O fim da FTX era uma tragédia anunciada: corretora deixou ‘queixo exposto’ e foi nocauteada pelo mercado de criptomoedas, diz analista
Paulo Camargo, analista da Empiricus, é o convidado desta semana do Papo Cripto e explica essa situação que abalou o mercado
O “queixo de vidro” é uma das piores características que um boxeador pode ter. Myke Tyson era um desses: forte, ágil e com um potente gancho que poderia levar qualquer um a nocaute — mas era só abaixar a guarda que a chance de ir a lona com um golpe era quase certa. Foi o que aconteceu com a poderosa corretora de criptomoedas (exchange) FTX.
A corretora de Sam Bankman-Fried, conhecido como SBF, chegou a ser a segunda maior do mundo em volume negociado, perdendo apenas para a Binance, a campeã disparada. Tudo ia bem nas disputas pelo pódio, mas o queixo de vidro ficou exposto nos últimos dias.
“A FTX usou recursos da exchange, os depósitos dos usuários, para financiar a Alameda Research. Ou seja, estavam emprestando um dinheiro que não era deles", afirmou Paulo Camargo, analista da Empiricus em entrevista ao Papo Cripto desta semana.
Somando isso à má gestão desses fundos — a corretora estava com posições muito altas (alavancadas) em investimentos altamente arriscados —, a FTX acabou entrando em uma espiral e está em rota de falência.
No último Papo Cripto, o programa sobre criptomoedas do Seu Dinheiro, nós dissecamos o caso da FTX:
O que muda para o investidor com a possível falência da FTX?
O chapter 11 é o primeiro passo para um pedido de recuperação judicial. Nessa etapa, um tribunal determina datas e exige um plano de reestruturação dos negócios enquanto as operações da companhia podem continuar funcionando.
Em outras palavras, ainda existe alguma esperança de que os investidores tenham seus investimentos de volta. No entanto, na opinião do analista, é o evento menos provável de acontecer. “A lição que a FTX deu ao mercado é amarga”, comenta.
Uma luz no fim do túnel?
O sentimento geral do mercado é de pânico e medo. Afinal, se uma corretora que chegou a ser avaliada em mais de US$ 30 bilhões pode virar pó em menos de uma semana, quem dirá outros participantes do mercado.
Mas esse novo capítulo das criptomoedas pode trazer dois desdobramentos positivos, na visão de Camargo. O primeiro deles é o aumento da velocidade no processo de aprovação de novas regulações pelo planeta.
Já o segundo é o fortalecimento das diligências no gerenciamento do risco — e é claro, na gestão dos recursos dos investidores.
Esses e outros temas são discutidos no episódio #031 do Papo Cripto com o analista de criptomoedas da Empiricus, Paulo Camargo. Dê o play!
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