Bolsas internacionais sobem em dia de Ibovespa fora de jogo; BoE mantém juros no nível mais alto em 15 anos
Investidores reagem positivamente à sinalização do Fed de que talvez não seja preciso elevar mais os juros nos EUA e bolsas sobem pelo mundo

As bolsas de valores internacionais sobem na manhã desta quinta-feira (2).
Os mercados asiáticos fecharam quase todos em alta, as principais bolsas europeias sobem mais de 1% agora pela manhã e os índices de Nova York abriram em tom positivo em Wall Street.
Ao mesmo tempo, o dólar cai frente a outras moedas fortes — exceção feita ao iene. O indicador DXY, que compara o desempenho da moeda norte-americana a uma cesta de moedas globais como euro e libra, registra queda de cerca de 0,5%, no patamar dos 106 mil pontos.
Os Treasurys, que são os juros projetados dos títulos da dívida dos Estados Unidos, recuam e se afastam da marca psicológica de 5%.
O apetite por risco também repercute no mercado de criptomoedas. O bitcoin superou a marca dos US$ 35 mil nas últimas horas e puxa consigo os demais ativos do gênero.
Por que as bolsas sobem hoje
O motivo para o bom desempenho dos ativos de risco nos mercados internacionais na manhã desta quinta-feira é a sinalização feita na véspera pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano).
Leia Também
O Fed manteve na quarta-feira as taxas básicas de juros nos EUA na faixa entre 5,25% e 5,50% ao ano.
Mas o que empolgou os investidores — e provocou uma alta nas bolsas já na quarta-feira — foi a sinalização de que a autoridade monetária norte-americana talvez não precise mais elevar os juros.
Por volta das 14h (horário de Brasília), os índices de Wall Street operam com alta superior a 1%:
- S&P 500: +1,61%;
- Dow Jones: +1,32%;
- Nasdaq: +1,50%.
BoE mantém juros
O Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) manteve a taxa básica de juros no Reino Unido em 5,25% ao ano.
A taxa de referência segue, portanto, no nível mais alto em 15 anos. E a situação não deve mudar tão cedo.
No comunicado que acompanhou a decisão anunciada hoje, o BoE antecipou uma probabilidade elevada de a política monetária "continuar restritiva por um longo período de tempo".
Apesar dessa sinalização, a bolsa de Londres acompanhou os demais índices europeus e terminou a sessão em alta. Confira o fechamento:
- FTSE 100 (Londres): +1,41%;
- CAC 40 (Paris): +1,85%;
- DAX (Frankfurt): +1,48%.
Mercado de commodities
Após encerrar o dia anterior em queda, o petróleo recupera as perdas com avanço superior a 2%.
Por volta das 14h (horário de Brasília), os contratos mais líquidos do WTI sobem 2,15%, a US$ 82,15 o barril. Os futuros do Brent, que são referência mundial, operam com alta de 2,12%, com o barril cotado a US$ 86,44.
ONDE INVESTIR EM NOVEMBRO: AÇÕES, DIVIDENDOS, FIIs, BDRs, CRIPTOMOEDAS - VEJA INDICAÇÕES GRATUITAS
Ibovespa está fechado para o feriado
Caso o cenário de hoje se mantenha, os ativos brasileiros devem repercutir o bom momento com mais ênfase somente na sexta-feira (3).
Isso porque o Ibovespa está fechado nesta quinta-feira por causa do feriado de Finados e só reabrirá amanhã.
Ontem, a bolsa brasileira fechou em alta de 1,69% e recuperou a marca dos 115 mil pontos. Já o dólar recuou e voltou à marca de R$ 4,97. Os investidores reagiram à decisão do Fed.
Hoje, a referência dos ativos brasileiros é o índice iShares MSCI Brazil ETF (EWZ). Negociado em Nova York, o EWZ é um fundo que reúne uma cesta de ações brasileiras.
Por volta das 14h (horário de Brasília), o índice registrava alta de 2,82%.
Para amanhã (3), os investidores devem repercutir o corte de 50 pontos-base na taxa Selic, para 12,25% ao ano, embora ele já fosse esperado.
As maiores altas e quedas do Ibovespa em abril: alívio nos juros foi boa notícia para ações, mas queda no petróleo derrubou petroleiras
Os melhores desempenhos são puxados principalmente pela perspectiva de fechamento da curva de juros, e azaradas do mês caem por conta da guerra comercial entre EUA e China
Ozempic na mira de Trump? Presidente dos EUA diz que haverá tarifas para farmacêuticas — e aproveita para alfinetar Powell de novo
Durante evento para entregar investimentos, Trump disse entender muito mais de taxas de juros do que o presidente do Fed
Diretor do Inter (INBR32) aposta no consignado privado para conquistar novos patamares de ROE e avançar no ambicioso plano 60-30-30
Em entrevista ao Seu Dinheiro, Flavio Queijo, diretor de crédito consignado e imobiliário do Inter, revelou os planos do banco digital para ganhar mercado com a nova modalidade de empréstimo
Rodolfo Amstalden: Falta pouco agora
Depois de lambermos a lona no início de janeiro, a realidade acabou se mostrando um pouco mais piedosa com o Kit Brasil
Gafisa (GFSA3) recebe luz verde para grupamento de 20 por 1 e ação dispara mais de 10% na bolsa
Na ocasião em que apresentou a proposta, a construtora informou que a operação tinha o intuito de evitar maior volatilidade e se antecipar a eventuais cenários de desenquadramento na B3
Alguém está errado: Ibovespa chega embalado ao último pregão de abril, mas hoje briga com agenda cheia em véspera de feriado
Investidores repercutem Petrobras, Santander, Weg, IBGE, Caged, PIB preliminar dos EUA e inflação de gastos com consumo dos norte-americanos
Como fica a rotina no Dia do Trabalhador? Veja o que abre e fecha nos dias 1º e 2 de maio
Bancos, bolsa, Correios, INSS e transporte público terão funcionamento alterado no feriado, mas muitos não devem emendar; veja o que muda
Trump: “Em 100 dias, minha presidência foi a que mais gerou consequências”
O Diário dos 100 dias chega ao fim nesta terça-feira (29) no melhor estilo Trump: com farpas, críticas, tarifas, elogios e um convite aos leitores do Seu Dinheiro
Para Gabriel Galípolo, inflação, defasagens e incerteza garantem alta da Selic na próxima semana
Durante a coletiva sobre o Relatório de Estabilidade Financeira (REF) do segundo semestre de 2024, o presidente do Banco Central reafirmou o ciclo de aperto monetário e explicou o raciocínio por trás da estratégia
Quando o plano é não ter plano: Ibovespa parte dos 135 mil pontos pela primeira vez em 2025 em dia de novos dados sobre mercado de trabalho dos EUA
Investidores também se preparam para o relatório de produção e vendas da Petrobras e monitoram entrevista coletiva de Galípolo
Trump quer brincar de heterodoxia com Powell — e o Fed que se cuide
Criticar o Fed não vai trazer parceiros à mesa de negociação nem restaurar a credibilidade que Trump, peça por peça, vem corroendo. Se há um plano em andamento, até agora, a execução tem sido tudo, menos coordenada.
Tony Volpon: EUA, novo mercado emergente
Não tenham dúvidas: chegamos todos na beira do abismo neste mês de abril. Por pouco não caímos.
Copom busca entender em que nível e por quanto tempo os juros vão continuar restritivos, diz Galípolo, a uma semana do próximo ajuste
Em evento, o presidente do BC afirmou que a política monetária precisa de mais tempo para fazer efeito e que o cenário internacional é a maior preocupação do momento
Planos pré-feriado: Ibovespa se prepara para semana mais curta, mas cheia de indicadores e balanços
Dados sobre o mercado de trabalho no Brasil e nos EUA, balanços e 100 dias de Trump são os destaques da semana
FI-Infras apanham na bolsa, mas ainda podem render acima da Selic e estão baratos agora, segundo especialistas; entenda
A queda no preço dos FI-Infras pode ser uma oportunidade para investidor comprar ativos baratos e, depois, buscar lucros com a valorização; entenda
Normas e tamanho do FGC entram na mira do Banco Central após compra do Banco Master levantar debate sobre fundo ser muleta para CDBs de alto risco
Atualmente, a maior contribuição ao fundo é feita pelos grandes bancos, enquanto as instituições menores pagam menos e têm chances maiores de precisar acionar o resgate
Se errei, não erro mais: Google volta com o conversor de real para outras moedas e adiciona recursos de segurança para ter mais precisão nas cotações
A ferramenta do Google ficou quatro meses fora do ar, depois de episódios nos quais o conversor mostrou a cotação do real bastante superior à realidade
Vale (VALE3) sem dividendos extraordinários e de olho na China: o que pode acontecer com a mineradora agora; ações caem 2%
Executivos da companhia, incluindo o CEO Gustavo Pimenta, explicam o resultado financeiro do primeiro trimestre e alertam sobre os riscos da guerra comercial entre China e EUA nos negócios da empresa
Vai dar zebra no Copom? Por que a aposta de uma alta menor da Selic entrou no radar do mercado
Uma virada no placar da Selic começou a se desenhar a pouco mais de duas semanas da próxima reunião do Copom, que acontece nos dias 6 e 7 de maio
Deixa a bolsa me levar: Ibovespa volta a flertar com máxima histórica em dia de IPCA-15 e repercussão de balanço da Vale
Apesar das incertezas da guerra comercial de Donald Trump, Ibovespa está a cerca de 2% de seu recorde nominal