5G chega a São Paulo hoje e pode multiplicar receitas de Tim, Vivo e Claro — saiba o que esperar da tecnologia
As companhias do setor de telecomunicações têm muito a ganhar com a entrada do coração financeiro do país na lista de cidades com a tecnologia

A chegada da quinta geração de internet marcará o início de uma nova era para a conexão móvel no Brasil. E mais um passo rumo a esse ciclo será dado nesta quinta-feira (4), com a ativação do sinal 5G na cidade de São Paulo.
A gigante paulista será a quinta capital brasileira a receber a tecnologia — Brasília, Belo Horizonte, João Pessoa e Porto Alegre foram as pioneiras. E as companhias do setor de telecomunicações têm muito a ganhar com a entrada do coração financeiro do país na lista.
Isso porque, enquanto o 4G melhorou a vida dos usuários comuns, o 5G terá um impacto ainda maior para as empresas. É o que diz Flavio Conde, analista de ações da Levante Investimentos.
A tecnologia promete uma velocidade até 100 vezes maior que a geração anterior e trará vantagens como:
- conexão de centenas dispositivos em uma única rede com estabilidade de sinal;
- alta velocidade de transmissão de dados;
- e uma experiência de uso sem atraso entre o envio e o recebimento de comandos via internet.
“O 5G vai fazer com que as empresas, principalmente, usem muito mais o móvel para comunicação com fornecedores, parceiros e clientes. Com isso, a receita que Tim, Vivo e Claro têm com usos corporativos pode se multiplicar, nas minhas contas, de três a cinco vezes”, afirma Conde.
As três maiores empresas de telecomunicações do país ficaram com o “filé mignon” dos lotes da “faixa nobre” do 5G no leilão da tecnologia, realizado em novembro do ano passado.
Leia Também
Esse salto ainda não está precificado nas três ações, de acordo com o analista. “A telefonia móvel vai entrar em uma nova fase e essas empresas, que estavam com o faturamento praticamente estável, poderão crescer entre 20% e 25% ao ano nos próximos três anos”, afirma.
A contrapartida desse potencial aumento na receita é o volume de investimentos necessário para colocar o 5G de pé. A empresa vitoriosa será aquela que conseguir entregar um bom serviço sem perder de vista a rentabilidade para o acionista.
No acumulado deste ano, as ações da TIM (TIMS3) registram queda de 3,25%, e as da Telefônica/Vivo (VIVT3) recuam um pouco mais, 6,71%. A Claro tem capital aberto, mas não possui papéis negociados na bolsa brasileira.
Lembrando que as três teles tiraram um concorrente da jogada quando compraram juntas as operações de telefonia móvel da Oi (OIBR3).
Chegada antecipada
A chegada do 5G (e todas as suas vantagens) a São Paulo estava prevista para ocorrer apenas no final de setembro. A antecipação ocorreu porque o número de pedidos para instalação de antenas foi o triplo do esperado.
Segundo as regras do edital que regula a implementação da tecnologia, seriam necessárias, no mínimo, 462 estações na primeira fase. O cálculo considera uma antena de 5G para cada 100 mil habitantes das capitais brasileiras.
Até a última terça-feira (02), porém, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) recebeu 1,37 mil pedidos de licenciamento para a faixa de 3,5 GHz — que permite conexões rápidas em longo alcance.
Com isso, o Grupo de Acompanhamento da Implantação das Soluções para os Problemas de Interferência (Gaispi), ligado ao órgão, liberou a ativação do sinal.
Veja também — Na pressa por encerrar recuperação, Oi (OIBR3) recebe proposta de R$ 1,6 bi por operação fixa
5G para poucos
Contudo, mesmo com a quantidade de antenas acima do previsto, a cobertura do sinal 5G deve atingir, por enquanto, apenas 25% da área urbana da cidade.
Segundo informações da Anatel, os locais com maior concentração de equipamentos são o Centro Histórico, a região da Avenida Paulista e o Itaim Bibi.
Outras partes da capital paulista, como os bairros da Aclimação, Mooca e Brás, devem contar com um sinal mais limitado.
A ampliação da cobertura 5G na faixa de 3,5 GHz em São Paulo e outras capitais está prevista para ser concluída em julho de 2025. Já para outros municípios o prazo é ainda maior, até 2029.
Empresas testam novos usos para o 5G
Conforme explicamos no início, uma das novidades do 5G é a ampliação do uso da conexão móvel nas empresas. E diversas companhias já têm implementado projetos para testar as possibilidades abertas pela tecnologia.
A Gerdau é uma delas. Em parceria com a Embratel, a siderúrgica constrói uma rede 5G privativa nos 8,3 milhões de metros quadrados de uma de suas plantas industriais em Ouro Branco, Minas Gerais.
O sinal, que é fornecido pela Claro, permitirá o investimento em equipamentos inteligentes, incluindo veículos que podem ser operados à distância e câmeras de monitoramento que detectam problemas de segurança e interrompem automaticamente a operação industrial.
Por enquanto, a rede ainda opera sob conexão 4G. Mas o previsto é que, na terceira e última fase do projeto, o 5G entre em ação e permita que a Gerdau obtenha uma velocidade de 4,8 gigabits por segundo (Gbps), contra os 256 (megabits por segundo) Mbps alcançados na primeira etapa.
Além da produtora de aço, a Huawei também já utiliza a tecnologia em uma fábrica em Jundiaí, cidade localizada a 57 quilômetros da capital paulista.
Em parceria com a Vivo, a fabricante chinesa substituiu estruturas físicas de cabeamento por 14 antenas 5G em uma área de 30 mil metros quadrados.
Uma das vantagens obtidas com a nova conexão também é o uso de câmera com inteligência artificial. Os equipamentos detectam, em tempo real, defeitos na linha de montagem e funcionários sem equipamentos de proteção, por exemplo.
A Huawei também testa o uso de óculos de realidade aumentada, que facilitam a manutenção de equipamentos.
*Com informações da Agência Brasil e Estadão Conteúdo
Compensação de prejuízos para todos: o que muda no mecanismo que antes valia só para ações e outros ativos de renda variável
Compensação de prejuízos pode passar a ser permitida para ativos de renda fixa e fundos não incentivados, além de criptoativos; veja as regras propostas pelo governo
Com o pé na pista e o olho no céu: Itaú BBA acredita que esses dois gatilhos vão impulsionar ainda mais a Embraer (EMBR3)
Após correção nas ações desde as máximas de março, a fabricante brasileira de aviões está oferecendo uma relação risco/retorno mais equilibrada, segundo o banco
Ações, ETFs e derivativos devem ficar sujeitos a alíquota única de IR de 17,5%, e pagamento será trimestral; veja todas as mudanças
Mudanças fazem parte da MP que altera a tributação de investimentos financeiros, publicada ontem pelo governo; veja como ficam as regras
Banco do Brasil (BBAS3) supera o Itaú (ITUB4) na B3 pela primeira vez em 2025 — mas não do jeito que o investidor gostaria
Em uma movimentação inédita neste ano, o BB ultrapassou o Itaú e a Vale em volume negociado na B3
Adeus, dividendos isentos? Fundos imobiliários e fiagros devem passar a ser tributados; veja novas regras
O governo divulgou Medida Provisória que tira a isenção dos dividendos de FIIs e Fiagros, e o investidor vai precisar ficar atento às regras e aos impactos no bolso
Fim da tabela regressiva: CDBs, Tesouro Direto e fundos devem passar a ser tributados por alíquota única de 17,5%; veja regras do novo imposto
Governo publicou Medida Provisória que visa a compensar a perda de arrecadação com o recuo do aumento do IOF. Texto muda premissas importantes dos impostos de investimentos e terá impacto no bolso dos investidores
Gol troca dívida por ação e muda até os tickers na B3 — entenda o plano da companhia aérea depois do Chapter 11
Mudança da companhia aérea vem na esteira da campanha de aumento de capital, aprovado no plano de saída da recuperação judicial
Petrobras (PETR4) não é a única na berlinda: BofA também corta recomendação para a bolsa brasileira — mas revela oportunidade em uma ação da B3
O BofA reduziu a recomendação para a bolsa brasileira, de “overweight” para “market weight” (neutra). E agora, o que fazer com a carteira de investimentos?
Cemig (CMIG4), Rumo (RAIL3), Allos (ALOS3) e Rede D’Or (RDOR3) pagam quase R$ 4 bilhões em dividendos e JCP; veja quem tem direito a receber
A maior fatia é da Cemig, cujos proventos são referentes ao exercício de 2024; confira o calendário de todos os pagamentos
Fundo Verde: Stuhlberger segue zerado em ações do Brasil e não captura ganhos com bolsa dos EUA por “subestimar governo Trump”
Em carta mensal, gestora criticou movimentação do governo sobre o IOF e afirmou ter se surpreendido com recuo rápido do governo norte-americano em relação às tarifas de importação
Santander Renda de Aluguéis (SARE11) está de saída da B3: cotistas aprovam a venda do portfólio, e cotas sobem na bolsa hoje
Os investidores aceitaram a proposta do BTG Pactual Logística (BTLG11) e, com a venda dos ativos, também aprovaram a liquidação do FII
Fundo imobiliário do segmento de shoppings vai pagar mais de R$ 23 milhões aos cotistas — e quem não tem o FII na carteira ainda tem chance de receber
A distribuição de dividendos é referente a venda de um shopping localizado no Tocantins. A operação foi feita em 2023
Meu medo de aviões: quando o problema está na bolsa, não no céu
Tenho brevê desde os 18 e já fiz pouso forçado em plena avenida — mas estou fora de investir em ações de companhias aéreas
Bank of America tem uma ação favorita no setor elétrico, com potencial de alta de 23%
A companhia elétrica ganhou um novo preço-alvo, que reflete as previsões macroeconômicas do Brasil e desempenho acima do esperado
Sem dividendos para o Banco do Brasil? Itaú BBA mantém recomendação, mas corta preço-alvo das ações BBSA3
Banco estatal tem passado por revisões de analistas depois de apresentar resultados ruins no primeiro trimestre do ano e agora paga o preço
Santander aumenta preço-alvo de ação que já subiu mais de 120% no ano, mas que ainda pode se valorizar e pagar dividendos
De acordo com analistas do banco, essa empresa do ramo da construção civil tem uma posição forte, sendo negociada com um preço barato mesmo com lucros crescendo em 24%
Dividendos e recompras: por que esta empresa do ramo dos seguros é uma potencial “vaca leiteira” atraente, na opinião do BTG
Com um fluxo de caixa forte e perspectiva de se manter assim no médio prazo, esta corretora de seguros é bem avaliada pelo BTG
“Caixa de Pandora tributária”: governo quer elevar Imposto de Renda sobre JCP para 20% e aumentar CSLL. Como isso vai pesar no bolso do investidor?
Governo propõe aumento no Imposto de Renda sobre JCP e mudanças na CSLL; saiba como essas alterações podem afetar seus investimentos
FIIs e fiagros voltam a entrar na mira do Leão: governo quer tirar a isenção de IR e tributar rendimentos em 5%; entenda
De acordo com fontes ouvidas pelo Valor Econômico, a tributação de rendimentos de FIIs e fiagros, hoje isentos, entra no pacote de medidas alternativas ao aumento do IOF
UBS BB considera que essa ação entrou nos anos dourados com tarifas de Trump como um “divisor de águas”
Importações desse segmento já estão sentindo o peso da guerra comercial — uma boa notícia para essa empresa que tem forte presença no mercado dos EUA