A onda de demissões que assola as empresas de tecnologia neste ano chegou ao Nubank. Na semana em que completou um ano da abertura de capital na bolsa de Nova York, a fintech realizou cortes no quadro de funcionários.
“Ontem foi um dia triste, mas que veio sem surpresas. Fiz parte de um corte no qual saíram da equipe muitos colegas extremamente talentosos”, disse uma ex-colaboradora afetada pela redução de pessoal em uma rede social.
As demissões afetaram a área de recrutamento e seleção da empresa, como parte de um desdobramento da mudança do ritmo de contratações e o congelamento de vagas em algumas posições.
Segundo o Broadcast, cerca de 22 funcionários foram demitidos do Nubank, o que não foi confirmado pela assessoria ao Seu Dinheiro.
A empresa afirmou apenas que o ocorrido trata-se de uma “movimentação normal” que todas as companhias estão sujeitas e que a fintech realiza ajustes de acordo com as necessidades.
Ainda segundo o Nubank, no último ano, a fintech contratou mais de 2 mil colaboradores, saltando de 6 mil para 8 mil colaboradores. Além disso, a instituição financeira prevê crescimento do quadro de pessoal em 2023.
Confira íntegra do posicionamento da empresa, enviada ao Seu Dinheiro:
“O Nubank, como muitas empresas, faz avaliações regularmente no tamanho de seus times internos, para realizar ajustes de acordo com as necessidades do negócio. Os desligamentos no setor de recrutamento refletem uma mudança no ritmo de contratações, reiterando que a empresa aumentou seu quadro de 6 mil para 8 mil funcionários no último ano, e prevê crescimento do quadro também para 2023. Atualmente o Nubank tem mais de 100 vagas abertas no Brasil.”
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Nubank: um ano de bolsa
O início de dezembro foi também marcado pelo aniversário de um ano da abertura de capital (IPO, na sigla em inglês) do Nubank na bolsa de valores.
Fundada em 2013, a fintech ganhou o público ao lançar o inconfundível cartão de roxo crédito sem a cobrança de anuidade. Uma ameaça à majestade (e à concentração de oferta) dos tradicionais bancos brasileiros.
Contudo, no último ano, a empresa acumula uma queda de mais de 50% nas ações, apesar de o ritmo de expansão se manter forte. Inadimplência em alta, dificuldade de crescimento e estimativas muito agressivas antes da estreia na bolsa são alguns dos fatores que seguem pesando nos balanços trimestrais da fintech.