Fleury (FLRY3) compra Hermes Pardini (PARD3) e cria gigante no setor de saúde; veja os detalhes
Juntos, Fleury (FLRY3) e Hermes Pardini (PARD3) têm 487 unidades de atendimento e 24 áreas técnicas em 12 Estados e o Distrito Federal
Duas das principais empresas do setor de medicina diagnóstica chegaram a um acordo para unir forças: o Fleury (FLRY3) anunciou há pouco a aquisição da Hermes Pardini (PARD3), num movimento de consolidação para criar um novo player de peso no segmento de saúde.
A compra será concretizada em duas parcelas: para cada ação PARD3, os acionistas da Hermes Pardini terão direito a receber 1,2135 papel FLRY3, mais um pagamento de R$ 2,15 em caixa. Após a conclusão, será constituída a Fleury S.A — a Hermes Pardini será subsidiária integral da holding.
Ou, em outras palavras: a transação avalia a Hermes Pardini em cerca de R$ 2,5 bilhões, considerando as cotações de fechamento de quarta-feira (29). É um prêmio de pouco mais de 13% em relação ao valor de mercado da companhia, de R$ 2,2 bilhões — o Fleury tem um market cap de R$ 4,46 bilhões.
E qual o tamanho exato dessa nova companhia? Bem, se fizermos uma soma simples dos dados financeiros de ambas as partes no primeiro trimestre, chegamos a um conglomerado com R$ 6,1 bilhões de receita nos três primeiros meses de 2022 — o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) é de R$ 1,6 bilhão.
Em termos operacionais, o grupo combinado contará com 487 unidades de atendimento e 24 áreas técnicas, espalhadas por 12 Estados e o Distrito Federal; há sobreposição apenas em São Paulo e Rio de Janeiro; em geral, as duas companhias possuem áreas de atuação bastante complementares.
Fleury e Hermes Pardini, inclusive, já passaram uma estimativa preliminar de ganhos de sinergia: no momento, há a expectativa de aumento de R$ 160 milhões a R$ 190 milhões no Ebitda por ano — não está claro se esses ganhos viriam do aumento de receita, da redução de custos operacionais ou de uma combinação de ambos.
Leia Também
Bolsa perdeu R$ 183 bilhões em um único dia; Itaú Unibanco (ITUB4) teve maiores perdas

Fleury (FLRY3) e Hermes Pardini (PARD3): crescimento via aquisições
Se é verdade que a aquisição da Hermes Pardini (PARD3) é bastante relevante, tanto em termos financeiros quanto operacionais, também é verdade que a Fleury (FLRY3) tem um histórico bastante sólido no front da compra de outras empresas — o que, de certa maneira, reduz eventuais preocupações quanto à execução da estratégia.
Desde 2017, a Fleury expandiu sua rede em 149 unidades, incluindo o crescimento orgânico; entre as compras feitas de lá para cá, destaque para a Serdil, a SantéCorp, a DiagMax e o Hospital Saha. A Hermes Pardini não fica para trás: foram 54 unidades abertas nos últimos cinco anos, também com diversas aquisições.
As duas empresas têm atuação destacada no ramo de medicina diagnóstica em geral, mas possuem algumas diferenças entre si — e que, portanto, representam mais um argumento para a combinação de negócios. O Fleury expandiu suas fronteiras para as áreas de infusões, ortopedia, oncologia e oftalmologia; o Hermes Pardini possui ramos em medicina personalizada e toxicologia forense, entre outros.
Como vai ser o conglomerado?
O anúncio de hoje não é definitivo: ainda há vários passos a serem concluídos. Os acionistas da Fleury (FLRY3) e da Hermes Pardini (PARD3) ainda precisam aprovar a operação em assembleias extraordinárias; além disso, o Cade e outros órgãos concorrenciais e regulatórios devem avaliar a transação e dar sinal verde.
Mas, caso tudo corra como o planejado e a aquisição seja concluída, haverá uma mudança na estrutura organizacional do Fleury. Em primeiro lugar, será constituída a holding Fleury S.A, que concentrará todos os ativos do Fleury e do Hermes Pardini, que passará a ser uma subsidiária integral do grupo.
Em termos de capital social, a família Pardini, que hoje é dona de 64,7% da Hermes Pardini, passará a deter 21,9% da nova empresa, enquanto os acionistas de referência do Fleury ficarão com 33,2% — os 44,9% restantes estarão diluídos entre outros investidores.

Fleury (FLRY3) dispara na bolsa
A aquisição da Hermes Pardini (PARD3) foi bem recebida pelo mercado: por volta de 10h40, as ações do Fleury (FLRY3) disparavam 14,10%, a R$ 16,00 — são quase um oásis no Ibovespa, que cai cerca de 1,5% nesta manhã e tem quase todos os papéis no campo negativo.
Fora do principal índice da bolsa brasileira, os papéis PARD3 subiam ainda mais: no mesmo horário, exibiam ganhos de 20,7%, a R$ 20,29; com o desempenho do momento, a Hermes Pardini zerou as perdas acumuladas no ano no mercado de ações.
Veja abaixo um resumo das recomendações de analistas e dos indicadores de valuation da Fleury e do Hermes Pardini — as informações são do TradeMap:
| Empresa | Código | Recomendações | Preço-alvo médio (R$) | Preço/lucro (2022E) | EV/Ebitda (2022E) |
| Fleury | FLRY3 | 1 de compra, 9 neutras e 3 de venda | 20,79 | 14,1x | 7,5x |
| Hermes Pardini | PARD3 | 1 de compra, 2 neutras e 3 de venda | 23,13 | 14,8x | 6,8x |
Ibovespa vai dar um salto de 18% e atingir os 190 mil pontos com eleições e cortes na Selic, segundo o JP Morgan
Os estrategistas reconhecem que o Brasil é um dos poucos mercados emergentes com um nível descontado em relação à média histórica e com o múltiplo de preço sobre lucro muito mais baixo do que os pares emergentes
Empresas listadas já anunciaram R$ 68 bilhões em dividendos do quarto trimestre — e há muito mais por vir; BTG aposta em 8 nomes
Levantamento do banco mostra que 23 empresas já anunciaram valor ordinários e extraordinários antes da nova tributação
Pátria Malls (PMLL11) vai às compras, mas abre mão de parte de um shopping; entenda o impacto no bolso do cotista
Somando as duas transações, o fundo imobiliário deverá ficar com R$ 40,335 milhões em caixa
BTLG11 é destronado, e outros sete FIIs disputam a liderança; confira o ranking dos fundos imobiliários favoritos para dezembro
Os oito bancos e corretoras consultados pelo Seu Dinheiro indicaram três fundos de papel, dois fundos imobiliários multiestratégia e dois FIIs de tijolo
A bolsa não vai parar: Ibovespa sobe 0,41% e renova recorde pelo 2º dia seguido; dólar cai a R$ 5,3133
Vale e Braskem brilham, enquanto em Nova York, a Microsoft e a Nvidia tropeçam e terminam a sessão com perdas
Vai ter chuva de dividendos neste fim de ano? O que esperar das vacas leiteiras da bolsa diante da tributação dos proventos em 2026
Como o novo imposto deve impactar a distribuição de dividendos pelas empresas? O analista da Empiricus, Ruy Hungria, responde no episódio desta semana do Touros e Ursos
Previsão de chuva de proventos: ação favorita para dezembro tem dividendos extraordinários no radar; confira o ranking completo
Na avaliação do Santander, que indicou o papel, a companhia será beneficiada pelas necessidades de capacidade energética do país
Por que o BTG acha que RD Saúde (RADL3) é uma das maiores histórias de sucesso do varejo brasileiro em 20 anos — e o que esperar para 2026
Para os analistas, a RADL3 é o “compounder perfeito”; entenda como expansão, tecnologia e medicamentos GLP-1 devem fortalecer a empresa nos próximos anos
A virada dos fundos de ações e multimercados vem aí: Fitch projeta retomada do apetite por renda variável no próximo ano
Após anos de volatilidade e resgates, a agência de risco projeta retomada gradual, impulsionada por juros mais favorável e ajustes regulatórios
As 10 melhores small caps para investir ainda em 2025, segundo o BTG
Enquanto o Ibovespa disparou 32% no ano até novembro, o índice Small Caps (SMLL) saltou 35,5% no mesmo período
XP vê bolsa ir mais longe em 2026 e projeta Ibovespa aos 185 mil pontos — e cinco ações são escolhidas para navegar essa onda
Em meio à expectativa de queda da Selic e revisão de múltiplos das empresas, a corretora espera aumento do fluxo de investidores estrangeiros e locais
A fome do TRXF11 ataca novamente: FII abocanha dois shoppings em BH por mais de R$ 257 milhões; confira os detalhes da operação
Segundo a gestora TRX, os imóveis estão localizados em polos consolidados da capital mineira, além de reunirem características fundamentais para o portfólio do FII
Veja para onde vai a mordida do Leão, qual a perspectiva da Kinea para 2026 e o que mais move o mercado hoje
Profissionais liberais e empresários de pequenas e médias empresas que ganham dividendos podem pagar mais IR a partir do ano que vem; confira análise completa do mercado hoje
O “ano de Troia” dos mercados: por que 2026 pode redefinir investimentos no Brasil e nos EUA
De cortes de juros a risco fiscal, passando pela eleição brasileira: Kinea Investimentos revela os fatores que podem transformar o mercado no ano que vem
Ibovespa dispara 6% em novembro e se encaminha para fechar o ano com retorno 10% maior do que a melhor renda fixa
Novos recordes de preço foram registrados no mês, com as ações brasileiras na mira dos investidores estrangeiros
Ibovespa dispara para novo recorde e tem o melhor desempenho desde agosto de 2024; dólar cai a R$ 5,3348
Petrobras, Itaú, Vale e a política monetária ditaram o ritmo dos negócios por aqui; lá fora, as bolsas subiram na volta do feriado nos EUA
Ações de Raízen (RAIZ4), Vibra (VBBR3) e Ultrapar (UGPA3) saltam no Ibovespa com megaoperação contra fraudes em combustíveis
Analistas avaliam que distribuidoras de combustíveis podem se beneficiar com o fim da informalidade no setor
Brasil dispara na frente: Morgan Stanley vê só dois emergentes com fôlego em 2026 — saiba qual outro país conquistou os analistas
Entenda por que esses dois emergentes se destacam na corrida global e onde estão as maiores oportunidades de investimentos globais em 2026
FII Pátria Log (HGLG11) abocanha cinco galpões, com inquilinos como O Boticário e Track & Field, e engorda receita mensal
Segundo o fundo, os ativos adquiridos contam com características que podem favorecer a valorização futura
Bolsa nas alturas: Ibovespa fecha acima dos 158 mil pontos em novo recorde; dólar cai a R$ 5,3346
As bolsas nos Estados Unidos, na Europa e na Ásia também encerraram a sessão desta quarta-feira (26) com ganhos; confira o que mexeu com os mercados
