Ações da Tenda (TEND3) caem 6% mesmo com prévia elogiada pelos analistas; Cury, Direcional e Moura Dubeux também operam em queda
Os investidores reagem aos números operacionais do terceiro trimestre divulgados ontem pelas quatro construtoras da B3
Após uma noite movimentada, o dia também é de fortes emoções para quem investe em um quarteto de incorporadoras e construtoras da B3.
Cury (CURY3), Direcional (DIRR3), Moura Dubeux (MDNE3) e Tenda (TEND3) divulgaram as prévias operacionais do terceiro trimestre ontem e, apesar da avaliação majoritariamente positiva dos analistas, operam em queda na B3 nesta quarta-feira (11).
Para o Itaú BBA, por exemplo, “os resultados foram positivos no geral e confirmaram o bom momento do segmento de baixa renda”.
As quatros ações, porém, estão no vermelho, com os papéis da Tenda registrando o maior recuo entre os nomes que compõem o índice imobiliário da bolsa brasileira. Confira o desempenho das companhias por volta das 14h30:
Tenda (TEND3) divide opinião dos analistas
Destaque negativo do dia até agora, a Tenda anunciou uma alta consolidada de 134% no VGV dos lançamentos do terceiro trimestre — que chegaram a R$ 880 milhões — e de 79,7% nas vendas líquidas, para R$ 923,7 milhões.
A velocidade de vendas líquidas (VSO), métrica importante do setor na compreensão da absorção dos empreendimentos, avançou 9,1 pontos percentuais ante o terceiro trimestre de 2022 e alcançou 30,2%.
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“Acreditamos que a Tenda está no caminho certo para cumprir seus planos de recuperação, e também pode começar a gerar fluxo de caixa (FCF) positivo”, avalia o BTG Pactual. O banco de investimentos recomenda a compra para as ações TEND3, com preço-alvo de R$ 20.
O Santander também considerou as figuras sólidas e destacou o crescimento contínuo no preço das unidades vendidas.
Mas, ao contrário do BTG, manteve a recomendação neutra para os papéis. A indicação deve-se ao fato de que os analistas do banco acreditam que outro nome do setor de baixa renda, a Direcional, está em um patamar mais atrativo e tem um menor risco de execução percebido.
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Por que o Santander acredita na Direcional (DIRR3)?
O banco diz que a companhia divulgou números abaixo das expectativas otimistas traçadas pelos analistas, com alta de 17,7% no VGV lançado, para R$ 1,4 bilhão, e de 18,6% nas vendas líquidas, que chegaram a R$ 1 bilhão.
Mas, ainda assim, aponta cinco fatores que sustentam a tese de investimentos e recomenda compra para os papéis DIRR3, com preço-alvo de R$ 31. Veja quais são:
- Valuation atrativo;
- Potencial robusto para expansão do retorno sobre o patrimônio (ROE);
- Diversificação geográfica mais ampla em áreas beneficiadas por aumentos nos preços máximos de imóveis e que, atualmente, têm uma concorrência mais fraca;
- Um balanço forte que lhe permitirá lidar com um crescimento acelerado no curto prazo.
Destaques de Cury (CURY3) e Moura Dubeux (MDNE3)
O Santander também recomenda compra para a Cury, que, em sua visão, registrou outro trimestre de desempenho sólido, incluindo vendas robustas e caixa recorde.
Esse último indicador foi o grande destaque do terceiro trimestre: a geração de caixa mais que dobrou na comparação com o mesmo período do ano passado, ficando positiva em R$ 137,3 milhões e registrando um recorde histórico.
“Atribuímos o desempenho da empresa não apenas aos melhores parâmetros de acessibilidade dentro do Minha Casa Minha Vida, mas também ao mix diferenciado de produtos e à força de vendas altamente engajada”, citam os analistas.
Já a Moura Dubeux ficou aquém das expectativas do Santander, com lançamentos e vendas 42% e 9%, respectivamente, abaixo do projetado. Além disso, a incorporadora que é líder de mercado na região Nordeste, reportou uma queima de caixa de R$ 52,2 milhões no período.
“Acreditamos que a queima deverá persistir durante 2024 e é um reflexo da forte expansão. No entanto, destacamos que a empresa encerrou o trimestre anterior com um balanço sólido”, argumenta o banco, que manteve a recomendação de compra para as ações MDNE3.
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