Titãs em queda livre: os fatores que derrubam as ações da Vale (VALE3), Usiminas (USIM5), CSN (CSNA3) e Gerdau (GGBR4)
Papéis das gigantes da siderurgia e da mineração lideram o pelotão de maiores quedas do Ibovespa nesta sexta-feira (28); saiba se vale a pena manter esses nomes em carteira
Os titãs da siderurgia e da mineração estão experimentando a ressaca dos resultados do terceiro trimestre e da queda dos preços do minério de ferro no mercado internacional. O resultado? As ações de Vale (VALE3), Usiminas (USIM5), CSN (CSNA3) e Gerdau (GGBR4) lideram o pelotão de baixas do Ibovespa nesta sexta-feira (28).
Confira a performance das ações por volta de 13h35:
- CSN (CSNA3): - 7,66%
- Vale (VALE3): - 5,04%
- Usiminas (USIM5): 4,95%
- Gerdau (GGBR4): -4,10%
- Gerdau Metalúrgica (GOAU4): -3,39%
A reação negativa do mercado, no entanto, não é uma surpresa. O Santander, por exemplo, esperava esse comportamento depois do desempenho mais fraco da Vale entre julho e setembro — atribuído pelo banco aos preços mais baixos do minério de ferro e à produção menor.
Hoje, a commodity recuou 4,87% na Bolsa de Dalian, na China, para 624,50 yuans, o equivalente a US$ 86,08. Já em Cingapura, o minério caía 3,44% mais cedo, chegando a perder o patamar de US$ 80, cotado a US$ 78,95.
Segundo os analistas Rafael Barcellos e Arthur Biscuola, do Santander, o ponto de equilíbrio do minério está agora em US$ 58 por tonelada.
Vale (VALE3), um desempenho abaixo do esperado
A Vale (VALE3) divulgou na noite de quinta-feira (27) os resultados do terceiro trimestre do ano. A mineradora viu o lucro cair 18,7% em termos anuais, a US$ 4,45 bilhões. Já a receita líquida somou US $9,9 bilhões, uma queda de 19,5% na mesma base de comparação.
Leia Também
BRK Ambiental: quem é a empresa que pode quebrar jejum de IPO após 4 anos sem ofertas de ações na bolsa brasileira
O ponto de maior preocupação, no entanto, foi o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado das operações continuadas, que totalizou US$ 3,7 bilhões, baixa de 47% contra igual período de 2021.
Entre outros dados negativos, houve alta de 13,7% na linha de custos e despesas, que chegaram a US$ 6,7 bilhões. Aqui, os maiores impactos vieram do maior gasto com combustível e menor disponibilidade de fino do minério de ferro.
“A Vale reportou um conjunto decepcionante de resultados, abaixo de nossas estimativas reduzidas estabelecidas há algumas semanas”, diz o BTG Pactual em relatório.
O banco atribui o desempenho aos custos mais elevados do que o projetado com minério de ferro e com frete e ao Ebitda de metais básicos substancialmente mais baixo — 38% menor.
Ainda assim, o BTG reafirmou a recomendação de compra para os ADRs da Vale, com preço-alvo de US$ 25, o que representa um potencial de valorização de 87% em relação ao fechamento de quinta-feira (28).
- Leia também: Lula ou Bolsonaro? Como o resultado das urnas afeta o futuro da Petrobras (PETR3; PETR4)
O Bradesco BBI é outro que também recomenda a compra dos ADRs da Vale, com preço-alvo de US$ 18, um potencial de valorização de 35% em relação ao fechamento de ontem.
Para o banco, uma das principais razões para o desempenho decepcionante da Vale no terceiro trimestre foi o custo acima do esperado na divisão de minério de ferro. Ao mesmo tempo, os resultados da divisão de metais básicos, uma grande aposta da mineradora, permaneceram abaixo do potencial.
Já o Itaú BBA tem indicação neutra para os ADRs da Vale, com preço-alto de US$ 15, o que representa um potencial de valorização de 12%.
Assim como os outros bancos, o Itaú BBA também viu tropeços em custos do minério e na divisão de metais básicos, mas aponta como positiva a geração de fluxo de caixa livre em US$ 2,2 bilhões — fator também destacado por Fernando Ferrer, analista da Empirucus.
“A evolução significativa é explicada por uma melhora no capital de giro via contas a receber e pelo imposto de renda sazonalmente mais alto pago no primeiro trimestre”, disse Ferrer, destacando também a boa conversão de caixa, equivalente a 54% do Ebitda ajustado.
Embora tenha entregado um resultado fraco, a Empiricus manteve a sugestão de compra de Vale (VALE3) na série As Melhores Ações da Bolsa.
Usiminas (USIM5) também sente o golpe
Além da Vale (VALE3), a Usiminas (USIM5) também sente a ressaca dos resultados do terceiro trimestre.
A siderúrgica encerrou o período com lucro líquido de R$ 609 milhões, uma queda de 67% em relação ao mesmo período do ano passado. Na comparação com o segundo trimestre deste ano, o resultado foi 43% menor. Segundo a companhia, a principal variação se deu na unidade de mineração.
Entre julho e setembro, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado foi de R$ 836 milhões, redução de 71% em 12 meses e de 57% em relação ao período trimestral encerrado em julho.
A receita líquida da Usiminas foi de R$ 8,434 bilhões no trimestre, resultado 7% menor que o de um ano antes. Houve, ainda, queda de 1% em um trimestre.
Os resultados financeiros do terceiro trimestre indicaram desafios que a Usiminas precisa encarar para se recuperar do tombo de 67% no lucro líquido: a redução da demanda e a alta dos custos.
As vendas de minério de ferro não mantiveram o ritmo do trimestre anterior e caíram em virtude do arrefecimento da demanda de terceiros no mercado interno, de 39% ante junho. Causou, assim, efeito direto nessa receita da operação, ainda pressionada pelos menores preços internacionais do minério de ferro.
Na divisão da siderurgia, a possibilidade de freio na economia internacional parece começar a se materializar. As exportações de aço recuaram 22,5% ante o segundo trimestre e foram responsáveis por apenas 10% das vendas da divisão.
“Apesar de uma queda significativa do Ebitda, nossa conversa com investidores sugeriu que as expectativas eram ainda menores. A deterioração sequencial na lucratividade foi impulsionada pela contínua pressão de custos sobre o aço e vendas mais fracas de minério de ferro”, diz o Goldman Sachs em nota.
O banco tem recomendação de compra para os papéis USIM5, com preço-alvo de 13,00 — um potencial de valorização de 69,5% em relação ao fechamento de ontem.
O Itaú BBA também manteve a indicação de compra de USIM5, com preço-alvo de R$ 15,00 e potencial de valorização de 96%.
O banco atribuiu o desempenho de terceiro trimestre da Usiminas à divisão de aço, que foi prejudicada por custos mais altos e quedas sequenciais nos volumes e preços domésticos de aço.
De sucos naturais a patrocínio ao campeão da Fórmula 1: quem colocou R$ 10 mil na ação desta empresa hoje é milionário
A história da Monster Beverage, a empresa que começou vendendo sucos e se tornou uma potência mundial de energéticos, multiplicando fortunas pelo caminho
Oi (OIBR3) ganha mais fôlego para pagamentos, mas continua sob controle da Justiça, diz nova decisão
Esse é mais um capítulo envolvendo a Justiça, os grandes bancos credores e a empresa, que já está em sua segunda recuperação judicial
Larry Ellison, cofundador da Oracle, perdeu R$ 167 bilhões em um só dia: veja o que isso significa para as ações de empresas ligadas à IA
A perda vem da queda do valor da empresa de tecnologia que oferece softwares e infraestrutura de nuvem e da qual Ellison é o maior acionista
Opportunity acusa Ambipar (AMBP3) de drenar recursos nos EUA com recuperação judicial — e a gestora não está sozinha
A gestora de recursos a acusa a Ambipar de continuar retirando recursos de uma subsidiária nos EUA mesmo após o início da RJ
Vivara (VIVA3) inicia novo ciclo de expansão com troca de CEO e diretor de operações; veja quem assume o comando
De olho no plano sucessório para acelerar o crescmento, a rede de joalherias anunciou a substituição de sua dupla de comando; confira as mudanças
Neoenergia (NEOE3), Copasa (CSMG3), Bmg (BMGB4) e Hypera (HYPE3) pagam juntas quase R$ 1,7 bilhão em dividendos e JCP
Neoenergia distribui R$ 1,084 bilhões, Copasa soma R$ 338 milhões, Bmg paga R$ 87,7 milhões em proventos e Hypera libera R$ 185 milhões; confira os prazos
A fome pela Petrobras (PETR4) acabou? Pré-sal é o diferencial, mas dividendos menores reduzem apetite, segundo o Itaú BBA
Segundo o banco, a expectativa de que o petróleo possa cair abaixo de US$ 60 por barril no curto prazo, somada à menor flexibilidade da estatal para cortar capex, aumentou preocupações sobre avanço da dívida bruta
Elon Musk trilionário? IPO da SpaceX pode dobrar o patrimônio do dono da Tesla
Com avaliação de US$ 1,5 trilhão, IPO da SpaceX, de Elon Musk, pode marcar a maior estreia da história
Inter mira voo mais alto nos EUA e pede aval do Fed para ampliar operações; entenda a estratégia
O Banco Inter pediu ao Fed autorização para ampliar operações nos EUA. Entenda o que o pedido representa
As 8 ações brasileiras para ficar de olho em 2026, segundo o JP Morgan — e 3 que ficaram para escanteio
O banco entende como positivo o corte na taxa de juros por aqui já no primeiro trimestre de 2026, o que historicamente tende a impulsionar as ações brasileiras
Falta de luz causa prejuízo de R$ 1,54 bilhão às empresas de comércio e serviços em São Paulo; veja o que fazer caso tenha sido lesado
O cálculo da FecomercioSP leva em conta a queda do faturamento na quarta (10) e quinta (11)
Nubank busca licença bancária, mas sem “virar banco” — e ainda pode seguir com imposto menor; entenda o que está em jogo
A corrida do Nubank por uma licença bancária expõe a disputa regulatória e tributária que divide fintechs e bancões
Petrobras (PETR4) detalha pagamento de R$ 12,16 bilhões em dividendos e JCP e empolga acionistas
De acordo com a estatal, a distribuição será feita em fevereiro e março do ano que vem, com correção pela Selic
Quem é o brasileiro que será CEO global da Coca-Cola a partir de 2026
Henrique Braun ocupou cargos supervisionando a cadeia de suprimentos da Coca-Cola, desenvolvimento de novos negócios, marketing, inovação, gestão geral e operações de engarrafamento
Suzano (SUZB3) vai depositar mais de R$ 1 bilhão em dividendos, anuncia injeção de capital bilionária e projeções para 2027
Além dos proventos, a Suzano aprovou aumento de capital e revisou estimativas para os próximos anos. Confira
Quase R$ 3 bilhões em dividendos: Copel (CPLE5), Direcional (DIRR3), Minerva (BEEF3) e mais; confira quem paga e os prazos
A maior fatia dessa distribuição é da elétrica, que vai pagar R$ 1,35 bilhão em proventos aos acionistas
Cade aprova fusão entre Petz (PETZ3) e Cobasi com exigência de venda de lojas em SP
A união das operações cria a maior rede pet do Brasil. Entenda os impactos, os “remédios” exigidos e a reação da concorrente Petlove
Crise nos Correios: Governo Lula publica decreto que abre espaço para recuperação financeira da estatal
Novo decreto permite que estatais como os Correios apresentem planos de ajuste e recebam apoio pontual do Tesouro
Cyrela (CYRE3) propõe aumento e capital e distribuição bilionária de dividendos, mas ações caem na bolsa: o que aconteceu?
A ideia é distribuir esses dividendos sem comprometer o caixa da empresa, assim como fizeram a Axia Energia (AXIA3), ex-Eletrobras, e a Localiza, locadora de carros (RENT3)
Telefônica Brasil (VIVT3) aprova devolução de R$ 4 bilhões aos acionistas e anuncia compra estratégica em cibersegurança
A Telefônica, dona da Vivo, vai devolver R$ 4 bilhões aos acionistas e ainda reforça sua presença em cibersegurança com a compra da CyberCo Brasil