Ações da Light caem mais de 15% após saída de CEO — saiba se é hora de vender LIGT3
Raimundo Nonato Alencar de Castro alegou motivos pessoais; sua saída afeta todos os cargos ocupados nos órgãos da administração das subsidiárias controladas ou coligadas da empresa

As ações da Light (LIGT3) estão no escuro nesta quinta-feira (30): chegaram a cair mais de 14% com a notícia de que o CEO da empresa, Raimundo Nonato Alencar de Castro, renunciou ao cargo no dia anterior.
Castro alegou motivos pessoais e sua saída abrange todos os cargos ocupados por ele nos órgãos da administração das subsidiárias controladas ou coligadas da Light. Ele ocupava a presidência da companhia carioca desde outubro de 2020.
De acordo com a Light, Wilson Martins Poit vai comandar a empresa de modo interino. Com isso, ele terá que ser substituído como presidente do Conselho de Administração — vaga que será ocupada pela vice, Ana Amélia Campos Toni.
Em comunicado, a Light agradeceu a Castro pelo profissionalismo e dedicação, além dos resultados positivos alcançados pela companhia durante sua gestão.
O que a saída de Castro significa
A saída de Castro, que veio da Equatorial Energia, coloca em dúvida a renovação da Light, segundo o JP Morgan.
A empresa anunciou em outubro de 2020 que Castro e Firmino Sampaio se juntariam à Light vindos da Equatorial — o trabalho de ambos na companhia virou referência de gestão no setor de energia e, com isso, a chegada deles à empresa carioca gerou grande expectativa no mercado.
Leia Também
Castro foi ex-presidente de uma das distribuidoras da Equatorial Energia e foi nomeado CEO da Light, enquanto Firmino Sampaio ingressou como presidente do Conselho. Em março de 2022, Sampaio deixou o cargo, mas permaneceu no colegiado.
Segundo o JP Morgan, a saída de Castro pode ser interpretada pelo mercado como uma falta de confiança na recuperação da empresa e, portanto, uma notícia negativa — o que explica a forte queda das ações hoje.
Os papéis LIGT3 fecharam com queda de 15,62% na B3, cotados a R$ 5,78.
Antecedentes da renúncia
O anúncio da saída de Castro ocorre um dia após a Light (LIGT3) informar que estava avaliando os impactos da promulgação de uma nova lei; o texto determina a devolução integral dos créditos tributários de PIS/Cofins detidos pelas distribuidoras aos consumidores finais.
A Light reconheceu R$ 2,5 bilhões em créditos fiscais no terceiro trimestre de 2019, ou R$ 1,6 bilhão líquido, associados à vitória em uma longa disputa de bitributação com o governo.
A empresa, juntamente com outras do setor como Cemig e Copel, entendeu que só deve devolver aos consumidores os créditos associados aos dez anos anteriores, mantendo os créditos gerados antes dessa janela.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), por outro lado, havia declarado no passado que todos os créditos — independentemente do tempo de geração — deveriam ser devolvidos aos consumidores finais porque as tarifas são conceitual e economicamente neutras para as distribuidoras.
O valor total em jogo para todas as distribuidoras brasileiras foi superior a R$ 60 bilhões. A Light começou a realizar esses créditos controversos de R$ 1,6 bilhão há alguns anos, com base em pareceres jurídicos.
Mas o projeto de lei aprovado pelo Congresso vai na direção contrária, ao definir que todos os créditos de dupla tributação de PIS/Cofins detidos pelas distribuidoras devem ser devolvidos aos consumidores — ficando, assim, em linha com a tese da Aneel.
O projeto de lei foi sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro ontem.
Vale a pena ter Light (LIGT3) em carteira?
Segundo o JP Morgan, não. O banco tem recomendação de venda para as ações Light (LIGT3) e preço-alvo de R$ 9,00 — o que representa um potencial de valorização de 31% com relação ao fechamento de ontem.
Apesar do desempenho inferior da Light em relação a pares do setor nos últimos 12 meses, o banco acredita que as ações LIGT3 podem enfraquecer ainda mais.
Para o JP Morgan, a Light deve conseguir mitigar a situação, buscando uma liminar para continuar realizando os controversos créditos tributários até que a Justiça — provavelmente, o Supremo Tribunal Federal (STF) — decida sobre o assunto.
No entanto, o banco acredita que a devolução do que já foi realizado, somada à paralisação das compensações futuras, implicaria num risco de negativo de até R$ 4,20 por ação, sem falar no aumento da dívida líquida e da alavancagem.
A Light encerrou o primeiro trimestre com 3,44x dívida líquida/Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), aproximando-se de covenants (cláusulas contratuais que são estabelecidas pelo credor em um título de dívida) de 3,5x.
O JP Morgan vê a possível baixa do crédito fiscal registrado como notícia negativa — mais um fator de risco que se soma à reestruturação frustrada, à alta alavancagem e à recuperação lenta da pandemia de covid-19, que sustentam a classificação de vendas dos papéis LIGT3.
Confiança em xeque: mercado de capitais brasileiro recebe nota medíocre em pesquisa da CVM e especialistas acendem alerta
Percepção de impunidade, conflitos de interesse e falhas de supervisão reforçam a desconfiança de investidores e profissionais no mercado financeiro brasileiro
Prio (PRIO3) sobe no Ibovespa após receber licença final para a instalação dos poços de Wahoo
A petroleira projeta que o início da produção na Bacia do Espírito Santo será entre março e abril de 2026
Dólar vai abaixo dos R$ 5,30 e Ibovespa renova máximas (de novo) na expectativa pela ‘tesoura mágica’ de Jerome Powell
Com um corte de juros nos EUA amplamente esperado para amanhã, o dólar fechou o dia na menor cotação desde junho de 2024, a R$ 5,2981. Já o Ibovespa teve o terceiro recorde dos últimos quatro pregões, a 144.061,64 pontos
FII BRCO11 aluga imóvel para M. Dias Branco (MDIA3) e reduz vacância
O valor da nova locação representa um aumento de 12% em relação ao contrato anterior; veja quanto vai pingar na conta dos cotistas do BRCO11
TRXF11 vai às compras mais uma vez e adiciona à carteira imóvel locado ao Assaí; confira os detalhes
Esse não é o primeiro ativo alugado à empresa que o FII adiciona à carteira; em junho, o fundo já havia abocanhado um galpão ocupado pelo Assaí
Ouro vs. bitcoin: afinal, qual dos dois ativos é a melhor reserva de valor em momentos de turbulência econômica?
Ambos vêm renovando recordes nos últimos dois anos à medida que as incertezas no cenário econômico internacional crescem e o mercado busca uma maneira de se proteger
Do Japão às small caps dos EUA: BlackRock lança 29 novos ETFs globais para investir em reais
Novos fundos dão acesso a setores, países e estratégias internacionais sem a necessidade de investir diretamente no exterior
Até onde vai o fundo do poço da Braskem (BRKM5), e o que esperar dos mercados nesta semana
Semana começa com prévia do PIB e tem Super Quarta, além de expectativa de reação dos EUA após condenação de Bolsonaro
Rio Bravo: “Momento é de entrada em fundos imobiliários de tijolo, não de saída”
Anita Scal, sócia e diretora de Investimentos Imobiliários da empresa, afirma que a perspectiva de um ciclo de queda da taxa de juros no Brasil deve levar as cotas dos fundos a se valorizarem
TRXF11 abocanha galpão locado pelo Mercado Livre (MELI34) — e quem vai ver o dinheiro cair na conta são os cotistas de um outro FII
Apesar da transação, a estimativa de distribuição de dividendos do TRXF11 até o fim do ano permanece no mesmo patamar
Ação da Cosan (CSAN3) ainda não conseguiu conquistar os tubarões da Faria Lima. O que impede os gestores de apostarem na holding de Rubens Ometto?
Levantamento da Empiricus Research revela que boa parte do mercado ainda permanece cautelosa em relação ao futuro da Cosan; entenda a visão
LinkedIn em polvorosa com Itaú, e o que esperar dos mercados nesta sexta-feira (12)
Após STF decidir condenar Bolsonaro, aumentam os temores de que Donald Trump volte a aplicar sanções contra o país
Ibovespa para uns, Tesouro IPCA+ para outros: por que a Previ vendeu R$ 7 bilhões em ações em ano de rali na bolsa
Fundo de pensão do BB trocou ações de empresas por títulos públicos em nova estratégia para reforço de caixa
TRBL11 recebe R$ 6 milhões em acordo por imóvel que é alvo de impasse com os Correios — agora o FII está de olho na disputa judicial contra a estatal
Segundo o gestor da Rio Bravo, o acordo “é apenas o começo” e, agora, o fundo imobiliário busca cobrar os Correios e voltar a ocupar o galpão com um novo inquilino
Banco do Brasil (BBAS3) supera a Vale (VALE3) em um quesito na bolsa; saiba qual
Os dados são de um levantamento mensal do DataWise+, parceria entre a B3 e a Neoway
Fundo imobiliário MFII11 mira novo projeto residencial na zona leste de São Paulo; veja os detalhes
O FII vem chamando atenção por sua estratégia focada em empreendimentos residenciais ligados ao Minha Casa, Minha Vida (MCMV)
Ibovespa renova máxima histórica e dólar vai ao menor nível desde julho de 2024 após dados de inflação nos EUA; Wall Street também festeja
Números de inflação e de emprego divulgados nesta quinta-feira (11) nos EUA consolidam a visão do mercado de que o Fed iniciará o ciclo de afrouxamento monetário na reunião da próxima semana; por aqui, há chances de queda da Selic
Fundo imobiliário do BTG quer vender cinco imóveis por mais de R$ 830 milhões — e já tem destino certo para o dinheiro
Criado especialmente para adquirir galpões da Log Commercial Properties (LOGG3), o BTLC11 comprou os ativos em 2023, e agora deseja gerar valor aos cotistas
GGRC11 ou Tellus: quem levou a melhor na disputa pelo galpão da Renault do FII VTLT11, que agora se despede da bolsa
Com a venda do único imóvel do portfólio, o fundo imobiliário será liquidado, mas cotistas vão manter a exposição ao mercado imobiliário
Fundo imobiliário (FII) aposta em projetos residenciais de alto padrão em São Paulo; veja os detalhes
Com as transações, o fundo imobiliário passa a ter, aproximadamente, 63% do capital comprometido em cinco empreendimentos na capital paulista