Imposto menor hoje, inflação maior amanhã: pesquisadores da FGV alertam para risco de alta duradoura na inflação
De acordo com eles, a diminuição de impostos sobre combustíveis e energia pode ter resultado oposto ao esperado

Parece uma consequência óbvia: com menos impostos, os preços dos produtos também vão cair, certo? Mas, segundo pesquisadores da FGV, não é bem assim. Uma redução de impostos agora poderia até mesmo aumentar a inflação mais pra frente.
Desse modo, a diminuição de impostos sobre combustíveis, conta de luz e outros itens de energia, anunciada nesta semana pelo governo federal, pode ter o resultado oposto ao esperado pelo Palácio do Planalto.
Esse foi o alerta feito na quinta-feira (09) por pesquisadores do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre) durante o II Seminário de Análise Conjuntural, evento online organizado pela instituição em parceria com o Estadão.
Situação pode levar a aperto monetário mais duradouro e acentuado
Para os pesquisadores, mesmo que haja um alívio de curto prazo, a inflação poderá voltar a subir mais a frente, e ficar elevada por mais tempo, exigindo um ciclo de aperto monetário mais duradouro e, talvez, maior.
"É uma enorme ilusão achar que redução de impostos vai reduzir inflação e trazer juro pra baixo", afirmou José Júlio Senna, chefe do Centro de Estudos Monetários do FGV Ibre. “Tudo ali é temporário. Na virada do ano, o que acontece com a inflação? Sobe de novo”.
Em pouco mais de um ano, a taxa básica Selic foi de 2% ao ano para 12,75%. Para a próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), marcada para a semana que vem, a expectativa é de que a Selic seja elevada pelo menos a 13,25%.
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Na avaliação de Senna, um ex-diretor do BC, as medidas anunciadas na última segunda-feira pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) não deverão moderar esse ciclo de elevação de juros. Pelo contrário: a tendência é o BC "ficar mais preocupado com o futuro", o que "significa prejuízos de longo prazo".
Redução de impostos tende a pressionar expectativas para a inflação de 2023
A pesquisadora Silvia Matos, coordenadora do Boletim Macro Ibre, destacou que o anúncio da redução de impostos tende a elevar as expectativas de inflação para 2023.
No mais recente Boletim Focus, elaborado pelo BC com as projeções de analistas de mercado, as expectativas já giram em torno de 4,5% para a inflação do ano que vem, diante de uma meta de 3,25%. Entretanto, como a divulgação semanal está suspensa devido à greve dos servidores do Banco Central, a pesquisa Focus está defasada. A última edição do boletim foi divulgada no início de maio, ainda com dados de abril.
Em sua participação no evento, Armando Castelar, pesquisador associado do FGV Ibre, lembrou que as perspectivas de curto prazo para a atividade econômica em 2022 melhoraram nos últimos meses.
Porém, o principal problema do cenário é a persistência da inflação alta no mundo todo e a necessidade de subir juros, questão que segue pesando sobre a possibilidade de um crescimento sustentável.
"Quando a gente comemora que o IPCA caiu abaixo de 12% em 12 meses tem alguma coisa errada", disse Castelar, referindo-se aos dados do IPCA de maio, que mostraram uma variação de 11,73% no acumulado em 12 meses.
Eleições 2022 geram incertezas

Castelar destacou que o "risco político-eleitoral" entrou no radar dos agentes econômicos nesta semana, com as reduções de impostos anunciadas pelo presidente Jair Bolsonaro e também com a divulgação de um primeiro esboço do programa de governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“Não é definitivo, mas veio à tona e não deixa ninguém tranquilo sobre 2023", completou o pesquisador.
Até agora, com os resultados das contas do governo, pelo menos no curto prazo, vindo melhores do que o inicialmente esperado, esse risco estava sendo deixado de lado por investidores e analistas.
Para Castelar, com "a questão político-eleitoral voltando com tudo à cena", a tendência, até o fim do ano, é que as incertezas em torno dos rumos da política econômica num próximo governo federal pesem sobre a economia.
Os principais impactos deverão ser o adiamento ou moderação nos investimentos, a elevação do risco-País e a elevação da taxa de câmbio, ainda que não se espere um salto do dólar como aconteceu na campanha eleitoral de 2002 diante da perspectiva da vitória de Lula.
*Com informações do Estadão Conteúdo.
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