🔴 ONDE INVESTIR 2º SEMESTRE – QUAIS AS RECOMENDAÇÕES PARA RENDA FIXA E DIVIDENDOS? ACOMPANHE OS PAINÉIS DO 2º DIA

Renan Sousa

Renan Sousa

É repórter do Seu Dinheiro. Formado em jornalismo na Universidade de São Paulo (ECA-USP) e já passou pela Editora Globo e SpaceMoney.

Ricardo Gozzi

É jornalista e escritor. Passou quase 20 anos na editoria internacional da Agência Estado antes de se aventurar por outras paragens. Escreveu junto com Sócrates o livro 'Democracia Corintiana: a utopia em jogo'. Também é coautor da biografia de Kid Vinil.

De olho na bolsa

Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais aguardam decisões de juros da Super Quarta; Ibovespa acompanha eleições mais um dia

A decisão dos Bancos Centrais do Brasil e dos Estados Unidos são os dois grandes eventos do dia e você confere o que esperar deles aqui

Renan Sousa
21 de setembro de 2022
7:45 - atualizado às 8:05
Jerome Powell ao lado de um gavião e uma andorinha: o futuro das bolsas depende do presidente do Banco CEntral dos EUA
Confira o que movimenta a bolsa, o dólar e o Ibovespa hoje. Imagem: Federal Reserve / Montagem Andrei Morais / Shutterstock

Mais uma Super Quarta chegou para as bolsas. E, antes de prosseguir, nunca é demais lembrar: a Super Quarta dos bancos centrais é aquele diazinho de meio de semana que, não raro, delimita a fronteira entre o céu e o inferno nos mercados financeiros.

Os negócios costumam seguir modorrentos até as 15h, quando o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) divulga sua decisão de política monetária. A reação nos índices mundo afora tende a ser imediata.

Logo em seguida, tão ou mais importante quanto a decisão em si, o presidente do Fed, Jerome Powell, concede entrevista coletiva. E é aí que o bicho pega.

Powell tem um singular poder sobre o destino das bolsas. O esclarecimento de algum mal entendido tem o potencial de pacificar o mercado; mas aquela palavrinha fora de lugar também pode fazer a maionese desandar — a partir daí, o mercado financeiro é tomado pelo “deus nos acuda”.

Quem garante mais importância ainda para a Super Quarta é outro BC, mais próximo dos brasileiros. Pouco depois do fechamento do Ibovespa é a vez de o Comitê de Política Monetária (Copom) do nosso Banco Central divulgar sua decisão de juro.

De qualquer modo, o índice local tem se descolado do exterior e reagido ao noticiário doméstico com a proximidade das eleições de outubro a menos de 11 dias. 

Leia Também

No pregão da última terça-feira (20), o Ibovespa deixou a cautela com a Super Quarta de lado e subiu 0,62%, aos 112.516 pontos. O dólar à vista recuou 0,25%, a R$ 5,1704

Confira o que movimenta as bolsas, o dólar e o Ibovespa no pregão de hoje:

Um giro pelas bolsas no exterior

Depois de uma sequência de pregões de perdas no exterior, o movimento de busca por barganhas é o que impulsiona os índices internacionais hoje. 

Na Europa, as bolsas sobem com mais cautela, devido aos recentes desdobramentos da guerra na Ucrânia (leia mais abaixo). Já os futuros de Nova York tentam ignorar a cautela pré-Fed e sobem com pouco mais de vigor. 

O fechamento na Ásia e Pacífico, porém, foi em tom mais negativo. Os investidores adotaram uma posição mais defensiva antes da decisão de juros do maior Banco Central do mundo. 

Commodities que mexem com as bolsas

O duplo sinal das principais matérias primas do planeta também não deve dar pistas para a abertura do Ibovespa. 

Enquanto o barril do petróleo Brent, utilizado como referência internacional, avança 2,35%, cotado a US$ 92,75, o minério de ferro negociado no porto de Dalian, na China, recua 0,25%, a US$ 98,00 por tonelada. 

E ainda vem mais por aí…

Seria justo dizer que não deveríamos estar falando em Super Quarta, mas em Super Semana dos bancos centrais.

Afinal, não são apenas o Fed e o Copom que se reúnem por esses dias. Ontem, o banco central da China manteve sua política monetária inalterada.

Amanhã será dia de conhecermos as decisões do BoE e do BoJ, siglas pelas quais são conhecidos respectivamente os bancos centrais da Inglaterra e do Japão.

Isso sem falar em tantas outras autoridades monetárias que, talvez sem um impacto direto imediato, tomam suas decisões de juro esta semana e ajudam a compor o quebra-cabeças de um aperto monetário em escala global que vem abalando o desempenho dos ativos de risco.

Guerra na Ucrânia em nova fase

E as novas notícias da guerra não trazem boas perspectivas para o futuro.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, convocou cerca de 300 mil reservistas para a campanha militar do país na Ucrânia.

A mobilização dos reservistas ocorre em um momento crítico do conflito no Leste Europeu.

Os eleitores de regiões ucranianas — onde a população identifica-se culturalmente com a Rússia — preparam-se para votar nos próximos dias em referendos para decidir se essas áreas devem ou não ser assimiladas por Moscou, desvinculando-se de Kiev.

O fato é que a Super Quarta de outubro ganha a companhia do conflito russo-ucraniano em um cenário que estimula a cautela entre os investidores.

Em outras palavras, os impactos de um alongamento da guerra na Ucrânia — como disparada do petróleo, corte do fornecimento de gás na Europa, etc — devem ser levados em conta nas próximas decisões dos BCs do planeta.

O que esperar do Fed

O consenso entre os analistas é de que o Fed eleve pela terceira reunião seguida sua taxa básica de juro em 75 pontos-base.

Embora a inflação nos EUA esteja mostrando sinais de desaceleração, o Fed não parece disposto a dar chance ao azar.

Entretanto, o problema, segundo analistas, é o Fed errar a dose do remédio e matar o paciente, eventualmente levando a economia norte-americana a uma recessão de fato — afinal, o país já se encontra na chamada “recessão técnica”, quando a atividade econômica cai por dois trimestres seguidos. 

Ibovespa: um ponto fora da curva

Um dos motivos para o Ibovespa ter de descolado do exterior é a sinalização ao centro feita pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), líder nas pesquisas de intenção de voto a menos de duas semanas das eleições.

Mas as eleições têm exercido apenas efeito marginal no índice — a excessão de quando o ex-ministro da fazenda e ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, balançou o Ibovespa com a declaração de apoio a Lula.

O ex-presidente Lula tem motivos de sobra para comemorar as últimas pesquisas.

Depois de um período de estagnação, as mais recentes rodadas do Datafolha, da BTG/FSB, do Ipec e agora da Genial/Quaest mostram que a campanha do petista ao Palácio do Planalto ganhou um fôlego nos últimos dias.

Eleições em números

Parte do movimento é atribuída a uma campanha entre apoiadores de Lula, especialmente junto a eleitores de Ciro Gomes (PDT), pelo voto útil contra o presidente Jair Bolsonaro (PL).

Divulgada na madrugada de hoje, a nova rodada da Genial/Quaest traz Lula com 44% das intenções de voto em primeiro turno, de 42% na rodada anterior. Bolsonaro manteve os 34% de uma semana antes.

Eles são seguidos por Ciro, que tem 6%, Simone Tebet (MDB), com 4%, e Soraya Thronicke (União Brasil), com 1%. Os demais candidatos não pontuaram.

Considerando-se que a margem de erro é de dois pontos porcentuais e que Lula tem apenas um ponto a menos do que a soma da intenção de voto em todos os seus adversários, o ex-presidente volta a vislumbrar com a possibilidade de vitória em primeiro turno.

O que esperar do Copom

Os investidores enxergam a possibilidade de o Copom encerrar hoje o longo e agressivo ciclo de aperto monetário iniciado em março do ano passado. Em menos de um ano e meio, a taxa Selic foi de 2,00% a 13,75% ao ano.

Na semana passada, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, deixou uma frestinha aberta na janela e parte do mercado entendeu a disposição da autoridade monetária para o combate à inflação como um indício de que a Selic poderia ir a 14,00% ao ano hoje antes de começar a recuar.

De qualquer modo, o consenso entre os analistas é de que o aperto monetário acabou. Se isso se confirmar, a questão passará a ser até quando a Selic vai precisar ficar num nível tão elevado sem colocar em risco a atividade econômica.

No campo das empresas do Ibovespa

A cereja do bolo do dia agitado para o mercado financeiro local vai para a oferta do Iguatemi (IGTI11) para financiar  a compra de uma fatia adicional no shopping JK Iguatemi, que já fazia parte do portfólio da empresa.

O montante de R$ 720 milhões será feito por meio do follow-on das ações do Iguatemi, mas os analistas enxergam essa operação com certa preocupação — traduzindo em termos técnicos, os papéis IGTI11 podem ser penalizadas no pregão de hoje. 

Agenda do dia: bolsa hoje

  • Banco Central: Fluxo cambial semanal (14h30)
  • Ministério da Fazenda: Ministro da Economia, Paulo Guedes, participa da abertura do 30º Congresso & ExpoFenabrave, em São Paulo (11h)
  • Estados Unidos: Anúncio da decisão de política monetária (15h)
  • Estados Unidos: Coletiva do presidente do Fed, Jerome Powell, após anúncio da decisão de política monetária (15h30)
  • Banco Central: Anúncio da decisão do Copom sobre juros (18h30)

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
VAI SUBIR

Ibovespa em 150 mil: os gatilhos para o principal índice da bolsa brasileira chegar a essa marca, segundo a XP

1 de julho de 2025 - 18:29

A corretora começa o segundo semestre com novos nomes em carteira; confira quem entrou e as maiores exposições

GANHADORES E PERDEDORES

Ibovespa fecha primeiro semestre de 2025 com extremos: ações de educação e consumo sobem, saúde e energia caem

1 de julho de 2025 - 17:22

Entre os destaques positivos estão a Cogna (COGN3), o Assaí (ASAI3) e a Yduqs (YDUQ3); Já na outra ponta estão RaiaDrogasil (RADL3), PetroRecôncavo (BRAV3) e São Martinho (SMTO3)

FIIS HOJE

XP Log (XPLG11) vai às compras e adiciona oito ativos logísticos na carteira por até R$ 1,54 bilhão; FIIs envolvidos disparam na B3

1 de julho de 2025 - 13:27

Após a operação, o XPLG11 passará a ter R$ 8 bilhões em ativos logísticos e industriais no Brasil

EVENTO EXCLUSIVO

É hoje! Onde Investir no Segundo Semestre traz a visão de grandes nomes do mercado para a bolsa, dólar, dividendos e bitcoin; veja como participar

1 de julho de 2025 - 11:00

Organizado pelo Seu Dinheiro, o evento totalmente online e gratuito, traz grandes nomes do mercado para falar de ações, criptomoedas, FIIs, renda fixa, investimentos no exterior e outros temas que mexem com o seu bolso

SD ENTREVISTA

“Não é liderança só pela liderança”: Rodrigo Abbud, sócio do Patria Investimentos, conta como a gestora atingiu R$ 28 bilhões em FIIs — e o que está no radar a partir de agora

1 de julho de 2025 - 7:02

Com uma estratégia de expansão traçada ainda em 2021, a gestora voltou a chamar a atenção do mercado ao adicionar a Genial Investimentos e a Vectis Gestão no portfólio

BALANÇO DO SEMESTRE

Nada de ouro ou renda fixa: Ibovespa foi o melhor investimento do primeiro semestre; confira os outros que completam o pódio

30 de junho de 2025 - 18:23

Os primeiros seis meses do ano foram marcados pelo retorno dos estrangeiros à bolsa brasileira — movimento que levou o Ibovespa a se valorizar 15,44% no período

MERCADOS HOJE

Bolsas nas máximas e dólar na mínima: Ibovespa consegue romper os 139 mil pontos e S&P 500 renova recorde

30 de junho de 2025 - 12:52

A esperança de que novos acordos comerciais com os EUA sejam fechados nos próximos dias ajudou a impulsionar os ganhos na última sessão do mês de junho e do semestre

EM MEIO AOS VENTOS CONTRÁRIOS

É possível investir nas ações do Banco do Brasil (BBAS3) sem correr tanto risco de perdas estrondosas, diz CIO da Empiricus

27 de junho de 2025 - 16:02

Apesar das recomendações de cautela, muitos investidores se veem tentados a investir nas ações BBAS3 — e o especialista explica uma forma de capturar o potencial de alta das ações com menos riscos

MERCADOS

Reviravolta na bolsa? S&P 500 e Nasdaq batem recorde patrocinado pela China, mas Ibovespa não pega carona; dólar cai a R$ 5,4829

27 de junho de 2025 - 12:47

O governo dos EUA indicou que fechou acordos com a China e outros países — um sinal de que a guerra comercial de Trump pode estar chegando ao fim. Por aqui, as preocupações fiscais ditaram o ritmo das negociações.

HORA DE INVESTIR?

Nubank (ROXO34) reconquista o otimismo do BTG Pactual, mas analistas alertam: não há almoço grátis

27 de junho de 2025 - 11:37

Após um período de incertezas, BTG Pactual vê sinais de recuperação no Nubank. O que isso significa para as ações do banco digital?

RECICLANDO PORTFÓLIO

FII Guardian Real Estate (GARE11) negocia venda de 10 lojas por mais de R$ 460 milhões; veja quanto os cotistas ganham se a operação sair do papel

27 de junho de 2025 - 11:32

Todos os imóveis estão ocupados atualmente e são locados por grandes varejistas: o Grupo Mateus e o Grupo Pão de Açúcar

DINÂMICA E EFICIÊNCIA

ETFs ganham força com a busca por diversificação em mercados desafiadores como a China

26 de junho de 2025 - 18:18

A avaliação foi feita por Brendan Ahern, CIO da Krane Funds Advisors, durante o Global Managers Conference 2025, promovido pelo BTG Pactual Asset Management

COLHENDO OS FRUTOS

Pátria Escritórios (HGRE11) na carteira: BTG Pactual vê ainda mais dividendos no radar do FII

26 de junho de 2025 - 18:01

Não são apenas os dividendos do fundo imobiliários que vêm chamando a atenção do banco; entenda a tese positiva

RENDA VARIÁVEL

Fim da era do “dinheiro livre”: em quais ações os grandes gestores estão colocando as fichas agora?

26 de junho de 2025 - 17:39

Com a virada da economia global e juros nas alturas, a diversificação de investimentos ganha destaque. Saiba onde os grandes investidores estão alocando recursos atualmente

GLOBAL MANAGERS CONFERENCE

Excepcionalismo da bolsa brasileira? Não é o que pensa André Esteves. Por que o Brasil entrou no radar dos gringos e o que esperar agora

26 de junho de 2025 - 16:48

Para o sócio do BTG Pactual, a chave do sucesso do mercado brasileiro está no crescente apetite dos investidores estrangeiros por mercados além dos EUA

MERCADOS HOJE

Bolsa em alta: investidor renova apetite por risco, S&P 500 beira recorde e Ibovespa acompanha

26 de junho de 2025 - 15:58

Aposta em cortes de juros, avanço das ações de tecnologia e otimismo global impulsionaram Wall Street; no Brasil, Vale, Brasília e IPCA-15 ajudaram a B3

DE OLHO NO BRASIL

Ibovespa calibrado: BlackRock lançará dois ETFs para investir em ações brasileiras de um jeito novo

26 de junho de 2025 - 13:59

Fundos EWBZ11 e CAPE11 serão listados no dia 30 de junho e fazem parte da estratégia da gestora global para conquistar mais espaço nas carteiras domésticas

NOVAS PREFERÊNCIAS

Todo mundo quer comprar Bradesco: Safra eleva recomendação para ações BBDC4 e elege novos favoritos entre os bancões

25 de junho de 2025 - 17:24

Segundo o Safra, a mudança de preferência no setor bancário reflete a busca por “jogadores” com potencial para surpreender de forma positiva

FOME DE AQUISIÇÃO

Apetite do TRXF11 não tem fim: FII compra imóvel ocupado pelo Assaí após adicionar 13 novos ativos na carteira

25 de junho de 2025 - 16:19

Segundo a gestora, o ativo está alinhado à estratégia do fundo de investir em imóveis bem localizados e que beneficia os cotistas

BANCOS NA CARTEIRA

Até os gringos estão com medo de investir no Banco do Brasil (BBAS3) agora. Quais as novas apostas dos EUA entre os bancos brasileiros?

25 de junho de 2025 - 11:50

Com o Banco do Brasil em baixa entre os investidores estrangeiros, saiba em quais ações de bancos brasileiros os investidores dos EUA estão apostando agora

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar