A entrada agressiva de empresas de comércio eletrônico asiáticas no mercado brasileiro, como Shein e Shopee, não atrapalha o sono do CEO do Mercado Livre, Stelleo Tolda. Durante o CEO Conference 2022, evento promovido pelo BTG Pactual, Tolda foi questionado sobre o impacto do tsunami asiático no comércio eletrônico e no encantamento do cliente.
“Eles estão investindo rios de dinheiro para se tornarem viáveis para o consumidor, mas não são viáveis do ponto de vista econômico. Daqui para a frente, devemos ver alguma racionalização”, avaliou o presidente do Mercado Livre.
Oferecendo produtos de ticket médio baixo à população de baixa renda, a Shopee conquistou espaço no mercado brasileiro e ultrapassou o Mercado Livre em satisfação do cliente numa pesquisa publicada pelo Bank of America Merrill Lynch (BofA) em janeiro.
O NPS (Net Promoter Score) apontou que a Shopee assumiu a liderança em quatro das cinco regiões do País, empatando com o Mercado Livre apenas na região sudeste. Além disso, a Shopee também lidera em número de usuários ativos do aplicativo, com 43,6 milhões.
E a Shopee não pretende parar por aí. A empresa de Cingapura está construindo seu primeiro centro de distribuição no Brasil, localizado em Barueri, na Grande São Paulo, o que deve contribuir para a diminuição do tempo de entrega.
Ainda assim, Tolda não se diz preocupado.
“A gente tem muita tranquilidade em relação à concorrência. Isso faz com que a gente evolua. Temos aprendido com eles nesse padrão asiático de trabalhar na descoberta dos produtos pelo cliente”, ressaltou o CEO do Mercado Livre.
Segundo Tolda, o que fará a diferença entre as empresas será a experiência. “Aqui no Brasil, o Mercado Livre é líder e vai continuar.”
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