Os temores de uma inflação ainda mais alta ditaram o ritmo das negociações na Bolsa de Valores de Nova York. O S&P 500, o Nasdaq e o Dow Jones terminaram a segunda-feira (07) em forte queda sob o temor de que o conflito entre Rússia e Ucrânia passe a pressionar ainda mais os preços já elevados do petróleo.
À medida que a guerra entre Moscou e Kiev continua, os investidores monitoram as possíveis ramificações econômicas das interrupções no fornecimento global de energia e o impacto nas bolsas.
A terceira rodada de negociações Ucrânia-Rússia terminou com ambos os lados indicando que pouco progresso foi feito para encontrar uma solução para o conflito.
O fracasso em alcançar um avanço aumentou as preocupações sobre o impacto econômico do aumento dos preços das commodities, incluindo o petróleo.
Os preços do petróleo atingiram seu nível mais alto desde 2008, depois que os Estados Unidos indicaram que avaliam impor uma proibição ao petróleo e gás da Rússia.
Entenda mais sobre o conflito entre Rússia e Ucrânia:
Esse cenário levou especialistas a indicar que a economia norte-americana deverá crescer mais lentamente com inflação ainda maior e que a economia da Europa se aproximará da recessão.
Do lado russo, que sofre com pesadas sanções econômicas e financeiras do Ocidente, a expectativa é de que o Produto Interno Bruto (PIB) experimentará um declínio de dois dígitos em meio ao conflito geopolítico.
O Dow Jones caiu 2,38%, aos 32.813,56 pontos. O S&P 500 caiu 2,96%, aos 4.200,89 pontos, enquanto o Nasdaq teve queda de 3,62%, aos 12.830,96 pontos.
Bolsas na Europa
As bolsas europeias caíram nesta segunda-feira também com a notícia de que norte-americanos e aliados estão considerando uma proibição das importações de petróleo russo.
O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em queda de 1,1%, reduzindo algumas de suas perdas anteriores. Bancos e automóveis recuaram mais de 3% para liderar as perdas, enquanto as ações de óleo e gás subiram mais de 4% com a alta dos preços do petróleo.
Na semana passada, o Stoxx 600 - a referência no velho continente - acumulou perda de 7% na pior semana desde o início da pandemia do novo coronavírus, em março de 2020.