros, isto é, têm seu CPF inscrito nos cadastros de inadimplentes e, com isso, ficam com restrições de acesso ao crédito.

Quando a dívida caduca, o nome volta a ficar limpo e o acesso ao crédito melhora, mas não necessariamente se restaura totalmente, uma vez que o seu credor ainda saberá que você tem uma dívida não paga, e caso se trate de uma dívida bancária, outras instituições financeiras podem conseguir acesso a essa informação.

Fora que, caso se trate de uma dívida que venceu recentemente, pode não ser viável esperar anos para que ela prescreva.

As melhores formas de realmente limpar o nome e restabelecer completamente o acesso ao crédito são pagando a dívida ou renegociando.

Se você não tem condições de pagar o débito integralmente e de uma vez agora, o melhor caminho para você é, inicialmente, a renegociação. Procurar o credor e buscar um desconto para pagamento à vista, um reparcelamento com desconto no principal ou nos juros ou mesmo uma carência para começar a pagar as prestações.

Se a sua dívida tiver juros muito altos - por exemplo, cartão de crédito ou cheque especial - outro caminho na renegociação é tentar trocá-la por uma dívida mais barata, como um empréstimo pessoal ou consignado, caso você tenha acesso a esta modalidade.

Nessa opção, a linha de crédito mais barata será usada para quitar a dívida original (mais cara), e você ficará com prestações com juros mais baixos.

Seja como for, a partir do momento em que você renegocia a dívida e o credor aceita as novas condições, ele precisa tirar seu CPF dos cadastros de inadimplentes, mesmo que você ainda não tenha começado a pagar segundo o novo acordo.

Mas certifique-se de que você terá condições de pagar a dívida após a renegociação - por exemplo, que as novas parcelas caibam no seu bolso. Pois caso fique inadimplente novamente, pode ser bem difícil renegociar uma segunda vez.

3. Dívida de condomínio: não é possível fazer acordo, tem que pagar tudo de uma vez?

A pergunta não traz mais detalhes nem um caso concreto, mas respondendo de uma forma geral, dívidas de condomínio também podem, como outras dívidas, ser objeto de renegociação. E, numa renegociação, é possível propor o parcelamento, sem que seja necessário quitar tudo de uma vez.

O ideal, neste caso, é que parta do devedor a iniciativa de renegociar, procurando o síndico e a administradora e propondo as condições de pagamento. Lembrando que é importante propor um plano de pagamento que se possa cumprir.

4. Estou com as parcelas do financiamento do meu carro atrasadas, o que pode acontecer?

No caso de dívidas com alienação fiduciária - que têm o bem financiado como garantia, como é o caso do financiamento imobiliário e de veículos -, o banco pode executar a garantia e retomar o bem, então é preciso ficar atento.

Mas neste caso, o devedor que está com dificuldades de honrar as prestações também pode tentar negociar condições melhores, ainda que temporárias, pois banco não tem lá muito interesse em retomar carro, pois é um bem que só se desvaloriza com o tempo.

5. Estou devendo no cartão de crédito desde dezembro de 2022 e meu nome já está inscrito no cadastro do Serasa. Essa dívida já pode ser protestada em cartório ou os credores esperam passar os cinco anos para fazer isso?

A dívida pode ser protestada no curto prazo sim. Inclusive, embora até seja possível o protesto de dívidas já prescritas, este não é o melhor caminho para o credor.

Dependendo do tipo de dívida e das circunstâncias, o protesto em cartório após a dívida caducar pode ser até contestado pelo devedor na Justiça e obrigar o credor a pagar indenização por danos morais.

Então, na verdade, do ponto de vista do credor, é melhor protestar a dívida antes da prescrição, pois depois desse prazo há riscos para ele.

O ideal é se organizar financeiramente e renegociar a sua dívida o quanto antes com o credor, de forma a limpar seu nome e evitar o protesto.

Compartilhe

Mande a sua pergunta!

Perdi metade do que tinha quando a ação do Inter deixou a bolsa brasileira. E agora, Dinheirista?

3 de junho de 2023 - 8:00

Leitor diz ter levado prejuízo de 50% na migração do Inter da B3 para a Nasdaq; saiba o que pode ter acontecido

Especial IR

Imposto de Renda: Isento precisa declarar? Devo informar as contas sem saldo? A Dinheirista responde às suas dúvidas de última hora

27 de maio de 2023 - 8:00

Na reta final do prazo de entrega da declaração de imposto de renda 2023, a Dinheirista responde às perguntas dos leitores sobre IR

Envie sua pergunta!

Apostei com a Bet365, perdi uma grana e agora não consigo sacar o que sobrou. O que fazer?

20 de maio de 2023 - 8:00

Esse consumidor ficou com o dinheiro “preso” na sua conta em um site de aposta online, pois a empresa alega erroneamente que seus dados bancários estão incorretos. Veja como ele pode resolver

Mande sua dúvida!

Estou com o nome sujo há 3 anos e não pretendo pagar tão cedo. É verdade que a dívida some depois de 5 anos?

6 de maio de 2023 - 8:00

No episódio de hoje da Dinheirista, dá para limpar o nome sem precisar pagar a dívida?

Mande sua dúvida!

Fiz dívidas em outro país e voltei para o Brasil; ainda posso ser cobrado?

22 de abril de 2023 - 8:00

No episódio de hoje da Dinheirista, dívidas e impostos: posso ser cobrado por dívidas que contraí fora do Brasil? E se eu tiver fechado a conta que indiquei para a restituição de IR, ainda consigo receber?

Mande sua pergunta!

Nubank está ‘enrolando’ para cancelar empréstimos feitos em meu nome por bandidos que roubaram meu celular. O que devo fazer?

6 de abril de 2023 - 7:00

No episódio de hoje de A Dinheirista, o que fazer se o banco estiver demorando para cancelar pagamentos e empréstimos fraudulentos feitos por criminosos?

Mande suas dúvidas!

Se a Americanas (AMER3) pode pedir recuperação judicial para ‘se safar’ das dívidas, por que eu não posso?

24 de março de 2023 - 6:25

A Dinheirista nasceu para resolver suas aflições financeiras (ou te deixar mais desesperado). No episódio de estreia, recuperação judicial para pessoas físicas: posso fazer como a Americanas se não conseguir pagar minhas dívidas?

Fechar
Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies