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Julia Wiltgen

Julia Wiltgen

Jornalista formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) com pós-graduação em Finanças Corporativas e Investment Banking pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Trabalhou com produção de reportagem na TV Globo e foi editora de finanças pessoais de Exame.com, na Editora Abril. Hoje é editora-chefe do Seu Dinheiro.

Onde investir

O que comprar no Tesouro Direto agora que a Selic parou de subir

Juros devem permanecer parados até meados do ano que vem; saiba em quais títulos públicos investir neste cenário

Julia Wiltgen
Julia Wiltgen
22 de setembro de 2022
13:19
Investidor em dúvida sobre a hora certa de comprar e vender NTN-B e prefixados no Tesouro Direto
Indeciso sobre que título comprar no Tesouro Direto neste momento? Encontre algumas sugestões abaixo. - Imagem: POMB/Seu Dinheiro

A decisão do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) anunciada ontem (21) marcou o fim do ciclo de alta da taxa básica de juros, a Selic, ao menos por ora.

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Depois de 13 elevações num período de mais de um ano, finalmente os juros devem ficar estacionados por algum tempo no patamar de 13,75% ao ano.

A decisão não foi unânime - dois diretores do BC votaram por uma elevação adicional de 0,25 ponto percentual -, e o BC foi cauteloso no seu comunicado, destacando o ambiente inflacionário ainda desafiador, inclusive no exterior.

O Copom também se mostrou disposto a aumentar a Selic novamente no futuro, caso necessário, mas ressaltou que o juro atual, já bastante elevado, está de acordo com sua estratégia.

Assim, pelo menos neste primeiro momento, podemos esperar que a Selic fique parada em 13,75% até metade do ano que vem - ao menos esta é a estimativa do mercado.

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Saímos portanto de um cenário de juros em alta para juros parados em um patamar elevado. Nesse sentido, algumas estratégias, para quem investe em renda fixa, já podem começar a mudar.

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O que comprar no Tesouro Direto agora

Falando de Tesouro Direto, é bom destacar que não é porque a Selic parou de subir que o Tesouro Selic - título cuja remuneração é atrelada à taxa básica de juros - deixou de ser atrativo.

Com a perspectiva de uma inflação mais controlada adiante, uma taxa de 13,75% é bastante alta e embute um ganho formidável acima da inflação. Veja como fica a remuneração do Tesouro Selic e de outras aplicações conservadoras com a Selic atual.

“A inflação ainda não está exatamente ancorada, mas já é meio consenso que a inflação de dois dígitos ficou para trás”, diz Ulisses Nehmi, sócio da Sparta, gestora especializada em renda fixa.

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Segundo o último Boletim Focus do Banco Central, a inflação deve terminar 2022 em 6,00%, e a projeção para o IPCA em 12 meses é de 5,10%.

Claro que o índice ainda pode ser afetado pelas pressões inflacionárias vindas do exterior, mas lá fora os bancos centrais também estão promovendo um aperto monetário forte, a fim de controlar seus preços.

“Falando de investimentos, eu gosto muito do pós-fixado, gosto do Tesouro Selic. Muitas vezes queremos sofisticar, fazer algo inovador, mas esse número de 13,75% é bastante alto, com liquidez diária, sem risco para o investidor”, diz Felipe Miranda, CIO e estrategista-chefe da Empiricus.

Hora de pensar em migrar para os prefixados

Há algum tempo temos falado aqui no Seu Dinheiro sobre a atratividade dos títulos prefixados, à medida que se aproximava o fim do ciclo de aperto monetário.

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De fato, esses papéis atingiram suas taxas máximas em julho, quando chegaram a pagar mais de 13,50% ao ano para quem os comprasse naquele momento e levasse até o vencimento.

De lá para cá, os juros futuros e as taxas dos prés recuaram, de modo que esses títulos se valorizaram - os preços dos prefixados sobem quando as taxas caem e vice-versa.

Agora, as rentabilidades dos prefixados não estão mais nas máximas e não devem retornar para lá, dado o fim do ciclo de aperto monetário, mas ainda estão bastante elevadas, próximas dos 12% ao ano.

E com a parada na alta de juros, com possível queda a partir de meados do ano que vem, esses papéis ainda têm perspectivas de valorização. De ontem para hoje, suas taxas já caíram e seus preços já subiram.

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"Historicamente, o período de seis meses após a última reunião em que o Copom aumenta juros costuma ser um bom momento para avaliar a migração de pós-fixados para prefixados e indexados à inflação, a fim de buscar uma rentabilidade melhor na renda fixa", diz Ulisses Nehmi, da Sparta.

Não se trata porém de migrar todo o investimento em Tesouro Selic para Tesouro Prefixado, mas ao menos uma parte daquilo que excede a sua reserva de emergência.

Ele lembra que é preciso ficar atento aos vencimentos, pois quanto mais longo o prazo do papel, maior a volatilidade dos preços. Os menos voláteis disponíveis no Tesouro Direto são os de prazo intermediário, com vencimento entre dois e cinco anos.

“Mas se for para ficar com o título até o vencimento, tudo bem”, diz Nehmi, ressaltando que as taxas também estão atrativas para quem tem esse objetivo.

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Felipe Miranda, da Empiricus, diz que gosta dos prefixados “meio da curva”, justamente esses de prazos intermediários, “porque a inflação implícita está acima de 5%”, isto é, eles embutem uma expectativa de inflação de mais de 5% até o vencimento, que pode ser considerada elevada.

E os indexados à inflação?

As mesmas circunstâncias que beneficiam os prefixados também são vantajosas para os títulos públicos atrelados à inflação, chamados Tesouro IPCA+. As taxas desses papéis no Tesouro Direto ainda estão superiores a 5,5% ao ano mais a variação da inflação pelo IPCA.

“O pessoal anda meio decepcionado com o Tesouro IPCA+ porque o IPCA veio negativo recentemente, então não teve a ajuda da inflação no rendimento desses títulos. Mas olhando para frente, a inflação deve se normalizar. Aí fica interessante. Com a Selic caindo mais adiante, melhor ainda”, explica Nehmi.

Mesmo com uma inflação menor, uma remuneração de mais de 5% acima do IPCA e essa garantia de proteção contra a alta dos preços, preservando o poder de compra do investidor, não são de se jogar fora. E os papéis ainda podem se valorizar quando a inflação for controlada e houver perspectivas de cortes na Selic, mais para frente.

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Para Felipe Miranda, os papéis indexados à inflação mais interessantes agora são os mais longos, aqueles com vencimentos lá para 2050. Lembrando que títulos mais longos também são mais voláteis no dia a dia.

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