Big techs na mira: Google (GOGL34) é multado por União Europeia e Coreia do Sul em bilhões de dólares
A maior das penalidades foi de US$ 4,126 bilhões, referente a um processo aberto pela União Europeia em 2015 por práticas anticompetitivas
Não foi só na terra da garoa que a quarta-feira (14) amanheceu chuvosa. A Alphabet, controladora do Google (GOGL34), acordou hoje com nuvens escuras e tempestuosas pairando sobre si — e a notícia de que será multado não só uma, mas duas vezes.
A maior das penalidades foi de 4,1 bilhões de euros (US$ 4,126 bilhões) e é referente a um processo aberto pela União Europeia em 2015 por vantagens injustas em relação a suas concorrentes.
Em julgamento realizado hoje, a UE decidiu multar a gigante da tecnologia por práticas anticompetitivas, em 4,1 bilhões de euros — um valor menor que o inicialmente proposto, mas ainda recorde para a empresa.
Enquanto isso, na ponta punitiva “mais leve”, a Coreia do Sul multou o Google e a Meta, dona do Facebook, por violação da lei de privacidade, em US$ 71,8 milhões.
União Europeia e a multa ao Google
O processo da União Europeia contra o Google não é de hoje. A disputa judicial entre a Alphabet e os tribunais da UE começou em 2015, com a acusação de que a companhia utilizava o sistema operacional Android para anular a concorrência.
No mais recente desdobramento da ação, o Tribunal Geral decidiu, em julgamento realizado nesta quarta-feira (14), manter a decisão antitruste contra a Alphabet, mas diminuiu em 5% o montante cobrado da empresa, para 4,125 bilhões de euros.
Leia Também
Segundo a autoridade jurídica, a nova multa é “adequada em vista da importância da infração”.
Google e as práticas anticompetitivas
A multa inicial foi anunciada pela Comissão Europeia em 2018 no valor de 4,34 bilhões de euros, a maior punição monetária que o Google já recebeu na história.
Segundo a Comissão, aproximadamente 80% dos europeus usam o Android e a Alphabet teria dado uma “injusta vantagem” a seus aplicativos, ao forçar as fabricantes de celulares a pré-instalar aplicações como o Chrome e o Search em um pacote com a loja de aplicativos.
A pré-instalação ainda impulsionaria o uso do Search, mecanismo de busca do Google, vantagem essa que não poderia ser superada pelos rivais da plataforma. Desse modo, as condições seriam abusivas e restringiriam a concorrência.
Vale destacar que o negócio da Alphabet é sustentado principalmente por sua receita de mecanismos de busca.
Por sua vez, a gigante de tecnologia contestou a denúncia e afirmou que os aparelhos Android estão em uma competição direta com os celulares da Apple, que utilizam o sistema operacional iOS.
Desse modo, ao optar por um smartphone Android, o consumidor poderia escolher o fabricante do telefone, a operadora de rede móvel e ainda possuiria a opção de remover aplicativos do Google e instalar outros caso desejasse.
A nova decisão da União Europeia
No julgamento de hoje, o tribunal descartou as alegações do Google sobre não ter agido de forma irracional e destacou “a gravidade e a duração da infração”.
O Tribunal ainda afirma que “valida amplamente a decisão da Comissão Europeia de que o Google impôs restrições ilegais aos fabricantes de dispositivos móveis Android e operadoras de redes móveis para consolidar a posição dominante de seu mecanismo de busca”.
Em resposta, a Alphabet ressaltou seu descontentamento com a decisão do Tribunal Geral, uma vez que não reconheceu que o sistema Android teria aumentado o leque de opções dos consumidores.
“Estamos desapontados que o Tribunal não anulou a decisão na íntegra. O Android criou mais opções para todos, não menos”, afirmou a empresa, em nota à CNBC.
Vale destacar que, se desejar, a big tech ainda pode recorrer à decisão no nível mais alto de tribunal da União Europeia em aproximadamente de dois meses e meio.
Multa na Coreia do Sul
Ao mudar rapidamente de continente, é possível encontrar a segunda fonte da melancolia da Alphabet nesta quarta-feira.
O Google e a Meta, controladora do Facebook, receberam uma multa de aproximadamente US$ 71,8 milhões do governo da Coreia do Sul por violação de leis de privacidade.
Segundo as autoridades, as empresas de tecnologia não receberam o consentimento legítimo dos usuários de seus sites no processo de coleta de dados.
No caso do Google, os clientes não teriam recebido informações claras sobre a coleta e o uso de informações de outras empresas quando se inscreveram em seu serviço.
Durante o cadastro, a empresa teria mostrado como opção padrão apenas o "Concordo", enquanto as alternativas disponíveis na tela estavam encobertas, de acordo com o governo.
Além dos sites, a multa estipulada pela Comissão de Proteção de Informações Pessoais (PIPC) da Coreia do Sul contra Alphabet ainda inclui plataformas de publicidade e anúncios personalizados.
Multa recorde
A Alphabet ficou com a maior penalidade, com uma multa de cerca de US$ 50 milhões, a maior punição monetária já aplicada na Coreia do Sul por violação de leis de proteção de dados.
Por sua vez, a Meta foi multada em US$ 22 milhões, também por infringir as regras de proteção de informações pessoais.
O governo sul-coreano destacou que esta é a primeira sanção do país referente à coleta e uso de informações comportamentais em plataformas de publicidade online personalizadas.
“Discordamos das descobertas do PIPC e revisaremos a decisão completa por escrito assim que for compartilhada conosco. Sempre demonstramos nosso compromisso em fazer atualizações contínuas que dão aos usuários controle e transparência, ao mesmo tempo em que fornecemos os produtos mais úteis possíveis. Continuamos comprometidos em nos envolver com o PIPC para proteger a privacidade dos usuários sul-coreanos”, disse um porta-voz do Google.
*Com informações de CNBC, TechCrunch e AP
Nubank (ROXO34) pode estar ajudando a ‘drenar’ os clientes de Tim (TIMS3) e Vivo (VIVT3); entenda
Segundo a XP, o avanço da Nucel pode estar acelerando a migração de clientes para a Claro e pressionando rivais como Tim e Vivo, o que sinaliza uma mudança mais rápida na dinâmica competitiva do setor
Bradespar (BRAP4) distribui quase R$ 600 milhões em dividendos e JCP; pagamento será feito em duas etapas
Do total anunciado, R$ 330 milhões correspondem aos dividendos e R$ 257 milhões aos juros sobre capital próprio (JCP); Localiza também detalha distribuição de proventos
Falta de luz em SP: Prejuízo a bares, hotéis e restaurantes pode chegar a R$ 100 milhões
Estimativa da Fhoresp é que 5 mil estabelecimentos foram atingidos pelo apagão
Isa Energia (ISAE4) recebe upgrade duplo do JP Morgan depois de comer poeira na bolsa em 2025
Após ficar atrás dos pares em 2025, a elétrica recebeu um upgrade duplo de recomendação. Por que o banco vê potencial de valorização e quais os catalisadores?
Não colou: por que a Justiça barrou a tentativa do Assaí (ASAI3) de se blindar de dívidas antigas do Pão de Açúcar
O GPA informou, nesta segunda (15), que o pedido do Assaí por blindagem contra passivos tributários anteriores à cisão das duas empresas foi negado pela Justiça
Braskem (BRKM5) com novo controlador: IG4 fecha acordo com bancos e tira Novonor do comando
Gestora fecha acordo com bancos credores, avança sobre ações da Novonor e pode assumir o controle da petroquímica
São Paulo às escuras: quando a Enel assumiu o fornecimento de energia no estado? Veja o histórico da empresa
Somente no estado, a concessionária atende 24 municípios da região metropolitana, sendo responsável por cerca de 70% da energia distribuída
Concessão da Enel em risco: MP pede suspensão da renovação, e empresa promete normalizar fornecimento até o fim do dia
O MPTCU defende a divisão da concessão da Enel em partes menores, o que também foi recomendado pelo governador de São Paulo
Cemig (CMIG4) promete investir cifra bilionária nos próximos anos, mas não anima analistas
Os analistas do Safra cortaram o preço-alvo das ações da empresa de R$ 13,20 para R$ 12,50, indicando um potencial de alta de 13% no próximo ano
Casas Bahia (BHIA3) avança em mudança de estrutura de capital e anuncia emissão de R$ 3,9 bilhões em debêntures
Segundo o documento, os recursos obtidos também serão destinados para reperfilamento do passivo de outras emissões de debêntures ou para reforço de caixa
Azul (AZUL4) avança no Chapter 11 com sinal verde da Justiça dos EUA, e CEO se pronuncia: ‘dívida está baixando 60%’
Com o plano aprovado, grande parte da dívida pré-existente será revertida em ações, permitindo que a empresa levante recursos
Bancos oferecem uma mãozinha para socorrer os Correios, mas proposta depende do sinal verde do Tesouro Nacional
As negociações ganharam fôlego após a entrada da Caixa Econômica Federal no rol de instituições dispostas a emprestar os recursos
Mais de R$ 9 bilhões em dividendos e JCP: Rede D’Or (RDOR3) e Engie (EGIE3) preparam distribuição de proventos turbinada
Os pagamentos estão programados para dezembro de 2025 e 2026, beneficiando quem tiver posição acionária até as datas de corte
BRK Ambiental: quem é a empresa que pode quebrar jejum de IPO após 4 anos sem ofertas de ações na bolsa brasileira
A BRK Ambiental entrou um pedido na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para realizar um IPO; o que esperar agora?
Os bastidores da nova fase da Riachuelo (GUAR3), segundo o CEO. Vale comprar as ações agora?
Em entrevista ao Money Times, André Farber apresenta os novos projetos de expansão da varejista, que inaugura loja-conceito em São Paulo
O rombo de R$ 4,3 bilhões que quase derrubou o império de Silvio Santos; entenda o caso
Do SBT à Tele Sena, o empresário construiu um dos maiores conglomerados do país, mas quase perdeu tudo no escândalo do Banco Panamericano
Citi corta recomendação para Auren (AURE3) e projeta alta nos preços de energia
Banco projeta maior volatilidade no setor elétrico e destaca dividendos como diferencial competitivo
De sucos naturais a patrocínio ao campeão da Fórmula 1: quem colocou R$ 10 mil na ação desta empresa hoje é milionário
A história da Monster Beverage, a empresa que começou vendendo sucos e se tornou uma potência mundial de energéticos, multiplicando fortunas pelo caminho
Oi (OIBR3) ganha mais fôlego para pagamentos, mas continua sob controle da Justiça, diz nova decisão
Esse é mais um capítulo envolvendo a Justiça, os grandes bancos credores e a empresa, que já está em sua segunda recuperação judicial
Larry Ellison, cofundador da Oracle, perdeu R$ 167 bilhões em um só dia: veja o que isso significa para as ações de empresas ligadas à IA
A perda vem da queda do valor da empresa de tecnologia que oferece softwares e infraestrutura de nuvem e da qual Ellison é o maior acionista
