Wall Street realiza ganhos no último pregão, mas fecha ano em tom positivo; petróleo tem maior recuo em três anos
Com o “rali” de fim de ano e de olho no Fed em 2024, os índices de Nova York alcançaram a nona semana consecutiva de ganhos
O ano de 2023 chegou ao fim — pelo menos no mercado de ações. No último pregão, Wall Street ficou no vermelho.
O índice S&P 500 encerrou a sessão com queda de 0,28%, aos 4.769,83 pontos, próximo ao recorde histórico alcançado em janeiro de 2022. O Dow Jones recuou 0,05%, aos 37.689,40 pontos e o Nasdaq fechou o dia com baixa de 0,56%, aos 15.011,35 pontos.
Apesar do leve recuo no último pregão, com a agenda mais esvaziada e a liquidez dos mercados reduzida, há algo para comemorar.
Com as expectativas de que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) deve afrouxar a política monetária adiante — com a previsão de início do ciclo de cortes nos juros já em março de 2024 — os índices de Nova York ganharam força na reta final do ano.
Embalados na perspectiva mais otimista, os principais índices de ações dos EUA alcançaram, com o “rali de fim de ano”, a nona semana consecutiva de ganhos — o período mais longo de altas semanais desde 2004 para o índice S&P 500 e a maior sequência desde 2019 para Dow Jones e Nasdaq.
Confira a variação anual dos principais índices de ações dos EUA:
Leia Também
- Dow Jones: +13,7%;
- S&P 500: +24,4%;
- Nasdaq: +43,6%.
Vale lembrar que na última reunião de política monetária, o Fed manteve os juros inalterados na faixa entre 5,25% e 5,50% ao ano, o maior nível em 22 anos. Contudo, o banco central previu três cortes na taxa em 2024 — acima do que vinha sendo indicado até então.
O comunicado reconheceu que a inflação desacelerou ao longo do último ano, e o banco central norte-americano reduziu formalmente a previsão de inflação para 2024 — vendo uma taxa de 2,4% para o ano que vem, abaixo dos 2,6% da projeção anterior.
Embora tenha tentado moderar as expectativas do mercado, o próprio presidente do Fed, Jerome Powell, reconheceu que o banco central não deve esperar que a inflação atinja a meta de 2% para começar o ciclo de afrouxamento monetário.
Títulos do Tesouro nos EUA
Em outubro, os investidores ficaram mais cautelosos no mundo inteiro com a escalada dos rendimentos (yields) dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos, os Treasurys.
Considerados os ativos mais seguros do planeta, os juros projetados para os títulos da dívida do governo norte-americano de dez e 30 anos, os mais relevantes, superaram a marca dos 5%.
Contudo, após a última reunião do Fed, o cenário mudou, com os sinais de fim da política monetária mais restritiva, o que refletiu no alívio sobre os Treasurys.
Sendo assim, os rendimentos dos títulos de dez anos encerraram 2023 a 3,866%. Já os de 30 anos, fecharam em 4,019%.
ESPECIAL DE NATAL A DINHEIRISTA - ELE FOI TRAÍDO PELA NOIVA E AGORA ELA AINDA QUER FICAR COM TUDO
Bolsas na Europa
As bolsas da Europa fecharam o ano com desempenho digno de um brinde de Ano Novo. O principal índice europeu, o Stoxx 600, terminou 2023 com alta acumulada de 12,64%.
O último pregão do ano encerrou sem grandes movimentações, em um dia de liquidez mais enxuta e agenda econômica mais esvaziada.
Com as atenções concentradas na maior economia do mundo, os Estados Unidos, os investidores apostam no afrouxamento monetário no próximo ano — que deve refletir também nas políticas adotadas pelo Banco Central Europeu (BCE) e pelo Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês).
O índice DAX, da bolsa da Alemanha, valorizou quase 20% no ano; o CAC 40, em Paris, terminou 2023 com avanço de 16,4%; enquanto o FTSE 100, do Reino Unido, fechou com alta de 3,64%.
Petróleo cai 10% no ano
Os contratos mais líquidos do petróleo terminaram o último dia útil do ano em leve baixa.
Os futuros do petróleo West Texas Intermediate (WTI), referência para o mercado dos Estados Unidos, encerraram o dia com baixa de 0,17% e o barril cotado a US$ 71,65. Em 2023, o WTI acumulou queda de 10,73%.
Já os futuros do petróleo Brent, referência mundial — inclusive para a estatal brasileira Petrobras (PETR4) —, registraram recuo de 0,14% nesta sexta-feira (29), encerrando o ano com o barril cotado a US$ 77,04.
No acumulado de 2023, o Brent acumulou baixa de 10,32%, o maior recuo anual desde 2020.
Nos últimos meses, o petróleo foi fortemente pressionado por preocupações do mercado sobre a oferta da commodity, além das expectativas frustradas de que os cortes na produção da Organização dos Países Produtores de Petróleo e Aliados (Opep+) pudessem impulsionar as cotações ao nível superior a US$ 100 o barril.
Em novembro, a reunião ministerial da Opep+ não determinou um corte conjunto de oferta do petróleo e manteve as projeções estáveis para a reta final de 2023.
Em contrapartida, alguns países-membros anunciaram reduções na produção voluntárias.
A Arábia Saudita anunciou o corte de mais 1 milhão de barris por dia (bpd), enquanto a Rússia aumentou a redução para 500 mil bpd. Iraque, Emirados Árabes Unidos, Kuwait, Cazaquistão, Argélia e Omã também anunciaram cortes na oferta.
Sendo assim, juntos os países devem diminuir a oferta de petróleo em 2,2 milhões de barris por dia no primeiro trimestre de 2024.
- LEIA TAMBÉM: Poderoso cartel de petróleo com os dias contados? Por que a Nigéria e o Iraque saíram em socorro da Opep
Do lado da demanda por petróleo, a incerteza também é grande diante das preocupações com o crescimento da China, com a possibilidade de menor demanda por combustíveis também pesando sobre as cotações da commodity.
Também na reta final do ano, outro fator que pesou sobre a cotação da commodity foi a escalada de tensões geopolíticas com a permanência da guerra entre Rússia e Ucrânia, o início do conflito entre Israel e o grupo extremista Hamas e os ataques do grupo Houthis na região do Mar Vermelho.
Bolsa brasileira
No Brasil, o mercado acionário fechou os negócios de 2023 na véspera.
O principal índice da bolsa de valores brasileira, o Ibovespa, encerrou a sessão de quinta-feira aos 134.185,24 pontos, com leve baixa de 0,01%. Em 2023, o índice brasileiro acumulou ganhos de 22,3%, o melhor desempenho anual desde 2019.
Já o dólar terminou a sessão de ontem no campo positivo, com ganhos de 0,49%, a R$ 4,8534. A moeda norte-americana, porém, fechou 2023 com baixa de 8,08% — o maior recuo anual desde 2016.
As ações que devem ser as melhores pagadoras de dividendos de 2026, com retornos de até 15%
Bancos, seguradoras e elétricas lideram e uma empresa de shoppings será a grande revelação do próximo ano
Bancos sobem na bolsa com o fim das sanções contra Alexandre de Moraes — Banco do Brasil (BBAS3) é o destaque
Quando a sanção foi anunciada, em agosto deste ano, os papéis dos bancos desabaram devido as incertezas em relação à aplicação da punição
TRXF11 volta a encher o carrinho de compras e avança nos setores de saúde, educação e varejo; confira como fica o portfólio do FII agora
Com as três novas operações, o TRXF11 soma sete transações só em dezembro. Na véspera, o FII já tinha anunciado a aquisição de três galpões
BofA seleciona as 7 magníficas do Brasil — e grupo de ações não tem Petrobras (PETR4) nem Vale (VALE3)
O banco norte-americano escolheu empresas brasileiras de forte crescimento, escala, lucratividade e retornos acima da Selic
Ibovespa em 2026: BofA estima 180 mil pontos, com a possibilidade de chegar a 210 mil se as eleições ajudarem
Banco norte-americano espera a volta dos investidores locais para a bolsa brasileira, diante da flexibilização dos juros
JHSF (JHSF3) faz venda histórica, Iguatemi (IGTI3) vende shoppings ao XPML11, TRXF11 compra galpões; o que movimenta os FIIs hoje
Nesta quinta-feira (11), cinco fundos imobiliários diferentes agitam o mercado com operações de peso; confira os detalhes de cada uma delas
Concurso do IBGE 2025 tem 9,5 mil vagas com salários de até R$ 3.379; veja cargos e como se inscrever
Prazo de inscrição termina nesta quinta (11). Processo seletivo do IBGE terá cargos de agente e supervisor, com salários, benefícios e prova presencial
Heineken dá calote em fundo imobiliário, inadimplência pesa na receita, e cotas apanham na bolsa; confira os impactos para o cotista
A gestora do FII afirmou que já realizou diversas tratativas com a locatária para negociar os valores em aberto
Investidor estrangeiro minimiza riscos de manutenção do governo atual e cenários negativos estão mal precificados, diz Luis Stuhlberger
Na carta mensal do Fundo Verde, gestor afirmou que aumentou exposição às ações locais e está comprado em real
Após imbróglio, RBVA11 devolve agências à Caixa — e cotistas vão sair ganhando nessa
Com o distrato, o fundo reduziu ainda mais sua exposição ao setor financeiro, que agora representa menos de 24% do portfólio total
Efeito Flávio derruba a bolsa: Ibovespa perde mais de 2 mil pontos em minutos e dólar beira R$ 5,50 na máxima do dia
Especialistas indicam que esse pode ser o começo da real precificação do cenário eleitoral no mercado local, depois de sucessivos recordes do principal índice da bolsa brasileira
FII REC Recebíveis (RECR11) mira R$ 60 milhões com venda de sete unidades de edifício em São Paulo
Apesar de não ter informado se a operação vai cair como um dinheiro extra no bolso dos cotistas, o RECR11 voltou a aumentar os dividendos em dezembro
Ações de IA em alta, dólar em queda, ouro forte: o que esses movimentos revelam sobre o mercado dos EUA
Segundo especialistas consultados pelo Seu Dinheiro, é preciso separar os investimentos em equities de outros ativos; entenda o que acontece no maior mercado do mundo
TRX Real Estate (TRXF11) abocanha novos imóveis e avança para o setor de educação; confira os detalhes das operações
O FII fez sua primeira compra no segmento de educação ao adquirir uma unidade da Escola Eleva, na Barra da Tijuca (RJ)
O estouro da bolsa brasileira: gestor rebate tese de bolha na IA e vê tecnologia abrindo janela de oportunidade para o Brasil
Em entrevista exclusiva ao Seu Dinheiro, Daniel Popovich, gestor da Franklin Templeton, rebate os temores de bolha nas empresas de inteligência artificial e defende que a nova tecnologia se traduzirá em crescimento de resultados para as empresas e produtividade para as economias
Aura (AURA33): small cap que pode saltar 50% está no pódio das ações para investir em dezembro segundo 9 analistas
Aura Minerals (AURA33) pode quase dobrar a produção; oferece exposição ao ouro; paga dividendos trimestrais consistentes e negocia com forte desconto.
CVM suspende 6 empresas internacionais por irregularidades na oferta de investimentos a brasileiros; veja quais são
Os sites, todos em português, se apresentam como plataformas de negociação em mercados globais, com ativos como moedas estrangeiras, commodities, metais, índices, ETFs, ações, criptoativos e outros
Bolsa perdeu R$ 183 bilhões em um único dia; Itaú Unibanco (ITUB4) teve maiores perdas
Essa é a maior queda desde 22 de fevereiro de 2021, ainda período da pandemia, e veio depois que Flávio Bolsonaro foi confirmado como candidato à presidência pelo PL
Do céu ao inferno: Ibovespa tem a maior queda desde 2021; dólar e juros disparam sob “efeito Flávio Bolsonaro”
Até então, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, era cotado como o mais provável candidato da direita, na avaliação do mercado, embora ele ainda não tivesse anunciado a intenção de concorrer à presidência
Pequenas e poderosas: Itaú BBA escolhe as ações small cap com potencial de saltar até 50% para carteira de dezembro
A Plano & Plano (PLP3) tem espaço para subir até 50,6%; já a Tenda (TEND3) pode ter valorização de 45,7%