🔴 A TEMPORADA DE BALANÇOS DO 2T25 VAI COMEÇAR: ACOMPANHE A COBERTURA COMPLETA

Flavia Alemi

Flavia Alemi

Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e com MBA em Informações Econômico-Financeiras e Mercado de Capitais pela FIA. Trabalhou na Agência Estado/Broadcast e na S&P Global Platts.

Sim ou não?

3 razões para comprar ações do Nubank e 3 para não comprar, segundo o Bank of America

Analistas do banco norte-americano elevaram o preço-alvo do Nubank para US$ 5,50, mas ainda não recomendam a compra; saiba por quê

Flavia Alemi
Flavia Alemi
9 de setembro de 2022
16:22 - atualizado às 18:37
Cartões do Nubank
Cartões do Nubank - Imagem: Reprodução

A derrocada das ações do Nubank depois da estreia em Nova York no ano passado está chamando a atenção dos investidores, mas o Bank of America ainda não acha que seja o momento de comprar o papel.

Em relatório, o BofA argumenta que, apesar da ação do Nubank estar mais barata, não significa que ela esteja, efetivamente, barata.

A recomendação do BofA para o papel é neutra, mas o preço-alvo foi elevado de US$ 5 para US$ 5,50.

A justificativa para a melhora foi a inclusão dos resultados do segundo trimestre e uma mudança no cálculo do preço-alvo, que passou para um modelo de derivação de desconto de dividendos (DDM). O modelo anterior era calculado a partir de um múltiplo de receita-alvo.

“Nós ainda não achamos o valuation atrativo (em bases absoluta e relativa) e levantamos algumas preocupações com as recentes tendências operacionais”, escreveram os analistas do BofA.

No pregão desta sexta-feira, as ações do Nubank em Nova York (NU) eram negociadas em alta de 5,9%, cotadas a US$ 5,35. Aqui na B3, os BDRs NUBR33 avançavam 3,64%, a R$ 4,57.

Leia Também

Nubank: pontos negativos

As preocupações levantadas pelo BofA são:

1 - Os problemas de qualidade de ativos no negócio de crédito pessoal

Com o aumento da inadimplência, o Nubank decidiu reduzir o crescimento da carteira de empréstimo pessoal. O BofA não vê falhas nessa estratégia, mas diz que isso levanta questões sobre se o banco digital consegue ou não diversificar os produtos de crédito para além dos cartões.

Além disso, os analistas apontam que o Nubank já atingiu uma participação de mercado (market share) “descomunal” em cartões no Brasil. Assim, o crescimento dessa frente deve ficar mais lento daqui em diante, o que obrigaria a empresa a lançar novos produtos.

2 - A receita média por cliente ativo (ARPAC) foi impulsionada artificialmente por um ambiente de juros altos

No último balanço, o Nubank revelou uma estimativa de que o ARPAC mensal tenha subido de R$ 22 para R$ 39 em um ano. Mas o BofA fez um cálculo excluindo os custos de captação, o que transformou a evolução anual do ARPAC de R$ 16 para R$ 23. 

“Ressaltamos que uma parcela exorbitante (32%) da receita total do Nubank é proveniente de juros sobre caixa/excesso de liquidez, que se beneficiou de um ambiente de taxas mais elevadas”, disse o BofA. 

3 - Mudanças contábeis mascararam uma deterioração da inadimplência mais rápida do que o esperado.

No último balanço, o Nubank fez uma modificação na metodologia de inadimplência que, segundo o BofA, mascarou visualmente a deterioração dos ativos. 

A nova metodologia antecipou a baixa de empréstimos pessoais em atraso acima de 360 dias para 120 dias. Ao mesmo tempo, a baixa dos cartões de crédito permaneceu em acima de 360 dias. A prática, embora dentro das regras, difere do que os bancos concorrentes fazem no Brasil.

Nubank: pontos positivos

Apesar das preocupações, o BofA também enxerga argumentos plausíveis para os investidores que querem comprar ações do Nubank:

1 - Crescimento de clientes e engajamento

O ritmo de entrada de novos clientes tem se mostrado melhor do que o esperado. De acordo com o BofA, isso é um reflexo da força da marca e da qualidade dos produtos.

Além disso, o Nubank possui uma taxa de ativação de clientes de 80%.

“Essas métricas se comparam positivamente com o Inter, que viu uma desaceleração no crescimento de clientes e no engajamento, apesar de ser mais avançado na oferta de produtos financeiros”, escreveram os analistas.

2 - Alavancagem operacional

O BofA aponta que o índice de eficiência do Nubank melhorou consideravelmente, de 69,4% para 55,1% em um ano, o que destaca a significativa alavancagem operacional do modelo. Ou seja, a capacidade de o banco digital aumentar as receitas com o mesmo nível de custos.

3 - Custos de captação devem cair

Com os sinais de que a Selic tenha atingido o pico no Brasil, os analistas do BofA acreditam que o ciclo de aperto monetário esteja chegando ao fim. Dessa forma, os custos de captação do Nubank também devem começar a cair.

A recente mudança no rendimento da NuConta também vai nesse sentido. O banco passou a remunerar 100% do CDI diariamente apenas depois que os depósitos completarem 30 dias. 

“Como resultado, nós estimamos que o custo de financiamento do Nubank pode cair para 91% do CDI em 2023, dos atuais 97%”, disse o Bofa. O banco calcula que cerca de 20% dos depósitos dos clientes não serão remunerados.

Isso aproximaria o Nubank dos bancos tradicionais, cujo custo de financiamento flutua entre 60% e 80% do CDI. 

Leia mais:

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
SD ENTREVISTA

Fuga do investidor estrangeiro? Não para a sócia da Armor Capital. Mesmo com Trump, ainda tem muito espaço para gringo comprar bolsa brasileira

16 de julho de 2025 - 16:02

Para Paula Moreno, sócia e co-diretora de investimentos da Armor Capital, as tensões comerciais com os EUA criam uma oportunidade para o estrangeiro aumentar a aposta no Brasil

ANTES DO RESULTADO

Quão ruim pode ser o balanço do Banco do Brasil (BBAS3)? O JP Morgan já traçou as apostas para o 2T25

16 de julho de 2025 - 12:41

Na visão dos analistas, o BB pode colher ainda mais provisões no resultado devido a empréstimos problemáticos no agronegócio. Saiba o que esperar do resultado

O QUE ESPERAR?

Banco do Brasil (BBAS3) terá a pior rentabilidade (ROE) em quase uma década no 2T25, prevê Goldman Sachs. É hora de vender as ações?

16 de julho de 2025 - 11:09

Para analistas, o agronegócio deve ser outra vez o vilão do balanço do BB no segundo trimestre de 2025; veja as projeções

SD ENTREVISTA

Investidor ainda está machucado e apetite pela bolsa é baixo — e isso não tem nada a ver com a tarifa do Trump, avalia CEO da Bradesco Asset

16 de julho de 2025 - 6:36

Apetite por renda fixa já começou a dar as caras entre os clientes da gestora, enquanto bolsa brasileira segue no escanteio, afirma Bruno Funchal; entenda

ENTREVISTA EXCLUSIVA

Com ou sem Trump, Selic deve fechar 2025 aos 15% ao ano — se Lula não der um tiro no próprio pé, diz CEO da Bradesco Asset

16 de julho de 2025 - 6:08

Ao Seu Dinheiro, Bruno Funchal, CEO da Bradesco Asset e ex-secretário do Tesouro, revela as perspectivas para o mercado brasileiro; confira o que está em jogo

FICOU BARATO DEMAIS?

FII Arch Edifícios Corporativos (AIEC11) sai na frente e anuncia recompra de cotas com nova regra da CVM; entenda a operação

15 de julho de 2025 - 19:00

Além da recompra de cotas, o fundo imobiliário aprovou conversão dos imóveis do portfólio para uso residencial ou misto

MUDANDO O TIME

As apostas do BTG para o Ibovespa em setembro; confira quem pode entrar e sair da carteira

15 de julho de 2025 - 18:42

O banco projeta uma maior desconcentração do índice e destaca que os grandes papéis ligados às commodities perderão espaço

TELA AZUL

Na guerra de tarifas de Trump, vai sobrar até para o Google. Entenda o novo alerta da XP sobre as big techs

15 de julho de 2025 - 16:15

Ações das gigantes da tecnologia norte-americana podem sofrer com a taxação do republicano, mas a desvalorização do dólar oferece alívio nas receitas internacionais

FECHAMENTO DOS MERCADOS

Ibovespa come poeira enquanto S&P 500 faz história aos 6.300 pontos; dólar cai a R$ 5,5581

15 de julho de 2025 - 13:50

Papéis de primeira linha puxaram a fila das perdas por aqui, liderados pela Vale; lá fora, o S&P 500 não sustentou os ganhos e acabou terminando o dia com perdas

INVESTIMENTOS

O Brasil não vale o risco: nem a potencial troca de governo em 2026 convence essa casa de análise gringa de apostar no país

15 de julho de 2025 - 11:59

Analistas revelam por que não estão dispostos a comprar o risco de investir na bolsa brasileira; confira a análise

TOUROS E URSOS #230

Trump tarifa o Brasil em 50%: o que fazer agora? O impacto na bolsa, dólar e juros

15 de julho de 2025 - 11:04

No Touros e Ursos desta semana, o analista da Empiricus, Matheus Spiess, analisa os impactos imediatos e de médio prazo das tarifas para o mercado financeiro

MERCADOS

Ibovespa cai, dólar sobe a R$ 5,57 e frigoríficos sofrem na bolsa; entenda o que impacta o setor hoje

14 de julho de 2025 - 15:06

Enquanto Minerva e BRF lideram as maiores perdas do Ibovespa nesta segunda-feira (14), a Brava Energia desponta como maior alta desta tarde

A LIDERANÇA ESCAPOU

Na batalha da B3, Banco do Brasil (BBAS3) volta a perder para o Itaú (ITUB4) em junho, mas segue à frente de Bradesco (BBDC4)

14 de julho de 2025 - 12:25

Em junho, as ações do banco estatal caíram para o quarto lugar em volume negociado na B3, segundo levantamento do DataWise+

O SOL NASCERÁ?

Gestores de fundos imobiliários passam a ficar otimistas, após sentimento negativo do 1º semestre; saiba os motivos

13 de julho de 2025 - 15:57

Após pessimismo da primeira metade do ano, sentimento vira e volta para o campo positivo, com destaque para os setores de escritórios e aluguel residencial

RANKING SEMANAL

Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3) se salvaram, mas não a Embraer (EMBR3); veja as maiores altas e quedas do Ibovespa na última semana

12 de julho de 2025 - 15:46

Bolsa brasileira sentiu o impacto do tarifaço de Trump, sobretudo sobre as empresas mais sensíveis a juros; BRF (BRFS3) fechou com a maior alta, na esteira da fusão com a Marfrig (MRFG3)

MERCADOS HOJE

Trump volta a derrubar bolsas: Ibovespa tem a maior perda semanal desde 2022; dólar sobe a R$ 5,5475

11 de julho de 2025 - 12:59

A taxação de 35% ao Canadá pressionou os mercados internacionais; por aqui, a tarifa de 50% anunciada nesta semana pelo presidente norte-americano seguiu pesando sobre os negócios

FIIS HOJE

BRPR Corporate Offices (BROF11) estabelece novo contrato de locação com a Vale (VALE3) e antecipa R$ 44 milhões

10 de julho de 2025 - 16:16

O acordo, no modelo atípico, define que a mineradora passará a ser responsável por todos os encargos referentes ao empreendimento localizado em Minas Gerais

AÇÕES BLINDADAS

XP aponta seis ações defensivas para enfrentar o novo choque de 50% imposto pelos EUA — e duas possíveis beneficiadas

10 de julho de 2025 - 14:56

Enquanto a aversão a risco toma conta do mercado, a XP lista seis papéis da B3 com potencial para proteger investidores em meio ao tarifaço de Trump

FECHAMENTO DOS MERCADOS

Ibovespa escapa da sangria após tarifas de Trump, mas cai 0,54%; dólar sobe a R$ 5,5452

10 de julho de 2025 - 11:33

Após o anúncio da tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, que deve entrar em vigor em 1 de agosto, algumas ações conseguiram escapar de uma penalização dos mercados

VOLATILIDADE CRESCENTE

Embraer (EMBR3) não é a única a sofrer com as tarifas de Trump: as ações mais impactadas pela guerra comercial e o que esperar da bolsa agora

10 de julho de 2025 - 10:26

A guerra comercial chegou ao Brasil e promete mexer com os preços e a dinâmica de muitas empresas brasileiras; veja o que dizem os analistas

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar