Quem é José Mauro Ferreira Coelho, o homem que vai comandar a Petrobras (PETR4) em meio a crise dos combustíveis
Ele assume o lugar do general Joaquim Silva e Luna, que está no comando da empresa desde abril de 2021

A Petrobras (PETR4) finalmente está sob nova direção. O conselho de administração elegeu nesta quinta-feira (14) José Mauro Ferreira Coelho como novo presidente da estatal. Em meio à dança das cadeiras, as ações da companhia operam em queda hoje na B3, influenciadas pela queda do petróleo no exterior.
Indicado pelo governo federal, Coelho teve seu nome aprovado em assembleia geral na quarta-feira (13) para integrar o conselho de administração — um passo fundamental para que ele pudesse assumir o comando da Petrobras.
Ele assume o lugar do general Joaquim Silva e Luna, que também assumiu em meio à pressão do governo sobre o preço dos combustíveis e ficou na cadeira por apenas um ano.
Coelho, no entanto, não foi a primeira opção do governo para o cargo. O empresário Adriano Pires havia sido indicado antes para a presidência da Petrobras, mas desistiu em meio a conflitos de interesse.
Na ocasião, Rodolfo Landim também abriu mão da indicação para presidente do conselho da companhia pelo mesmo motivo, optando por permanecer à frente do Flamengo.
Todos os nomes indicados para o alto escalão da companhia passam por uma avaliação interna. O objetivo é saber se eles preenchem os requisitos técnicos e de integridade para a função.
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Com a desistência de Pires e de Landim, o governo indicou Marcio Andrade Weber para a presidência do conselho e José Mauro Coelho para o comando da estatal.
A definição no comando tira um pouco de pressão sobre as ações da Petrobras. Ainda assim, o mercado deve aguardar para saber se haverá mudança na gestão da companhia com o novo CEO..
Por volta das 14h15, as ações PETR4 eram negociadas em R$ 31,27, queda de 1,16%. Leia também nossa cobertura de mercados hoje.
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Quem é o novo chefe da Petrobras (PETR4)?
Coelho tem 25 anos de experiência nos setores de petróleo, gás natural e biocombustíveis. Com graduação em química industrial, também atuou na área acadêmica como professor de graduação e pós-graduação e é escritor.
Entre abril de 2020 a outubro de 2021, Coelho foi secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia (MME).
Antes disso, ocupou por quatro anos o cargo de diretor de petróleo, gás e biocombustíveis da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) — estatal que presta serviços ao Ministério na área de estudos e pesquisas para ajudar no planejamento do setor energético.
Ex-oficial de Artilharia do Exército, servindo entre 1983 a 1991, Coelho é pessoa de confiança do ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque.
Os desafios de Coelho
Com a disparada dos preços do petróleo no mercado internacional, o novo chefe da Petrobras (PETR4) tem pela frente o desafio de lidar com a pressão do governo em relação à política de preços da estatal.
Desde 2016, a Petrobras adotou o preço de paridade de importação (PPI) para definir o valor da gasolina e do diesel nas refinarias. O PPI é orientado pelas flutuações do preço do petróleo no mercado internacional e pelo câmbio.
A alta dos preços do petróleo no mercado internacional e a desvalorização do real em relação ao dólar fizeram dos combustíveis motores importantes da aceleração da inflação no Brasil.
De olho na reeleição, o presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou por diversas vezes a operação e o lucro da Petrobras — esta é a segunda que Bolsonaro mexe na presidência da estatal por insatisfação com a política de preços para os combustíveis.
Silva e Luna havia substituído o economista Roberto Castello Branco, que também sofreu pressão do governo por conta dos reajustes do diesel e da gasolina.
Governo perde vagas no conselho da Petrobras (PETR4)
O conselho da Petrobras possui 11 integrantes, com mandato de dois anos, ou seja, de 2022 a 2024. Porém, eles podem ser destituídos antes, caso peçam para sair ou a pedido do controlador.
Se houver pedido do controlador, para ser confirmada, a destituição precisa ser votada em assembleia geral.
O governo federal, na condição de acionista controlador, indicou oito nomes para o colegiado, no entanto, na votação de quarta-feira (13) apenas seis foram aprovados. Antes, o governo tinha sete membros.
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