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Victor Aguiar

Victor Aguiar

Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e com MBA em Informações Econômico-Financeiras e Mercado de Capitais pelo Instituto Educacional BM&FBovespa. Trabalhou nas principais redações de economia do país, como Bloomberg, Agência Estado/Broadcast e Valor Econômico. Em 2020, foi eleito pela Jornalistas & Cia como um dos 10 profissionais de imprensa mais admirados no segmento de economia, negócios e finanças.

LUCRO DE R$ 8,74 BI

O Itaú superou as expectativas no trimestre e destoou (de novo) dos rivais. Então, por que as ações não reagem com mais força na bolsa?

Tanto o lucro quanto a rentabilidade do Itaú ficaram ligeiramente acima das projeções. Mas nem tudo são flores — e o mercado vive um dia duro

Victor Aguiar
Victor Aguiar
8 de agosto de 2023
14:14 - atualizado às 15:33
Fachada de unidade do Itaú Unibanco (ITUB4)
Imagem: Shutterstock

Que o Itaú Unibanco mostraria resultados positivos no segundo trimestre, não havia dúvida: as casas de análise eram unânimes em apontar que o banco continuaria num patamar mais alto que os rivais privados. E, de fato, não houve decepção — exceto pelo comportamento das ações ITUB4 na bolsa.

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Indo aos números: o Itaú reportou um lucro líquido de R$ 8,742 bilhões, alta de 13,9% em relação ao segundo trimestre de 2022; a cifra ficou acima da média das projeções de seis analistas consultados pelo Seu Dinheiro, que apontava para um ganho de R$ 8,62 bilhões.

E a surpresa positiva não veio só da última linha do balanço: a rentabilidade (ROE) do Itaú ficou em 20,9%, mais uma vez superando as expectativas de 20,4%. Vale lembrar que Santander Brasil e Bradesco apresentam índices bem menores, na casa dos 10%.

Apesar de os dois principais dados do balanço ficarem ligeiramente acima das previsões do mercado, as ações ITUB4 têm um desempenho apenas tímido nesta terça-feira (8): por volta de 13h, subiam 0,76%, a R$ 27,87; logo após a abertura, chegaram a tocar os R$ 27,11, em baixa de 2%. O que explica?

Há todo um contexto macroeconômico influenciando os papéis — o dia é negativo nos mercados globais, em meio à fraqueza da balança econômica da China; além disso, o rebaixamento, pela Moody's, da nota de crédito de vários bancos regionais dos EUA joga uma sombra de dúvida sobre o setor.

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Dito isso, nem tudo foram flores no balanço do Itaú: algumas informações quanto à dinâmica dos resultados foram vistas com certa ressalva pelos analistas, ainda que, como um todo, os resultados trimestrais do banco tenham sido elogiados.

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Itaú (ITUB4): (quase) tudo vai bem

Como um todo, o diagnóstico dos analistas para o resultado trimestral do Itaú foi o de que a falta de notícias é um bom sinal. Tudo correu conforme o previsto — e as previsões eram de um resultado forte.

Em relatório, a XP diz que o balanço veio "sem surpresas"; a Empiricus Research afirma que o trimestre veio "em linha com o esperado — ainda bem"; O BTG ressalta que o banco superou os rivais, mas que os números ficaram em linha com o consenso.

Dito isso, uma das chaves para explicar o desempenho não muito empolgante das ações ITUB4 está resumida na primeira linha do relatório do JP Morgan: a primeira leitura dos resultados é, em grande parte, "neutra".

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Sim, o lucro veio forte e a rentabilidade permaneceu acima dos 20%, mas essas duas informações já eram amplamente esperadas. No mais, a dinâmica interna do balanço não trouxe uma grande surpresa positiva, algo que saltasse aos olhos do mercado.

Por outro lado, há um ponto negativo que foi destacado por diversos analistas: a área de serviços.

"A receita de serviços decepcionou, fazendo com que a companhia revisasse para baixo a previsão de crescimento para essa linha no ano", escreve Larissa Quaresma, analista da Empiricus Research; o Itaú diminuiu sua expectativa de expansão nessa área, passando para 5% a 7% (antes, era de 7,5% a 10%).

E o que exatamente aconteceu com a receita de serviços? Ao todo, a linha somou R$ 12,4 bilhões; as verticais de seguros e cartões cresceram dois dígitos, mas as unidades de tarifas de conta corrente, administração de recursos e investment banking recuaram dois dígitos.

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"Enquanto a queda em conta corrente parece mais estrutural, devido à maior concorrência, as partes de gestão de recursos e investment banking deveriam se recuperar gradualmente, com a queda da Selic", diz Quaresma.

ITUB4: dia difícil na bolsa

Novamente, vale ressaltar que a visão dos analistas para o balanço não foi negativa: como um todo, o banco correspondeu às altas expectativas, com apenas um ou outro ponto de desconforto — tanto é que, apesar do corte nas projeções para serviços, o guidance para as principais linhas não foi alterado

Mas, como um todo, há uma influência negativa para as ações ITUB4 vinda do contexto dos mercados acionários nesta terça. O próprio Ibovespa opera no negativo desde a abertura, chegando a cair mais de 1% mais cedo; o IFNC, índice da B3 que acompanha o setor financeiro, fica praticamente estável.

No exterior, Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq caem perto de 1%, mostrando a maior aversão ao risco por parte dos investidores globais — os sinais de fraqueza vindos da economia chinesa e as incertezas quanto à saúde do setor bancário americano, após posicionamento da Moody's, ditam o dia.

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Veja abaixo como estão alguns dos principais bancos americanos em Wall Street hoje:

  • Goldman Sachs: -2,74%
  • Bank of America: -2,74%
  • Citigroup: -2,38%
  • JP Morgan: -1,32%
  • Wells Fargo: -1,90%
  • Morgan Stanley: -1,93%

E, por aqui, as ações dos outros grandes bancos também têm um dia fraco: Santander Brasil (SANB11) cai 0,75% e Banco do Brasil (BBAS3) recua 0,30%; o Bradesco (BBDC4), por outro lado, sobe 1,17%.

Desempenho de Banco do Brasil (BBAS3) Itaú Unibanco (ITUB4), Bradesco (BBDC4) e Santander Brasil (SANB11) no ano; os dois primeiros, cujas rentabilidades têm se mantido ao redor de 20%, são os com as maiores altas acumuladas em 2023; os dois últimos, com ROEs próximos a 10%, ficam para trás

Itaú: visão ainda positiva

Entre os pontos elogiados do balanço do Itaú, destaque para a inadimplência sob controle mostrada pelo banco, o que manteve a rentabilidade acima dos 20%. A carteira de crédito teve leve alta na base trimestral, mais uma vez apoiada por um perfil de risco mais baixo.

"Como um todo, o segundo trimestre foi fraco para o setor, e as coisas não foram diferentes com o Itaú. Dito isso, o banco ainda conseguiu expandir sua carteira de crédito em 1,3% em relação aos três primeiros meses do ano, o que permitiu que a projeção de crescimento de 6% a 9% na carteira em 2023 fosse reafirmada — o que vemos como boas notícias", escreve o BTG.

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A visão otimista das principais casas de análise em relação ao Itaú continua intocada após os resultados do segundo trimestre. Veja abaixo um resumo das recomendações:

Recomendações e preços-alvo para Itaú Unibanco PN (ITUB4)

InstituiçãoRecomendaçãoPreço-alvo (R$)Potencial de alta
BTG PactualCompra35,00+26,5%
InterCompra34,00+22,9%
JP MorganCompra31,00+12,1%
XPCompra (top pick)34,00+22,9%

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