Petróleo volta a saltar 8% hoje, mas Petrobras (PETR4) opera no vermelho e destoa das demais petrolíferas; siderúrgicas sobem e Vale (VALE3) avança quase 3%
Crise política com a gestão da estatal coloca pressão sobre os papéis; Petrorio (PRIO3) e 3R Petroleum (RRRP3) são as maiores altas do dia

O vigésimo segundo dia de guerra entre Rússia e Ucrânia trouxe consigo uma nova onda de incertezas: o Kremlin voltou atrás no anúncio de ontem, de que os dois países caminham para um acordo de paz. Com isso, a velha história se repete — o petróleo volta a disparar e as commodities são destaque na bolsa brasileira..
Perto do meio-dia desta quinta-feira (17), a principal commodity energética do mundo operava com forte valorização, reagindo às notícias do conflito. O barril do petróleo Brent, usado como referência internacional, avançava 8,38%, voltando a ser negociado acima de US$ 100, cotado a US$ 106,23.
A guerra e o petróleo
É verdade que a Super-Quarta ajudou a dar um up no sentimento dos investidores no pregão de ontem, mas o fim do conflito segue como o evento mais aguardado por todos os entes do mercado.
As sanções econômicas à Rússia fazem com que o país também adote medidas que afetam o Ocidente. Entre elas, o fornecimento de petróleo para o mercado internacional e a distribuição de gás para a Europa.
E é por isso que o noticiário da guerra mexe tanto com o mercado de commodities.
Na última segunda-feira (14), o petróleo engatou uma trajetória de queda e chegou a ser negociado em US$ 97 o barril, dados os sinais de cessar-fogo iminente — há alguns dias, a commodity chegou a atingir os US$ 130, o maior patamar de preço em 14 anos.
Leia Também
Então, porque a Petrobras (PETR4) cai?
A volatilidade do petróleo nos últimos dias gerou um mal estar entre os governantes de todo planeta — e, aqui no Brasil não poderia ser diferente.
Como a Petrobras (PETR4) adota uma política de paridade internacional, ela precisa reajustar o preço dos combustíveis quando a commodity sobe, o que obviamente traz insatisfação popular.
Mas, no caso da estatal, a queda das ações tem menos influência internacional e mais política.
Mais cedo, foi noticiado que o presidente da República, Jair Bolsonaro, havia pedido à Petrobras mais um dia antes do anúncio da alta nos preços dos combustíveis. Contudo, o general e presidente da estatal, Joaquim Silva e Luna, em uma demonstração de independência da Petrobras, não acatou a solicitação e deu sinal verde para que o reajuste fosse anunciado no mesmo dia.
De saída da Petrobras?
Assim como em outras ocasiões em que Bolsonaro foi contrariado por algum de seus ministros, correram rumores no mercado de que Silva e Luna seria tirado da presidência da estatal.
Entretanto, o próprio vice-presidente, Hamilton Mourão, tentou apagar o incêndio, afirmando que a Petrobras é independente do governo. Mesmo assim, o mal estar prevalece e os papéis da empresa caem.
E as outras ações das petroleiras?
No mesmo horário em que o petróleo dispara mais de 7%, PETR3 caía 2,52% e PETR4, 2,66%, negociados a R$ 32,94 e R$ 29,99, respectivamente.
Entretanto, Petrorio (PRIO3) avança 7,21%, negociada a R$ 24,83, e 3R Petroleum (RRRP3) sobe 5,65%, cotada a R$ 35,88, e são as maiores altas do Ibovespa. Já que elas não têm o ‘risco estatal’, conseguem capturar a alta do petróleo.
Minério de ferro: em alta novamente
Também na contramão da Petrobras, quem se beneficia da alta do minério de ferro hoje são as siderúrgicas da bolsa.
A commodity metálica subiu 1,13% em Dalian, na China, passando a ser negociada a US$ 150, 35 a tonelada. O país retomou a produção de aço após as Olimpíadas de inverno, o que explica a alta de 5,21% desde 20 de fevereiro deste ano.
Com isso, as principais altas do dia entre as mineradoras eram as seguintes:
ATIVO | Nome | Ult | Var |
CSNA3 | SID NACIONALON | R$ 25,14 | 5,19% |
GOAU4 | GERDAU MET PN ED N1 | R$ 11,75 | 4,35% |
GGBR4 | GERDAU PN ED N1 | R$ 29,30 | 4,05% |
USIM5 | USIMINAS PNA N1 | R$ 14,17 | 3,73% |
CMIG4 | CEMIG PN N1 | R$ 13,10 | 2,91% |
KLBN11 | KLABIN S/A UNT N2 | R$ 25,90 | 2,78% |
VALE3 | VALE ON ED NM | R$ 93,48 | 2,58% |
O pior está por vir? As ações que mais apanham com as tarifas de Trump ao Brasil — e as três sobreviventes no pós-mercado da B3
O Ibovespa futuro passou a cair mais de 2,5% assim que a taxa de 50% foi anunciada pelo presidente norte-americano, enquanto o dólar para agosto renovou máxima, subindo mais de 2%
A bolsa brasileira vai negociar ouro a partir deste mês; entenda como funcionará o novo contrato
A negociação começará em 21 de julho, sob o ticker GLD, e foi projetada para ser mais acessível, inspirada no modelo dos minicontratos de dólar
Ibovespa tropeça em Galípolo e na taxação de Trump ao Brasil e cai 1,31%; dólar sobe a R$ 5,5024
Além da sinalização do presidente do BC de que a Selic deve ficar alta por mais tempo do que o esperado, houve uma piora generalizada no mercado local depois que Trump mirou nos importados brasileiros
FII PATL11 dispara na bolsa e não está sozinho; saiba o que motiva o bom humor dos cotistas com fundos do Patria
Após encher o carrinho com novos ativos, o Patria está apostando na reorganização da casa e dois FIIs entram na mira
O Ibovespa está barato? Este gestor discorda e prevê um 2025 morno; conheça as 6 ações em que ele aposta na bolsa brasileira agora
Ao Seu Dinheiro, o gestor de ações da Neo Investimentos, Matheus Tarzia, revelou as perspectivas para a bolsa brasileira e abriu as principais apostas em ações
A bolsa perdeu o medo de Trump? O que explica o comportamento dos mercados na nova onda de tarifas do republicano
O presidente norte-americano vem anunciando uma série de tarifas contra uma dezena de países e setores, mas as bolsas ao redor do mundo não reagem como em abril, quando entraram em colapso; entenda por que isso está acontecendo agora
Fundo Verde, de Stuhlberger, volta a ter posição em ações do Brasil
Em carta mensal, a gestora revelou ganhos impulsionados por posições em euro, real, criptomoedas e crédito local, enquanto sofreu perdas com petróleo
Ibovespa em disparada: estrangeiros tiveram retorno de 34,5% em 2025, no melhor desempenho desde 2016
Parte relevante da valorização em dólares da bolsa brasileira no primeiro semestre está associada à desvalorização global da moeda norte-americana
Brasil, China e Rússia respondem a Trump; Ibovespa fecha em queda de 1,26% e dólar sobe a R$ 5,4778
Presidente norte-americano voltou a falar nesta segunda-feira (7) e acusou o Brasil de promover uma caça às bruxas; entenda essa história em detalhes
Em meio ao imbróglio com o FII TRBL11, Correios firmam acordo de locação com o Bresco Logística (BRCO11); entenda como fica a operação da agência
Enquanto os Correios ganham um novo endereço, a agência ainda lida com uma queda de braço com o TRBL11, que vem se arrastando desde outubro do ano passado
De volta ao trono: Fundo imobiliário de papel é o mais recomendado de julho para surfar a alta da Selic; confira o ranking
Apesar do fim da alta dos juros já estar entrando no radar do mercado, a Selic a 15% abre espaço para o retorno de um dos maiores FIIs de papel ao pódio da série do Seu Dinheiro
Ataque hacker e criptomoedas: por que boa parte do dinheiro levado no “roubo do século” pode ter se perdido para sempre
Especialistas consultados pelo Seu Dinheiro alertam: há uma boa chance de que a maior parte do dinheiro roubado nunca mais seja recuperada — e tudo por causa do lado obscuro dos ativos digitais
Eve, subsidiária da Embraer (EMBR3), lança programa de BDRs na B3; saiba como vai funcionar
Os certificados serão negociados na bolsa brasileira com o ticker EVEB31 e equivalerão a uma ação ordinária da empresa na Bolsa de Nova York
Quem tem medo da taxação? Entenda por que especialistas seguem confiantes com fundos imobiliários mesmo com fim da isenção no radar
Durante o evento Onde Investir no Segundo Semestre de 2025, especialistas da Empiricus Research, da Kinea e da TRX debateram o que esperar para o setor imobiliário se o imposto for aprovado no Congresso
FIIs na mira: as melhores oportunidades em fundos imobiliários para investir no segundo semestre
Durante o evento Onde Investir no Segundo Semestre de 2025, do Seu Dinheiro, especialistas da Empiricus Research, Kinea e TRX revelam ao que o investidor precisa estar atento no setor imobiliário com a Selic a 15% e risco fiscal no radar
Ibovespa sobe 0,24% e bate novo recorde; dólar avança e termina dia cotado em R$ 5,4248
As bolsas norte-americanas não funcionaram nesta sexta-feira (4) por conta de um feriado, mas o exterior seguiu no radar dos investidores por conta das negociações tarifárias de Trump
Smart Fit (SMFT3) falha na série: B3 questiona queda brusca das ações; papéis se recuperam com alta de 1,73%
Na quarta-feira (2), os ativos chegaram a cair 7% e a operadora da bolsa brasileira quis entender os gatilhos para a queda; descubra também o que aconteceu
Ibovespa vale a pena, mas vá com calma: por que o UBS recomenda aumento de posição gradual em ações brasileiras
Banco suíço acredita que a bolsa brasileira tem espaço para mais valorização, mas cita um risco como limitante para alta e adota cautela
Da B3 para as telinhas: Globo fecha o capital da Eletromidia (ELMD3) e companhia deixa a bolsa brasileira
Para investidores que ainda possuem ações da companhia, ainda é possível se desfazer delas antes que seja tarde; saiba como
Os gringos investiram pesado no Brasil no primeiro semestre e B3 tem a maior entrada de capital estrangeiro desde 2022
Entre janeiro e junho deste ano, os gringos aportaram cerca de R$ 26,5 bilhões na nossa bolsa — o que impulsionou o Ibovespa no período