Embora séries do universo fantástico como Game of Thrones estejam longe de ser uma unanimidade entre o público, algumas de suas cenas têm grandes chances de serem lembradas no futuro como algumas das mais impactantes da história da produção audiovisual — e podem servir de verdadeiras máximas para o investidor em bolsa.
Uma delas é a que mostra o momento no qual Viserion, transformado em dragão de gelo pelo Rei da Noite, abre uma passagem na Muralha para que os whitewalkers avancem sobre Westeros.
E mesmo que você talvez não tenha a menor ideia do que estamos falando, vai entender logo a mensagem: os investidores estão na expectativa da chegada de um novo dragão no pedaço.
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Depois de assistirem impotentes aos voos do dragão da inflação ao longo dos últimos meses, os participantes do mercado financeiro iniciam a semana animados com a possibilidade de um dragão de gelo começar a usar seu poder para atenuar a alta dos preços.
Deixando um pouco a literatura de lado, a semana começa com as bolsas de valores europeias em alta e os índices futuros de Nova York sinalizando abertura no azul por lá. Até as tão castigadas criptomoedas mostram forte recuperação na manhã de hoje, com o bitcoin (BTC) em alta de mais de 5%.
Por aqui, os investidores também acompanham o dragão tropical da inflação brasileira. As expectativas estão altas com a divulgação da ata da mais recente reunião do Comitê de política monetária (Copom), que deve dar um golpe final com o fim do ciclo de aperto monetário em breve.
Na semana passada, a expectativa com o fim do ciclo de alta de juros fez com que a bolsa local registrasse mais um dia de altas na sessão da última sexta-feira (05). O ganho acumulado pelo Ibovespa no período foi de 3,21% em cinco pregões.
Por sua vez, o dólar à vista encerrou aquele mesmo dia em queda de 1,03%, a R$ 5,1668. O recuo foi de 0,14% na semana.
Confira o que mais movimenta a bolsa, o dólar e o Ibovespa nos próximos dias:
Inflação global no radar das bolsas
A recuperação das bolsas nesta segunda-feira (08) ocorre por causa da expectativa de que a inflação esteja começando a ceder nos Estados Unidos. Analistas consultados pela agência Dow Jones esperam que a alta dos preços desacelere para 8,7% em julho, saindo do patamar de 9,1% no mês anterior.
Ainda é um nível elevado, de fato. A inflação nos EUA vai seguir próxima das máximas em mais de quatro décadas. Mas, se confirmada, a desaceleração dos preços se somará à melhora do mercado de trabalho, entre os sinais de que a economia norte-americana estaria se afastando do risco de recessão.
No fim das contas
Na prática, isso significa que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) ganha espaço para manter um ritmo mais forte de aperto monetário na tentativa de domar o dragão da inflação.
Além dos números de inflação ao consumidor, também será divulgada nesta semana o mesmo dado para os produtores — índice conhecido como PPI —, mais para perto do fim de semana (veja o calendário completo mais abaixo).
Os números da inflação de julho nos Estados Unidos serão conhecidos na quarta-feira.
Só se fala em inflação: Ibovespa também acompanha dados
Por falar em dragão, certamente um de gelo, as atenções no Brasil também estão voltadas para a inflação e o aperto monetário. Mas a notícia chegará um dia antes.
A terça-feira nos reserva os números da inflação de julho. A mediana das estimativas dos analistas aponta para uma desaceleração da alta dos preços para pouco mais de 10% no acumulado em 12 meses. Em junho, a inflação medida pelo IPCA atingiu 11,89%.
Mas não é só. Os analistas também esperam que a variação mensal mostre deflação de 0,66% em julho. Caso se confirme, será a maior deflação registrada no Brasil desde a implementação do Plano Real, em 1994.
Banco Central, o matador de dragões
Também na manhã de terça-feira, o Banco Central (BC) divulga a ata da mais recente reunião de seu Comitê de Política Monetária (Copom), realizada na semana passada.
E é cada vez maior o número de participantes do mercado que acredita que o aperto monetário no Brasil acabou. Essa percepção está longe de ser unanimidade, mas tudo deve ficar mais claro amanhã.
Enquanto isso, a safra de balanços corporativos traz hoje, depois do fechamento, o resultado do Itaú Unibanco no segundo trimestre de 2022.
Corrida eleitoral e a bolsa brasileira
Enquanto a semana não ganha tração no campo dos indicadores e balanços, a corrida eleitoral começa a entrar em suas curvas mais sinuosas.
A pouco menos de dez dias do início oficial da campanha, uma nova pesquisa do BTG e do Instituto FSB mostra a menor diferença entre os dois principais candidatos para presidência da República.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) apresenta 41% das intenções de voto, seguido pelo atual chefe do Executivo e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), com 34%. A diferença, de 7 pontos porcentuais (pp), é a menor da série histórica de oito levantamentos iniciada em março deste ano.
Agenda da semana
Segunda-feira (08)
- FGV: IPC-S semanal (8h)
- Economia: Balança comercial (15h)
Terça-feira (09)
- Banco Central: Ata do Copom (8h)
- IBGE: IPCA de julho (9h)
- China: CPI de julho (22h30)
- China: PPI de julho (22h30)
Quarta-feira (10)
- IBGE: Pesquisa mensal de comércio restrita e ampliada de junho (9h)
- Estados Unidos: Índice de preços ao consumidor (CPI) de julho (9h30)
- Estados Unidos: Estoques de gasolina (11h30)
- Banco Central: Fluxo Cambial Semanal (14h30)
Quinta-feira (11)
- IBGE: Pesquisa mensal de serviços em junho (9h)
- Estados Unidos: Pedidos de auxílio-desemprego semanal (9h30)
- Estados Unidos: Índice de preços ao produtor (PPI) de julho (9h30)
Sexta-feira (12)
- Zona do Euro: Produção industrial de junho (6h)
Balanços da semana
Confira o calendário completo de balanços clicando aqui.
Segunda-feira (08)
Antes da abertura:
- Banco Pan (Brasil)
- BB Seguridade (Brasil)
Após o fechamento:
- American International Group (EUA)
- Direcional (Brasil)
- Itaú Unibanco (Brasil)
Terça-feira (09)
Antes da abertura:
- BTG Pactual (Brasil)
Após o fechamento:
- CBA (Brasil)
- Copel (Brasil)
- CVC (Brasil)
- Guararapes (Brasil)
- Méliuz (Brasil)
Quarta-feira (10)
Após o fechamento:
- Walt Disney (EUA)
- 3R Petroleum (Brasil)
- Banco do Brasil (Brasil)
- Banrisul (Brasil)
- BRF (Brasil)
- C&A (Brasil)
- Equatorial Energia (Brasil)
- Minerva Foods (Brasil)
- MRV
- Positivo (Brasil)
- Santos Brasil (Brasil)
- SLC Agrícola (Brasil)
- SulAmerica (Brasil)
- Taesa (Brasil)
- Vittia Ferlilizantes (Brasil)
Sem horário especificado:
- Aliance Sonae (Brasil)
- Braskem (Brasil)
- Petz (Brasil)
Quinta-feira (11)
Após o fechamento:
- 3Tentos (Brasil)
- Aeris Energy (Brasil)
- Americanas SA (Brasil)
- Arezzo (Brasil)
- Auren (Brasil)
- Azul (Brasil)
- B3 (Brasil)
- BRMalls (Brasil)
- CCR (Brasil)
- Cogna (Brasil)
- CPFL Energia (Brasil)
- Cyrela (Brasil)
- Enauta (Brasil)
- Energisa (Brasil)
- Eneva (Brasil)
- Grupo Soma (Brasil)
- JBS (Brasil)
- JHSF (Brasil)
- Light (Brasil)
- Localiza/Unidas (Brasil)
- Locaweb (Brasil)
- Magazine Luiza (Brasil)
- Marfrig (Brasil)
- Lojas Marisa (Brasil)
- Natura (Brasil)
- Oi (Brasil)
- Qualicorp (Brasil)
- Raízen (Brasil)
- Rumo (Brasil)
- Tecnisa (Brasil)
- Via (Brasil)
Sem horário específico:
- BR Properties (Brasil)
- Bradespar (Brasil)
- EzTec (Brasil)
- Hapvida (Brasil)
- Sabesp (Brasil)
Sexta-feira (12)
Após o fechamento:
- Cemig (Brasil)
- Cosan (Brasil)
- Eletrobras (Brasil)
- M.Dias Branco (Brasil)