Brasília pesa na bolsa, bitcoin volta aos US$ 16 mil e as perspectivas para o Nubank; confira os destaques do dia
Encerrada a divulgação da ata da última reunião do Federal Reserve, os investidores americanos respiraram aliviados — e as apostas em uma elevação de 0,50 ponto percentual se consolidaram como o caminho mais provável a ser seguido pelo Fed em dezembro.
Mais cedo, o índice de gerente de compras (PMI, na sigla em inglês) seguiu mostrando a retração da economia dos EUA e o mercado de trabalho viu o número de pedidos de auxílio-desemprego subir acima do esperado, mas o documento divulgado nesta tarde mostrou que os dirigentes do BC querem analisar o impacto da alta dos juros antes de seguir viagem.
No último encontro, a maior parte dos dirigentes concordou que a elevação da taxa básica deve ser em um ritmo mais lento no futuro próximo — isso após quatro ajustes de 0,75 p.p, levando o juro para a faixa de 3,75% a 4% — o maior patamar em 14 anos.
Sem surpresas na ata, Wall Street ganhou fôlego e o Nasdaq avançou mais de 1%, mas o Ibovespa não escapou da queda.
Isso porque em Brasília o dia também foi sem surpresas ou novidades — o que, no cenário atual, não é exatamente uma boa notícia.
O mercado esperava que a PEC da Transição fosse protocolada ainda nesta quarta-feira (23), mas parece que a dificuldade da negociação de um prazo para o gasto fora do teto segue sendo um empecilho para a versão final.
Sem o desenho do texto e uma estimativa mais concreta de como ficarão as contas públicas, os investidores brasileiros seguem apostando na cautela.
Com os juros futuros mais uma vez operando em forte alta e penalizando o setor de consumo, o Ibovespa fechou o dia em queda de 0,18%, aos 108.841 pontos — longe das mínimas do dia. Acompanhando o movimento no exterior, o dólar à vista caiu de 0,10%, a R$ 5,3744.
Veja tudo o que movimentou os mercados nesta quarta-feira, incluindo os principais destaques do noticiário corporativo e as ações com o melhor e o pior desempenho do Ibovespa.
Confira outras notícias que mexem com o seu dinheiro
TRAGÉDIA EM CRIPTO
Investidores realizam quarto maior prejuízo da história, mas bitcoin (BTC) retoma patamar de US$ 16 mil com notícia da Genesis. Uma das principais plataformas de negociação, lending e staking de ativos digitais não deve entrar com pedido de falência “logo”, o que ajuda na descompressão do mercado.
DESEMPENHO
Companhias listadas na bolsa sentem alívio nos balanços do 3º trimestre, mas juros e inflação ainda preocupam. Pensando nos resultados do quarto trimestre desde já, o mercado vai acompanhar de perto histórias específicas como a da Petrobras (PETR4).
PAPEL PROMISSOR
BTG Pactual dobra suas apostas em PRIO e acredita que PRIO3 ainda pode subir 68,1%. A equipe do banco também espera que a petroleira poderá fazer alguma fusão ou aquisição em breve sem necessidade de oferta de ações.
PATINANDO
Nubank (NUBR33), Inter (INBR31) ou Banco Pan (BPAN4): qual a melhor ação de uma fintech brasileira? Com o NU super exposto às linhas de crédito sem garantias, os rivais acabam saindo na frente na preferência dos analistas.
LIVING ON THE EDGE
Na beira do abismo: Credit Suisse prevê prejuízo de US$ 1,6 bilhão e planeja aumento de capital; ações despencam. Banco suíço faz a segunda revisão estratégica em menos de um ano, após corrida de clientes para o saque de recursos.
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