Um cafezinho sempre vai bem. No caso da Camil, melhor ainda. A entrada da empresa no mercado de café foi uma das principais razões para o JP Morgan melhorar a classificação das ações CAML3.
O banco norte-americano passou a recomendar a compra dos papéis — de uma postura neutra — e elevou o preço-alvo de R$ 12 para R$ 13, o que representa um potencial de alta de 33,2% com relação ao fechamento de quarta-feira (02).
Segundo o JP Morgan, o pior já passou em termos de ganhos, e a estratégia da Camil está apontando na direção certa após a entrada no mercado de café.
Além disso, o banco destaca que o feijão e o pescado — que prejudicaram as margens da empresa no quarto trimestre de 2021 — estão melhorando gradativamente em função da melhor oferta de produtos.
Por volta de 14h15, as ações CAML3 operavam em queda de 0,11%, cotadas a R$ 9,75.
Camil (CAML3): vai um cafezinho aí?
A expansão da Camil (CAML3) para o mercado de café apresenta oportunidades de crescimento, segundo o JP Morgan.
A expansão da nova planta da empresa dedicada à produção de café deve ficar pronta entre outubro e novembro deste ano.
A Camil, que também é dona da marca União, afirma que está satisfeita com a forma como o público reagiu ao produto, está otimista nessa frente e aberta a novas fusões e aquisições.
De acordo com o banco, com a capacidade produtiva atual, a empresa pode chegar a 3% de participação de mercado e, com os planos de expansão este ano, até 5%.
Café fraco
Apesar de os consumidores da empresa estarem conseguindo driblar os efeitos da inflação, alguns fatores podem deixar o café da Camil (CAML3) mais fraco.
O JP Morgan listou alguns riscos para as previsões sobre a empresa:
- Impacto pior do que o esperado na demanda de volume resultante da covid-19;
- Ganhos menores de participação de mercado ao longo do tempo;
- Fusões e aquisições diluídas podem prejudicar lucros e retornos;
- Interrupção na colheita de arroz, abastecimento de açúcar e de pescado.
O banco cita ainda os preços dos produtos abaixo das expectativas, o que pode levar a menores estimativas e preço-alvo.
Segundo o JP Morgan, cada movimento de 10% no preço do arroz altera o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) consolidado da empresa em 5%.
Além disso, mudanças nos benefícios e incentivos fiscais podem impactar as estimativas de resultado para a Camil.