🔴 ONDE INVESTIR EM OUTUBRO? MELHORES AÇÕES, FIIS E DIVIDENDOS – CONFIRA AQUI

Victor Aguiar

Victor Aguiar

Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e com MBA em Informações Econômico-Financeiras e Mercado de Capitais pelo Instituto Educacional BM&FBovespa. Trabalhou nas principais redações de economia do país, como Bloomberg, Agência Estado/Broadcast e Valor Econômico. Em 2020, foi eleito pela Jornalistas & Cia como um dos 10 profissionais de imprensa mais admirados no segmento de economia, negócios e finanças.

BALANÇO TRIMESTRAL

Banco do Brasil (BBAS3) supera projeções e lucra R$ 8,78 bilhões no 2T23, alta de 11,7%; rentabilidade fica acima de 21%

O Banco do Brasil (BBAS3) ficou acima das expectativas do mercado, tanto em termos de ganhos quanto em rentabilidade (RSPL)

Victor Aguiar
Victor Aguiar
9 de agosto de 2023
18:49 - atualizado às 19:49
Fachada do edifício sede do Banco do Brasil (BBAS3), em Brasília.
Fachada do edifício sede do Banco do Brasil (BBAS3), em Brasília - Imagem: Fernando Bizerra/Agência Senado

O Banco do Brasil (BBAS3) mostrou, mais uma vez, que está na elite das grandes instituições financeiras comerciais: fechou o segundo trimestre de 2023 com um lucro líquido ajustado de R$ 8,78 bilhões, alta de 11,7% em um ano — a cifra só encontra paralelo no Itaú e seu ganho de R$ 8,74 bilhões no período.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O resultado ficou ligeiramente acima das projeções do mercado; a média das projeções de seis casas de análise ouvidas pelo Seu Dinheiro apontava para um lucro de R$ 8,68 bilhões. O dado apresentado pelo BB, inclusive, supera até a mais otimista das estimativas, de R$ 8,76 bilhões, do BTG Pactual.

A força do Banco do Brasil, no entanto, não vem só da última linha do seu balanço. A rentabilidade, medida pelo RSPL (retorno sobre o patrimônio líquido) ficou em 21,3%; ao fim do primeiro trimestre, o índice era de 21%.

Novamente, Itaú e BB estão numa categoria própria, com a rentabilidade — um dos indicadores mais importantes para analisar a saúde das operações de uma instituição financeira — girando em torno dos 20%. Santander e Bradesco, por outro lado, ficaram para trás e permanecem na casa dos 10%.

Novamente, o número do Banco do Brasil ficou acima do esperado pelos analistas: a média das projeções era de 20,7% para o trimestre.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Banco do Brasil (BBAS3): e as provisões?

Já era esperado que o Banco do Brasil mostrasse novamente um sinal de força nas linhas de lucro e rentabilidade. Dito isso, os analistas indicavam que o balanço poderia trazer um calcanhar de Aquiles: uma eventual deterioração na dinâmica das provisões.

Leia Também

E, de fato, as suspeitas se confirmaram: a chamada PCLD ampliada — as provisões para créditos de liquidação duvidosa, o que, na prática, representa o montante reservado para cobrir calotes — foi de R$ 7,2 bilhões, um salto de 22,6% em relação aos níveis de março; na base anual, a cifra mais que dobrou.

O xis da questão foi o segmento de grandes clientes, que obrigou o Banco do Brasil a elevar de maneira significativa a proteção para "risco de crédito": a linha totalizou R$ 8,5 bilhões no trimestre; nos três primeiros meses de 2023, foi de R$ 4,15 bilhões.

"No primeiro trimestre, houve o reperfilamento de dívida de cliente do segmento large corporate, com desconstituição de provisão no montante de R$ 2,546 bilhões e concomitante reconhecimento de perda por imparidade de debênture originada no contexto da mudança do perfil de dívida (de crédito para TVM), fato que impacta parte da comparação com o segundo trimestre", diz o BB.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O problema não para por aí: novamente sem citar nomes e afirmando apenas tratar-se de um cliente large corporate que entrou em recuperação judicial em janeiro, o Banco do Brasil diz ter adicionado R$ 338,8 milhões para proteger-se do risco de perda de crédito.

Por mais que o BB tenha optado por não revelar qual é o tal cliente problemático, analistas já apontavam que a possível alta nos provisionamentos tinha nome: Americanas, a gigante do varejo que revelou uma fraude bilionária em seus balanços no começo deste ano.

Por fim, há também um efeito negativo vindo da carteira de clientes pessoa física, em que, segundo o Banco do Brasil "houve o agravamento de risco nas linhas não consignadas".

Inadimplência em alta

Em paralelo à alta nas provisões, o índice que mede as dívidas vencidas há mais de 90 dias chegou a 2,73% — estava em 2,62% em março e em 2,51% ao fim de 2022. Mesmo assim, a inadimplência do BB segue abaixo do patamar do Sistema Financeiro Nacional (SFN) como um todo, de 3,60%.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

"No trimestre, parte das operações de crédito com o cliente específico do segmento large corporate que entrou com pedido de recuperação judicial em janeiro de 2023 passou a impactar o indicador de inadimplência acima de 90 dias", diz o Banco do Brasil, novamente sem dar nome aos bois.

Ainda no que diz respeito à qualidade de crédito, o BB fechou o trimestre com um índice de cobertura — a relação entre o saldo de provisões e o saldo de operações vencidas há mais de 90 dias — de 201,3%, um patamar ligeiramente abaixo dos 202,7% vistos em março.

Evolução da inadimplência e do índice de cobertura do Banco do Brasil (BBAS3) ao longo dos últimos trimestres (Fonte: BB)

Banco do Brasil: margens em alta

Em termos de margem financeira bruta, o Banco do Brasil fechou o trimestre com R$ 22,9 bilhões, alta de 34,2% em relação ao mesmo período de 2022 — na base trimestral, a expansão foi de 8,2%. E as boas notícias vieram das duas grandes componentes das receitas financeiras da instituição.

As operações de crédito, por exemplo, tiveram alta de 28,3% em um ano, para R$ 33,6 bilhões. Mas o destaque fica com o resultado da tesouraria, que aumentou 56,1% na mesma base de comparação, para R$ 11,6 bilhões.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

"No trimestre, as receitas financeiras se elevaram em 6,7% [em relação aos três primeiros meses do ano] (4,1% em Operações de Crédito e 15,3% em Tesouraria), beneficiadas pelo crescimento da carteira de crédito e dos títulos e valores mobiliários, respectivamente", diz o BB.

Usando termos mais comparáveis com os grandes bancos privados: a margem com clientes aumentou 3% em relação ao primeiro trimestre, atingindo R$ 20 bilhões — o aumento do spread, de 8,8% para 8,9%, ajudou a impulsionar o resultado.

A margem com mercado também cresceu: a alta foi de 22,1%, para R$ 2,8 bilhões, em meio à "elevação do resultado de títulos e valores imobiliários alocados na tesouraria e na margem financeira do Banco Patagonia".

Expansão na carteira de crédito

A carteira de crédito ampliada do Banco do Brasil também se expandiu, conforme previam os analistas: chegou a R$ 1,045 trilhão, alta trimestral de 1,2%. Um aumento tímido, mas que mostra tendências positivas nos segmentos pessoa jurídica, pessoa física e externo; o total do agronegócio teve leve baixa.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

"A carteira ampliada Agro recuou 0,3% no trimestre e obteve crescimento de 22,7% em 12 meses. A queda trimestral reflete a liquidação de operações de custeio, que ocorre sazonalmente no último trimestre do Plano Safra", diz o BB.

Projeções e proventos bilionários

Colocando na conta o resultado da primeira metade de 2023, o Banco do Brasil revisou algumas de suas projeções operacionais e financeiras para o ano — as estimativas para a carteira de crédito e a margem financeira melhoraram, mas as de provisões pioraram. Veja um resumo do que mudou:

Guidance revisado do Banco do Brasil (BBAS3) para o ano

Projeções para 2023AntigasRevisadas
Carteira de créditoalta entre 8% e 12%alta entre 9% e 13%
- Segmento empresasalta entre 7% e 11%alta entre 8% e 12%
- Segmento agroalta entre 11% e 15%alta entre 14% e 18%
Margem financeira brutaalta entre 17% e 21%alta entre 22% e 26%
Provisões totaisentre R$ 19 bi e R$ 23 bientre R$ 23 bi e R$ 27 bi
Receitas de prestação de serviçosalta entre 7% e 11%alta entre 4% e 8%
Fonte: Banco do Brasil

Além disso, houve espaço até para um anúncio de remuneração extra aos acionistas: ao todo, serão distribuídos R$ 410,1 milhões sob a forma de dividendos e R$ 1,868 bilhão como juros sob o capital próprio (JCP), totalizando R$ 2,278 bilhões em proventos:

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
  • Dividendos: R$ 0,14372164692 por ação
  • JCP complementar: R$ 0,65465514197 por ação

O pagamento é referente ao segundo trimestre de 2023 e terá como base a posição acionária de 21 de agosto; os papéis BBAS3 passam a ser negociados "ex-direitos" no dia seguinte. O dinheiro cairá na conta dos acionistas em 30 de agosto.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
FECHAMENTO DOS MERCADOS

IA nas bolsas: S&P 500 cruza a marca de 6.900 pontos pela 1ª vez e leva o Ibovespa ao recorde; dólar cai a R$ 5,3597

28 de outubro de 2025 - 17:25

Os ganhos em Nova York foram liderados pela Nvidia, que subiu 4,98% e atingiu uma nova máxima. Por aqui, MBRF e Vale ajudaram o Ibovespa a sustentar a alta.

GIGANTE LOGÍSTICO

‘Pacman dos FIIs’ ataca novamente: GGRC11 abocanha novo imóvel e encerra a maior emissão de cotas da história do fundo

28 de outubro de 2025 - 11:23

Com a aquisição, o fundo imobiliário ultrapassa R$ 2 bilhões em patrimônio líquido e consolida-se entre os maiores fundos logísticos do país, com mais de 200 mil cotistas

OS QUERIDINHOS DOS GRINGOS

Itaú (ITUB4), BTG (BPAC11) e Nubank (ROXO34) são os bancos brasileiros favoritos dos investidores europeus, que veem vida ‘para além da eleição’

27 de outubro de 2025 - 18:43

Risco eleitoral não pesa tanto para os gringos quanto para os investidores locais; estrangeiros mantêm ‘otimismo cauteloso’ em relação a ativos da América Latina

AINDA HÁ ESPAÇO NA FESTA?

Gestor rebate alerta de bolha em IA: “valuation inflado é termo para quem quer ganhar discussão, não dinheiro”

27 de outubro de 2025 - 15:52

Durante o Summit 2025 da Bloomberg Linea, Sylvio Castro, head de Global Solutions no Itaú, contou por que ele não acredita que haja uma bolha se formando no mercado de Inteligência Artificial

BALANÇO SEMANAL

Vamos (VAMO3) lidera os ganhos do Ibovespa, enquanto Fleury (FLRY3) fica na lanterna; veja as maiores altas e quedas da semana

25 de outubro de 2025 - 16:11

Com a ajuda dos dados de inflação, o principal índice da B3 encerrou a segunda semana seguida no azul, acumulando alta de 1,93%

DE OLHO NO GRINGO

Ibovespa na China: Itaú Asset e gestora chinesa obtêm aprovação para negociar o ETF BOVV11 na bolsa de Xangai

24 de outubro de 2025 - 19:15

Parceria faz parte do programa ETF Connect, que prevê cooperação entre a B3 e as bolsas chinesas, com apoio do Ministério da Fazenda e da CVM

DEMOGRAFIA VIRANDO DINHEIRO

Envelhecimento da população da América Latina gera oportunidades na bolsa — Santander aponta empresas vencedoras e quem perde nessa

24 de outubro de 2025 - 18:56

Nova demografia tem potencial de impulsionar empresas de saúde, varejo e imóveis, mas pressiona contas públicas e produtividade

ESQUECERAM DE MIM?

Ainda vale a pena investir nos FoFs? BB-BI avalia as teses de seis Fundos de Fundos no IFIX e responde

24 de outubro de 2025 - 15:02

Em meio ao esquecimento do segmento, o analista do BB-BI avalia as teses de seis Fundos de Fundos que possuem uma perspectiva positiva

MERCADOS HOJE

Bolsas renovam recordes em Nova York, Ibovespa vai aos 147 mil pontos e dólar perde força — o motivo é a inflação aqui e lá fora. Mas e os juros?

24 de outubro de 2025 - 12:39

O IPCA-15 de outubro no Brasil e o CPI de setembro nos EUA deram confiança aos investidores de que a taxa de juros deve cair — mais rápido lá fora do que aqui

VEJA DETALHES

Com novo inquilino no pedaço, fundo imobiliário RBVA11 promete mais renda e menos vacância aos cotistas

23 de outubro de 2025 - 13:40

O fundo imobiliário RBVA11, da Rio Bravo, fechou contrato de locação com a Fan Foods para um restaurante temático na Avenida Paulista, em São Paulo, reduzindo a vacância e ampliando a diversificação do portfólio

FII EXPERIENCE 2025

Fiagro multiestratégia e FoFs de infraestrutura: as inovações no horizonte dos dois setores segundo a Suno Asset e a Sparta

23 de outubro de 2025 - 11:00

Gestores ainda fazem um alerta para um erro comum dos investidores de fundos imobiliários que queiram alocar recursos em Fiagros e FI-Infras

FII EXPERIENCE 2025

FIIs atrelados ao CDI: de patinho feio à estrela da noite — mas fundos de papel ainda não decolam, segundo gestor da Fator

23 de outubro de 2025 - 7:02

Em geral, o ciclo de alta dos juros tende a impulsionar os fundos imobiliários de papel. Mas o voo não aconteceu, e isso tem tudo a ver com os últimos eventos de crédito do mercado

HORA DE VENDER

JP Morgan rebaixa Fleury (FLRY3) de compra para venda por desinteresse da Rede D’Or, e ações têm maior queda do Ibovespa

22 de outubro de 2025 - 17:31

Corte de recomendação leva os papéis da rede de laboratórios a amargar uma das maiores quedas do Ibovespa nesta quarta (22)

FII EXPERIENCE 2025

“Não é voo de galinha”: FIIs de shoppings brilham, e ainda há espaço para mais ganhos, segundo gestor da Vinci Partners

22 de outubro de 2025 - 16:55

Rafael Teixeira, gestor da Vinci Partners, avalia que o crescimento do setor é sólido, mas os spreads estão maiores do que deveriam

CHEGOU AO TOPO?

Ouro cai mais de 5% com correção de preço e tem maior tombo em 12 anos — Citi zera posição no metal precioso

21 de outubro de 2025 - 18:30

É a pior queda diária desde 2013, em um movimento influenciado pelo dólar mais forte e perspectiva de inflação menor nos EUA

VAMOS...PULAR!

Por que o mercado ficou tão feliz com a prévia da Vamos (VAMO3) — ação chegou a subir 10%

21 de outubro de 2025 - 15:04

Após divulgar resultados operacionais fortes e reforçar o guidance para 2025, os papéis disparam na B3 com investidores embalados pelo ritmo de crescimento da locadora de caminhões e máquinas

MUDANÇAS NO ALTO ESCALÃO

Brava Energia (BRAV3) enxuga diretoria em meio a reestruturação interna e ações têm a maior queda do Ibovespa

21 de outubro de 2025 - 12:10

Companhia simplifica estrutura, une áreas estratégicas e passa por mudanças no alto escalão enquanto lida com interdição da ANP

BOLSA DOURADA

Inspirada pela corrida pelo ouro, B3 lança Índice Futuro de Ouro (IFGOLD B3), 12° novo indicador do ano

21 de outubro de 2025 - 9:03

Novo indicador reflete a crescente demanda pelo ouro, com cálculos diários baseados no valor de fechamento do contrato futuro negociado na B3

FIIS HOJES

FII RCRB11 zera vacância do portfólio — e cotistas vão sair ganhando com isso

20 de outubro de 2025 - 18:01

O contrato foi feito no modelo plug-and-play, em que o imóvel é entregue pronto para uso imediato

PRÉVIA OPERACIONAL 3T35

Recorde de vendas e retorno ao Minha Casa Minha Vida: é hora de comprar Eztec (EZTC3)? Os destaques da prévia do 3T25

20 de outubro de 2025 - 11:55

BTG destaca solidez nos números e vê potencial de valorização nas ações, negociadas a 0,7 vez o valor patrimonial, após a Eztec registrar o maior volume de vendas brutas da sua história e retomar lançamentos voltados ao Minha Casa Minha Vida

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar