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Flavia Alemi
Flavia Alemi
Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e com MBA em Informações Econômico-Financeiras e Mercado de Capitais pela FIA. Trabalhou na Agência Estado/Broadcast e na S&P Global Platts.
otimismo

Dólar a R$ 3,50? Gestora diz que queda da moeda para patamares mais baixos “não seria impensável”

Efeitos de longo prazo da guerra na Ucrânia podem levar o dólar a níveis vistos pela última vez em abril de 2018

Três moedas de um real sobre cédulas de dólar
Imagem: iStock

A queda recente do dólar tem gerado todo tipo de especulação sobre os rumos futuros do câmbio, algumas mais otimistas, outras mais pessimistas. A gestora Persevera está no primeiro grupo — e, talvez, esteja até um pouco otimista demais.

De acordo com a Persevera, o atual cenário pode levar o dólar a patamares próximos de R$ 3,50 nos próximos anos. 

Formada por ex-executivos do Bradesco e HSBC e com mais de R$ 400 milhões sob gestão, a Persevera é conhecida por posições fora do consenso. No início da pandemia, por exemplo, eles defenderam que o Banco Central reduzisse a Selic a zero.

A explicação começa nos efeitos de longo prazo da guerra na Ucrânia.

Guerra-> Inflação -> Juros -> Dólar

Conforme temos reportado no Seu Dinheiro, a guerra elevou as projeções de inflação, o que tem feito bancos centrais no mundo inteiro a elevar as taxas de juros. 

Nos EUA, ciclos de aperto monetário tendem a valorizar o dólar. No entanto, esse efeito é contrabalanceado em países exportadores de commodities, como nós. 

Os preços das commodities, tanto as hard (petróleo, minério, etc) quanto as soft (café, milho, trigo, etc) saltaram depois da invasão da Ucrânia pela Rússia. Isso ocorreu porque ambos os países são importantes exportadores desses produtos e, uma vez em guerra, a produção acaba sendo afetada.

No entanto, para o Brasil, isso significa superávit comercial, já que os preços elevados aumentam a receita proveniente das nossas exportações. E aí está também uma das explicações para o dólar ter cedido tanto no primeiro trimestre do ano.

Nesse cenário, a Persevera diz que “não seria impensável, portanto, que o dólar voltasse a patamares bem mais baixos nos próximos anos, talvez próximos a R$3,50”. A última vez que o dólar chegou a esse nível foi em abril de 2018.

De acordo com a gestora, comparando os ciclos de desvalorização da crise do coronavírus com o das eleições de 2022, no longo prazo, a moeda também extrapola movimentos de queda. 

“Por todos esses motivos, continuamos com visão bastante positiva para a moeda brasileira, detendo posições que variam taticamente entre 10% e 15% da carteira”, escreveu a Persevera em carta aos investidores.

Bolsa também tem potencial

Além da queda do dólar, a Persevera também acredita em valorização da bolsa brasileira. Com os investidores globais buscando ativos ligados a commodities no primeiro trimestre, o Índice Bovespa apresentou uma recuperação importante.

Ao mesmo tempo, as expectativas de resultados aumentaram ainda mais, segundo a Persevera. Para a gestora, o mercado de ações continua com múltiplos próximos das mínimas dos últimos anos.

Selic alta, PIB fraco

Para os juros, as projeções da Persevera são de que o BC deve mesmo elevar a Selic pela última vez em maio, a 12,75%. A previsão está em linha com o que diz o próprio BC, mas diverge da posição de boa parte dos analistas, que acreditam numa dose adicional de aperto.

“Com isso, a autoridade monetária terá implementado uma elevação de pelo menos 10,75 pontos percentuais, que certamente levará a uma contração econômica com fortes efeitos sobre a inflação”, diz a Persevera.

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