Dia ruim para a ITA: Compra suspensa e multa milionária voltam a assombrar empresa; entenda
Galeb Baufaker, afirma compra está suspensa mas não cancelada e que seria capaz de “montar uma empresa do zero”
Anunciado há um mês como comprador da ITA, companhia aérea do grupo Itapemirim que voou por cinco meses antes de deixar milhares de brasileiros sem viagem pouco antes do Natal de 2021, o empresário Galeb Baufaker diz que apenas suspendeu, mas não desistiu da ideia de ficar com a aérea.
O empresário diz que ainda espera resolver o que chama de insegurança jurídica no processo de recuperação judicial da Itapemirim. Ele diz ter intenção de colocar no ar a ITA — com este ou outro nome — seis meses após fechar o negócio de vez.
O anúncio de que um comprador ficaria com a ITA pegou o mercado de surpresa, ainda mais por se tratar de um grupo desconhecido no Brasil. Baufaker mora nos EUA e não tem tradição no setor.
Conforme reportagem do Estadão, a consultoria Baufaker, inicialmente, em 14 de abril, anunciada como compradora, fica em um centro comercial de Taguatinga, cidade satélite de Brasília, onde funciona uma empresa de cercas elétricas.
Mas o que atraiu Baufaker para uma empresa sem tradição e com muitos débitos, incluindo dívidas milionárias com fornecedores de aeronaves e meses de salários atrasados da equipe?
Segundo o próprio Baufaker, foi o time que conseguiu botar em pé um negócio com pouco dinheiro e disputando espaço em um setor muito competitivo. "Eu tenho condições de montar uma empresa do zero. Mas a ITA teve um corpo operacional que fez a empresa acontecer. Esse é o valor da empresa", diz.
Leia Também
O empresário sabe que recuperar a ITA será um caminho ladeira acima. Ele diz ter reunião na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) amanhã. E tem consciência de que terá de convencer fornecedores a dar à empresa novo voto de confiança.
Relembre a história
A companhia foi criada pelo empresário Sidnei Piva, que também controlava a empresa de transporte rodoviário de passageiros Itapemirim. Em 20 de abril, a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) determinou a suspensão de todas as linhas da empresa de ônibus.
As polêmicas na estruturação da ITA foram muitas: além dos constantes atrasos nos cronogramas, circulou a notícia de que a companhia teria tentado cobrar taxas para pilotos e demais tripulantes participarem de seus processos seletivos.
Mesmo com toda a desconfiança, e em plena pandemia, a companhia começou a voar em julho do ano passado. Logo nas primeiras semanas de operação, no entanto, surgiram informações de que a companhia já estava atrasando os salários de seus funcionários.
A frágil operação logo ruiu, cancelando 514 voos e deixando milhares de passageiros sem saber o que fazer nos saguões de aeroportos (em Guarulhos, São Paulo, chegou a haver confusão entre os consumidores revoltados).
Os órgãos reguladores intervieram, e os clientes acabaram reacomodados, em boa parte, em voos de outras companhias aéreas. Desde então, a ITA não vem pagando os salários de seus funcionários. A empresa já devolveu a maior parte dos aviões que arrendou.
Mesmo otimista sobre o futuro, Baufaker admite que a operação atual, com apenas uma aeronave, é inviável.
"Não posso iniciar a operação com apenas uma aeronave, é inviável. Dependendo do tipo de negociação, poderemos ter novas aeronaves, tudo dependerá dos acordos com fornecedores".
Mais problemas para a ITA
A Itapemirim Transportes Aéreos terá de pagar uma multa de R$ 3 milhões. A decisão, da Senacon (Secretaria Nacional do Consumidor) do Ministério da Justiça e Segurança Pública, foi publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira (4).
A deliberação se deu pela falha na prestação de serviço ao consumidor, com a suspensão de voos e falta de assistência.
A Senacon informou que a empresa não cumpriu o Código de Defesa do Consumidor ao deixar de informar a situação da companhia aos seus clientes. Além disso, o órgão constatou que não foram cumpridas as regras de cancelamentos estipuladas pela Anac (Agência Nacional de Aviação).
"Em situações como essas, caberia à empresa reacomodar os passageiros, conceder o reembolso integral ou proporcionar a execução do serviço por outra modalidade à escolha do consumidor", informou a Senacon, em nota.
Para definir o valor da multa, a Senacon considerou a gravidade do dano ao consumidor, o porte da empresa e a receita mensal bruta.
A companhia tem 30 dias para efetuar o pagamento e ainda pode recorrer da multa. O recurso será depositado no Fundo de Defesa de Direitos Difusos, que se destina a projetos que previnam ou reparem danos ao meio ambiente, ao patrimônio histórico e artístico, ao consumidor e a outros interesses difusos e coletivos.
Totvs (TOTS3) acerta aquisição da empresa de software TBDC, em estratégia para fortalecer presença no agro
Negócio de R$ 80 milhões fortalece atuação da companhia no agronegócio e amplia oferta de soluções especializadas para o setor
Entre dividendos e JCP: Suzano (SUZB3), Isa (ISAE4), Porto Seguro (PSSA3) e Marcopolo (POMO4) anunciam pacote bilionário aos acionistas
Dividendos, JCP e bonificações movimentam quase R$ 4 bilhões em operações aprovadas na última sexta-feira antes do Natal
‘Socorro’ de R$ 10 bilhões à Raízen (RAIZ4) está na mesa da Cosan (CSAN3) e da Shell, segundo agência
Estresse no mercado de crédito pressiona a Raízen, que avalia aporte bilionário, desinvestimentos e uma reestruturação financeira com apoio dos controladores
WEG (WEGE3) abre o cofre e paga R$ 5,2 bilhões em dividendos
Os proventos autorizados nesta sexta-feira (19) serão divididos em três parcelas anuais de R$ 1,732 bilhão cada; confira os detalhes
Embraer (EMBJ3) testa protótipo de “carro voador” elétrico e inicia fase de certificação; ações chegam a subir 3%
Aeronave eVTOL da Eve Air Mobility inicia campanha de certificação com quase 3 mil encomendas; ações da Embraer avançam após voo inaugural
Raízen (RAIZ4) acelera desinvestimentos e vende carteira de comercialização de energia para Tria Energia, da Patria Investimentos
O negócio envolve o portfólio de contratos de trading de energia mantido pela Raízen no mercado livre; entenda
Mais um presente aos acionistas: Axia Energia (AXIA6) vai distribuir R$ 30 bilhões em bonificação com nova classe de ações
A distribuição ocorrerá com a criação de uma nova classe de ações preferenciais, a classe C (PNC). Os papéis serão entregues a todos os acionistas da Axia, na proporção de sua participação no capital social
Do campo de batalha ao chão da sala: a empresa de robôs militares que virou aspirador de pó — e acabou pedindo falência
Criadora dos robôs Roomba entra em recuperação judicial e será comprada por sua principal fabricante após anos de prejuízos
É para esvaziar o carrinho: o que levou o JP Morgan rebaixar o Grupo Mateus (GMAT3); ações caem mais de 2%
Embora haja potencial para melhorias operacionais, o banco alerta que o ruído de governança deve manter a ação da varejista fora do radar de muitos investidores
Sabesp (SBSP3), C&A (CEAB3), Hypera (HYPE3), Sanepar (SAPR11), Alupar (ALUP11), Ourofino (OFSA3) e outras 3 empresas anunciam R$ 2,5 bilhões em dividendos e JCP
Quem lidera a distribuição polpuda é a Sabesp, com R$ 1,79 bilhão em JCP; veja todos os prazos e condições para receber os proventos
Com dívidas bilionárias, Tesouro entra como ‘fiador’ e libera empréstimo de até R$ 12 bilhões aos Correios
Operação terá juros de 115% do CDI, carência de três anos e prazo de 15 anos; uso dos recursos será limitado em 2025 e depende de plano de reequilíbrio aprovado pelo governo
Banco Inter (INBR32) vai a mercado e reforça capital com letras financeiras de R$ 500 milhões
A emissão das “debêntures dos bancos” foi feita por meio de letras financeiras Tier I e Tier II e deve elevar o índice de Basileia do Inter; entenda como funciona a operação
Sob ameaça de banimento, TikTok é vendido nos EUA em um acordo cheio de pontos de interrogação
Após anos de pressão política, TikTok redefine controle nos EUA, com a Oracle entre os principais investidores e incertezas sobre a separação da ByteDance
O “presente de Natal” do Itaú (ITUB4): banco distribui ações aos investidores e garante dividendos turbinados
Enquanto os dividendos extraordinários não chegam, o Itaú reforçou a remuneração recorrente dos investidores com a operação; entenda
Petrobras (PETR4) e Braskem (BRKM5) fecham contratos de longo prazo de quase US$ 18 bilhões
Os contratos são de fornecimento de diferentes matérias primas para várias plantas da Braskem pelo país, como nafta, etano, propano e hidrogênio
Bradesco (BBDC4), Cemig (CMIG4), PetroRecôncavo (RECV3), Cogna (COGN3) e Tenda (TEND3) pagam R$ 5 bilhões em proventos; Itaú (ITUB4) anuncia bônus em ações
A maior fatia dessa distribuição farta ficou com o Bradesco, com R$ 3,9 bilhões, enquanto o Itaú bonifica acionistas em 3%; confira todos os prazos e condições para receber
CVM reabre caso da Alliança e mira fundo de Nelson Tanure e gestora ligada ao Banco Master 2 anos depois de OPA
O processo sancionador foi aberto mais de dois anos após a OPA que consolidou o controle da antiga Alliar, na esteira de uma longa investigação pela autarquia; entenda
Dona do Google recebe uma forcinha de Zuckerberg na ofensiva para destronar a Nvidia no mercado de IA
Com o TorchTPU, a Alphabet tenta remover barreiras técnicas e ampliar a adoção de suas TPUs em um setor dominado pela gigante dos chips
Casas Bahia (BHIA3) aprova plano que estica dívidas até 2050 e flexibiliza aumento de capital; ações sobem mais de 2%
Plano aprovado por acionistas e credores empurra vencimentos, reduz pressão de caixa e amplia a autonomia do conselho
Brava Energia (BRAV3) salta mais de 10% após rumores de venda de poços e com previsão de aumento nos investimentos em 2026
Apesar de a empresa ter negado a venda de ativos para a Eneva (ENEV3), o BTG Pactual avalia que ainda há espaço para movimentações no portfólio