S&P 500 se afasta das mínimas, mas fecha em queda com revés sobre fim da guerra; Dow Jones e Nasdaq também caem
Nos Estados Unidos, a inflação segue acelerando e se mantém no maior nível em 40 anos; na Europa, o BCE não mexe nas taxas de juros, mas corre para acabar com as compras de ativos

O S&P 500 se afastou das mínimas nesta quinta-feira (10), mas ainda assim encerrou o dia em queda, depois do revés nas esperanças de uma solução diplomática para a guerra entre Rússia e Ucrânia. O Dow Jones e o Nasdaq seguiram pelo mesmo caminho e terminaram a sessão em baixa.
As negociações entre os ministros das Relações Exteriores da Rússia e da Ucrânia terminaram com pouco progresso em questões como um cessar-fogo ou uma passagem segura para civis que tentavam fugir da cidade sitiada de Mariupol.
Os mercados estão intimamente ligados ao conflito e inversamente correlacionados com os preços da energia. Desde 24 de fevereiro, quando a Rússia invadiu a Ucrânia, o petróleo tipo WTI subiu mais de 14%, enquanto o Brent - a referência internacional - subiu 15,4%.
Nas duas últimas sessões, no entanto, os preços do petróleo arrefeceram. Na quarta-feira (09), WTI e Brent caíram mais de 12% e hoje voltaram a recuar. O WTI baixou para cerca de US$ 106 o barril, enquanto o Brent teve queda de 1%, para perto de US$ 109 por barril.
Hoje, o S&P 500 encerrou o dia com queda de 0,43%, aos 4.259,40 pontos. Já o Nasdaq caiu 0,95%, aos 13.129,96 pontos e o Dow Jones teve queda de 0,34%, aos 33,173,02 pontos.
Veja como a guerra pode afetar seus investimentos:
Leia Também
S&P 500 sente a falta de um acordo
A falta de um avanço renovou os temores de que os preços das principais commodities, incluindo petróleo, gás, trigo e milho - exportações cruciais de Rússia e Ucrânia - permaneçam elevados e mantenham a inflação mais alta por mais tempo.
Em fevereiro, o índice de preços ao consumidor norte-americano (CPI, na sigla em inglês) subiu 0,8%, empurrando a inflação do ano para 7,9%. Este é o maior aumento anual desde janeiro de 1982.
- IMPORTANTE: liberamos um guia gratuito com tudo que você precisa para declarar o Imposto de Renda 2022; acesse pelo link da bio do nosso Instagram e aproveite para nos seguir. Basta clicar aqui
Na semana que vem, o Federal Reserve (Fed) anuncia sua decisão de política monetária. A expectativa é pela primeira elevação da taxa de juros em três anos para tentar esfriar a inflação nos Estados Unidos.
Os investidores também tentarão entender até onde o Fed vai com o aperto monetário em tempos de guerra.
Os mercados na Europa
Como não podia ser diferente, a guerra entre a Rússia e a Ucrânia também segue deixando suas marcas nos mercados europeus.
O pan-europeu Stoxx 600 fechou em baixa de 1,8%, com os automóveis caindo 4,8% para liderar as perdas, já que quase todos os setores e as principais bolsas terminaram o dia para o vermelho.
- Londres: -1,27%
- Paris: -2,83%
- Frankfurt: -2,93%
- Milão: -4,20%
O Banco Central Europeu (BCE) optou nesta quinta-feira por manter as taxas de juros estáveis, mantendo a cautela ao avaliar as consequências econômicas da invasão da Ucrânia pela Rússia.
Mas a instituição responsável pela política monetária da zona do euro anunciou que reduzirá as compras de ativos mais rápido do que o planejado, embora tenha indicado que está pronta para rever essa decisão se as perspectivas mudarem.
Conheça os 50 melhores bares da América do Norte
Seleção do The 50 Best Bars North America traz confirmações no pódio e reforço de tendências já apontadas na pré-lista divulgada há algumas semanas
Alguém está errado: Ibovespa chega embalado ao último pregão de abril, mas hoje briga com agenda cheia em véspera de feriado
Investidores repercutem Petrobras, Santander, Weg, IBGE, Caged, PIB preliminar dos EUA e inflação de gastos com consumo dos norte-americanos
Nova Ordem Mundial à vista? Os possíveis desfechos da guerra comercial de Trump, do caos total à supremacia da China
Michael Every, estrategista global do Rabobank, falou ao Seu Dinheiro sobre as perspectivas em torno da guerra comercial de Donald Trump
Donald Trump: um breve balanço do caos
Donald Trump acaba de completar 100 dias desde seu retorno à Casa Branca, mas a impressão é de que foi bem mais que isso
Trump: “Em 100 dias, minha presidência foi a que mais gerou consequências”
O Diário dos 100 dias chega ao fim nesta terça-feira (29) no melhor estilo Trump: com farpas, críticas, tarifas, elogios e um convite aos leitores do Seu Dinheiro
Azul (AZUL4) volta a tombar na bolsa; afinal, o que está acontecendo com a companhia aérea?
Empresa enfrenta situação crítica desde a pandemia, e resultado do follow-on, anunciado na semana passada, veio bem abaixo do esperado pelo mercado
Bolsa de Metais de Londres estuda ter preços mais altos para diferenciar commodities sustentáveis
Proposta de criar prêmios de preço para metais verdes como alumínio, cobre, níquel e zinco visa incentivar práticas responsáveis e preparar o mercado para novas demandas ambientais
Quando o plano é não ter plano: Ibovespa parte dos 135 mil pontos pela primeira vez em 2025 em dia de novos dados sobre mercado de trabalho dos EUA
Investidores também se preparam para o relatório de produção e vendas da Petrobras e monitoram entrevista coletiva de Galípolo
Trump quer brincar de heterodoxia com Powell — e o Fed que se cuide
Criticar o Fed não vai trazer parceiros à mesa de negociação nem restaurar a credibilidade que Trump, peça por peça, vem corroendo. Se há um plano em andamento, até agora, a execução tem sido tudo, menos coordenada.
Tony Volpon: EUA, novo mercado emergente
Não tenham dúvidas: chegamos todos na beira do abismo neste mês de abril. Por pouco não caímos.
Trump vai jogar a toalha?
Um novo temor começa a se espalhar pela Europa e a Casa Branca dá sinais de que a conversa de corredor pode ter fundamento
S&P 500 é oportunidade: dois motivos para investir em ações americanas de grande capitalização, segundo o BofA
Donald Trump adicionou riscos à tese de investimento nos EUA, porém, o Bank Of America considera que as grandes empresas americanas são fortes para resistir e crescer, enquanto os títulos públicos devem ficar cada vez mais voláteis
Acabou para a China? A previsão que coloca a segunda maior economia do mundo em alerta
Xi Jinping resolveu adotar uma postura de esperar para ver os efeitos das trocas de tarifas lideradas pelos EUA, mas o risco dessa abordagem é real, segundo Gavekal Dragonomics
Bitcoin (BTC) rompe os US$ 95 mil e fundos de criptomoedas têm a melhor semana do ano — mas a tempestade pode não ter passado
Dados da CoinShares mostram que produtos de investimento em criptoativos registraram entradas de US$ 3,4 bilhões na última semana, mas o mercado chega à esta segunda-feira (28) pressionado pela volatilidade e à espera de novos dados econômicos
Huawei planeja lançar novo processador de inteligência artificial para bater de frente com Nvidia (NVDC34)
Segundo o Wall Street Journal, a Huawei vai começar os testes do seu processador de inteligência artificial mais potente, o Ascend 910D, para substituir produtos de ponta da Nvidia no mercado chinês
Próximo de completar 100 dias de volta à Casa Branca, Trump tem um olho no conclave e outro na popularidade
Donald Trump se aproxima do centésimo dia de seu atual mandato como presidente com taxa de reprovação em alta e interesse na sucessão do papa Francisco
Planos pré-feriado: Ibovespa se prepara para semana mais curta, mas cheia de indicadores e balanços
Dados sobre o mercado de trabalho no Brasil e nos EUA, balanços e 100 dias de Trump são os destaques da semana
Agenda econômica: Balanços, PIB, inflação e emprego estão no radar em semana cheia no Brasil e no exterior
Semana traz IGP-M, payroll, PIB norte-americano e Zona do Euro, além dos últimos balanços antes das decisões de juros no Brasil e nos Estados Unidos de maio
Agenda intensa: semana tem balanços de gigantes, indicadores quentes e feriado
Agenda da semana tem Gerdau, Santander e outras gigantes abrindo temporada de balanços e dados do IGP-M no Brasil e do PIB nos EUA
Prio (PRIO3): Conheça a ação com rendimento mais atrativo no setor de petróleo, segundo o Bradesco BBI
Destaque da Prio foi mantido pelo banco apesar da revisão para baixo do preço-alvo das ações da petroleira.