As maiores reclamações da Black Friday, a decepção do mercado com Haddad e a semana difícil das criptomoedas; confira os destaques do dia

Escalado para representar o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva no almoço anual de dirigentes dos bancos na Federação Brasileira de Bancos (Febraban), o ex-ministro da Educação e ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, entrou em campo disposto a jogar para a torcida.
Diante de uma plateia de banqueiros e nomes fortes do setor financeiro, Haddad falou por cerca de meia hora, passando por diversos temas que costumam tocar o coração do mercado — reforma tributária, pacto federativo, investimento estrangeiro e a qualidade dos gastos públicos.
Mas, longe da aclamação, o discurso foi recebido com frustração. Ao invés de olhar para as propostas colocadas na mesa, os investidores preferiram se concentrar naquilo que não foi mencionado pelo representante de Lula: a PEC da Transição e qual será a nova âncora fiscal para o país, já que o atual teto de gastos está prestes a ser aposentado.
Em entrevista a emissoras de TV, Haddad afirmou que ainda não recebeu um convite para assumir o Ministério da Fazenda e que, por não fazer parte da equipe política que chefia a articulação no Congresso, não teria como falar sobre a PEC.
Para o mercado, o político do PT já fala e se porta como ministro e o que se espera do próximo chefe da pasta é que se firme um forte compromisso com a responsabilidade fiscal.
Se na véspera o movimento foi de euforia, com uma possível dobradinha ao lado do pai do Plano Real, Pérsio Arida, hoje esse prognóstico ficou de escanteio.
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Em mais um dia de liquidez limitada pelo feriado nos Estados Unidos, o Ibovespa acelerou o ritmo de queda após o discurso de Haddad e encerrou o pregão com recuo de 2,55%, aos 108.976 pontos — na semana, o saldo foi um avanço de 0,10%.
Já o dólar à vista subiu 1,89%, a R$ 5,4105 — maior nível de fechamento desde a véspera do primeiro turno, em 30 de setembro. Em cinco dias, a alta acumulada foi de 0,66%.
Veja tudo o que movimentou os mercados nesta sexta-feira, incluindo os principais destaques do noticiário corporativo e as ações com o melhor e o pior desempenho do Ibovespa.
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SEMANA EM CRIPTO
Jogando parado: bitcoin (BTC) sustenta US$ 16 mil e criptomoedas superam mais uma semana difícil; veja o que esperar a partir de agora. Entre os destaques do período estão a nova lei de criptomoedas de El Salvador e a queda de mais um gigante do setor.
DEPOIS DO TOMBO
Falida e disputada: Binance e outras exchanges querem abocanhar Voyager Digital com ofertas de até US$ 1 bilhão. A corretora de CZ confirmou os rumores de que sua subsidiária americana, a Binance US, planeja fazer uma proposta para resgatar a empresa do colapso.
MUDOU DE IDEIA
Gafisa (GFSA3) troca oferta de ações por aumento de capital de até R$ 150 milhões; o que muda para os investidores? A companhia pretende emitir pouco mais de 25,46 milhões de ações ordinárias a R$ 5,89 cada – um desconto de 9% em relação à cotação atual dos papéis.
DINHEIRO ENTRANDO
V.Tal, unidade de fibra ótica criada dentro da Oi (OIBR3), recebe aporte de R$ 2,5 bilhões de fundo — ações disparam 10%. Com o negócio, o fundo canadense terá uma fatia de 9,7% e poderá indicar um membro para o Conselho da empresa.
BLACK FRAUDE?
Magazine Luiza e Amazon lideram as reclamações na Black Friday; ações caem no Ibovespa. O portal Reclame Aqui, que monitora todas as empresas desde quarta-feira (23), registrou mais de 5.450 queixas.
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