🔴 É HOJE: COPOM DECIDE PATAMAR DA SELIC; SAIBA ONDE INVESTIR DEPOIS DO RESULTADO – INSCREVA-SE

Julia Wiltgen
Julia Wiltgen
Jornalista formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) com pós-graduação em Finanças Corporativas e Investment Banking pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Trabalhou com produção de reportagem na TV Globo e foi editora de finanças pessoais de Exame.com, na Editora Abril.
Fechamento Hoje

Ibovespa novamente contraria exterior, sobe mais de 1% e fecha acima dos 108 mil pontos; dólar cai abaixo de R$ 5,50

Mesmo com dia negativo em Nova York, Ibovespa é impulsionado pelas commodities; varejistas e techs se recuperam com alívio nos juros futuros

Julia Wiltgen
Julia Wiltgen
19 de janeiro de 2022
19:17
Placa indica alta no Ibovespa
Índice permaneceu em alta durante todo o dia, mesmo com a cautela em Wall Street. - Imagem: Shutterstock

Entre importar o otimismo ou o pessimismo do exterior, a bolsa brasileira tem preferido a primeira opção, nos últimos dias. Em mais um dia negativo para as bolsas americanas, o Ibovespa novamente nadou contra a maré vermelha e fechou em alta, impulsionado pelo avanço dos preços das commodities - sobretudo do minério de ferro.

Com a perspectiva de que a China manterá estímulos à economia, o que aquece a demanda pelo minério, os preços da matéria-prima tiveram novas altas, o que impulsionou os papéis de mineradoras e siderúrgicas por aqui.

Mas houve outras condições que ajudaram os mercados locais. Nos Estados Unidos, os juros dos Treasuries, os títulos do Tesouro americano, tiveram dia de forte alívio, contribuindo para o enfraquecimento do dólar e dos juros futuros locais. A moeda americana terminou o dia em baixa de 1,70%, cotada a R$ 5,4659.

Não que as perspectivas da política monetária do país tenham mudado. Pelo contrário, não houve qualquer novidade, de ontem para hoje. Mas, após a forte alta nas taxas vista ontem, o mercado passou por um ajuste.

Essa descompressão nos juros contribuiu para as ações de techs e varejistas empreenderem uma forte recuperação no mercado doméstico.

Em Wall Street, porém, o clima foi de cautela. Com a expectativa de aperto monetário, os investidores até começaram o pregão impulsionando as bolsas para cima, com reações positivas a balanços de empresas como Procter & Gamble, Morgan Stanley e Bank of America.

Porém, na parte da tarde, os principais índices de Nova York passaram a oscilar entre altas e quedas, até finalmente fecharem no vermelho. O Dow Jones caiu 0,96%, o S&P 500 recuou 0,97%, e o Nasdaq fechou em baixa de 1,15%.

O Ibovespa, por outro lado, passou o dia inteiro em alta superior a 1%, negociando na faixa dos 108 mil pontos. Ao final da sessão, o índice tinha alta de 1,26%, a 108.013 pontos.

Quanto aos mercados de juros e câmbio, um fator local também pode ter contribuído para as quedas na tarde de hoje: os acenos ao centro feitos pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Veja como fecharam os principais vencimentos dos contratos de juros futuros:

  • Janeiro/23: queda de 12,097% para 12,045%;
  • Janeiro/25: queda de 11,473% para 11,28%;
  • Janeiro/27: queda de 11,452% para 11,29%;
  • Janeiro/31: queda de 11,571% para 11,45%.

Commodities

Hoje, a alta nos preços das commodities foi realmente o tema do dia na bolsa brasileira. O minério de ferro deu um salto durante a madrugada, tanto em Dalian (alta de 3,90%) quanto em Qingdao (salto de 2,80%), ambas províncias da China, beneficiando as mineradoras e siderúrgicas.

A Vale (VALE3) fechou em alta de 2,20%, a R$ 88,21, a CSN Mineradora (CMIN3) subiu 1,39%, a R$ 7,30, e a Gerdau Metalúrgica (GOAU4) teve avanço de 2,45%, a R$ 12,11.

Já a CSN (CSNA3) teve ganho de 2,64%, a R$ 26,47, a Usiminas (USIM5) avançou 1,27%, a R$ 16,75, e a Gerdau (GGBR4) se valorizou 1,54%, a R$ 29,04.

O petróleo também foi destaque, renovando máximas em sete anos. O barril do tipo Brent, referência para os preços da Petrobras, fechou com ganho de 1,06%, a US$ 88,44, enquanto o WTI subiu 1,14%, a US$ 85,80.

Mesmo assim, as ações da Petrobras fecharam em leve baixa. A alta da commodity, porém, é uma tendência. Em relatório publicado hoje, a Agência Internacional de Energia (AIE) prevê que a demanda global por petróleo pode atingir os níveis pré-pandemia ainda em 2022.

Ainda nesta semana, o Goldman Sachs divulgou projeção de que as cotações podem atingir os US$ 100 o barril neste ano.

Ao mesmo tempo, há preocupações pelo lado da oferta, com uma série de conflitos em países produtores: as tensões entre Rússia e Ucrânia, a recente explosão no principal oleoduto que liga Iraque e Turquia, o atentado terrorista realizado ontem ao aeroporto internacional da capital dos Emirados Árabes Unidos e os conflitos no Cazaquistão.

Um Lula de centro?

Na tarde de hoje, o ex-presidente Lula defendeu uma aliança presidencial da esquerda à centro-direita, disse esperar que o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, esteja com ele na eleição e afirmou estar conversando com o presidente do PSD, Gilberto Kassab, para ter o partido a seu lado na campanha.

A postura aparentemente conciliadora pode ter contribuído para o alívio nos juros, segundo alguns agentes de mercado, sinalizando que talvez o favorito nas pesquisas eleitorais tenha alguma responsabilidade fiscal caso vença o pleito deste ano.

A pressão dos servidores públicos federais por reajustes salariais saiu um pouco da pauta. Mas, até sexta-feira (21), o presidente Jair Bolsonaro deverá sancionar o Orçamento de 2022, decidindo se, afinal, haverá reajuste para as categorias policiais, como ele havia acenado. Ou seja, o tema deve voltar à atenção dos mercados ainda nesta semana.

Sobe e desce do Ibovespa

Entre as maiores altas do Ibovespa hoje, destacaram-se ações que vem sendo muito prejudicadas pela alta nos juros, e hoje se beneficiaram do alívio das taxas futuras: varejistas, techs e construtoras.

Veja as maiores altas do Ibovespa no dia:

CÓDIGOAÇÃOVALORVARIAÇÃO
LWSA3Locaweb ONR$ 8,64+12,65%
AMER3Americanas S.A. ONR$ 33,20+9,90%
LAME4Lojas Americanas PNR$ 6,28+9,41%
BIDI11Inter unitR$ 22,50+8,70%
CYRE3Cyrela ONR$ 14,75+7,59%

Veja também as maiores quedas:

CÓDIGOAÇÃOVALORVARIAÇÃO
EMBR3Embraer ONR$ 20,58-2,79%
COGN3Cogna ONR$ 2,20-2,22%
AZUL4Azul ONR$ 25,27-1,33%
YDUQ3Yduqs ONR$ 19,37-1,32%
BEEF3Minerva ONR$ 9,87-1,30%

*Com Estadão Conteúdo e Bloomberg.

Compartilhe

BRIGA PELO TRONO GRELHADO

Acionistas da Zamp (BKBR3) recusam-se a ceder a coroa do Burger King ao Mubadala; veja quem rejeitou a nova oferta

21 de setembro de 2022 - 8:01

Detentores de 22,5% do capital da Zamp (BKBR3) já rechaçaram a nova investida do Mubadala, fundo soberano dos Emirados Árabes Unidos

FECHAMENTO DO DIA

Inflação americana segue sendo o elefante na sala e Ibovespa cai abaixo dos 110 mil pontos; dólar vai a R$ 5,23

15 de setembro de 2022 - 19:12

O Ibovespa acompanhou o mau humor das bolsas internacionais e segue no aguardo dos próximos passos do Fed

De olho na bolsa

Esquenta dos mercados: Cautela prevalece e bolsas internacionais acompanham bateria de dados dos EUA hoje; Ibovespa aguarda prévia do PIB

15 de setembro de 2022 - 7:42

As bolsas no exterior tentam emplacar alta, mas os ganhos são limitados pela cautela internacional

FECHAMENTO DO DIA

Wall Street se recupera, mas Ibovespa cai com varejo fraco; dólar vai a R$ 5,17

14 de setembro de 2022 - 18:34

O Ibovespa não conseguiu acompanhar a recuperação das bolsas americanas. Isso porque dados do varejo e um desempenho negativo do setor de mineração e siderurgia pesaram sobre o índice.

De olho na bolsa

Esquenta dos mercados: Depois de dia ‘sangrento’, bolsas internacionais ampliam quedas e NY busca reverter prejuízo; Ibovespa acompanha dados do varejo

14 de setembro de 2022 - 7:44

Os futuros de Nova York são os únicos que tentam emplacar o tom positivo após registrarem quedas de até 5% no pregão de ontem

FECHAMENTO DO DIA

Inflação americana derruba Wall Street e Ibovespa cai mais de 2%; dólar vai a R$ 5,18 com pressão sobre o Fed

13 de setembro de 2022 - 19:01

Com o Nasdaq em queda de 5% e demais índices em Wall Street repercutindo negativamente dados de inflação, o Ibovespa não conseguiu sustentar o apetite por risco

De olho na bolsa

Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais sobem em dia de inflação dos EUA; Ibovespa deve acompanhar cenário internacional e eleições

13 de setembro de 2022 - 7:37

Com o CPI dos EUA como o grande driver do dia, a direção das bolsas após a divulgação dos dados deve se manter até o encerramento do pregão

DANÇA DAS CADEIRAS

CCR (CCRO3) já tem novos conselheiros e Roberto Setubal está entre eles — conheça a nova configuração da empresa

12 de setembro de 2022 - 19:45

Além do novo conselho de administração, a Andrade Gutierrez informou a conclusão da venda da fatia de 14,86% do capital da CCR para a Itaúsa e a Votorantim

FECHAMENTO DO DIA

Expectativa por inflação mais branda nos Estados Unidos leva Ibovespa aos 113.406 pontos; dólar cai a R$ 5,09

12 de setembro de 2022 - 18:04

O Ibovespa acompanhou a tendência internacional, mas depois de sustentar alta de mais de 1% ao longo de toda a sessão, o índice encerrou a sessão em alta

novo rei?

O Mubadala quer mesmo ser o novo rei do Burger King; fundo surpreende mercado e aumenta oferta pela Zamp (BKBR3)

12 de setembro de 2022 - 11:12

Valor oferecido pelo fundo aumentou de R$ 7,55 para R$ 8,31 por ação da Zamp (BKBR3) — mercado não acreditava em oferta maior

Fechar
Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Continuar e fechar