Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais e criptomoedas recuam antes da Super Quarta; Ibovespa acompanha queda de commodities
Antes do dia da decisão dos Bancos Centrais dos EUA e do Brasil, os investidores adotam uma postura mais defensiva frente aos ativos de risco

Sempre que uma Super Quarta se aproxima, a reação dos participantes dos mercados financeiros é a mesma. Os investidores se revestem de camadas adicionais de cautela à espera da próxima ação dos banqueiros centrais e os ativos de risco — como bolsas e criptomoedas — reagem em queda.
Além disso, a ausência de negócios na City Londrina afeta a liquidez na manhã desta segunda-feira (19). A bolsa de valores de Londres está fechada hoje como parte da operação que envolve os funerais da rainha Elizabeth II. O presidente Jair Bolsonaro, inclusive, encontra-se em Londres para a cerimônia.
E enquanto os britânicos despedem-se da monarca, os mercados acionários da Europa e os índices futuros de Nova York começam a semana com o pé esquerdo e em queda. No campo das criptomoedas, o bitcoin (BTC) perdeu o suporte de US$ 19 mil e é negociado a US$ 18.400, cotação que não era vista desde 2020.
Os investidores mantêm a cautela observada desde a semana passada com a reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano).
Analistas acreditam que os diretores do Fed se decidirão pela terceira elevação seguida de 75 pontos-base na taxa básica de juro nos Estados Unidos. Há quem entenda, porém, que o BC norte-americano pode desembainhar uma alta ainda maior de 100 pontos-base, mas essa projeção seria um choque demasiado para o mercado.
De qualquer modo, os investidores esperam um impacto negativo da elevação dos juros sobre o desempenho dos ativos de risco. Isso porque o medo que surge é de que o aperto monetário passe da conta e lance a economia norte-americana em recessão.
Leia Também
O resultado da reunião será conhecido às 15h de quarta-feira apenas. Com isso, a expectativa é de que o tom de cautela continue predominando até lá.
Também na quarta-feira, mas depois do fechamento do mercado por aqui, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) anuncia sua decisão de juro.
E se até alguns dias atrás, os analistas contavam com o fim do aperto monetária por aqui, a expectativa agora é de uma alta residual de 25 pontos-base.
Quem jogou água no chope dos investidores foi o presidente do BC, Roberto Campos Neto. Segundo ele, a batalha contra o dragão da inflação ainda não acabou. Diante disso, abriu-se uma janela para que a Selic chegue aos 14% ao ano na quarta-feira.
No pregão da última sexta-feira (16), o Ibovespa caiu 0,61%, aos 109.280 pontos. A queda acumulada foi de 2,69%.
Já o dólar à vista encerrou o dia em alta de 0,38%, a R$ 5,2592, mas chegou a encostar na casa dos R$ 5,30 na máxima. Na semana, os ganhos foram de 2,17%.
Confira o que movimenta as bolsas, o dólar e o Ibovespa nesta semana:
Um pulo na China
Enquanto isso, na contramão dos bancos centrais ocidentais, a autoridade monetária chinesa anunciou hoje uma nova injeção de liquidez na economia.
O Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês) injetou cerca de 12 bilhões de yuans diante da desaceleração econômica enfrentada pelo país. Vale lembrar que as medidas da política de covid zero pressionaram as atividades por lá.
Esses mais de US$ 1,7 trilhão de dólares podem limitar as perdas do dia e animar os negócios nos emergentes — e o Brasil está nessa lista.
Ibovespa e a corrida eleitoral
Os investidores também estão de olho no cenário eleitoral. A duas semanas das eleições, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a abrir vantagem sobre Bolsonaro (PL), desta vez na pesquisa BTG/FSB.
Lula subiu de 41% para 44% entre a rodada anterior, divulgada na semana passada, e a atual, publicada hoje. Bolsonaro, por sua vez, ficou estável em 35%.
Ao mesmo tempo, Ciro Gomes (PDT) caiu de 9% para 7% e Simone Tebet (MDB) recuou de 7% para 5%.
Em um eventual segundo turno, a vantagem de Lula sobre Bolsonaro segue estável em 13 pontos porcentuais pela quinta rodada seguida da BTG/FSB, agora em 52% a 39% a favor do ex-presidente.
Commodities e a bolsa brasileira
A expectativa da desaceleração da economia global com risco de recessão também reflete no desempenho das matérias-primas antes da Super Quarta.
O barril do petróleo Brent, referência internacional de preços, é negociado em queda de 1,73%, cotado a US$ 89,82 — faixa de preço que não era vista desde o começo do mês.
Enquanto isso, o minério de ferro negociado no porto de Dalian, na China, também recua 1,40%, cotado a US$ 100,51.
Com isso, a expectativa é de que gigantes da bolsa — como Vale (VALE3) e Petrobras (PETR3;PETR4) — reajam negativamente à queda das commodities e pressionem o índice local.
Bolsa nos próximos dias: agenda da semana
Segunda-feira (19)
- Bolsas no Japão e no Reino Unido fechadas em virtude de feriados locais
- FGV: Monitor do PIB em julho (10h15)
- Economia: Balança comercial semanal (15h)
- China: PBoC divulga taxas de referência para empréstimos de 1 a 5 anos (22h15)
Terça-feira (20)
- FGV: IGP-M de setembro (8h)
- CNI: Sondagem da indústria e construção de setembro (10h)
- Estados Unidos: Estoques de petróleo (17h30)
- Estados Unidos: 77ª Assembleia Geral das Nações Unidas (sem horário definido)
Quarta-feira (21)
- Banco Central: Fluxo cambial semanal (14h30)
- Estados Unidos: Fed divulga decisão de política monetária (15h)
- Estados Unidos: Coletiva sobre a decisão de política monetária do Fed com o presidente da instituição, Jerome Powell (15h30)
- Banco Central: Decisão do Copom sobre juros (após 18h30)
- Estados Unidos: 77ª Assembleia Geral das Nações Unidas (sem horário definido)
Quinta-feira (22)
- Japão: Decisão de política monetária (00h)
- Turquia: Decisão de política monetária (8h)
- Reino Unido: Decisão de política monetária (08h)
- Estados Unidos: Pedidos de auxílio-desemprego (9h30)
- Estados Unidos: 77ª Assembleia Geral das Nações Unidas (sem horário definido)
Sexta-feira (23)
- Japão mantém bolsas fechadas devido ao feriado local
- Zona do Euro: PMI industrial, composto e de serviços (5h)
- Reino Unido: PMI industrial, composto e de serviços (5h30)
- Estados Unidos: 77ª Assembleia Geral das Nações Unidas (sem horário definido)
FII BRCO11 aluga imóvel para M. Dias Branco (MDIA3) e reduz vacância
O valor da nova locação representa um aumento de 12% em relação ao contrato anterior; veja quanto vai pingar na conta dos cotistas do BRCO11
TRXF11 vai às compras mais uma vez e adiciona à carteira imóvel locado ao Assaí; confira os detalhes
Esse não é o primeiro ativo alugado à empresa que o FII adiciona à carteira; em junho, o fundo já havia abocanhado um galpão ocupado pelo Assaí
Ouro vs. bitcoin: afinal, qual dos dois ativos é a melhor reserva de valor em momentos de turbulência econômica?
Ambos vêm renovando recordes nos últimos dois anos à medida que as incertezas no cenário econômico internacional crescem e o mercado busca uma maneira de se proteger
Do Japão às small caps dos EUA: BlackRock lança 29 novos ETFs globais para investir em reais
Novos fundos dão acesso a setores, países e estratégias internacionais sem a necessidade de investir diretamente no exterior
Até onde vai o fundo do poço da Braskem (BRKM5), e o que esperar dos mercados nesta semana
Semana começa com prévia do PIB e tem Super Quarta, além de expectativa de reação dos EUA após condenação de Bolsonaro
Rio Bravo: “Momento é de entrada em fundos imobiliários de tijolo, não de saída”
Anita Scal, sócia e diretora de Investimentos Imobiliários da empresa, afirma que a perspectiva de um ciclo de queda da taxa de juros no Brasil deve levar as cotas dos fundos a se valorizarem
TRXF11 abocanha galpão locado pelo Mercado Livre (MELI34) — e quem vai ver o dinheiro cair na conta são os cotistas de um outro FII
Apesar da transação, a estimativa de distribuição de dividendos do TRXF11 até o fim do ano permanece no mesmo patamar
Ação da Cosan (CSAN3) ainda não conseguiu conquistar os tubarões da Faria Lima. O que impede os gestores de apostarem na holding de Rubens Ometto?
Levantamento da Empiricus Research revela que boa parte do mercado ainda permanece cautelosa em relação ao futuro da Cosan; entenda a visão
LinkedIn em polvorosa com Itaú, e o que esperar dos mercados nesta sexta-feira (12)
Após STF decidir condenar Bolsonaro, aumentam os temores de que Donald Trump volte a aplicar sanções contra o país
Ibovespa para uns, Tesouro IPCA+ para outros: por que a Previ vendeu R$ 7 bilhões em ações em ano de rali na bolsa
Fundo de pensão do BB trocou ações de empresas por títulos públicos em nova estratégia para reforço de caixa
TRBL11 recebe R$ 6 milhões em acordo por imóvel que é alvo de impasse com os Correios — agora o FII está de olho na disputa judicial contra a estatal
Segundo o gestor da Rio Bravo, o acordo “é apenas o começo” e, agora, o fundo imobiliário busca cobrar os Correios e voltar a ocupar o galpão com um novo inquilino
Banco do Brasil (BBAS3) supera a Vale (VALE3) em um quesito na bolsa; saiba qual
Os dados são de um levantamento mensal do DataWise+, parceria entre a B3 e a Neoway
Fundo imobiliário MFII11 mira novo projeto residencial na zona leste de São Paulo; veja os detalhes
O FII vem chamando atenção por sua estratégia focada em empreendimentos residenciais ligados ao Minha Casa, Minha Vida (MCMV)
Ibovespa renova máxima histórica e dólar vai ao menor nível desde julho de 2024 após dados de inflação nos EUA; Wall Street também festeja
Números de inflação e de emprego divulgados nesta quinta-feira (11) nos EUA consolidam a visão do mercado de que o Fed iniciará o ciclo de afrouxamento monetário na reunião da próxima semana; por aqui, há chances de queda da Selic
Fundo imobiliário do BTG quer vender cinco imóveis por mais de R$ 830 milhões — e já tem destino certo para o dinheiro
Criado especialmente para adquirir galpões da Log Commercial Properties (LOGG3), o BTLC11 comprou os ativos em 2023, e agora deseja gerar valor aos cotistas
GGRC11 ou Tellus: quem levou a melhor na disputa pelo galpão da Renault do FII VTLT11, que agora se despede da bolsa
Com a venda do único imóvel do portfólio, o fundo imobiliário será liquidado, mas cotistas vão manter a exposição ao mercado imobiliário
Fundo imobiliário (FII) aposta em projetos residenciais de alto padrão em São Paulo; veja os detalhes
Com as transações, o fundo imobiliário passa a ter, aproximadamente, 63% do capital comprometido em cinco empreendimentos na capital paulista
Fundo imobiliário Iridium Recebíveis (IRIM11) reduz dividendo ao menor nível em um ano; cotas caem
A queda no pagamento de proventos vem em meio a negociações para a fusão do FII ao Iridium Fundo de Investimento Imobiliário (IRIM11)
Ibovespa sobe 0,52% após renovar máxima intradia com IPCA e PPI no radar; dólar cai a R$ 5,4069
Deflação aqui e lá fora em agosto alimentaram a expectativa de juros menores ainda neste ano; confira os dados e o que mais mexeu com a bolsa e o câmbio nesta quarta-feira (10)
Ouro supera US$ 3.700 pela primeira vez e segue como o refúgio preferido em 2025
Ataque de Israel ao Catar e revisão dos dados de emprego nos EUA aumentaram a busca por proteção e levaram o metal precioso a renovar recorde histórico