A volta do feriado prolongado nunca é fácil. E não seria diferente para as bolsas nos EUA, que viram os principais índices de ações — S&P 500, Dow Jones e Nasdaq — oscilarem entre perdas e ganhos praticamente durante toda a sessão para encerrarem o dia sem uma direção comum.
Além da volta do feriado, a terça-feira (31) marca também o fim de um mês difícil de negociação, que viu o S&P 500 flertar com o bear market — território do mercado em baixa — em meio a temores de inflação e recessão.
Ainda assim, o Dow Jones e o S&P 500 conseguiram permanecer marginalmente em alta no mês, enquanto o Nasdaq caiu cerca de 2%.
Confira a variação e a pontuação dos principais índices de ações dos EUA no fechamento:
- Dow Jones: -0,67%, 32.990,32 pontos
- S&P 500: -0,63%, 4.132,17 pontos
- Nasdaq: -0,41%, 12.041,39 pontos
A inflação pesa sobre o S&P 500
A movimentação do S&P 500 e do mercado em geral nesta terça-feira (31) ressaltou os temores de que a aceleração da inflação esteja pesando no crescimento econômico.
Na Europa, as leituras de inflação da zona do euro divulgadas mais cedo atingiram um recorde pelo sétimo mês consecutivo, acelerando a 8,1% em maio.
Nos EUA, o núcleo do índice de preços de gastos com consumo pessoal (PCE, o indicador de inflação preferido do Fed) subiu 4,9% em abril em relação ao ano anterior.
Os dados de inflação fizeram a maioria das bolsas europeias fecharem em baixa hoje, reacendendo as preocupações sobre o ritmo de aperto monetário dos bancos centrais.
O índice pan-europeu Stoxx 600 caiu 0,8%, com as ações de varejo recuando 1,7% para liderar as perdas. No mês de maio, o índice fechou em queda de 0,85%.
- Londres: +0,10%
- Paris: -1,43%
- Frankfurt: -1,29%
Petróleo também deu as caras
O setor de energia reduziu os ganhos depois que os preços do petróleo caíram devido a relatos de que alguns membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) estão considerando suspender a participação da Rússia no acordo de produção.
Se isso acontecer, poderia abrir caminho para os outros membros da Opep, incluindo a Arábia Saudita, aumentarem a oferta.
A notícia chega quando a produção de petróleo russa deve cair depois que a União Europeia concordou com a proibição das importações do país.